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— Paradigma digital

 Surge após a segunda guerra mundial e trata – se de uma passagem do desenvolvimento industrial para o informacional. Inaugura uma nova cultura de consumo que supera a ideia de produção/ consumo em massa para alcançar a personalização da produção e, assim, a customização em massa. O ciberespaço, novo espaço de comunicação, consiste em uma das marcas mais profundas do paradigma digital.

Fonte:http://www.conpedi.org.br/manaus/arquivos/Anais/Leticia%20Canut.pdf

Aluno: Beatriz B.


— Soberania compartilhada

Diante da complexidade que as relações comerciais atingiram com o uso da internet, como o caráter transfronteiriço, a soberania compartilhada configura – se como uma forma de compartimentalizar do poder do Estado. Ele precisa acatar a outras regulamentações, estabelecidas internacionalmente para garantir a solução dessas questões.

Fonte: http://www.conpedi.org.br/manaus/arquivos/Anais/Leticia%20Canut.pdf

Aluno: Beatriz B.


"

"FIB" - Felicidade Interna Bruta

Felicidade Interna Bruta (FIB) ou Gross National Happiness (GNH) é um conceito de desenvolvimento social criado em contrapartida ao Produto Interno Bruto (PIB). O termo foi criado pelo rei do Butão, Jigme Singye Wangchuck, em 1972, em resposta a críticas que afirmavam que a economia do seu país crescia miseravelmente. Esta criação assinalou o seu compromisso de construir uma economia adaptada à cultura do país, baseada nos valores espirituais buditas. Assim como diversos outros valores morais, o conceito de Felicidade Interna Bruta é mais facilmente entendido a partir de comparações e exemplos do que definido especificamente.

Enquanto os modelos tradicionais de desenvolvimento têm como objectivo primordial o crescimento económico, o conceito de FIB baseia-se no princípio de que o verdadeiro desenvolvimento de uma sociedade humana surge quando o desenvolvimento espiritual e o desenvolvimento material são simultâneos, assim se complementando e reforçando mutuamente.

Fonte: Wikipedia

Fonte: SCHWARTZ, Gilson. A economia da internet na nuvem de coisas. Exame.com. Brasil. 10 abril 2012. Diponível em http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/iconomia/2012/04/10/a-economia-da-internet-de-coisas-na-nuvem/. Acessado em 16 nov. 2013.

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O interesse crescente pela Felicidade Interna Bruta é um extraordinário avanço na valorização da diversidade cultural e filosófica na economia (e na política), e muito se deve à internet, onde o debate aberto e o acesso à informação é mais dinâmico. Passamos a nos relacionar de forma diferente com a economia. Para Schwartz, desde o início da revolução tecnológica contemporânea tornou-se evidente que, mais que acesso a informação (ou bases de dados de informação), a questão estratégica é converter informação em conhecimento, por meio de transações em redes vivas e criativas, sustentáveis e, portanto, “coopetitivas” (competição + cooperação).” Assim, diante da valorização de atributos intangíveis, passa-se a buscar métricas condizentes com nossos novos valores em consonância com o conceito da "FIB".

 


A

A Realidade aumentada e sua utilidade para o setor militar

A realidade aumentada contribui para o desenvolvimento de novas formas de visualização cartográfica, o que é útil aos militares a medida que possibilita o fornecimento de informações vitais como a localização de pontos estratégicos.

O uso do 3-D é altamente aplicado na cartografia e de diferentes formas. Dentre as tecnologias  desenvolvidas, o trabalho feito por Bobrich e Otto (2002) consiste na visualização de elementos em realidade aumenta com mapas 2D tradicionais. A tecnologia consiste em uma carta topográfica em 2D que permite a colocação de marcadores virtuais, que podem ser vistos por uma webcam ou óculos HMD – esses projetam a imagem virtual sobre o mapa real.


A Realidade Aumentada na Educação

Como exemplo de integração entre a realidade aumentada, educação e a área da Saúde, um projeto realizado pelo Instituto Politecnico de Leiria, em Portugal, pretende usar a RA no ensino da enfermagem, com a simulaçãoo de casos clínicos práticos, utilizando a sobreposição de elementos virtuais no ambiente real. O suporte do projeto é a plataforma e-fer, que tem como objetivo o tratamento de feridas crônicas.

“Em nível educacional, a tecnologia pode enriquecer o ambiente de aprendizagem, possibilitando a realização de técnicas e procedimentos que facilitem o desenvolvimento e a aquisição de competências na área do diagnostico e tratamento.” (GASPAR, 2012)


A Realidade Aumentada no setor de jogos

“Recentes avanços em realidade virtual e interfaces interativas vêm provocando uma revolução no setor de desenvolvimento de jogos eletrônicos (games), embora algumas tecnologias novas ainda não foram exploradas por essa indústria. É o caso da realidade aumentada (RA), cujas características permitem um novo modelo de interação do jogador com a máquina, bem como uma jogabilidade diferenciada e mais intuitiva.”  (ALMEIDA e ALVES, 2011)

“A tendência para o futuro são os games que dispensam uso de controles e que por meio de câmeras captam os movimentos do jogador e os convertem para o jogo, utilizando-os como modo de interação, fazendo, portanto, uso do conceito de realidade aumentada. Um exemplo dessa tecnologia é o Kinect, da Microsoft. Kinect é considerado uma revolução no setor de games, e além do reconhecimento de imagens possui reconhecimento de sons (PRATA, 2009)” (ALMEIDA e ALVES, 2011)


A Realidade Aumentada no setor móvel

 “Alguns executivos do setor móvel acreditam que a RA tem imenso potencial. Embora as receitas diretas de RA representem apenas algumas dezenas de milhões de dólares no momento, o número deve dobrar a cada ano e atingir os US$ 350 milhões em 2014, de acordo com a ABI Research, da Nova York. O impacto no setor móvel e na indústria da computação como um todo pode ser ainda maior, convencendo os usuários a usar seus aparelhos móveis ainda mais do que já fazem.” (ESTADÃO, 2011)           

A Layar, companhia holandesa que utiliza uma plataforma de RA para unidades móveis (celulares) já é utilizada pela Samsung (celulares Galaxy). “Nos próximos anos, será uma tecnologia que mudará a maneira como consumidores interagem com seus ambientes”, disse Thomas Husson, da Forrester.


Abuso de Si

O indivíduo sempre se está sujeito a uma cobrança para além do ponto, seja pelo sistema, pelo empregador, pelo “cliente” ou, o que é mais comum, por si mesmo. A resposta a essa cobrança chama-se, curiosamente, “dedicação ao trabalho”. Trata-se de uma espécie de prontidão afetiva, de um estado de alerta afetivo permanente em que nos encontramos. O exemplo do telefone celular é muito significativo dessa prestatividade contínua: eterna disponibilidade para cuidar, atender, ser atencioso. Muitas são as situações em que o trabalhador simplesmente não tem condições para sustentar um tal processo de esgarçamento. Como resultado, os índices de depressão, angústia e stress de que são vítimas inúmeros profissionais, sobretudo aqueles ligados à educação, à saúde e à comunicação. Por fim, como avaliar a inteligência coletiva senão como resistência a essa alienação, mas dentro da própria dinâmica de colaboração em rede.

 

Fonte:COSTA, Rogério da. Inteligência coletiva: comunicação, capitalismo cognitivo e micropolítica. In: Revista Famecos, nº 37. Porto Alegre, 2008


Always Conected

A constante utilização de dispositivos móveis faz com que estejamos sempre linkados uns aos outros. Definir o Always Conected como simplesmente somente conectado é uma ação extremamente simplista e que não contempla totalmente o tema.

Não estamos sempre conectados simplesmente por gostar ou por ser a moda atual, estar sempre conectado é atualmente uma exigência social, para fazer parte de um grupo e se identificar com determinados segmentos da sociedade este comportamento é o limiar entre uma resposta positiva ou não. Assim como ir à missa aos domingos, vestir a camisa do seu time em dia de jogo ou entrar em lugares com o pé direito, estar conectado já um costume social, fazendo dos que não possuem este costume, um grupo á parte, que não se identifica com a sociedade atual.

Logo, podemos definir o Always Conected como uma característica social do século XXI e certamente será algo que irá se fortalecer cada vez mais e se enraizar nos costumes sociais futuros.


Always Consuming

Com o constante uso de internet e dispositivos móveis nos transformamos em sociedades sempre conectadas, este comportamento nos permite ter acesso a diversos recursos em qualquer lugar e a qualquer hora. Estes recursos atualmente são utilizados, em sua maioria, como entretenimento e relacionamento social, porém, esconde um potencial comercial enorme.

Já existem diversas vertentes do comercio que buscam facilitar a atuação do consumdor como lojas 24 horas, vending machines e o atual todo poderoso e-commerce, mas a evolução da tecnologia nos permite mais uma nova maneira de consumir, consumir em qualquer lugar. Já observamos o sucesso das vendas online que crescem cerca de 30% a cada ano e, se este modo de comércio já faz sucesso e estamos sempre conectados, porque não espalhar esta forma para fora de nossos lares e laptops?

A rotina metropolitana exige constante movimento e presença em meios digitais e físicos de forma concomitante, esta rotina itinerante faz com que precisemos nos multiplicar para dar conta de nossas tarefas, colocar o comércio e o consumo em todos os locais por onde passamos, ou melhor, coloca-los em nossos bolsos, dentro de cada smartphone, atenderia uma enorme demanda de consumo e de economia de tempo. Esta é uma tendência que certamente presenciaremos daqui três ou quatro anos, não estaremos apenas sempre conectados, mas utilizaremos este tempo conectado para estarmos sempre consumindo.


Apartheid cibertecnológico

As instituições que sustentam a civilização contemporânea são lentas e incapazes de prover as multidões com o direito de acompanhar os deslocamentos contínuos dessa sofisticação. 


Arqueologia do "eu"

A arqueologia do 'eu' é "o mergulho na interioridade subjetiva de cada indivíduo à procura dos restos de experiências alojados na própria memória, sinais que permitam decifrar o significado do presente e do eu. Essa viagem introspectiva pode ser um autêntico mergulho — pois consiste em nadar nas sombrias profundezas da subjetividade para desvendar seus enigmas — ou, apelando para outro campo metafórico igualmente fértil, a proposta equivale a fazer uma escavação a fim de examinar as diversas camadas geológicas que foram se acumulando ao longo da história individual para conformar uma determinada subjetividade"

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Este conceito está intrinsicamente ligado ao conceito do passado, que tem um papel importante na configuração do presente, e da essência do homem moderno.

Para a autora, o fenômeno dos diários pessoais como blogs, fotologs e videologs faz parte da reestruturação das subjetividades contemporâneas. Eles evidenciam a mudança de valores e significado do conceito de interioridade e passado. Ambos são alicerces fundamentais do “eu” que, entretanto, parecem estar se perdendo cada vez mais com a “presentificação” do tempo e com a hipertrofia da memória devido à união impossível da duração e do instante.

Ela também evidencia o surgimento de outras metáforas, agora provenientes do universo informático e do ciberespaço como "deletar", "link", "hipertexto", entre outras. Assim, atualmente, "cada vez mais, a vida passa a ser uma história inspirada nos modelos audiovisuais
que permeiam e recriam constantemente o mundo, enquanto o eu se espelha
nos personagens que desbordam das telas"

 

Autora:

Paula Sibilia

A vida como relato na era do fast-forward e do real time: algumas reflexões sobre o fenômeno dos blogs. Porto Alegre, v. 11, n. 1, p. 35-51, jan./jun. 2005.

 


Arquitetura de Rede

Conjunto de regras lógicas que permitem que os computadores ou máquinas de processamento se comuniquem entre si.
 
Fonte: Redes virais e espectro aberto: descentralização e desconcentração do poder comunicacional - Por Sérgio Amadeu da Silveira

Autor

Autor é a pessoa física criadora de obra literária, artística ou científica. O autor pode se identificar através de seu nome civil, completo ou abreviado, iniciais, pseudônimos ou qualquer outro sinal convencional.

Direitos autorais na internet (Plinio Martins Filho)


B

Bens Imaterias

Os bens imateriais, os saberes e a informação não possuem duas das características econômicas mais importantes dos bens materiais: a escassez e o desgaste pelo uso. Os bens materiais, para serem produzidos em quantidade, requerem estoque de recursos materiais que são finitos e que sofrem o fenômeno da escassez.

Big Data

O conceito de big data pode ser utilizado para qualquer forma de acumulação de dados, desde pesquisas simples às formas mais recentes de se captar informações como vemos hoje em dia. Porém, com a utilização massiva da internet e das tecnologias mobile, observamos uma nova forma de se aplicar este conceito.

Atualmente podemos definir Big Data utilizando três atributos, volume, variedade e velocidade, os chamados 3 Vs da Big Data. O volume é dado devido o grande número de dados gerados a partir das ações humanas, tanto no ambiente virtual como no real; Variedade pela diversidade de dados gerados, desde curtidas no Facebook à músicas ouvidas em nossos celulares; e Velocidade devido ao constante surgimento destes dados.

Logo, observamos o maior desafio do uso dos dados atualmente, a avaliação de diversos dados completamente diferentes e a velocidade com que estes dados surgem e se modificam, exigindo com que este processo seja cada vez mais veloz e preciso.


Brain Power x Man Power

Brain Power x Man Power é a transformação conceitual derivada do fato de não mais, em muitas empresas, necessitar-se de “força de trabalho” (manpower), como por exemplo, trabalhos manuais e operacionais, mas sim de força mental/cerebral (brainpower), de ideias, informações e conhecimento.

SILVA, Jovino Moreira. O ciberespaço como desafio para uma nova administração: Uma abordagem sobre INFOPRENEURING. Disponível em: http://www.angrad.org.br/artigos-de-divulgacao/o-ciberespaco-como-desafio-para-uma-nova-administracao-uma-abordagem-sobre-infopreneuring/638.

Partindo da teoria Autopoiética, considera-se a empresa como um sistema social, orgânico e gerador de conhecimento e informação, e não, unicamente, como um sistema negocial e econômico. Assim, os indivíduos nas organizações não devem ser utilizados para manusear produtos ou equipamentos, mas para criar pensamentos, informações e conhecimentos.

Apesar de concordar com essa projeção do Brainpower sobre o Manpower, acredito que as empresas (principalmente brasileiras) ainda estão longe de demandar somente ideias e conhecimento. Os diretores e donos de empresas ainda consideram o lucro e capital como um sistema econômico único e muitas vezes não valorizam e consideram a organização como um sistema vivo o que causa essa projeção de certa maneira distante da nossa realidade.


C

Capital Humano

Em um contexto contemporâneo, o homem se assemelha à um bem de produção. Nesse sentido, o capital humano é um conjunto de capacidades, conhecimentos, competências e atributos de personalidade que favorecem a realização do trabalho de modo a produzir valor econômico. São os atributos adquiridos por um trabalhador por meio da educação, perícia e experiência que se agregam à ele e aumentam seu potencial e valor diante do mercado. 


Capital simbólico coletivo

"Se as reivindicações de unicidade, autenticidade, particularidade e especialidade
são a base da habilidade para capturar rendas de monopólio, então, em
qual melhor terreno é possível criar tais reivindicações que não seja no campo
de artefatos e práticas culturais historicamente constituídos, e de características
ambientais especiais (incluindo, é claro, os ambientes culturais e sociais construídos)?
[...] O exemplo mais óbvio é o turismo contemporâneo, mas eu penso
que seria um erro deixar o assunto fi car por aqui. Pois o que está em jogo aqui
é o poder do capital simbólico coletivo, das marcas de distinção especiais que se
agregam a algum lugar, que dão um signifi cativo poder de fogo sobre os fl uxos
do capital de modo mais geral." (PASQUINELLI, M.)

PASQUINELLI,M - Guerra civil imaterial: protótipos de conflito dentro do capitalismo cognitivo. Disponível em: http://matteopasquinelli.com/docs/Pasquinelli_Guerra_Civil_Imaterial.pdf


Capital social

O conceito de capital social não encontra um concenso entre os grandes autores sobre o assunto, temos três principais conceitos definidos. Para Putnam (1993) se refere a “características da organização social, como confiança, normas e redes, que podem melhorar a eficiência da sociedade ao facilitar ações coordenadas”. Já James Coleman define capital social como “uma variedade de diferentes [sic] entidades, com dois elementos em comum: todas consistem em algum aspecto da estrutura social, e facilitam certas ações dos atores – atores tanto individuais como corporativos – dentro da estrutura” (COLEMAN, 1988). A terceira definição de capital social enfatiza os ambientes político e social que moldam a estrutura social e permitem o desenvolvimento de normas [NORTH (1990) e OLSON (1982)].

Entendo então que capital social define que a riqueza são as conexões, o networking dos indivíduos. As ações econômicas estão incrustadas na dinâmica das redes sociais, o que significa afirmar que a nova economia deve levar em conta o papel desta forma de capital.

 

Bibliografia: Capital Social - Vários conceitos, um só problema. DOS SANTOS, Fabio. 2003. http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/2403/59888.pdf.txt?sequence=2


Capitalismo Cognitivo

“entendido como uma fase posterior ao mercantilismo e o capitalismo industrial, é uma teoria centrada nas mudanças socioeconômicas provocadas pelas tecnologias da Internet e da Web 2.0, as quais têm transformado o modo de produção e a natureza do trabalho. Nessa fase do capitalismo - correspondente ao trabalho pós-fordista - haveria maior geração de riqueza comparativamente às fases anteriores, e o conhecimento e a informação (competências cognitivas e relacionais) seriam as principais fontes de geração de valor.”

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Capitalismo_cognitivo


Capitalismo de pedágio

"...estamos passando de uma era em que havia produtores e compradores, para uma era em que há fornecedores e usuários. A mudança é profunda. Na prática, não compramos mais um telefone (ou a compra é simbólica). Mas pagamos todo mês pelo direito de usá-lo, de nos comunicarmos. Pagamos também para ter acesso a programas de televisão um pouco mais decentes. Já não pagamos uma consulta médica: pagamos mensalmente um plano para ter direito de acesso a serviços de saúde. A nossa impressora custa uma bagatela, o importante é nos prender na compra regular do toner exclusivo." (DOWBOR 2010)

"Rifkin define esta tendência como caracterizando «a era do acesso». No nosso A Reprodução Social já analisamos esta tendência, que caracterizamos com o conceito de «capitalismo de pedágio». Basta ver o montante de tarifas que pagamos para ter direito aos serviços de um banco, ou como os condomínios de praia fecham o acesso a um pedaço de mar, e na publicidade nos «oferecem», como se as tivessem criado, as suas maravilhosas ondas. O acesso gratuito ao mar não enche os bolsos de ninguém. Fechemos pois as praias." (DOWBOR 2010)

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DOWBOR, Ladislau. Da propriedade intelectual à economia do conhecimento (Primeira parte). Economia Global e Gestão,  Lisboa,  v. 15,  n. 1, abr.  2010 .   Disponível em <http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-74442010000100002&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  21  nov.  2013.


Capitalismo pós -moderno e os trabalhadores

O capitalismo moderno e industrial, centrado sobre a valorização de grandes massas de capital fixo material, é cada vez mais rapidamente substituído por um capitalismo pós-moderno e pós-industrial, centrado na valorização de um capital fixo dito imaterial. O trabalho de produção material, mensurável em unidades de produtos por unidade de tempo, é substituído por trabalho dito imaterial, ao qual os padrões clássicos de medida não se aplicam.
 Os trabalhadores do capitalismo pós-moderno e pós-industrial devem entrar no processo de produção com a bagagem cultural que adquirem fora do trabalho (GORZ, 2005).
O colaborador inclina-se a demonstrar que vale mais do que realiza profissionalmente e investe sua dignidade no exercício gratuito, fora do trabalho, de suas capacidades.
 
 
O capitalismo pós-moderno não dá mais tanto valor aos bens ditos materiais, ele se refere agora aos bens imateriais e ao conhecimento. Os bens imaterias e o conhecimento são palavras chaves nessa nova era do capitalismo. 
Gorz (2005) observa que a pesquisa privada quase sempre tem como objetivo principal permitir que quem a realiza possa erguer um monopólio do conhecimento que proporcione rendimento exclusivo já que o capitalismo pós-moderno está muito mais interessado na retenção do conhecimento como lucro.
 
 

Capitalização das expectativas de expectativas

Robert Kurz busca no artigo "A virtualização da economia - Os mercados financeiros transnacionais e a crise da regulação" explicar como se dá a dominação do espaço virtual sobre a realidade material no âmbito econômico. O autor faz isso explicando de que modo o capital se apropria da energia humana, mas não mais no contexto palpável, e sim nas demandas virtuais.

 Conforme esse processo ocorre, há uma dependência do empresariado do futuro incerto do crédito virtual, já que este pode ser incentivado ou desvalorizado num tempo-espaço totalmente diverso e não controlável.

Essa dependência do virtual é, então, resultado de um descolamento do centro capitalista concentrado nas indústrias (com a chegada da Revolução Industrial) para o sistema bancário, e posteriormente para os fundos transnacionais ou de investimento.

 É assim que se cria o acoplamento do ciclo do preço das ações, onde o que se busca é sempre manter as ações em alta. Desse modo, os próprios fundos passam a se constituir como a virtualização econômica, visto o fato de que não há uma criação de valor em termos de lastro, e vive-se então numa crescente onde de incertezas.

Fica-se a mercê de uma influência das mídias, da especulação e das declarações políticas que querendo ou não são fatores determinantes do fluxo econômico, do lucro que advém sobre as transações econômicas nesse mercado virtualizado.

 Kurz usa toda essa explicação para ressaltar que os Estados Unidos são um bom exemplo de aproveitamento dessa capitalização das “expectativas de expectativas” do mercado pra fazer seu déficit virar superávit em um cenário em que materialmente falando, esperando-se uma criação de valor industrial material, seria irrealizável.

E, por essa razão, eles usam dessa economia virtualizada em abundância, fugindo dos mecanismos de controle nesse modelo (cuja ação o autor diz ser não-funcional, já que contraria o principio da própria virtualização econômica que é a não criação de valor). 


Cauda longa

 (do inglês long tail) é um termo utilizado na Estatística para identificar distribuições de dados como a curva de Pareto, onde o volume de dados é classificado de forma decrescente. Quando comparada a uma distribuição normal, ou Gaussiana, a cauda longa apresenta uma quantidade muito maior de dados ao longo da cauda.

O termo cauda longa ganhou popularidade recentemente como uma maneira de descrever a estratégia de varejo de se vender também uma grande variedade de itens onde cada um vende pequenas quantidades, ao invés de apenas os poucos itens populares que vendem muito. A Cauda Longa foi popularizada por Chris Anderson em um artigo na revista Wired em outubro de 2004, no qual ele mencionou aAmazon.com, a Apple e o Netflix como exemplos de empresas que aplicam esta estratégia. Chris então elaborou o conceito no seu livro A Cauda Longa - Do mercado de massa para o mercado de nicho.

 

fontehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cauda_longa

 


Cenários da Comunicação Digital

“No cenário 1.0 as expressões comunicacionais ocorrem com baixa intervenção do receptor ou do usuário no conteúdo da comunicação, baixa capacidade de personalização do conteúdo, predomínio do emissor no controle do conteúdo e de suas relações com o usuário. (...) Nesse campo predominam os websites, as intranets, os portais corporativos, os boletins digitais e a comunicação por correio eletrônico.

O cenário 2.0 procura evoluir o posicionamento descrito no cenário anterior incorporando todo um conjunto de tendências de participação e geração de conteúdo pelo usuário, inspiradas pelo termo web 2.0, representando um deslocamento do polo emissor de mensagens no processo comunicacional. As mais utilizadas são: blogs, microblogs, redes sociais, salas de bate-papo, sistema de compartilhamento de fotos e vídeos, wikis, entre outros”

Fonte: A Comunicação Digital nas organizações: Tendências e Transformações - Profa. Dra. Elizabeth Saad Corrêa


Ciber cultura

Abrange os fenômenos relacionados ao ciberespaço, ou seja, os fenômenos associados às formas de comunicação mediadas por computadores. Entretanto, o conjunto de objetos abrangidos pelo conceito é mais amplo. A cibercultura tem como pano de fundo as novíssimas tecnologias, em especial as relacionadas à comunicação digital, à realidade virtual e à biotecnologia. A natureza desta definição faz com que a cibercultura seja considerada a partir da perspectiva da análise da tecnologia, passando a abranger os fenômenos associados às novas tecnologias de ponta e à nova "tecnologia intelectual" engendrada pelo computador 


Ciberativismo

Ativismo virtual/ Ciberativismo

É uma forma de ativismo pela internet, também chamada de ativismo online ou digital, usada para divulgar causas, fazer reivindicações e organizar mobilizações. Ele é uma alternativa aos meios de comunicação de massa tradicionais permitindo "driblar" o monopólio da opinião pública por estes meios e ter mais liberdade e causar mais impacto, ou é apenas uma forma de expressar suas opiniões. É também uma alternativa mais democrática e acessível do que os meios de comunicação de massa tradicionais e pode ser praticado por qualquer pessoa que tenha acesso à internet, e de várias formas.

Por meio do ativismo virtual você pode participar de fóruns e grupos de discussões, mandar e-mails a representantes políticos exigindo providências sobre determinada questão, assinar abaixo-assinados online cobrando de empresas e autoridades o cumprimento dos direitos do consumidor, apoiar a causa dos direitos humanos e defesa de minorias e até mesmo criar blogs para divulgar essas e outras causas, como o combate à corrupção, a conservação da natureza e a propagação da cultura de paz.

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/atitude/conteudo_281598.shtml


CIBERCULTURA

A cibercultura é a cultura produzida no ciberespaço, que pode ser compreendido como um lugar de circulação de informação, um espaço de comunicação, espaço virtual, que não existe em oposição ao real. O ciberespaço é o ambiente simbólico onde as comunidades virtuais se constituem. É um espaço de comunicação que descarta a necessidade do homem físico para constituir a comunicação como fonte de relacionamento, dando ênfase ao ato da imaginação, necessária para a criação de uma imagem anônima, que terá comunhão com os demais.

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Nosso cotidiano se transforma com intensa rapidez. O crescimento do ciberespaço resulta de um movimento internacional de jovens ávidos para experimentar, coletivamente, formas de comunicação diferentes daquelas que as mídias clássicas nos propõem. As redes sociais surgiram com o objetivo inicial de contato entre amigos, mas cada vez mais novas redes foram sendo criadas e a as realidades virtuais compartilhadas se consolidam como mídia de comunicação.

A sociedade está cada vez mais interconectada por redes globais de comunicação e informação. Estamos imersos nas tecnologias de comunicação e é cada vez mais difícil nos separar delas. A capacidade de comunicação se expande cada vez mais conforme a tecnologia avança, e atinge graus ainda mais altos. 

Referência Bibliográfica: LÉVY, Pierre. Cibercultura. Tradução: Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Ed. 34, 1999. 272 p. 

por: Flávia Luz Oliveira


Ciberdiários

Ciberdiários, webdiários ou weblogs são práticas contemporâneas de escrita online, onde usuários comuns escrevem sobre suas vidas privadas, sobre suas áreas de interesse pessoais ou sobre outros aspectos da cultura contemporânea. O termo weblog foi criado por um americano chamado Jorn Barger em seu site pessoal “Robot Wisdom Weblog” em dezembro de 1997. Mais tarde, em 1999, um outro internauta de nome Peter Merholz, mudou o termo “weblog” para “we blog” ou apenas “blog’.

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Segundo o autor, o fenômeno das webcams e dos diários pessoais na Internet pode ser explicado pela conjunção do trinômio “tecnologia-design-estética”. Trata-se de formas de expressão individuais, construídas através de tecnologias de design de hipertextos (sites) e de emissão de imagens (câmeras).

Os ciberdiários também permitem uma tomada do pólo da emissão pelo usuário comum, gerando, assim, um excesso de informação que permite a pluralização das vozes e o contato social. Para o autor, este é justamente o caráter íntimo e necessariamante público, de uma narrativa pessoal, individual e ao mesmo tempo coletivizada.


Autor:

André Lemos

A arte da vida: diários pessoais e webcams na internet.

INTERCOM – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
XXV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Salvador/BA – 1 a 5 Set 2002


Ciberespaço

É um espaço virtual composto por cada computador e usuário conectados em uma rede mundial. É o espaço digital, formado por redes de computadores, denominadas, genericamente, de internet.

Fonte: http://jus.com.br/artigos/1774/o-direito-do-ciberespaco

Aluno: Beatriz B.


Comércio eletrônico

"Cameron (1997) define que Comércio Eletrônico (CE) inclui qualquer negócio transacionado eletronicamente, onde haja a presença de dois parceiros de negócios e seus clientes. Kalakota e Whinston (1997) dizem que o CE pode ser definido pela compra e/ou venda de informações, produtos e serviços por meio de redes de computadores."

Em teoria, as compras mais simples realizadas através de cartão de crédito em uma loja qualquer podem ser consideradas como comércio eletrônico, mas no artigo utilizado para a apresentação do seminário Empresas e Consumidores na Sociedade Digital, nomeado O Uso da Web 2.0 Alinhado a Estratégia Organizacional, o termo é utilizado para fazer referência à capacidade de comprar e vender produtos, serviços e informações na internet através de recursos online em que haja interação entre ambas as partes (Albertin, 2000).

O conceito de Comércio Eletrônico aqui apresentado pode ser encontrado detalhadamente no artigo O Uso da Web 2.0 Alinhado a Estratégia Organizacional, escrito por Murilo Serafim de Lima, Ivaldir Farias Junior e Paulo Adriano Magalhães.


COMPARTILHAMENTO DE INFORMAÇÃO

   

       “O compartilhamento de informação é parte de processo de produção e, ao mesmo tempo, o seu principal produto. O compartilhamento a e colaboração possibilitam a construção de modos de organização inteligentes e solidários da produção. Conclui-se que formas colaborativas de produção são particularmente importantes para que se produzam modos autônomos de vida e trabalho.”

       “Adentramos numa sociedade pós-industrial em que grande parte da informação flui livre e instantaneamente. A informação é um tipo de mercadoria especial, pois quem a possui e a repassa continua de posse da mesma, se aproximando, parcialmente, da lógica da dádiva: a disponibilidade da informação ajuda a criar confiança e credibilidade. Nesta sociedade da informação a inteligência, a riqueza e o poder são crescentemente coletivos, nascem do compartilhamento e não da posse.”

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      O compartilhamento das informações é característica essencial para o conceito de imaterialidade. Proporcionado pelas tecnologias, pessoas de qualquer parte do mundo conseguem interagir de modo a produzir conhecimento e subjetividade produtiva.

      As tecnologias digitais potencializam as novas relações sociais de produção. Os chamados softwares livres operam por uma lógica de uso que criam dinâmicas particulares de produção e regras próprias de circulação de produtos, bem como muda o comportamento em relação aos meios de comunicação. A grande inovação está na organização do trabalho em uma rede aberta e nas licenças públicas e criativas que funcionam como mecanismos de proteção e expansão da rede, onde o compartilhamento de informações é a base de seu funcionamento.

 

Autores:

Clóvis Ricardo Montenegro de Lima (CIn/UFSC, clovis.mlima@uol.com.br)

Rose Marie Santini (CIn/UFSC, mariesantini@gmail.com)

Armando de Melo Lisboa (CSE/UFSC, alisboa@matrix.com.br)

 

VIII ENANCIB – Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação

28 a 31 de outubro de 2007 - Salvador, Bahia, Brasil 


Comunicação alternativa

Comunicação alternativa

A comunicação alternativa pertence originalmente a uma subárea da tecnologia assistiva, que serve para “identificar todo o arsenal de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover Vida Independente e Inclusão”, sendo assim ela é utilizada para a ampliação de habilidades de comunicação e “destina-se a pessoas sem fala ou sem escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade de falar e/ou escrever”.

No entanto o termo utilizado no texto tem um sentido diferente do mencionado acima, ele tem relação a como essa comunicação acontece no ambiente virtual, sendo assim, ele adquire o significado de ser um meio que serve de ferramenta informação e instrução para as pessoas que tem dificuldade de adquirir conhecimentos sobre os mais diversos assuntos. Os objetivos que movem essa forma de comunicação seriam a conscientização, educação, luta por melhoria das condições de vida e por direitos coletivos, entre outros, das camadas populares.

O surgimento, do que se convencionou chamar de comunicação popular alternativa, se deu na década de 1970 quando Brasil e América Latina viviam o período da ditadura militar, devido a repressão que marcou esse período emerge a comunicação alternativa como o instrumento político, com conteúdo crítico, emancipador e reivindicatório que tinha por objetivo libertar e transformar o povo em protagonista. Atualmente a tecnologia tem contribuído para dar mais força a esse meio de comunicação, servindo como instrumento de reinvidicação em movimentos sociais entre outros.

Fonte: http://www.assistiva.com.br/ca.html

 


Comunicação Global

A internet, por ser um meio de comunicação global, fez com que os problemas sociais, políticos e econômicos de um local tivessem um âmbito internacional, assim surgindo acordos e organizações como a ONU, para atuar ao redor do globo. A mídia digital também é usada para expandir um movimento ativista, por ser rápido, barato e de grande alcance, e sem interferência de governos e corporações.

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Hoje, ao postar algo em uma mídia digital, qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo é capaz de acessar seu comentário. Por isso, é praticamente impossível impor um limite geográfico no âmbito da internet, assim, surgem os hackers, que são indivíduos que conseguem um acesso não autorizado a um sistema. Eles podem usar suas habilidades para engajar um movimento social ou político - ato conhecido como hackerismo - ou para ganho próprio, criando os chamados malwares, que atacam o sistema. Os criadores desses malwares são chamados de crackers.
 
Um exemplo de hackerismo é o grupo que responde por Anonymous. Em 2012, após a prisão do criador de um site de downloads chamado MegaUpload foi preso por infrigir os direitos autorais, o grupo chegou a invadir o site do FBI (Federal Bureal of Investigation) e do DOJ (Department of Justice) em protesto à prisão e a lei que estava sendo votada, que fazia com que o download de arquivos como música e séries fosse crime.
 
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MACHADO, Jorge Alberto S., Ativismo em rede e conexões identitárias: novas perspectivas para os movimentos sociais, Porto Alegre, 2007.

Comunicação integrada

O termo Comunicação Organizacional Integrada foi criado pela Profa. Dra. Margarida Maria Kunsch e compreende todas as comunicações, administrativa, institucional, mercadológica e interna. Propondo a união de todas elas para uma comunicação eficaz e efetiva.

KUNSCH, M. M. K. Comunicação organizacional na era digital: contexto, percusos e possibilidades. Signo y Pensamiento, v. XXVI, p. 38-51, São Paulo, 2007.

O que se nota é que as organizações, mais do que nunca, necessitam de uma comunicação viva e permanente, sob a ótica de uma política de relações públicas. Apesar da autora ter uma visão muito distante da realidade e propor medidas que ainda se encontram muito longe da nossa realidade, não podemos negar a importância das empresas usarem dos serviços integrados na área de comunicação.

Atualmente as organizações começam a reconhecer a importância de uma comunicação de qualidade para seus "clientes internos" para tanto os dirigentes destas companhias apostam em uma visão mais abrangente da comunicação implantando, graças ao auxilio do RP ou de um profissional de comunicação com uma visão macro, medidas estratégicas e adotando uma organização cada vez mais “humana”, ou seja, uma empresa que por meio de relacionamentos interpessoais composta por indivíduos com desejos, visões e anseios distintos, consegue obter uma melhor coesão e integração entre as diversas comunicações existentes em uma organização, alcançando através disto a eficácia para uma comunicação efetiva.

 


COMUNIDADES VIRTUAIS

As comunidades virtuais foram definidas inicialmente por Rheingold (S.l., 1998) como “[...] agregações sociais que emergem na Internet quando uma quantidade significativa de pessoas promove discussões públicas num período de tempo suficiente, com emoções suficientes, para formar teias de relações pessoais no ciberespaço.”

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O conceito de comunidades virtuais abrange a complexidade dos relacionamentos no ciberespaço, o estabelecimento e a formação dessas comunidades, a globalização e o enfraquecimento das identidades culturais.

O indivíduo não é obrigado a integrar determinada comunidade, a motivação é individual, é eletiva, subjetiva. Na comunidade virtual, o indivíduo escolhe, elege qual comunidade quer fazer parte. A característica diferencial dessa nova possibilidade de estabelecer relacionamentos sociais no ciberespaço está na forma de se adquirir traços de identificação, pois o próprio indivíduo escolhe o grupo que pretende fazer parte de acordo com seu interesse particular, tendo a chance de participar de quantas comunidades desejar.

Referência Bibliográfica:  CORRÊA, Cynthia H. W. Comunidades virtuais gerando identidades na sociedade em rede. Revista Ciberlegenda (Revista do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense), n. 13 (2004).

por: Flávia Luz Oliveira


Conhecimento compartilhado

É o conhecimento produzido de forma colaborativa, através compartilhamento de informações entre clientes, fornecedores e parceiros, de forma a apresentar respostas e soluções mais rápidas e efetivas.


CONHECIMENTO X SABER

 

         “Conhecimento pode se referir àquilo que é formalizado, como é o caso do conhecimento técnico-científico, que historicamente foi aspecto fundamental de valorização do capital.”

         “O saber é, antes de tudo, uma capacidade prática, uma competência que não implica necessariamente conhecimentos formalizáveis, codificáveis. A maior parte dos saberes corporais escapa à possibilidade de uma formalização. Eles não são ensinados; aprendem-se-nos pela prática, pelo costume, ou seja, quando alguém se exercita aquilo que se trata de aprender a fazer. Sua transmissão consiste em apelar à capacidade do sujeito se produzir a si próprio (GORZ, 2005, p. 32).”

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         De acordo com o artigo, há uma importante diferencia no âmbito da imaterialidade do trabalho, nas definições de conhecimento e saber. Historicamente, o conhecimento refere-se àquilo que é formalizado, comprovando, de grande relevância para o sistema capitalista e do ambiente objetivo. Já o saber refere-se a aprendizados cotidianos, relacionados à cultura e costume de um povo, às experiências externas ao mundo científico, sendo este “saber” o novo foco e base da produção da riqueza capitalista.

         No sistema onde a valorização do imaterial é importante, o saber tornar-se mais essencial do que o conhecimento. É a partir dele que a subjetividade é criada como um meio de compartilhamento de informações e cultura.

 

 

Autor:

CAMARGO, Sílvio. Considerações sobre o conceito de trabalho imaterial.

Pensamento Plural / Pelotas [09]: 37 – 56 julho/dezembro 2011

Disponível em: <http://pensamentoplural.ufpel.edu.br/edicoes/09/2.pdf

 


Consumo Emocional

O consumo emocional inaugura-se a partir das últimas décadas do século XX, e é o consumo onde o indivíduo tenta encontrar a si próprio naquilo que consome, equiparando-o ao nível de mercadoria.O consumo encarrega-se cada vez melhor de uma nova função identitária, moldando a subjetividade dos indivíduos.

A relação com as mercadorias adquire um novo significado na fase do consumo emocional: por meio delas o hiperconsumidor busca conferir um sentido, ainda que superficial, como afirma Lipovestky (2007), ao mundo que o rodeia e à sua própria existência. Trata-se aqui do consumo da experiência; pois hoje em dia compramos mais do que um produto, e sim a experiência e o prazer, uma marca, um conceito, status, etc.

No entanto, segundo o mesmo autor, cria-se uma situação de "felicidade paradoxal", sendo esta efêmera, que se finda ao término do próprio consumo, criando uma sociedade individualista, pautada no narcisismo, e repleta de miséria moral e afetiva.

Fonte: A subjetividade na sociedade de consumo: do sofrimento narcísico em tempos de excesso e privação, por Angela Caniato e Merly Luane Vargas Nascimento. - Texto de: 16/08/2010

Entrevistas com Lipovestky, criador do conceito: 

http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/805866-bem-estar-e-o-novo-luxo-afirma-filosofo-frances-gilles-lipovetsky.shtml

http://revistamarieclaire.globo.com/Moda/noticia/2013/03/gilles-lipovetsky-hoje-em-dia-nos-compramos-o-prazer.html


Contra-informação

Contra-informação

A contra-informação consiste no ato de silenciar ou manipular a verdade, procedimento feito habitualmente nos meios de comunicação de massa, ela ocorre através da publicidade pública de um regime político, da publicidade privada ou por meio de boatos ou rumores, "sondagens", estatísticas ou estudos supostamente científicos e imparciais, mas pagos por empresas ou instituições econômicas interessadas. Ele se utiliza de diversos procedimentos retóricos como a demonização, a pressuposição, o uso de mentiras, da omissão de informações ou da sobreinformação, a descontextualização do assunto ou do conteúdo, entre outros.

É a pratica de contenção da informação, isto é o uso de recursos e tácticas que consistem em produzir barreiras para a inversão no processo de divulgação de informações, ela é tida como uma atividade comunicacional negativa perante ao processo democrático pois viola a ética ao mudar o curso normal da informação, manipulando as pessoas de formas que entendam as situações contrariamente ao que devia ser politicamente correto entender, originando outras ações e projetando falsas expectativas para a real direção antes ansiada.

Fonte: http://consultorinforma.blogspot.com.br/2008/04/contra-informao.html

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Contrainforma%C3%A7%C3%A3o


Copyleft

Significa o direito de permissão de cópia de uma obra por outros usuários, dando a liberdade de copiar, modificar e redistribuir, exigindo que esse direito seja mantido em todas as versões modificadas. Copyleft surge do trocadilho com “copyright”, o direito de copiar, neste caso, atribuição de direitos ao proprietário impedindo reproduções não autorizadas da obra. Copyleft transmite precisamente a ideia de que haverá sempre garantia de liberdade para os usuários reproduzirem a obra.

Muito usado na informática, o copyleft é adotado por programadores que desenvolvem um software novo e pretendem que seja melhorado pela comunidade de usuários.

 

Fonte: COCCO, Giuseppe. Circular para produzir: novos mecanismos de socialização do conhecimento. Rio de Janeiro (IETS), Rio de Janeiro


Copyright

É um direito autoral, a propriedade literária, que concede ao autor de trabalhos originais direitos exclusivos de exploração de uma obra artística, literária ou científica, proibindo a reprodução por qualquer meio. É uma forma de direito intelectual. Também denominado direitos de autor ou direitos autorais, o copyright impede a cópia ou exploração de uma obra sem que haja permissão para tal. Toda obra original incluindo música, imagens, vídeos, documentos digitais, fotografias, arranjo gráfico em uma obra publicada, etc., são trabalhos que dão ao proprietário direitos exclusivos.

 

Fonte: COCCO, Giuseppe. Circular para produzir: novos mecanismos de socialização do conhecimento. Rio de Janeiro (IETS), Rio de Janeiro


Creative Commons

O CC tem por finalidade desenvolver licenças que possam ser usadas por qualquer pessoa ou organização, para que seus trabalhos venham a ser disponibilizados para uso, cópia, disseminação e recriação. A criação de uma rede contratual de produtores e usuários de sistemas e conteúdos permite que se compartilhem seus trabalhos pela Internet.É necessário entender o Creative Commons como dirigido principalmente a autores que têm interesse predominante na circulação ampla de sua obra. O CC também responde àqueles autores que possuem posições bem estabelecidas e querem opção de publicidade para suas obras desvinculadas
da indústria cultural (editores, produtores e outros). ( Lima e Santini, 2008 ) 
 

As licenças Creative Commons foram idealizadas para permitir a padronização de declarações de vontade em relação ao licenciamento e distribuição de conteúdos culturais em geral (textos, músicas, imagens, filmes), de modo a facilitar seu compartilhamento e construção, sob o amparo de uma uma ação copyleft.

Os CC permitem que os autores que usam copyright  possam abdicar em favor do público de alguns dos seus direitos inerentes às suas criações, ainda que retenham outros desses direitos. 

 
 

Cultura Hacker

Cultura Hacker

A cultura hacker tem origens no MIT – Instituto de Tecnologia de Massachussets e em outros laboratórios norte-americanos, como o PARC, da Xerox. Ela se baseia em três pilares: colaboração, conhecimento e liberdade. No código de ética, há algumas regras que devem ser seguidas, como não apagar intencionalmente ou danificar um arquivo em um computador invadido, notificar os administradores de sistemas sobre qualquer brecha encontrada, não invadir para roubar dinheiro ou informações, sempre estar disposto a compartilhar seu conhecimento, métodos, dentre outros.

Geralmente atribui-se um significado negativo a essa cultura, há quem diga que hackers são como piratas, na web, entretanto existe uma diferença entre hackers e crackers importante de ser ressaltada. Os crackers diferentemente dos hackers são aqueles indivíduos que praticam a quebra (ou cracking) de um sistema de segurança, de forma ilegal ou antiética.

Fonte: http://www.com.ufv.br/disciplinas/cibercultura/2011/03/culturas-da-internet-cultura-hacker/


Cultura Participativa

A cultura paticipativa é um conceito contemporâneo, pois está ligado ao desenvolvimento da internet e aos fluxos de troca de informação e construção de conhecimento que se desenvolvem neste meio, para Henry Jenkins a sociedade está cada vez mais interagindo com a internet como veículo para ações coletivas, soluções de problemas, deliberações públicas e criatividades alternativas.

Colaborando para a construção de conhecimentos, os fluxos tradicionais de produtor e consumidor de informação se fundem. Cada coloborador acredita na relevancia da sua colaboração gerando um ciclo virtuoso de produção de saber. Neste novo ambiente temos a “habilidade de transformar uma reação pessoal em uma interação social, cultura de espectador em cultura participativa”, propiciando um ambiente fértil para os fãs de diversos assuntos.

Baseado no livro Cultura da Convergência de Henry Jenkins.


D

Datafication

É o processo em que transformamos todas, ou a maioria, de nossas ações em dados. Número de passos registrados durante uma caminhada por um “passômetro” em nossos smartphones, alimentos utilizados em receitas após consulta de um app de receitas, roupas preferidas, adicionadas como favoritas em aplicativos de combinações de vestimentas, tudo isso pode ser transformado em dados que, posteriormente, poderão ser avaliados de modo a gerar perfis sociais, preferências de consumidores entre outras possibilidades. Todo este processo facilita a avaliação das ações da população e até prevenir contra desastres, tanto naturais quanto gerados por acidentes e até atentados de terroristas.

Fato é que quanto mais utilizarmos recursos tecnológicos, mais será possível “datificar” nossas ações, podendo desta forma, ser tudo registrado.


DESENCAIXE

A autora se apropriou da noção de desencaixe de Giddens (2002b, p. 221), que é o descolamento das relações sociais dos contextos locais e sua recombinação através de distâncias indeterminadas do espaço/tempo, para apresentá-la como um fator que impulsiona a formação de comunidades virtuais. O indivíduo, ao se inserir em comunidades virtuais, busca na realidade traços de identificação e não uma identidade única. Assim, um mesmo indivíduo pode fazer parte de diversas comunidades, dependendo do seu grau de interesse, adotando uma “pluralização” de identidades, que é quando a hibridização cultural acontece na prática.

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o desencaixecomomais um fator que impulsiona a formação de comunidadesvirtuais.O ciberespaço potencializa o surgimento de comunidades virtuais e de agregações eletrônicas em geral que estão delineadas em torno de interesses comuns, de traços de identificação, pois ele é capaz de aproximar, de conectar indivíduos que talvez nunca tivessem oportunidade de se encontrar pessoalmente. Ambiente que ignora definitivamente a noção de tempo e espaço como barreiras.

“Todas essas alterações atingem profundamente o indivíduo no final do século XX, quando se instaura a chamada “Crise de identidade”, inserida numa conjuntura mais ampla de mudança, que desloca as estruturas e processos centrais das sociedades modernas (...)” (HALL, 2001)

Referência Bibliográfica: CORRÊA, Cynthia H. W. Comunidades virtuais gerando identidades na sociedade em rede. Revista Ciberlegenda (Revista do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense), n. 13 (2004).

por: Flávia Luz Oliveira


Digital Divide

Fenda que separa os que estão conectados dos que não estão.
 
Fonte: A internet como meio de comunicação: Possibilidades e limitações - Por Luís Monteiro

Direito negocial

Visto como uma nova forma de direito, é mais flexível e ágil, pois tem como base o direito negociado entre as pessoas envolvidas em uma mesma questão. Ele se torna uma alternativa para o comércio da internet, pois não prevê uma solução única para todos os casos.

Fonte:http://www.conpedi.org.br/manaus/arquivos/Anais/Leticia%20Canut.pdf

Aluno: Beatriz B.


Direitos Autorais

"Direitos autorais são uma série de leis criadas para garantir a circulação e veiculação da produção cultural, seja ela por meio de livros, jornais, discos, filmes ou vídeos. São esses direitos que garantem a artistas e divulgadores instrumentos para recuperar o capital investido, além de assegurar o respeito à autoria das obras". (Superinteressante, 2004, Disponível em: http://super.abril.com.br/cultura/sao-direitos-autorais-445069.shtml)

Por: Filipeh Pereira Pessanha


Dromocracia

Período histórico marcado pela interação social por meio de veículos de comunicação de alta velocidade, exigindo dos indivíduos respostas igualmente rápidas para se manterem inseridos no sistema social; processo social em que há simultaneidade entre o mapeamento cognitivo e as possibilidades logísticas de ação dos indivíduos, e que depende do controle do tempo visando cada vez maior velocidade na execução dessa ação. 


E

Economia Afetiva

A Economia Afetiva é um conceito que integra a participação do público com a economia tradicional, buscando encontrar e entender os fundamentos emocionais dos consumidores, gerando um maior conhecimento dos públicos finais e proporcionando uma vivência de compra mais completa e satisfatória.

O funcionamento emocional das pessoas em relação às marcas aparece como elemento catalizador nas decisões de audiência e compra e portanto merece papel de destaque dentro da sociedade de consumo atual.

Baseado em Henry Jenkins , em seu livro A Cultura da Convergência 


Economia Criativa

Economia criativa segundo o autor inglês John Howkins no livro “The Creative Economy”, publicado em 2001, são atividades na quais resultam em indivíduos exercitando a sua imaginação e explorando seu valor econômico. Pode ser definida como processos que envolvam criação, produção e distribuição de produtos e serviços, usando o conhecimento, a criatividade e o capital intelectual como principais recursos produtivos.

Fonte: Wikipedia 

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É necessário apreender o conceito de economia criativa para entender o conceito de Iconomia, tema do artigo "Iconomia:Economia Criativa, Convergência Digital e Desenvolvimento Econômico", com autoria do Prof. Dr. Gilson Schwartz (ECA-USP) e do pós-graduando Julio Lucchesi Moraes. A internet possibilitou muitas formas de empreendedorismo através das ideias, dado seu potencial de alcance e o avanço tecnologico viviido ao longo das últimas décadas. Receitas de sofwares, sites, plataformas e games passaram a ter representividade na economia colaborando para que novos mercados de produtos e serviços surgissem, muitas vezes exterminando mercados tradicionais.

Nesse sentido, Pierre Lévy (2001) fala que "mercados completamente novos estão sendo inventados, mercados hiperespecializados, para os quais existem apenas alguns milhares de clientes pelo mundo que nunca puderam obter expressão numa economia local." 

Assim, é pertinente afirmar que a internet e a tecnologia facilitam a exploração do potencial criativo da humanindade e tem o papel de dissipar ideias em amplitude mundial, praticamente extinguindo as fronteiras. 

Aluna: Juliane Duarte Camara

LEVY, Pierre. A Economia Virtual. In LEVY, Pierre. A Conexão Planetária. São Paulo: Editora 34. 2001


SCHAWARTZ G, MORAES JL.Iconomia: Economia Criativa, Convergência Digital e Desenvolvimento Econômico.Temas de Economia Aplicada - Informações FIPE [internet]. 2011 [citado em 21 nov. 2013]. Disponível em: http://www.fipe.org.br/publicacoes/downloads/bif/2011/6_16-18-jul-gils.pdf

 


Economia da informação

Max Cohen Alguns aspectos do uso da informação na economia da informação propoe o conceito de economia da informação. 

Se a sociedade encontra-se em uma economia da informação, como as empresas estão usando a informação para competir no mercado? Este artigo busca a estruturação do referencial teórico para a construção do modelo que permita medir o uso da informação por parte das organizações. Com base nos levantamentos realizados, entende-se que as empresas usam a informação em busca de seis estratégias genéricas: redução de custos, criação de valor, inovação, redução do risco, virtualização e diferenciação de produto. Destacam-se, na economia da informação, as firmas que conseguem criar a interação entre os atores econômicos, tirar proveito da interconectividade e sincronizar as suas operações.

Max destaca no artigo em questão as novas formas de negócios, comunicação e interação e como atualmente podemos ver uma diminuição dos obstáculos nas relações de tempo-espaço nessa realidade virtual na qual estamos imersos.

Trata da informação como uma espécie de peneira de comportamentos, já que reduz a incerteza conforme a taxa de novidades e a prospecção à segurança na informação.

Trata da informação como um uso particular que só se pode entender devido aos fluxos contextuais e culturais de cada ser. E que é a partir do “tratamento automático da informação” que a organização é capaz de adquirir economia de escala, para reduzir os custos de operação.


ECONOMIA DO IMATERIAL

         

          “Na economia do imaterial o saber tornado força produtiva principal manifesta-se como algo que não pode ser mensurado e, mais do que isso, ele é apreensível na dimensão da vida cotidiana, nas horas diárias de não trabalho, no tempo livre, tornando-se este produtor de valor-conhecimento.”

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         De acordo com o autor, a economia do imaterial é algo, a princípio, imensurável. Uma atividade não imposta ou forçada, mas sim uma que as pessoas realizam de livre e espontânea vontade, tornando-se produtor de tal conhecimento. Assim o trabalho imaterial se distingue do trabalho abstrato; trata-se de uma atividade que o foco não é a força humana de trabalho, e sim, no conhecimento e subjetividade produzida.

        Nesta economia do imaterial, a produção de conhecimento livre e espontâneo, por ser difícil de mensurar, cria um cenário em que muitas organizações utilizam do conhecimento subjetivo produzido por seus funcionários como fonte de “riqueza”. Neste panorama, a força de trabalho fica desvalorizada em relação à produção cognitiva. Assim, podemos levantar algumas questões, tais: Este conhecimento subjetivo produzido pelas pessoas é recompensado de alguma forma? Seria viável um benefício econômico? Será uma nova forma de exploração, agora da intelectualidade do trabalhador?

 

Autor:

CAMARGO, Sílvio. Considerações sobre o conceito de trabalho imaterial.

Pensamento Plural / Pelotas [09]: 37 – 56 julho/dezembro 2011

Disponível em: <http://pensamentoplural.ufpel.edu.br/edicoes/09/2.pdf


Esfera Pública

Conceito proposto por Habermas, em que a comunicação se constitui em um espaço da vida social permitindo a formação de uma opinião pública  sobre diversos temas, incluindo o político. O conceito possui um interesse maior nos dias atuais sob o enfoque das redes sociais na Internet e o processo de participação política proporcionado por essa forma de comunicação e informação, tornando o espaço supostamente democrático. 

Fonte: Considerações sobre a esfera pública: redes sociais na internet e participação política, Jackson da Silva Medeiros 


Espectro Aberto

É uma política pública que defende a liberação de faixas do espectro eletromagnético para uso livre, sem necessidade licenciamento prévio. A partir de um entendimento do ar e do espectro como bens comuns, esta iniciativa defende o compartilhamento do espectro e seu uso livre para transmissão de todos os tipos de dados. "Espectro Aberto" se baseia na ideia de que a tecnologia pode reduzir ou mesmo eliminar a necessidade de os governos micro-gerenciarem as comunicações sem fio.

Fonte: Redes virais e espectro aberto: descentralização e desconcentração do poder comunicacional - Por Sérgio Amadeu da Silveira


Espoliação em rede

Em seu ensaio Ciberespaço e Acumulação de Capital, Arakin Monteiro organiza seu pensamento em tópicos e o terceiro e último deles está diretamente ligado à espoliação (HARVEY, 2004) de externalidades no processo interativo da rede, constituindo - na imbricação entre produção e consumo – formas peculiares de acumulação que se estabelecem fora de uma relação direta entre capital e trabalho.

Espoliar, em seu significado original, significa esbulhar, privar (alguém) da posse de, violenta ou fraudulentamente. Como nesse ensaio o tema central é a acumulação de capital por meio da captação da subjetividade coletiva nas empresas de Internet (as que funcionam exclusivamente através desta, tendo a informação como produto), obviamente o conceito possui um contexto diferente, onde se relaciona diretamente às redes. 

"O conceito de acumulação via espoliação trata de uma variedade de maneiras pelas quais o capital pode ser acumulado fora de uma relação propriamente capitalista, havendo em seu modus operandi muitos aspectos fortuitos e casuais. Sob o foco deste estudo específico, a espoliação está ligada à transformação em mercadorias de formas culturais, históricas e da criatividade intelectual, que podem ser espoliados de populações inteiras cujas práticas tiveram um papel vital no desenvolvimento desses materiais." (MONTEIRO, Arakin; p.25)

Ou seja, é a captação da subjetividade coletiva (cultura, história, criatividade intelectual) para transformá-la em mercadoria, espoliando essa subjetividade dos seus "proprietários", grupos de pessoas, por exemplo, e tornando-a parte do capital. Citando Bolaños (2002), Arakin nos apresenta uma ideia que auxilia na compreensão do conceito:

"É necessário enfatizar que esta “produção intelectual em geral”- espoliada no processo interativo da Internet comercial - não é ela mesma produtora de valor, mas tão somente a matéria-prima para novos processos produtivos, pois o conhecimento codificado, plasmado em máquina (software), é capital constante e não tem, portanto, a capacidade de gerar valor. O software, por sua vez, é a forma que o sistema encontra de enquadrar o trabalho mental, de padronizá-lo e de explorar as suas potencialidades pelo capital. É a forma em que se materializa num elemento do capital constante, o conhecimento que antes era propriedade do trabalhador intelectual isolado, de forma semelhante ao que ocorreu com o trabalho manual a partir do surgimento da máquina ferramenta. Há, portanto, uma convergência das tendências de desenvolvimento da subsunção do trabalho nos processos de produção cultural e produção intelectual em geral, que se estende inclusive, de forma importante, para amplas camadas da classe trabalhadora tradicional (BOLAÑO, 2007)." (MONTEIRO, Arakin; p. 26)

 

O ensaio completo está disponível na página do STOA da disciplina.


Exclusão Digital

A mídia digital traz sim, muitas facilidades no que se diz com o relacionamento pessoal e a difusão de idéias, portanto, deve-se destacar que não são todos os indivíduos que tem acesso à tal meio de comunicação. A internet ainda é um privilégio dos países mais desenvolvidos, e ainda das pessoas de classe social mais alta. A exclusão digital ainda é um desafio crescente a ser enfrentado para que todos tenham acesso à informação.

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As comunidades que mais precisam da informação, por conta da exclusão digital, acabam por não ter acesso e acreditar no que a grande mass media diz, em assuntos que seriam de interesses deles próprios. A população acaba por ficar alienada e não lutar pelos seus direitos, por não saber o que é possível através das redes sociais.

Outro problema encontrado nas populações menos privilegiadas é o analfabetismo digital. Mesmo com acesso, é importante que o indivíduo saiba operar alguns sistemas mais básicos da tecnologia, para que ele tenha o aproveitamento total da oportunidade de acesso, e consigo usufruir das vantagens e facilidades que a mídia digital proporciona.

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Comunicação Alternativa, redes virtuais e ativismo: avanços e dilemas por Denis de MORAES


G

Gatewatching

Gatewatching é um conceito jornalístico para edição. Enquanto no Gatekeeping o "porteiro" da redação é responsável pela filtragem da notícia, no Gatewatching, o espaço, que antes era limitado, passa a ter a participação de qualquer internauta na escrita das notícias. O conceito de Gatewatching surgiu paralelamente a revolução tecnológica trazida pela Internet.
        O gatekeeper é a função de “selecionador” do que pode ser ou não noticia para um meio. Esse guardião do portão das informações geralmente é formado por uma equipe é guiada pelo editor do jornal que deve seguir preceitos profissionais do jornalismo no lugar de suas ideias pessoais. Neste âmbito surgiu o papel do gatewatching que é um processo que ocorre praticamente em real-time, com respostas prontas e opinativas, na maior parte das vezes. A multiplicação de canais de informação disponíveis hoje em dia mostra que esta é uma mudança sem volta. E que permite um aumento também das audiências, que se tornam seletivas e voltadas para sites específicos, de acordo com o gosto e o interesse de cada um. São comunidades on-line que compartilham os mesmos temas e transformam os usuários em novos produtores de notícias e informações, segundo Axel Bruns. Em suma, o público tem invertido a relação de seleção e o processo de observação dos acontecimentos e o usuário passou a ser mais participativo.

 

fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gatewatching


Globalitarismo

Segundo Milton Santos, o termo globalitarismo é utilizado para expressar o totalitarismo que as nações hegemônicas impõem sobre as camadas populares, seja no âmbito econômico ou social. 

Assim, o globalitarismo consiste num processo de colonização universal, aprofundando o abismo entre ricos e pobres, metrópoles e colônias. Para Paul Virílio, “com a globalização, o que existe é a possibilidade de um totalitarismo definitivo, um totalitarismo sem ‘exteriores’. Um totalitarismo global.” - para o qual o autor propõe o termo globalitário.

Fonte: Globalitarismo e Subjetividade: algumas considerações sobre ética e liberdade, por Euclides André Mance. - Texto de: 17-05-98

http://somosiguaisnadiferenca.blogspot.com.br/2011/11/um-olhar-de-milton-santos-para.html


Guerra de Informações

Antes da mídia digital chegar, o público reconhecia o que era mostrado nas grandes mídias – jornais, revistas, televisão – como verdade. Assim, toda história tinha apenas uma versão a ser contada. Quando a internet e as mídias sociais vieram à tona, iniciou-se uma verdadeira guerra de informações, com fontes surgindo de todos os lugares, forçando o espectador a ouvir várias versões de uma mesma história e formar sua própria opinião.

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O maior exemplo dessa guerra de informações foi durante e invasão do Iraque, enquanto a grande mídia era claramente pró-EUA, e com o advento da comunicação alternativa, houve uma proliferação de mensagens e emails contradizendo a mídia. Com isso, a ONG MoveOn, organizou o maior protesto visto nas ruas de Nova York, para se manifestarem contra a guerra.

Um outro exemplo desse fenômeno pode ser visto nas recentes manifestações de Junho de 2013 em São Paulo, e que se alastrou pelo resto do país. No início do movimento, as grandes mídias disseminaram informações diminuindo a causa, mas com o facebook, twitter, e várias outras redes sociais, os manifestantes mostraram sua própria versão, fazendo com que milhares de pessoas aderissem à causa e saíssem para as ruas.

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MACHADO, Jorge Alberto S., Ativismo em rede e conexões identitárias: novas perspectivas para os movimentos sociais, Porto Alegre, 2007.

H

Habeas Data

"Conhece-se como habeas data a ação legal a que um indivíduo tem direito para ter acesso a um registo (cadastro) ou a uma base de dados que inclua informação sobre a sua própria pessoa. O individuo goza do direito de exigir que sejam corrigidos dados caso estes o prejudiquem, o difamem ou estejam incorretos...O habeas data, por conseguinte, constitui uma garantia sobre a gestão adequada da informação pessoal que se encontra sob o poder de terceiros. Permite evitar eventuais abusos e remediar erros involuntários na administração e na publicação dos dados". (Conceito de habeas data, 2012, Disponível em: http://conceito.de/habeas-data)

Por: Filipeh Pereira Pessanha


HIBRIDIZAÇÃO CULTURAL

Multiplicidade de identidades, surgida com o advento do período da alta modernidade ou modernidade tardia, em que os indivíduos passaram a desempenhar uma série de papéis.

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A ausência de fronteiras e a quantidade de serviços e produtos ofertados de todas as partes e que são consumidos, assimilados e apropriados por diferentes culturas provocam o enfraquecimento das formas nacionais de identidades culturais. Assim, as identidades “globais” começam a deslocar e até a apagar as identidades nacionais.

Paralelo a isso, se tem como pano de fundo fragmentação de identidades culturais, como a  identidade nacional, que vai sendo enfraquecida pelas características da modernidade. Novas identidades híbridas tomam seu lugar. Assim, defendemos a existência de comunidades virtuais como uma maneira de gerar identidades aos indivíduos participantes

Referência Bibliográfica: CORRÊA, Cynthia H. W. Comunidades virtuais gerando identidades na sociedade em rede. Revista Ciberlegenda (Revista do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense), n. 13 (2004).

por: Flávia Luz Oliveira


Hiperrealidade

Apenas um conceito, a hiper-realidade seria o próximo passo na humanidade ao extrapolar os limites colocados por cada tipo de realidade – misturada, virtual, física e aumentada. Além disso, o conceito mistura inteligência humana e artificial em um espaço sem limitações. Nesse caso, ambiente hiperreais seriam aqueles em que haveria interação entre indivíduos reais e indivíduos virtuais – vidas imaginárias, criadas por computadores.

 


Hipertexto

É o termo que remete a um texto em formato digital, ao qual se agregam outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos, palavras, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de referências específicas, os links.
 
Fonte: A internet como meio de comunicação: Possibilidades e limitações - Por Luís Monteiro

I

Iconomia

SCHWARTZ e MORAES (2011, p. 16) falam que a "... tríade conceitual (criatividade,desenvolvimento e digitalização) dá conta de definir os horizontes da Economia da Informação na sociedade do conhecimento – configuração ou paradigma que preferimos identificar a uma nova disciplina, a iconomia".

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Para os autores, a iconomia pode criar novos mercados totalmente virtuais, onde a geração e a destruição de riqueza é incessante, com efeitos cada vez mais importantes sobre os universos paralelos da economia ou da ecologia. Por exemplo, um game, o EverQuest, já movimenta uma economia real maior que a da Bulgária. 

Neste contexto, o virtual pode ter grande relevância econômica, capaz de tomar proporões inimagináveis dado a característica do espaço cíbrido e a capacidade de receber interações [e investimento] de qualquer parte do planeta. 

A Iconomia pode ser alternativa para ações no espaço cíbrido, como mostra uma das iniciativas do Prof. SCHWARTZ " um dos exemplos é permitir que uma pessoa que descarte corretamente uma embalagem vazia em uma ‘lata de lixo tecnológica’, possa ser identificado e ‘remunerado’ pela atitude com moedas criativas.", que por sua vez, de alguma forma, impactariam na economia.

SCHAWARTZ G, MORAES JL.Iconomia: Economia Criativa, Convergência Digital e Desenvolvimento Econômico.Temas de Economia Aplicada - Informações FIPE [internet]. 2011 [citado em 21 nov. 2013]. Disponível em: http://www.fipe.org.br/publicacoes/downloads/bif/2011/6_16-18-jul-gils.pdf 

 

Aluna: Juliane Duarte Camara

 

 


Identidade

É o conjunto de características próprias e exclusivas com as quais se podem diferenciar pessoas, animais, plantas e objetos inanimados uns dos outros, quer diante do conjunto das diversidades, quer ante seus semelhantes.

Com a fluidez dos alicerces identitários presentes na modernidade, as comunidades devem ser sempre flexíveis, o corpo do construtor de identidade deve ser flexível, e suas atitudes sempre mutáveis e readaptáveis.

As redes sociais, nesse contexto, são ferramentas que alteram, influencia e ajudam cada individuo a construir sua própria identidade.

Bibliografia: A questão da identidade para Giddens e Bauman. Alan Mocellim http://bibliotecadafilo.files.wordpress.com/2013/10/mocellim-modernidade-e-identidade-giddens-e-bauman.pdf


Indústria Criativa

“[são] aquelas indústrias que têm sua origem na criatividade, habilidade e talento individuais e que têm um potencial para riqueza e criação de empregos por meio da geração e exploração
da propriedade intelectual" (PASQUINELLI, M. - Guerra civil imaterial: protótipos de conflito dentro do capitalismo cognitivo - Lugar Comum n 24-25)

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Reflexão crítica do autor referente ao tema: 

"...uma investigação dos processos sociais que se desenvolvem por trás da criatividade,

o poder criativo do desejo coletivo e a natureza política de qualquer produto
cognitivo (idéia, marca, mídia, artefato, evento). Pergunta: o quê, ou quem produz
o valor? Resposta: a “fábrica social” produz a maior parte do valor (e do confl ito).
Depois disto, focalizo o espaço político da competição cognitiva. Não me
concentro nas condições de trabalho ou políticas neoliberais dentro da Indústria
Criativa, e sim na vida pública dos objetos imateriais. Coloco os produtos cognitivos
em um espaço de forças, delineando tais objetos a partir do exterior, ao invés
do interior. Esta é uma tentativa de responder a uma outra pergunta: se a produção
se torna criativa e cognitiva, coletiva e social, quais são os espaços e as formas de
confl ito? Como conclusão, apresento o cenário de uma “guerra civil imaterial”,
um espaço semiótico do qual a Indústria Criativa é apenas uma pequena parte."

 

É um tipo inovador mas nem tanto de indústria que trata de dar um tom comercial a todo o processo criativo-cognitivo social, em seu âmago buscando na maior parte das vezes a obtenção do lucro. 


Infopreneurship

Infopreneurship é a metáfora proveniente de entrepreneurship que propõe a reunião entre conhecimento e informação conduzindo a um escopo que resultará no infopreneuring, uma nova forma de gerenciamento.

SILVA, Jovino Moreira. O ciberespaço como desafio para uma nova administração: Uma abordagem sobre INFOPRENEURING. Disponível em: http://www.angrad.org.br/artigos-de-divulgacao/o-ciberespaco-como-desafio-para-uma-nova-administracao-uma-abordagem-sobre-infopreneuring/638.

Os novos desenhos organizacionais, baseados na informação e no conhecimento como geradores de resultados desejados, são como um salto do que o autor chama de entrepreneurship para infopreneurship. Assim, essa nova organização baseada na criação de conhecimentos, gestão e produção de informação gera os “infocustumers” (consumidores do ciberespaço), e um novo “infomarket” (mercado no ciberespaço) que terá necessidade de um sistema novo de distribuição para atender os novos “infomediários”.

Ao promover sistemas cooperativos e autogeridos de negócio, e de infopreneurship, a empresa estará reinventando a sua existência administrativa, assim, reconstrói por antecipação, seus limites atendendo com qualidade os novos consumidores do ciberespaço administrativo.


Informação

“A informação sintoniza o mundo. Como onda ou partícula, participa na evolução e da revolução do homem em direção à sua história. Como elemento organizador, a informação referencia o homem ao seu destino; mesmo antes de seu nascimento, através de sua identidade genética, e durante sua existência pela sua competência em elaborar a informação para estabelecer a sua odisséia individual no espaço e no tempo. (...) É algo capaz de transformar estruturas”

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De acordo com o artigo, os registros da informação na sociedade primeiramente levaram à substituição da oralidade pela escrita. Em seguida, houve a multiplicação da informação por diferentes fontes, por exemplo, as bibliotecas, que dão suporte à memória do ser humano. Com esta evolução surge a sociedade da informação, que remete à relação tridimensional "homem/conhecimento/mercado", comunicação e desterritorialização da informação.

A pesquisa das autoras aborda a noção de estoques de informação, como meio de substituir os “homens-memória”, presentes na sociedade sem escrita, sendo ainda o princípio da construção da memória registrada. Tal substituição dos “homens-memória” pode ser comparada à transição do analógico para o digital, as autoras citam, por exemplo, a passagem do livro manuscrito para o impresso. E hoje em dia já temos a passagem do impresso para a digitalização do livro.

Blogs e outras ferramentas facilitam a dispersão da informação. Assim, sempre há algo a ser contado, sendo banal ou não. Além disso, tais ferramentas podem ser grandes aliadas dos profissionais da área de comunicação, tecnologia e da própria informação. Deste modo, as autoras buscam demonstrar que os blogs são uma ferramenta de comunicação utilizada no ambiente virtual que pode vir a favorecer a valorização da informação e da memória.

 

Autoras:

Luciana M. Carvalho e Monica M. Carvalho

O registro da memória através dos diários virtuais: o caso dos blogs. Porto Alegre, v. 11, n. 1, p. 53-66, jan./jun. 2005.


Informação: peneira de comportamentos

Max Cohen em Alguns aspectos do uso da informação na economia da informação, trata da informação como uma espécie de peneira de comportamentos, já que reduz a incerteza conforme a taxa de novidades e a prospecção à segurança na informação.

Trata da informação como um uso particular que só se pode entender devido aos fluxos contextuais e culturais de cada ser. E que é a partir do “tratamento automático da informação” que a organização é capaz de adquirir economia de escala, para reduzir os custos de operação.

É ai que entram também os tais sistemas transacionais (já que a virtualização e o tratamento informacional permite uma alta taxa de redução de custos).

Ressalta ainda que “como uma rede, a Internet tem proporcionado novo ambiente econômico para as organizações. Isso significa novos canais de comunicação e de troca entre os agentes econômicos. Nesse ambiente, a informação torna-se um material vital para sobrevivência.”

A informação cria, então, valor. 


Inteligência Coletiva

A inteligência coletiva de acordo com a definição de Pierre Levy (1998, p. 28) é "...uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências". Em obras posteriores, Lévy defenque que a inteligência coletiva não é um tema puramente cognitivo, mas também político e social, pois só pode existir desenvolvimento da inteligência coletiva se houver cooperação competitiva ou competição cooperativa.Conclui que é a partir do equilíbrio entre competição e cooperação que nasce a inteligência coletiva. Propõe que conceito de inteligência coletiva configura um ecossistema de quatro dimensões: material, técnico, cultural, social.

LEVY, Pierre. A Inteligência Coletiva - Por uma antropologia do ciberespaço. Tradução: Luiz Paulo Rouanet. São Paulo: Editora Loyola,1998

 

LEVY, Pierre. A Economia Virtual. In LEVY, Pierre. A Conexão Planetária. São Paulo: Editora 34. 2001

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Pierre Lévy é um grande pensador engajado na discussão sobre o ciberespaço. Autor de vários livros sobre a temática é também precurssor e dissiminador de algums conceitos, como exemplo o de inteligência coletiva, considerando principalmente a utilização do ciberespaço. Para Lévy, a inteligência coletiva passa pelo processo de coompetição e cooperação, ou seja dois aspectos atuam ao mesmo tempo: o aspecto da liberdade – competição – e o aspecto do vínculo social e da organização institucional – cooperação.

A rede já se mostrou muito útil como plataforma colaborativa, ou seja, conhecimentos agregados podem se transformar em soluções reais e benéficas para a sociedade. 

Os novos meios de comunicação (internet, redes sociais etc.) fomentam o capital social, ao nos permitir estabelecer relações uns com os outros e oferecem condições para o desenvolvimento do capital cultural, Porém, para ambos se desenvolverem, é necessário a base material aliada do capital técnico, como vem sendo explorados para o desenvolvimento da tecnologia da informação. A estruturação dessas quatros dimensões propicia o desenvolvimento e aproveitamento da inteligência coletiva. 

 

Aluna: Juliane Duarte Camara 

 


L

Liberdade Pública x Liberdade Privada

Liberdades públicas são aquelas garantidas e limitadas dentro de um Estado de Direito. As liberdades são, de fato, públicas porque são reconhecidas e protegidas pelo Direito, e isso independentemente do objeto da liberdade. Cumpre ressaltar que são várias as espécies destas, espalhadas e garantidas pelo Estado, no entanto, deve ser adicionado àquelas a idéia de direitos fundamentais.

Já a liberdade ou autonomia privada, diz respeito princípio que garante às partes o poder de manifestar a própria vontade, estabelecendo o conteúdo e a disciplina das relações jurídicas de que participam. Em regra permanece a vontade dos contratantes. Porém atualmente a manifestação de vontade não é totalmente livre, pois na concepção moderna de Estado, este exerce o Dirigismo Contratual, ou seja, intervenção na relação com os particulares para garantir princípios mínimos à coletividade.

Segundo Mance, no contexto do capitalismo a ética é importante, pois tem como objetivo preservar e promover as liberdades pública e privada de modo tal a possibilitar a maior realização possível das diversas singularidades humanas que não sejam contraditórias à própria promoção da liberdade. 

Por fim, o que vimos nas sociedades contemporâneas atuais regidas pelo sistema capitalista globalitário é a negação da liberdade pública e da liberdade privada das maiorias em nome da liberdade privada dos que dispõem de capital.

Fonte: Globalitarismo e Subjetividade: algumas considerações sobre ética e liberdade, por Euclides André Mance. - Texto de: 17-05-98

http://pt.wikipedia.org/wiki/Autonomia_privada

http://jornal.jurid.com.br/materias/noticias/liberdades-publicas-conceito-protecao-limites-dentro-perspectiva-constitucionalismo-aplicada-no-brasil

 


Linguagem de Programação ( HTML, CSS E etc)

Uma linguagem de programação é um método padronizado para comunicar instruções para um computador. É um conjunto de regras sintáticas e semânticas usadas para definir um programa de computador. Permite que um programador especifique precisamente sobre quais dados um computador vai atuar, como estes dados serão armazenados ou transmitidos e quais ações devem ser tomadas sob várias circunstâncias. Linguagens de programação podem ser usadas para expressar algoritmos com precisão.

 

fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem_de_programa%C3%A7%C3%A3o


Ludocapitalismo

Sérgio Amadeo em "A crise atual é uma crise da virtualização excessiva do capitalismo financeiro" fala sobre o fato de que a virtualização do metal fez com que entrássemos numa era onde a moeda virtual virou hit. Assim, diz que a maior parte das pessoas usam das operações virtuais para exercer o poder de compra no sistema.  

Essa troca digital de capital permite então perceber que o nos cerca são uma série de contratos sociais virtualizados e divinizados principalmente quando observamos coisas com grande valor econômico.

E taxar essas “coisas” é basicamente encontrar no mercado de ativos financeiros, dito futuros, o sinônimo para esses contratos virtualizados, onde o que interessa são as apostas que os permeiam e a concretização ou não destas. São jogos no mercado financeira, e assim surge o tal ludocapitalismo.

O autor ainda fala sobre as últimas crises e a sua incidência problemática sobre o povo e termina divinamente definindo que “O capital brada: é preciso salvar os bancos, o sistema. Que se danem os pobres, o meio ambiente. Imprimir dinheiro somente para salvar os bancos e as instituições financeiras.”

O autor revela em suas intrínsecas discussões o descaso do sistema para com algo que vai além do próprio sistema e dos mecanismos necessários à sua e, somente sua, salvação. Ressalta, então, a posição de uma sociedade que favorece alguns tantos, e desfavorece outros milhões de tantos.


M

Mercadoria

“Se antes, para produzir uma mercadoria, era necessário um certo número maior
de horas de trabalho simples (...) ou, de qualquer maneira, se para produzir um
número maior de mercadorias era necessário um aumento da massa de trabalho,
hoje, observamos, ao contrário, que cada aumento de produção nasce da
expressão de atividades intelectuais, da força produtiva da descoberta científica
e sobretudo da estreita aplicação da ciência e da tecnologia à elaboração da
atividade de transformação da matéria.”

 

O valor-mercadoria altera-se, dado que não é composto majoritariamente do tempo do trabalho, mas do tempo da formação do trabalho. E esse tempo, contínuo e virtual, é impossível de ser medido, embora seja possível de ser capturado. Mas essa captura nunca é completa, porque o capital não pode controlar por inteiro a inteligência, as capacitações afetivas, a produção de linguagem e os conhecimentos técnicos da multidão. 

 

Fonte: Negri, 2003, p. 92-3


Mídias Sociais

“São quaisquer tecnologias ou práticas on-line que permitem o compartilhamento de conteúdo, opiniões, ideias, experiências e mídias, possibilitando conversação sobre o que é relevante.”

Fonte: Profa. Dra. Elizabeth Saad Corrêa - Professora de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da ECA USP.


Multiculturalismo

Multiculturalismo (ou pluralismo cultural) é um termo que descreve a existência de muitas culturas numa região, cidade ou país, com no mínimo uma predominante. A globalização acentua ainda mais essa mistura cultural. O Brasil, por exemplo, traz em sua cultura traços de muitas outras. Em pontos específicos do país isso é mais nítido.
 

No contexto das redes sociais o multiculturalismo refere-se a possibilidade de encontrarmos dentro de um mesmo espaço (cibernético) acesso a diferentes manifestações e traços culturais. Isso acarreta na construção identitária de cada indivíduo, ultrapassando fronteiras geográficas e permitindo que ele seja "o que quiser" e não o que "deveria ser" por morar em determinada região, pertencer a determinado grupo ou classe social. 


N

Narrativas transmidiáticas

"Narrativas transmidiáticas são aquelas que ocorrem em diferentes plataformas, interligando um produto principal (livro, filme, história em quadrinhos, seriado televisivo, entre outros.) a tramas paralelas que expandem a história central, criando um vínculo com o leitor/espectador/ouvinte que o incentiva a garimpar fragmentos da narrativa em diferentes lugares. Surgem como uma estética que responde à convergência das mídias – uma estética que faz novas exigências aos consumidores e depende da participação ativa de comunidades de conhecimento. Se referem a determinados modos de configuração da produção, circulação e consumo de produtos midiáticos, geralmente atrelados à indústria do entretenimento e que se caracterizam pela fragmentação do conteúdo em diversos meios de comunicação. Transmídia não é sinônimo de adaptação de um mesmo conteúdo em diferentes mídias.

A narrativa transmídia é a arte da criação de um universo. Para viver uma experiência plena num universo ficcional, os consumidores devem assumir o papel de caçadores e coletores, perseguindo pedaços da história pelos diferentes canais,comparando suas observações com as de outros fãs , em grupos de discussão on-line, e colaborando para assegurar que todos os que investiram tempo e energia tenham uma experiência de entretenimento mais rica."

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_da_converg%C3%AAncia

JENKINS, Henry, Cultura da Convergência. São Paulo :Aleph, 2008


Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC)

“O advento das mídias interativas, como a Internet, trouxe de original, para as relações sociais, a maior possibilidade de conexão entre as pessoas, em tempo muitíssimo veloz e independente da distância, do espaço, ou seja, os computadores além de agregarem formas de comunicação típicas de outras eras, como a escrita, a imagem e o som, e acelerarem a velocidade das informações, permitem uma interconexão planetária inédita que efetivamente nos transforma em moradores de uma verdadeira aldeia global.”

Fonte:http://www.pucrs.br/edipucrs/online/trabalhoinfantil/trabalhoinfantil/2.1.html


NTICs

Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs)

Objeto de consumo e ferramenta de trabalho ao mesmo tempo, as NTICs aceleram o processo de socialização das inovações e permitem que surja uma nova figura, a do usuario-inovador (Jollivet 2000). A função e uso das NTICs são construdos e inventados pelo proprio trabalhador-usuario; não podem funcionar
independentemente dos conteudos culturais, artsticos, ideologicos e tecnicos. Não se dissociam, portanto, do conjunto complexo dos saberes que eles veiculam. Essa articulação função-uso e criativa desde que ponha em interação a memoria "situada" da maquina e a memoria "não situada" do intelecto. "Ela e criativa desde que a maquina NTIC permita a interação entre subjetividades". (Corsani 2002, p. 184).

 

A Economia Poltica do Cognitivo - Bouzid Izerrougene


O

O Conhecimento

O conhecimento é “inteligência coletiva”, cultura comum, saber vivo e vivido. Ele pode ser compartilhado à vontade,gratuitamente, especialmente por meio da Internet. O conhecimento pode ser reproduzido em quantidades ilimitadas por um custo desprezível e compartilhado sem ter de passar pela forma-valor. Assim, a principal fonte de valor é suscetível de ser subtraída à apropriação privada.
 (Lima e Santini, 2008)

O conhecimento é algo muito valorizado na sociedade atual. É a partir dele que podemos criar não só obejtos para uma sociedade mais avançada tecnologicamente mas também conhecer outras culturas, outros valores. A inovação também é fruto do conhecimento, através dela, podemos acelerar muitos processos na ciência, na engenharia que melhoram, de fato, a sociedade em que vivemos. 

Obras intelectuais protegidas

"São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro. Estão incluídos aqui textos de obras literárias, artísticas ou cientificas, conferências, alocuções, sermões, etc.; obras dramáticas e dramático-musicais; obras coreográficas cuja execução cênica se fixe por escrito ou por outra forma qualquer; obras audiovisuais sonorizadas ou não, inclusive as cinematográficas; obras fotográficas; desenhos, pintura, gravura, escultura, litografica, arte cinética, ilustrações e mapas; projetos, esboços, e obras plásticas referentes à arquitetura, paisagismo, cenografia, etc.; adapatações, traduções e outras informações de obras originais, apresentadas como obra intelectual nova; programas de computador, coletâneas, antologias, enciclopédias, dicionários, bases de dados, que, por sua seleção, organização ou disposição de seu conteúdo, constituem uma criação intelectual."

Direitos autorais na internet (Plinio Martins Filho)


Organizações apiônicas

Organizações apiônicas são estruturas hexagonais desenvolvidas pelas abelhas sendo organizações autogeridas e sem organogramas piramidais.

SILVA, Jovino Moreira. O ciberespaço como desafio para uma nova administração: Uma abordagem sobre INFOPRENEURING. Disponível em: http://www.angrad.org.br/artigos-de-divulgacao/o-ciberespaco-como-desafio-para-uma-nova-administracao-uma-abordagem-sobre-infopreneuring/638.

Acredito que não podemos mais desconsiderar a influência dos meios de comunicação, computadores, internet, enfim, de um novo espaço empresarial que tende a criar empresas virtuais cada vez mais sem administração, que são autogeridas independentemente da tecnologia produzida e que estão cada vez mais complexas e sensíveis as mudanças ambientais. No entanto, esse processo é lento e vai se instaurando aos poucos nas empresas brasileiras.

A transformação da administração é portanto, a transformação da empresa, do negócio, do produto, do emprego e principalmente do indivíduo. As empresas ficam cada vez mais sujeitas ao avanço do tempo e as mudanças conduzem as organizações para uma globalização ciberespacial. Neste novo sistema um limite superior de competência, conhecimento, aprendizagem e informação é demandado.


P

Patentes

"O objetivo principal da patente é proteger o novo produto de pessoas que possam colocá-lo no mercado a preços mais baixos do que o aquele que realmente vale. O preço mais baixo é possível porque o plágio é muito mais barato de ser feito, já que não tem custo nenhum com pesquisa e desenvolvimento. Assim, para um inventor, é indispensável que seu produto seja patenteado antes da divulgação, evitando assim as cópias". (Tecmundo, 2009, Disponível em: http://www.tecmundo.com.br/o-que-e/2900-o-que-sao-patentes-.htm#ixzz2mWJIp42g)

Por: Filipeh Pereira Pessanha 


Peering

Consiste em um modelo de produção que utiliza a inteligência e os conhecimentos coletivos e voluntários, geralmente espalhados pela Internet, para resolver problemas, criar conteúdos e soluções ou desenvolver novas tecnologias, assim como para gerar fluxo de informação. Um exemplo muito comum é a Wikipedia na qual diversos participantes cooperam para a criação de um conteúdo único: “não é apenas o seu tamanho ou a sua popularidade, mas a maneia como a Wikipedia evoluiu que a torna única. Milhares de usuários de internet dedicaram voluntariamente o próprio tempo e conhecimento para ajudar a atingir o objetivo da comunidade, que é fornecer a qualquer pessoa no mundo uma enciclopédia de alta qualidade em sua língua nativa”.


Poluição informativa

Bombardeio de informação vindo de vários meios de comunicação diferentes, de modo a sobrecarregar o público com o excesso de conteúdo.


PRODUÇÃO COLABORATIVA

 

      “As relações colaborativas entre produtores e usuários são horizontais, diferindo das relações entre produtores e consumidores do capitalismo industrial. As redes horizontais de produção colaborativa são processos sociais criativos, e não estão focadas nos valores capitalistas dos seus produtos. Observa-se a reciprocidade do “sistemas de dádivas” descrita pelo antropólogo Mauss (1974). A retribuição não é a contrapartida “necessária” e racionalmente calculada. O usuário da informação pode retribuir com um “muito obrigado” e este gesto pode ser considerado gratificante por quem a produziu (PRADO et. al., 2005).”

         “Neste contexto as novas dinâmicas parecem surgir do compartilhamentoacelerado de informações, substituindo o modo de transmissão unidirecional por relações em rede. São muitos os processos de incremento das produções coletivas e de questionamento dos antigos modos de mediação e de oferta de informação, a partir do uso cada vez mais freqüente de ferramentas de compartilhamento no mundo digital.”

 

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          O processo de produção colaborativa está relacionado principalmente com: as novas maneiras de interações e relação das pessoas; e a forma de produção. A cooperação e liberdade de produção caracterizam um cenário de reprodução da subjetividade. O computador, por exemplo, é um instrumento universal, por meio do qual todos os saberes e todas as atividades podem ser compartilhadas. Graças às tecnologias desenvolvidas é possível uma produção de trabalho colaborativo que caracteriza as relações da sociedade atual.

           A diversidade que as redes de comunicação trazem é inumerável. O desenvolvimento de softwares livres possibilita espaços comuns de comunicação e produção colaborativa entre pessoas de diversas culturas e origens distintas. Este repertório de informações e contextos culturais reflete no processo de produção do trabalho. Desta forma, na sociedade da informação, o conhecimento, a riqueza e poder nascem do compartilhamento e não da posse autoritária.

 

Autores:

Clóvis Ricardo Montenegro de Lima (CIn/UFSC, clovis.mlima@uol.com.br)

Rose Marie Santini (CIn/UFSC, mariesantini@gmail.com)

Armando de Melo Lisboa (CSE/UFSC, alisboa@matrix.com.br)

 

VIII ENANCIB – Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação

28 a 31 de outubro de 2007 - Salvador, Bahia, Brasil 

 


Propriedade Intelectual

"A Convenção da OMPI define como Propriedade intelectual, a soma dos direitos relativos às obras literárias, artísticas e científicas, às interpretações dos artistas intérpretes e às execuções dos artistas executantes, aos fonogramas e às emissões de radiodifusão, às invenções em todos os domínios da atividade humana, às descobertas científicas, aos desenhos e modelos industriais, às marcas industriais, comerciais e de serviço, bem como às firmas comerciais e denominações comerciais, à proteção contra a concorrência desleal e todos os outros direitos inerentes à atividade intelectual nos domínios industrial, científico, literário e artístico". (BARBOSA, 2002, O Conceito de Propriedade Intelectual).

Por: Filipeh Pereira Pessanha


Q

Quadro Comparativo entre Modernidade Sólida e Modernidade Líquida

Ver imagem

Modernidade líquida, capitalismo cognitivo e educação contemporânea - Karla Saira e Alfredo Veiga-Neto


Quantidade de tempo

“Penso que os hackers valorizam antes de tudo uma relação com o trabalho que não se baseia no dever e sim na paixão intelectual por uma determinada atividade, um entusiasmo que é alimentado pela referência a uma coletividade de iguais e reforçada pela questão da comunicação em rede. São vários os autores que explicam essa ética hacker e que insistem em pensar que o espírito hacker consiste na recusa das idéias de obediência, de sacrifício e de dever que sempre foram associadas à ética individualista, à ética protestante do trabalho. Os hackers substituem essa ética não de uma maneira egoísta, mas, ao contrário, por um novo valor que prega que o trabalho é mais alto quanto maior seja a paixão que esse trabalho desperte. Falamos de paixão, aderência, interesse e continuidade. Essa maneira de pensar o trabalho une, fundamentalmente e de maneira indissociável, o prazer intelectual a força pragmática e ao compromisso social. “

O autor afirma que a cultura hacker constrói a propria realidade para além de uma definição do valor como tempo. Esta, expressa um uma nova forma de viver o tempo. Com isso, a informação e a cultura são imputadas em um bem ou em processo passível de mensuração em quantidade de tempo. 

 

 Fonte: Negri, mimeo


R

Relacionamento digital

A mídia digital tornou possível uma nova forma de relacionamento, juntando pessoas que antes estavam impedidas de se comunicar devido à distância geográfica. O laço construído por meio da internet pode ser ainda mais forte do que um construído no meio físico, já que por meio de fóruns e comunidades, é possível achar alguém com os mesmos interesses que os seus com facilidade.

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Embora nas redes sociais é possível achar pessoas com os mesmos interesses rapidamente, ultimamente esse interação está substituindo o contato físico. Não é raro ver um grupo de pessoas sentadas em um mesmo local, mas cada uma mexendo no celular ou outro meio de comunicação digital, ao invés de conversarem entre elas mesmas. É necessário que haja um equilíbrio entre os dois tipos de interações.

Na internet também é imprescindível o cuidado ao disseminar suas informações pessoais, pois mesmo sendo uma ótima maneira de conhecer pessoas com os mesmos interesses, alguns usam esse meio para atrair as pessoas para cometer algum tipo de delito, como não é difícil ver notícias de pedofilia e sequestros envolvendo as redes sociais.

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Comunicação Alternativa, redes virtuais e ativismo: avanços e dilemas por Denis de MORAES


Reprodução dos meios imateriais

“Naturalmente, a reprodução é muito diferente das formas tradicionais de roubo,

pois a propriedade original não é tomada de seu proprietário; simplesmente

passa a haver mais propriedade para alguém mais. A propriedade privada

baseia-se tradicionalmente numa lógica de escassez – a propriedade material

não pode estar em dois lugares ao mesmo tempo; se você a tem, eu não posso

tê-la –, mas a infinita reprodutibilidade que é um elemento central dessas

formas imateriais de propriedade solapa diretamente qualquer concepção de

escassez como esta.” 

O autor em sua colocação pretende demonstrar que a propagação a baixo custo dos bens imateriais por meio de tecnologias de reprodução, como computadores, gravações digitais, fotocópias, é a função social e economica fundamental da economia cognitiva. Tal propagação proporciona o a circulação do fluxo de informação e conhecimento sobre os meios imateriais. 

 

Fonte:Negri e Hardt, 2005, p.235


Revolução de Gutemberg

Conceito retirado de um livro escrito por John Man, falando de um modo geral em como as tecnologias permitem o acesso à informação à uma camada cada vez mais da população, permitindo que se forme opiniões, pensamentos críticos e tenham "voz". O livro refere-se à invenção dos tipos móveis. Com a internet, surgem nossas ideias de democratização "total" das sociedades. Surge uma "ebulição utópica em torno da internet e em torno das novas tecnologias digitais, como se elas trouxessem a igualdade, a voz para todos"(BUCCI, 2009).

Fonte: Sociedade da informação, capitalismo e sociedade civil: reflexões sobre política, internet e democracia na realidade brasileira, José Antonio Gomes de Pinho


S

Sociedade do conhecimento

A lógica econômica do conhecimento é diferente da que rege a produção física. O produto físico entregue por uma pessoa deixa de lhe pertencer, enquanto um conhecimento passado a outra pessoa continua com ela, e pode estimular na outra pessoa visões que irão gerar mais conhecimentos e inovações. O conhecimento faz parte do que chamamos em economia de bens «não rivais». Em termos gerais, portanto, a sociedade do conhecimento acomoda-se mal da apropriação privada: envolve um produto que, quando socializado, se multiplica. (Dowbor,L. Economia Global e Gestão v.15 Lisboa abr. 2010)

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O cerne do conceito se dobra sobre o partilhamento da informação. O que antes necessitava de um meio físico para a propagação agora não mais existe própriamente dito. Não necessitamos mais de um CD nem um aparelho reprodutor dessa mídia para ouvir uma música, muitas vezes nem mais de um livro para absorvermos os conceitos nele existentes. Agora o que realmente é importante é também intangível e um tanto incontrolável: necessitamos de alocação de bites e uma rede de compartilhamento. 

 


Sociedade Mecânica

Marca registrada das sociedades pré-modernas, isoladas. A individualidade é reduzida pelas tradições culturais compartilhadas, que funcionam como um "mapa da subjetividade". Isso significa que, nesse caso, só haverá o comportamento "normal" e "anormal", inclusive pelo isolamento em relação às outras culturas, tornando a norma compartilhada como a "única opção".

FONTE: A VIRTUALIZAÇÃO DAS COMUNIDADES: APONTAMENTOS PARA UMA
CRÍTICA DOS VÍNCULOS SOCIAIS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
EDILSON CAZELOTO


Sociedade Orgânica

Sociedade que funciona através da solidariedade orgânica, mais racionalista e individual, que leva em conta a questão dos interesses invidiuais. As tecnologias funcionam cada vez mais para reforçar o caráter orgânico das sociedades. Rompendo barreiras geográficas, de espaço e de tempo para o contato com outras culturas, favorecendo a heterogeneidade.

FONTE: A VIRTUALIZAÇÃO DAS COMUNIDADES: APONTAMENTOS PARA UMA
CRÍTICA DOS VÍNCULOS SOCIAIS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO,
EDILSON CAZELOTO


Software colaborativo

"Software colaborativo (ou groupware) é um software que apoia o trabalho em grupo, coletivamente. Skip Ellis o definiu como um "sistema baseado em computador que auxilia grupos de pessoas envolvidas em tarefas comuns (ou objetivos) e que provê interface para um ambiente compartilhado".

O termo mais comum para software social se aplica a sistemas fora do ambiente de trabalho, como por exemplo, serviços de namoro online e redes sociais, como o Facebook e o Orkut. Esse novo conjunto de ferramentas também é conhecido como Web 2.0, termo cunhado por Tim O´Reilly (1 ), e tem como principal diferencial seu ambiente de interação e participação. O estudo da colaboração com auxílio de computador inclui o estudo deste software e dos fenômenos sociais associados a ele."

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Software_colaborativo


Software Livre

“é software que respeita a liberdade dos usuários de computador (particulares, bem como organizações e empresas), colocando os usuários em primeiro lugar e conceder-lhes a liberdade de controle na execução e adaptação a sua computação e processamento de dados às suas necessidades (concessão plena liberdade de controle e independência, através da disponibilidade de código fonte para análise e alterações); bem como permitindo-lhes a liberdade social, para ser capaz de cooperar ativamente com todos os usuários e desenvolvedores de sua escolha."

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Software_livre


Subjetividade

"Subjetividade é entendida como o espaço íntimo do indivíduo, ou seja como ele 'instala' a sua opinião ao que é dito (mundo interno) com o qual ele se relaciona com o mundo social (mundo externo), resultando tanto em marcas singulares na formação do indivíduo quanto na construção de crenças e valores compartilhados na dimensão cultural que vão constituir a experiência histórica e coletiva dos grupos e populações."

A subjetividade deve ser pensada no contexto do capitalismo atual, pois ele modeliza semioticamente desejos, afetos, necessidades, padrões estéticos, éticos e políticos, intervindo diretamente no inconsciente das pessoas com a finalidade de reproduzir seus próprios ciclos. 

Além disso, o ritmo frenético das transformações políticas, econômicas sociais e culturais de nossa época influenciam no âmbito subjetivo, ou seja, na formação do indivíduo, que vive os mais diversos tipos de experiências.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Subjetividade

Globalitarismo e Subjetividade: algumas considerações sobre ética e liberdade, por Euclides André Mance. - Texto de: 17-05-98

 

 


Subjetividade coletiva

O conceito de subjetividade coletiva é apresentado no ensaio Ciber espaço e acumulação de capital: subsunção intelectual e espoliação em rede, de Arakin Monteiro. Arakin usa esse conceito para falar sobre seus objetos de observação no ensaio: o google e o orkut, que no seu processo de acumulação de capital trabalham com a captação da subjetividade coletiva.

"[...] justifica-se pelas características específicas de seu processo produtivo – a prestação de serviços em buscas na Internet - e que, na análise objetiva de seu processo de trabalho, nos permitem compreender como o substrato da subjetividade coletiva colocada no processo interativo da rede, pode ser espoliado e, por meio do trabalho vivo, ser transformado em uma mercadoria-informação (que pode servir diretamente como objeto de consumo, ou indiretamente, como meio de produção)."

Seria o Orkut, nesse sentido, um mecanismo de captação da subjetividade coletiva com vistas à rentabilizar o banco de dados da Google? Em que medida e de que maneira, os interesses dos usuários estariam sendo usados como insumos e instrumentos de controle para este fim?

Estas constatações em torno da crescente relevância da captação da  subjetividade coletiva no processo interativo da rede, poderiam nos levar à equivocada tese defendida pelos entusiastas do trabalho imaterial, em que na “sociedade pósindustrial”, com “empresas pós-fordistas” de “produção pós-taylorista”; neste momento em que “encontramo-nos em tempo de vida global, na qual é quase impossível distinguir entre o tempo produtivo e o tempo de lazer”, estaríamos evidenciando uma “integração do consumo na produção” com a “construção do consumidor/comunicador” (LAZZARATO; NEGRI, 2001, p.45).

 


Submissão formal e submissão real

Marx de fine duas modalidades, historicamente situadas, de dominação e apropriação das forças produtivas pelo capital: a submissão formal e a submissão real. Na primeira, os metodos de produção não são controlados pelo capital, o qual se limita a captar mais-valia na circulação, como no putting out system. Na segunda, que corresponde ao advento da grande industria, o capital estende o seu domínio as condições produtivas e con figura as condições tecnologicas e organizacionais do processo de trabalho, determinando o ritmo e as modalidades de produção atraves da maquinaria.

 

A Economia Poltica do Cognitivo - Bouzid Izerrougene


Subsunção intelectual do trabalho

No ensaio Ciberespaço e acumulação de capital, escrito por Arakin Monteiro, é abordado o conceito de subsunção intelectual do trabalho. Por subsunção, de acordo com o dicionário, podemos entender "colocar (alguma coisa) em contexto mais amplo, integrando-a a um todo maior", mas o autor explora um pouco mais o conceito, abordando-o no contexto do trabalho e da acumulação de capital:

Ao falar sobre o desenvolvimento da informática e da telemática e sua contribuição para uma significativa expansão de um trabalho dotado de maior dimensão intelectual, quer nas atividades industriais mais informatizadas, quer nas esferas compreendidas pelo setor de serviços ou comunicações, Arakin cita Bolaño, que nos dá uma explicação do que é o conceito de subsunção intelectual do trabalho capital:

“Esta intelectualização crescente do trabalho do operariado tradicional mediante a introdução da informática e da telemática nos processos de trabalho convencionais, nada tem a ver com uma superação da alienação do trabalho, mas com a mudança do sentido da alienação e com o aprofundamento do enquadramento do trabalhador, com o avanço da exploração das suas energias e capacidades mentais, para além das suas energias físicas e capacidades criativas manuais. Em síntese, uma subsunção intelectual do trabalho no capital” (BOLAÑO, 2000; 2007)

O ensaio completo está disponível na página da disciplina aqui no STOA.


T

Tecnologias da Informação e Comunicação

"As Tecnologias da Informação e Comunicação ou TIC correspondem a todas as tecnologias que interferem e mediam os processos informacionais e comunicativos dos seres. Ainda, podem ser entendidas como um conjunto de recursos tecnológicos integrados entre si, que proporcionam, por meio das funções de hardwaresoftware e telecomunicações, a automação e comunicação dos processos de negócios, da pesquisa científica e de ensino e aprendizagem. As TIC são utilizadas em diversas maneiras e em vários ramos de atividades, podendo se destacar nas indústrias (processo de automação), no comércio (gerenciamento e publicidade), no setor de investimentos (informações simultâneas e comunicação imediata) e na educação (processo de ensino aprendizagem e Educação a Distância). Pode-se dizer que a principal responsável pelo crescimento e potencialização da utilização das TIC em diversos campos foi a popularização da Internet."

 

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologias_da_informação_e_comunicação


Tempo presentificado

O tempo presentificado é medido em instantes. “Um tempo aparentemente fixado no presente e afirmado pela razão instrumental se coloca como questão definitiva na constituição da subjetividade, na transformação das relações humanas e sociais e na forma de lidar com o tempo. Esse tempo administrado obstaculariza as “experiências” que reinserem o sujeito na universalidade.” É um tempo vertiginosamente “sem tempo” que não se articula para constituir o passado.

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De acordo com a autora, a única certeza é de que tudo que existe, existe no tempo, porém ele é também uma categoria sociocultural e, portanto, suas características mudam com o desenvolver da história. Assim, atualmente não há mais passado formador do “eu”. Os blogs contemplam uma coleção de tempos presentes, que visam uma espetacularização do mesmo.

Ela faz uso da metáfora de Roma e Pompéia, introduzida por Sigmund Freud. Roma é a multiplicidade das camadas em parcelas, um tempo da acumulação em fragmentos. Pompéia é a totalidade preservada em um momento singular, a captura de um instante em sua totalidade. Assim, para Sibilia, os blogs são retratos instantâneos de momentos presentes que vão passando, mas não constituem um passado à moda antiga. Eles são uma coleção de Pompéias petrificadas em ordem cronológica.


Autora:

Paula Sibilia

A vida como relato na era do fast-forward e do real time: algumas reflexões sobre o fenômeno dos blogs. Porto Alegre, v. 11, n. 1, p. 35-51, jan./jun. 2005.


Toyotismo

Toyotismo: um interregno em que as mercadorias são produzidas na medida exata, de acordo com a demanda (just in time, estoque zero). O trabalho na circulacão, mesmo que não produza mercadorias, se torna explicitamente produtivo, fonte de valorização e acumulação de capital, desde que sirva para reduzir o tempo de realização.

 

A Economia Política do Cognitivo - Bouzid Izerrougene 


Trabalho

“O trabalho é considerado fadiga e condenação, hoje podemos começar a falar do
trabalho de todos como atividade e expressão. Isso significa, então, que não se
poderá mais falar do trabalho como uma quantidade, como uma repetição, como
uma simples alienação, em suma, como uma entidade física. Certamente, a
atividade laboral é quantificável, ela expressa maiores ou menores intensidades,
é mensurável (e, nessa medida, é alienada), mas não poderá ser simplificada até
o ponto de ser reduzida a uma quantidade temporal (e a uma relação fixa
atividade-tempo) e portanto a uma dimensão de pura alienação. Para dizê-lo de
outra forma, o trabalho que produz valor é antes atividade criativa; depois
poderá ser, eventualmente, medido e/ou alienado. Conseqüentemente, o
trabalho real, ou seja, complexo, não poderá mais ser considerado um
assemblage de cotas de trabalho simples, mas uma concatenação de atividades
criativas, isto é, cooperação produtiva. “

 

O autor afirma que no espírito do novo capitalismo, há uma desproporção entre
tempo de trabalho e tempo de produção. O tempo do trabalho seria o momento de interrupção do tempo da produção. A segunda desproporção se
associa ao fato de o tempo de produção conter o tempo do não-trabalho, momento em que a cooperação produtiva se radica. A vida e trabalho tornam-se então cada vez mais processos sociais sobrepostos.  

 

Fonte: Negri, 2003, p.254


Trabalho Imaterial

"Aquelas atividades que possuem como conteúdo principal a comunicação, a cooperação, o conhecimento e o saber. O trabalho imaterial se refere desse modo a qualificações subjetivas que passam a ter um papel central no processo de valorização das mercadorias. Uma mercadoria, cuja produção resulta de trabalho imaterial, pode ser quanto a sua forma física, material ou imaterial; mas a questão principal está no tipo de trabalho, ou de ação, empregado para sua produção. A noção de “saber” é provavelmente o que melhor define, em um sentido quase didático, o trabalho imaterial, pois diz respeito ao fato de que o valor de uma mercadoria não resulta necessariamente do dispêndio de tempo de trabalho empregado na sua produção (trabalho abstrato), mas sim dos saberes mobilizados por aqueles que a produzem."

Fonte:http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/507815-trabalhoimaterialeapropriacaodasubjetividade-humana-entrevistaespeicalcomsilviocamargo


Transpolítica

Tem, no presente contexto, significado extensivo. Nomeia não somente a descrença radical em relação ao Estado, à cena política convencional e, por extensão, a todas as instituições herdadas da modernidade. Abrange também, nesse caminho, a indiferença em relação a toda a materialidade da superfície geográfica – organizada ou não em perímetros citadinos – em que até há poucas décadas se desenrolou exclusivamente a socialização da espécie humana. Nessa medida, o conceito de transpolítica implica tudo o que conduz a vivência para além da pólis, nos termos legados pela cultura clássica, e para além da metrópole, em sua configuração histórica recente. Por pressuposto, nomeia a tendência de inúmeros processos e fatos não passarem mais pela contabilidade das instituições herdadas da modernidade e, com isso, vigorarem ao largo de sua capacidade de controle (técnico, jurídico e policial). 


Tribalismo pós-moderno:

O conceito de tribalismo pós-moderno é definido pela autora Lívia Nóbrega no texto Construção de identidades nas redes sociais e faz referência a falsa ideia de que ao entrar no universo das redes sociais o indivíduo está se autorepresentando como algo diferenciado, mas na realidade, ele está abrindo mão de sua identidade em prol do pertencimento. Isso significa que ao criar um perfil em uma rede no ciberespaço, a pessoa pode não só omitir dados pessoais, como alterá-los e se representar como outro individuo completamente diferente da realidade, buscando aceitação e pertencimento. Assim, ele abre mão de suas características individuais para que possa pertencer ao meio e ao grupo virtual.

 

Bibliografia: Construção de identidades nas redes sociais – Lívia de Pádua Nóbrega


U

Uso de Si

Há uma forma de engajamento do trabalhador que precipita sua força subjetiva numa situação de exploração do si. Sabe-se, por exemplo, que situações de engajamento afetivo em certas profissões são fator necessário para o bom desempenho do ponto de vista do empregador ou do sistema. O problema é que ‘atender bem’, ‘acolher’, ‘ser cordial’, entre outros aspectos, implica uma mobilização da subjetividade que vai além dos conhecimentos e competências de qualquer profissional, daquilo que supostamente ‘se aprende’ no sistema de formação clássico. Quando se ouve ‘você deve acolher’, ‘deve atender bem, ser cordial’, nunca se pergunta se o trabalhador estaria em condições de responder a essa demanda. Espera-se simplesmente que ele incorpore essa necessidade como um ‘eu devo’ e não como um ‘eu posso’. É a construção do trabalhador moral. O apelo à consciência moral aqui é claro, e vem rodeado de todas as ameaças implícitas no sistema tradicional (perda de emprego, de salário, de posto etc). O fato é que esse tipo de demanda visa obter um certo ‘comportamento’ daquele que trabalha.

 

Fonte: COSTA, Rogério da. Inteligência coletiva: comunicação, capitalismo cognitivo e micropolítica. In: Revista Famecos, nº 37. Porto Alegre, 2008


W

WEB 1.0

A Web 1.0 surgiu em meados dos anos 90 e foi a primeira geração da internet comercial. Foi com ela que a internet se popularizou e através dela que surgiram os grandes portais.  

Ela é caracterizada por ter uma grande quantidade de informação disponível para os usuários, porém estes não podem interagir com as mesmas e utilizam esse meio apenas como espaço de leitura. Essas informações não são atualizadas em tempo real, já que não existe uma interatividade com o usuário e apenas o programador ou o webmaster podem realizar alterações ou atualizações na página. Os usuários não podem contestar, dialogar e criar um conteúdo pessoal. Os hiperlinks já estavam disponíveis na web 1.0 e a única forma de interação era através de e-mail.

 

fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Web_1.0


Web 2.0

É a “segunda geração” da intenet, que inclui as redes sociais, e é caracterizada pela mudança na forma como ela é encarada por usuários e desenvolvedores, ou seja, o ambiente de interação e participação que hoje engloba inúmeras linguagens e motivações.


Web 3.0

A “terceira geração da internet”, pretende ser a organização e o uso de maneira mais inteligente de todo o conhecimento já disponível.


Webmídias

São aquelas mídias cuja essência está ligada à internet - e são, portanto, relativamente recentes. É o caso de mídias sociais como o Facebook, o Twitter ou o Instagram. Seus poderes se fortalecem devido à características únicas da internet, principalmente sua fluidez: a velocidade dos compartilhamentos tornam possível a disseminação de um conteúdo em questão de horas, atingindo um número de pessoas muito representativo. 


Wiki

"Os termos wiki WikiWiki são utilizados para identificar um tipo específico de coleção de documentos em hipertexto ou o software colaborativo usado para criá-lo.

As wikis nasceram no ano de 1993-1994, a partir do trabalho de Ward Cunningham. O termo "Wiki wiki" significa "extremamente rápido" no idioma havaiano.

Este software colaborativo permite a edição coletiva dos documentos usando um sistema que não necessita que o conteúdo seja revisto antes da sua publicação.

Uma Web Wiki permite que os documentos sejam editados coletivamente com uma linguagem de marcação muito simples e eficaz, através da utilização de um navegador web. Dado que a grande maioria dos Wikis é baseada na web, o termo wiki é normalmente suficiente. 

Uma das características definitivas da tecnologia wiki é a facilidade com que as páginas são criadas e alteradas - geralmente não existe qualquer revisão antes de as modificações serem aceitas, e a maioria dos wikis são abertos a todo o público ou pelo menos a todas as pessoas que têm acesso ao servidor wiki. Nem o registro de usuários é obrigatório em todos os wikis."

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Wiki


Wikinomics

Foi um termo criado por Tapscott e Williams juntando as palavras “wiki” e “economics”. O resultado final se refere a atual existência de uma economia baseada na colaboração em massa (principalmente através da internet). Casos como o Wikipedia e o Linux são grandes exemplos do fenômeno “wikinomics”. Dentre as vantagens deste modelo para as empresas, podemos destacar as seguintes:utilizar talento externo, não precisar “correr atrás”do usuário, reduzir custos, mudar o locus da competição e o desenvolvimento de capital social.



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