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(

(Sprachliche) Flüssigkeit

Fluência


Fluência significa que os alunos são capazes de falar e escrever sem ter que lidar com cada palavra ou cada frase concientemente. Isto é especialmente relevante quando se produz a língua oralmente. A fluidez linguística pode ser treinada em sala de aula por meio da prática constante.


A

affektiver Filter

Filtro afetivo


De acordo com Krashen (1981, p.110), filtro afetivo é um bloqueio mental causado por fatores afetivos como a alta ansiedade, pouca autoestima e baixa motivação. Para o autor o filtro afetivo é a primeira barreira que o insumo encontra antes de ser processado e internalizado. Indivíduos com atitudes positivas e grande interesse em relação à língua estrangeira aprenderão com mais sucesso, pois tendem a buscar mais insumo.


allgemeinsprachlicher Unterricht

Ensino de língua geral


O ensino de língua geral tem por objetivo assegurar a comunicação na vida cotidiana e construir uma competência geral em língua. Para tanto, situações de diálogo são criadas e RPGs são implementados nas aulas, por exemplo. Difere-se do ensino de língua para fins específicos por diversos fatores; entre eles, o vocabulário e as estruturas linguísticas são gerais e não específicos de um determinado campo de saber.


Aneignung, die

Apropriação


Apropriação é um termo neutro, amplo, que, no âmbito de línguas estrangeiras, significa sua assimilação, sendo utilizado tanto quando se trata de aquisição quanto de aprendizagem.


Ansatz, der

Abordagem

A abordagem de ensino inclui teoria e princípios, métodos e estratégias de ensino e aprendizagem. No âmbito da aprendizagem de línguas, abrange as concepções de língua e aprendizagem, que servem de base para as práticas e princípios no ensino de idiomas, ou seja, descreve o porquê de se ensinar um idioma, como as pessoas desenvolvem a proficiência na língua e quais as condições para que o aprendizado seja bem sucedido. Em outras palavras, a abordagem fundamenta-se em teorias e práticas e propõe um conjunto de princípios metodológicos, procedimentos e atividades, bem como dispõe sobre o papel e postura dos alunos e professores em sala de aula.


Audiolinguale Methode, die

Método audiolingual ou audiolingualismo


O método audiolingual é aquele em que a compreensão e a produção oral estão no centro da aprendizagem de línguas e o aluno deve aprender a usar o idioma em situações cotidianas, por meio de diálogos. A formação de hábitos deve ser alcançada usando-se repetições de padrões no laboratório de idiomas. Surgiu em contraposição ao Método da gramática e tradução e constitui um desenvolvimento posterior do Método direto. De acordo com Practor et al (1979 apud BROWN, 2000, p. 23) as características do método audiolingual são: 1- novo assunto apresentado em forma de diálogo; 2- dependência em imitações, memorizações de conjuntos de frases; 3- estruturas sequenciadas através de análises contrastivas e ensinadas uma de cada vez; 4- padrões estruturais ensinados através de exercícios repetitivos; 5- pouca ou quase nenhuma explicação gramatical. A gramática é ensinada por analogia indutiva e não por explanação dedutiva. 6- o vocabulário é estritamente limitado e aprendido no contexto; 7- há muito uso de fitas e laboratórios de línguas, assim como de material visual; 8- grande importância dada à pronúncia; 9- pouquíssimo uso da língua materna pelos professores; 10- respostas corretas são reforçadas imediatamente; 11- os erros cometidos pelos alunos não são vistos como prejudiciais; 12- tendência a manipular a língua e desconsiderar o conteúdo.


Aufgabe, die

Tarefa


Segundo o QECR, uma tarefa é definida como “um conjunto de ações significativas num determinado domínio, com uma finalidade claramente definida e um produto (output) específico” (Conselho da Europa, 2001, p. 217), ou seja, é qualquer ação com uma finalidade considerada necessária pelo indivíduo para atingir um dado resultado no contexto da resolução de um problema, do cumprimento de uma obrigação ou da realização de um objetivo. A comunicação e a aprendizagem envolvem a realização de tarefas que não são unicamente linguísticas, mas que apelam para a competência comunicativa do aprendiz. As tarefas são oferecidas nas aulas de língua, para que por meio delas os alunos utilizem a língua-alvo. Elas não são nem rotineiras nem automatizadas e, portanto, exigem, por parte do aluno, o uso de estratégias na comunicação e na aprendizagem. Na medida em que a sua realização envolve atividades linguísticas, estas tarefas requerem o processamento de textos orais e escritos, por meio da recepção, produção, interação ou mediação, ou seja, as tarefas fazem os aprendizes entender, produzir e interagir na língua-alvo. As características importantes das tarefas são apresentar um objetivo claro, uma descrição precisa do processo e um resultado ou produto concreto. As tarefas podem ser mais ou menos complexas e, por sua vez, incluir subtarefas.


Aufgabenorientierung, die

Ensino por tarefas


O ensino por tarefas é um princípio didático-metodológico, no qual os alunos devem ser confrontados com tarefas com as quais possivelmente se depararão futuramente no mundo real e para as quais deverão estar preparados. Este ensino coloca em foco o uso de linguagem autêntica e pede aos alunos que executem tarefas significativas usando o idioma-alvo. Tais tarefas podem incluir, por exemplo a realização de uma entrevista , a elaboração de um currículo etc. A realização de uma tarefa costuma levar a um produto que é apresentado e avaliado em sala de aula.


aufgeklärte Zweisprachigkeit

Bilinguismo esclarecido


Bilinguismo esclarecido é um princípio pelo qual as aulas de língua estrangeira devem ser dadas em sua maior parte na língua-alvo, mas que, em caso de necessidade dos alunos de algum esclarecimento e/ou caso o professor queira tornar a aula mais eficiente, parte dela pode ser proferida na língua materna. No ensino de línguas, o trabalho bilíngue tem, por princípio, sua eliminação progressiva. Professor e alunos devem determinar, o mais cedo possível, qual a língua a ser utilizada nas diferentes atividades ou fases da aula para que estas sejam melhor preparadas. O uso da língua-alvo deve ser priorizado. A permissão do uso de outro idioma deve ser feita de forma cuidadosa para não diminuir o aprendizado da língua-alvo.


Aussprache, die

Pronúncia


Pronúncia é o modo de articular o som das letras, sílabas, palavras ou frases, característico de um indivíduo ou região ; pronunciação. Maneira especial de pronunciar os sons de certa língua. Expressão por meio da voz. Também pode ser definida como o conjunto de sons de uma língua e as combinações possíveis entre eles (HOUAISS, 2001, p.2311).


Authentischer Text

Texto autêntico


Texto autêntico é um texto que não foi escrito ou falado com o objetivo de ensinar línguas, como por exemplo um artigo de jornal, um livro, uma entrevista de rádio, instruções de como jogar determinado jogo ou um conto de fadas tradicional. A definição de “texto autêntico” se opõe à de “texto pedagógico”, criado para fins de exemplificar determinado tópico linguístico, bastante comum nos livros didáticos. Opõe-se também ao “texto semi-autêntico”, um texto artificial, criado para fins pedagógicos, que simula as características do texto autêntico.


Automatisierung, die

Automatização ou rotinização


Automatização é o processo pelo qual o controle de uma ação pede menos atenção, à medida que o sujeito se torna mais hábil. A automatização permite a consolidação do conhecimento e do uso de novas estruturas da língua pelos aprendizes. Na automatização são utilizadas estruturas coloquiais ou formais e exercitadas por meio de muita repetição, até que o aluno possa produzir automaticamente estas falas e formas sem refletir. Os chunks ou agrupamentos tem um importante papel no processo de automatização. São pedaços ou expressões que são armazenadas na memória em unidades recuperáveis, ou seja, os chunks são formados por pequenas unidades que se conectam e ficam armazenadas na memória, e ,assim, podem ser recuperadas como uma só unidade. Estas unidades linguísticas são também chamadas de frases-fórmulas. Elas são armazenadas fonologicamente na forma gramaticalmente correta, como por exemplo "Guten Tag", sem que os usuários estejam cientes de que se trata do caso acusativo do alemão. Os chunks são muito importantes para a fala fluente e para a escrita na língua estrangeira.


B

Behaviorismus, der

Behaviorismo


Vide comportamentalismo:

O Comportamentalismo ou teoria comportamentalista, conforme Paiva, “é área da psicologia que estuda o comportamento observável” (PAIVA, 2014, p.177). Esta teoria tem por princípio que a aprendizagem acontece através da formação de hábitos, o que se dá por meio da repetição de estímulos. Os reforços positivos e negativos têm influência fundamental para a formação de hábitos desejados. Nesta teoria considera-se apenas as respostas dadas pelo falante aos estímulos fornecidos pelo ambiente externo (input) e despreza-se os processos mentais envolvidos na aprendizagem. Esta teoria entende a aprendizagem de línguas também como um processo de formação de hábitos automáticos.



bilingual (oder zweisprachig)

Bilíngue


Uma pessoa é descrita como bilíngue ou capaz de falar duas línguas, quando ela é capaz de se fazer-entender em duas línguas. Normalmente uma das línguas é dominante, ou seja, manifesta-se mais fortemente que a outra, o que geralmente depende da língua que é utilizada com mais frequência. A proporção entre ambas as línguas pode ser alterada, uma vez que o bilinguismo é dinâmico.


D

Deduktion, die (oder deduktives Verfahren)

Dedução


Dedução é um processo de raciocínio através do qual é possível, partindo de uma ou mais premissas aceitas como verdadeiras, obter uma conclusão necessária e evidente, ou seja, é um raciocínio que se move do geral para o particular. Por exemplo, a partir da proposição geral de que todas as árvores têm folhas e da proposição adicional de que os carvalhos são árvores, pode-se extrair a inferência dedutiva de que os carvalhos têm folhas. É o oposto de indução.


deklaratives Wissen

Conhecimento declarativo (saber)


Conforme o QECR, o conhecimento declarativo é entendido como um conhecimento que resulta da experiência (conhecimento empírico) e de uma aprendizagem mais formal (conhecimento acadêmico), ou seja é o conhecimento de fatos e conceitos (CONSELHO DA EUROPA, 2001, p.31). A verbalização deste conhecimento independe da possibilidade de sua realização como conhecimento processual. O conhecimento declarativo é saber que algo é o caso, tal como o conhecimento de regras gramaticais. Inclui, por exemplo, o conhecimento do que é característico de uma cultura particular ou o do que é considerado educado em uma sociedade (faktische Landeskunde). Em contraste com o conhecimento processual ou procedural (competência de realização), o conhecimento declarativo pode ser verdadeiro ou falso.


Didaktik, die

Didática


Conforme José Carlos Libâneo “ [...] a didática tem como objeto de estudo o processo de ensino e aprendizagem, especificamente os nexos e relações entre o ato de ensinar e o ato de aprender[...]” (LIBÂNEO, 2002, p.10). De acordo com Neuner e Hunfeld (1993, p. 14), a didática, no âmbito do ensino de língua estrangeira determina os objetivos, os conteúdos, a escolha do material didático e a avaliação,ou seja, o conteúdo do ensino (o que será ensinado.). Segundo o mesmo autor, a didática diferencia-se da metodologia, cujo conceito está mais voltado ao processo, ao processamento de ensino (como a língua será ensinada).


Direkte Methode, die

Método direto


Método introduzido na década de 80 do século XIX, visando o afastamento do Método da gramática e tradução . O termo direto advém da ideia de que se deve aprender a língua estrangeira sem a intervenção da língua materna, a qual deveria ser banida da sala de aula, fazendo com que os alunos passassem a pensar na língua-alvo. As características do Método Direto são: uso exclusivo da língua-alvo em sala de aula; habilidades comunicativas conseguidas por meio de perguntas e respostas trocadas entre professores e alunos em turmas pequenas e intensivas; gramática ensinada indutivamente; novos pontos ensinados através de modelos e práticas; vocabulário concreto ensinado através de demonstração, objetos e figuras; ensino de produção oral e compreensão orala. A base teórica a este método tem um cunho imitativo.


Drill

Drill


São exercícios de repetição. Como pattern drill entende-se a repetição de estruturas-padrão da língua.


Dritte Sprache, die

Terceira língua (L3)


Terceira língua ou Língua terceira é qualquer idioma aprendido ou adquirido após ou concomitantemente à segunda língua, podendo ser o terceiro, quarto etc. No processo de apropriação aproveita-se os conhecimentos de outras línguas aprendidas ou adquiridas, o que facilita o processo. Muitas vezes é tratada como língua adicional.


E

einsprachig

Monolíngue


O termo monolíngue refere-se a indivíduos ou populações que falam apenas uma língua, em oposição a bilíngue ou plurilíngue Diz-se que os falantes são monolíngues quando, nas suas comunicações dentro da mesma comunidade sociolinguística, usam apenas uma língua; em contraste, são plurilingues ou multilíngues aqueles indivíduos ou grupos sociais que usam várias línguas diferentes em suas relações sociais ou familiares.


Erstsprache, die

Primeira língua- L1


A primeira língua (L1), também chamada de língua nativa ou língua materna, é o idioma que as crianças pequenas adquirem primeiro em seu ambiente natural. Este é geralmente o idioma falado pelos seus pais. O termo Primeira Língua é usado como uma alternativa ao termo língua materna, pois deixa claro que a situação de aquisição do idioma pela criança pode envolver outras pessoas além da mãe. Ele também enfatiza o fato de que, após a Primeira Língua, muitas outras podem ser aprendidas. Num ambiente onde se faz uso de dois idiomas em tempo simultâneo nos primeiros meses de vida de uma criança, é possível uma aquisição dupla em Primeira Língua.


Erstsprachenerwerb, der (Muttersprachenerwerb, der)

Aquisição da primeira língua, L1 (ou aquisição da língua materna)


Processo natural e não controlado de assimilação intuitiva de língua em ambiente natural, sem interferência formal, fora do contexto de sala de aula, por crianças em idade de aquisição de linguagem, que as habilitará a ter suas primeiras experiências de contato e interação com o mundo e a sociedade que as circundam.


Erwerb, der

Aquisição


Termo proposto por Krashen (1981, p.1, tradução nossa) para o processo subconsciente de apropriação da segunda língua, de forma similar ao que acontece com a aquisição da primeira língua pelas crianças, em oposição ao termo aprendizagem, que é feito de forma consciente.


Evaluation, die (oder Bewertung, die)

Avaliação


No sentido mais amplo, a avaliação é um termo genérico para testes e provas, e também se refere a observações (informais), correções, elogios e repreensões na sala de aula. Uma avaliação pode ser orientada para o processo (avaliação formativa) ou orientada para o produto / resultado no final de uma sessão de aprendizado (avaliação sumativa). O termo também é usado no sentido de avaliação da proficiência linguística. Os testes de língua também são uma forma de avaliação, dentre muitas outras, tais como as observações informais do professor, que não são descritas como testes. A avaliação é um termo mais amplo que teste. Além da proficiência do aprendente podem ser avaliados os métodos, os materiais utilizados, a satisfação dos alunos e professores, a eficácia do ensino etc. Existem três conceitos considerados fundamentais em qualquer discussão sobre avaliação: validade, fiabilidade e exequibilidade.


F

Fehler, der

Erro


Erros não se confundem com falhas. No âmbito da aprendizagem de línguas, os erros devem-se a uma ‘interlíngua’, uma representação distorcida ou simplificada da competência-alvo. Quando o aprendente comete erros, o seu desempenho (performance) está de acordo com a sua competência, tendo desenvolvido características diferentes das normas da L2. As falhas, por seu lado, ocorrem no desempenho, quando o utilizador/aprendente é incapaz de pôr em prática corretamente as suas competências, como pode ser o caso de um falante nativo (CONSELHO DA EUROPA, 2001, p. 214).


Fertigkeit, die

Habilidade


O termo habilidade, no âmbito da aquisição/aprendizagem de língua estrangeira, geralmente é utilizado no sentido de habilidade linguística, que compreende as quatro atividades linguísticas básicas: compreensão escrita (ler), compreensão oral (ouvir), produção oral (falar) e produção escrita (escrever). No QECR as habilidades são tratadas no contexto da competência de realização.


Fremdsprache, die

Língua estrangeira - LE


Língua estrangeira é um idioma que não é a primeira língua do aprendiz e que precisa ser aprendida conscientemente, o que geralmente acontece em situações de ensino controlado e ocorre fora do país-alvo. De forma resumida, língua estrangeira é aquela falada fora do contexto onde vive o aprendiz, como por exemplo brasileiros aprendendo alemão no Brasil.


Frontalunterricht, der

Aula expositiva


Aula expositiva é um tipo de aula, na qual um professor fica à frente de um grupo de aprendizes, ou seja, a classe. O professor fornece, durante a aula, as informações e os alunos, por meio de perguntas ou instruções, tentam avançar no processo de aprendizagem. Trata-se de uma aula onde o professor apresenta a matéria a ser aprendida, esclarece, coloca perguntas, e propõe atividades. Os alunos registram a matéria, ouvem, respondem, executam. A ordem na sala de aula costuma ser com o professor à frente e com os alunos sentados paralelamente em filas previamente orientadas.


G

GER

QECR


O QECR (Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas) foi desenvolvido pelo Conselho da Europa, publicado em 2001, e fornece uma matriz de referência destinada a aprender, ensinar e testar línguas. Descreve o que os alunos devem aprender para serem capazes de se comunicar na língua e quais as competências, conhecimentos e capacidades que têm que desenvolver para serem eficazes na sua atuação. Define os níveis de proficiência que permitem medir o progresso dos aprendentes em todas as etapas da aprendizagem. É um instrumento que torna comparáveis as provas, o ensino e os currículos. Apresenta níveis e escalas, que retratam e nomeam a competência linguística alcançada. Descreve as competências em línguas estrangeiras com o objetivo de torná-las comparáveis e tornou-se conhecido pelas descrições de poder-fazer em cada um dos níveis de A1 a C2, nas quais hoje se baseiam os vários livros didáticos, exames de idiomas e portfolios. Fornece uma base comum para a elaboração de programas de línguas, linhas de orientação curriculares, manuais, entre outros, e influenciou também a metodologia e a didática do ensino de línguas estrangeiras para seu foco na ação.


Globale Methode, die

Método global

Método que parte do pressuposto de que algumas noções de aprendizagem de línguas são comuns a todos os falantes em todos os contextos de ensino e aprendizagem. Pressupõe que há aspectos didático-metodológicos que podem ser aplicadas a todos os aprendizes de línguas estrangeiras, independente de sua cultura ou tradição de aprendizagem.


Grammatik-Übersetzungs-Methode (GÜM), die

Método da gramática e tradução


Método surgido na Europa no séc. XIX no âmbito do ensino de línguas modernas como o francês e o inglês, baseado nos recursos utilizados para o ensino e aprendizado de idiomas antigos como o latim e o grego. A base teórica a este método tem um cunho cognitivo de aprendizagem orientado para a compreensão e o uso de regras constitutivas da língua-alvo. Trata-se de um método sintético-dedutivo, ou seja, o aprendizado da língua estrangeira baseia-se no agrupamento de várias regras isoladas por um processo dedutivo, em que inicia-se pelas partes para se chegar ao todo do sistema da língua, formando-se, assim, uma síntese. De forma resumida é um método que tem por princípios: o foco na análise gramatical da língua, a tradução de frases da língua-alvo para a língua materna como atividades típicas, o pouco uso da língua-alvo na comunicação entre aluno e professor, o uso, pelo professor, da língua materna para as instruções e leitura de textos consagrados.



H

Handlungsorientierung, die

Ensino orientado para a ação


O ensino orientado para a a ação adota por princípio preparar os alunos para poder utilizar a língua-alvo em situações reais de convívio social. Baseia-se em uma compreensão da língua e no objetivo do ensino de língua estrangeira para permitir aos alunos atuarem em situações de ação línguística autêntica nesta língua-alvo e, para isto, utiliza-se de simulações na sala de aula. Agir na língua-alvo significa usar estrategicamente suas competências para atingir determinado resultado, como por exemplo, entender falantes da língua e ser capaz de comunicar-se. Este princípio de ensino é adotado pelo Quadro Europeu Comum de Referências para Línguas (CONSELHO DA EUROPA, 2001, p.29) e considera o utilizador e o aprendente de uma língua como atores sociais, que devem cumprir tarefas em circunstâncias e ambientes determinados, num domínio de atuação específico.


Hörverstehen, das

Compreensão oral


A compreensão oral é considerada uma habilidade receptiva, que exige darmos atenção ao som para entendermos como nos é falado. Abrange complexos processos afetivos, cognitivos e comportamentais. Os processos afetivos incluem a motivação para entender os outros; os processos cognitivos incluem o recebimento e interpretação de conteúdo e mensagens. A compreensão oral inclui os diferentes processos de compreensão da língua falada: o conhecimento de sons de fala, compreender o significado de palavras individuais, compreender a sintaxe das frases etc. A compreensão oral refere-se, portanto, à compreensão do que o ouvinte escutou. Neste processo o ouvinte constrói o significado através da utilização de informação contextual e do conhecimento de mundo. Dependendo da intenção do aprendiz ele pode usar a escuta intensiva (intensives/detalliertes/totales Hören), a escuta extensiva (extensives/globales/kursorisches Hören), a escuta seletiva (selektives/selegierendes Hören), entre outras.


I

Induktion, die (oder Induktives Verfahren)

Indução


Indução é um raciocínio que parte de dados particulares (fatos, experiências, enunciados empíricos) e, por meio de uma sequência de operações cognitivas, chega a leis ou conceitos mais gerais, indo dos efeitos à causa, das consequências ao princípio, da experiência à teoria (HOUAISS, 2001, p.1608). Em resumo, é um processo de raciocínio que se move do particular para o geral. Por exemplo, a partir de uma série de observações de que determinados professores trabalham muito, pode-se inferir indutivamente que todos os professores trabalham arduamente. É o oposto de dedução.


Inhaltsorientierung, die

Ensino orientado para o conteúdo


Em contraposição ao ensino orientado para a forma, este princípio didático-metodológico enfatiza a importância central dos conteúdos para a aprendizagem, o que se manifesta nos temas e textos trabalhados em um programa de ensino. O ensino orientado para o conteúdo é impulsionado pela ideia de que é o conteúdo que motiva os alunos a aprender uma língua e a explorar suas culturas. As unidades de aprendizagem são estruturadas de acordo com os aspectos temáticos, que são seguidos por aspectos relacionados à forma.


Input, der

Insumo ou "input"


Chamamos insumo ou "input" o conjunto de dados que chega a um sistema (organização, mecanismo) e esse sistema irá transformá-los em outro dado de saída (output). No âmbito da aprendizagem e aquisição de língua, é o material linguístico ou qualquer amostra na língua-alvo que o aprendiz encontra ou ao qual é exposto como, por exemplo, filmes, a fala do professor e dos colegas, canções, textos e propagandas na língua estrangeira, ou seja, é a língua que o aprendiz ouve ou recebe e com a qual aprende.Vide hipótese do insumo.


Inputhypothese, die

Hipótese do insumo (ou Hipótese do input)


A hipótese do insumo foi desenvolvida por Krashen (1982, p. 20-29), o qual afirma que a aquisição da segunda língua se dá por meio de “input compreensível”, acrescido de um nível de dificuldade. Esta hipótese pressupõe que, para a aquisição bem-sucedida de uma língua, é necessário insumo linguístico suficiente e compreensível. Para que a aquisição se processe é necessário que o insumo esteja um pouco além do estágio em que se encontra o indivíduo. Se a competência atual do indivíduo é “i”, o insumo deve conter uma informação linguística que esteja em um nível além dessa competência (“i+1”). Krashen afirma que só adquirimos uma língua se entendermos estruturas que estejam um nível um pouco além do que já sabemos. Confira Zona de Desenvolvimento Proximal.


Intake, der

Insumo absorvido ou "intake"


O insumo absorvido identifica quaisquer aspectos ou estruturas de insumo, sobre os quais os aprendizes dirigem sua atenção e os quais eles utilizam para a aquisição da língua, ou seja, é o insumo linguístico que os aprendizes podem realmente utilizar para a aquisição da língua. Para que desenvolvam o aprendizado, os aprendizes devem processar os insumos compreendidos e, finalmente, incluí-los a serviço do aprendizado. O insumo absorvido tem as seguintes características, conforme Paiva (2014, p.29) citando Krashen (1978, p. 17): 1. é adquirido pelo aprendiz (se o aprendiz está no estágio G1 do desenvolvimento gramatical, ele pode progredir para o próximo estágio G1+1, compreendendo a sintaxe do G1+1 com a ajuda do contexto; 2. está em nível ligeiramente à frente de G1, o estágio atual de competência gramatical do aprendiz; 3. é sequenciado: vai progressivamente ficando mais complexo. 4. é comunicação natural (a aquisição parece acontecer mais quando o usuário da língua foca na mensagem e não na forma).



Interferenz, die

Interferência


Os termos “interferência” e “erro” não devem ser vistos como sinônimos. A interferência abrange fatores linguísticos e pragmáticos, que influenciam o aprendizado de uma língua (de forma positiva ou negativa). Deve ser entendida como uma estratégia de aprendizagem (seja consciente ou inconsciente). A interferência, quando não é positiva, também é chamada de transferência negativa e indica a influência prejudicial da primeira língua na aprendizagem de um idioma estrangeiro. A transferência negativa de estruturas, lexemas ou fonemas da primeira língua para o idioma em aprendizagem pode causar os chamados erros de interferência. Como exemplo de erro típico de interferência, temos a utilização indevida dos artigos em alemão, caso o idioma de origem não use nenhum ou utilize-se de outros artigos.


Interkulturalität, die

Interculturalidade


Interculturalidade é a situação em que duas ou mais culturas interagem de forma horizontal e sinérgica, ou seja, nenhum dos grupos se coloca acima do outro, o que favorece a integração e a convivência das pessoas. A interculturalidade implica o respeito pela diversidade, o diálogo e a relação entre culturas.


interkulturelle Kompetenz

Competência intercultural


Competência intercultural é a capacidade de compreender, analisar e explicar cenários de comunicação, nos quais diferentes padrões culturais são reconhecíveis; é a capacidade para garantir uma compreensão compartilhada por pessoas de diferentes identidades sociais; é a capacidade de interagir com as pessoas como seres humanos complexos, com múltiplas identidades e sua própria individualidade. A empatia e a tolerância crítica em relação às percepções e competências dos outros, mas também o conhecimento cultural e da nação são subcompetências importantes de uma competência intercultural. Requer, principalmente, vontade de aprender a mudar de perspectiva para entender a visão do outro, bem como reconhecer e desconstruir estereótipos (inter)culturais. O principal requisito para desenvolver a competência intercultural é reconhecer as semelhanças e diferenças interculturais e estar disposto a aprender não somente ‘sobre’, mas, principalmente, ‘com’ a cultura-alvo.


Interkultureller Ansatz

Abordagem intercultural


A abordagem intercultural toma como partida de suas reflexões didáticas a interação de si próprio com o estrangeiro, objetivando proporcionar aos aprendizes uma visão sobre a língua estrangeira e a cultura. Exercem um papel importante, em contraposição com as abordagens fortemente orientadas para o cotidiano, as habilidades de ler e escrever textos estéticos e, de forma geral, permitir uma intimidade mais forte, reflexiva e comparativa com a língua e a cultura. A ideia de trazer a cultura do aluno e do estrangeiro ao diálogo significa mais do que simplesmente ensinar e aprender, mas aceitar que fazem parte do processo de aprendizagem, os alunos com suas próprias experiências e valores, com sua própria pluridade linguística e diferentes experiências de aprendizagem de línguas. Portanto, esta abordagem tem como objetivos gerais o entendimento dos povos e a sensibilização do aprendente para com as diferenças entre culturas, a desconstrução de preconceitos e o desenvolvimento da capacidade de tolerância. Por meio do uso e análise de textos reflete-se sobre as diferenças e semelhanças interculturais e promove-se o conhecimento e a interpretação dos diferentes modos de vida e valores das outras culturas, o que leva o aluno a um melhor conhecimento da própria cultura.


Interlanguage, die (oder Lernersprache, die)

Interlíngua


Interlíngua é, nas situações de aprendizagem e aquisição de uma segunda língua, um sistema intermediário dinâmico composto por elementos pertencentes a cada um dos idiomas presentes. Em outras palavras, é um tipo de língua em processo de construção por aprendizes de L2, ainda não proficientes, que apresenta algumas características da L1 em conjunto com elementos da L2 em tentativa de aproximação com a L2 e elementos de outras línguas já aprendidas.


K

Kann-Beschreibung, die

Descritor poder-fazer


O “descritor de poder-fazer” é usado para a descrição das competências e para a formulação de objetivo(s) de aprendizagem. Ele descreve o horizonte de expectativas que costuma se relacionar a atos observáveis (Exemplo: os alunos podem escrever um simples e-mail pessoal para um amigo, no qual eles expressam um convite para um aniversário). No QECR, com a ajuda do “descritor poder-fazer”, são feitas afirmações sobre quais atividades verbais um aprendente consegue executar.


Kognitivismus, der

Cognitivismo


O cognitivismo como teoria, também conhecido por teoria cognitiva e teoria cognitivista, descreve a aprendizagem de um ser humano como processamento e armazenamento de novas informações. Os aprendizes são ativos neste processo, recuperam conhecimentos armazenados e os conectam a novos, ampliando-os e consolidando-os na memória. Na visão cognitivista desloca-se o foco do ensino para o aluno e o que ele utiliza como estratégia de aprendizagem na reconstrução de conhecimentos. Entende-se que a mente humana está cognitivamente apta para a aprendizagem de línguas. Os erros passam a ser entendidos como parte do processo da aprendizagem.


kommunikative Kompetenz

Competência comunicativa


Competência comunicativa indica a capacidade de se comportar adequadamente em uma situação de comunicação. É ser capaz de produzir e compreender enunciados gramaticalmente adequados e aceitáveis nos contextos em que são produzidos. De acordo com QECR, é uma competência ampla que inclui as competências linguísticas, sociolinguística e pragmática (CONSELHO DA EUROPA, 2001, p. 34). Envolve diferentes aspectos do conhecimento, tais como: saber adequar o uso da língua aos interlocutores e às diferentes situações e intenções comunicativas, compreender e produzir diferentes gêneros textuais, e, a despeito das limitações no conhecimento linguístico, saber manter a comunicação através de estratégias de comunicação.


Kommunikativer Ansatz

Abordagem Comunicativa (ensino comunicativo)


A abordagem comunicativa ou ensino comunicativo defende que a unidade básica da língua é o ato

comunicativo e que o ensino de línguas deve objetivar a competência comunicativa do aluno na

língua-alvo, por meio do desenvolvimento das quatro habilidades linguísticas: compreensão oral,

compreensão escrita, produção escrita e produção oral. Prioriza-se situações e textos (orais e

escritos) do cotidiano e sugere-se o trabalho com textos autênticos. O professor assume a função de

mediador e facilitador nos processos de aprendizagem, e, através de atividades em grupos ou duplas,

passa a promover a interação social na língua-alvo. O aluno é percebido como o sujeito de seu próprio

processo de aprendizagem, ou seja, visa-se ao ensino protagonizado pelo aprendiz. Além disto, há

o entendimento de que os erros dos alunos constituem um indício de crescimento em sua competência

comunicativa e que a recriminação de erros inibe o uso da língua-alvo, uma vez que, sem o seu uso,

não há aprendizagem.


Kompetenz, die

Competência


De acordo com o QECR, “competências são o conjunto dos conhecimentos, capacidades e características que permitem a realização de ações” (CONSELHO DA EUROPA, 2001, p.29), ou seja, não dizem respeito a uma habilidade específica. Ainda conforme o QECR, qualquer tipo de tarefa requer que seja ativado um conjunto de competências gerais apropriadas como, por exemplo, o conhecimento e a experiência do mundo, o conhecimento sociocultural, as capacidades interculturais, a competência de aprendizagem e as capacidades práticas do cotidiano e da competência de realização. (CONSELHO DA EUROPA, 2001, p.219). As diferentes competências dos aprendentes estão estreitamente relacionadas com as suas características individuais de natureza cognitiva, afetiva e linguística.



Kompetenzorientierung, die

Ensino orientado para a competência


Ensino orientado para a competência é um princípio didático-metodológico, que consideraa participação nos eventos comunicativos, inclusive os construídos para a aprendizagem de línguas, como o promotor do desenvolvimento de competências (CONSELHO DA EUROPA, 2001, p.147). Ainda de acordo com o QECR, estas competências podem ser subdivididas em competências gerais (conhecimento declarativo, competência de realização, competência existencial e competência de aprendizagem) e competências comunicativas (linguísticas, sociolinguísticas e pragmáticas). Os objetivos de aprendizagem são, portanto, formulados por meio de descritor de poder-fazer. Enfatiza que na aula é importante aprender o que pode ser feito com a língua estrangeira: compreender outras pessoas e culturas, comunicar-se com os outros, interpretar e produzir textos, participar ativamente na vida social e cultural etc.



Konstruktivismus, der

Construtivismo


O construtivismo ou teoria construtivista entende a aprendizagem como um processo individual, que ocorre na interação com o meio. Afirma que novos conhecimentos se ligam aos já existentes. Descreve o aprendizado como uma construção de novos conhecimentos que todo indivíduo aprendiz deve organizar por si mesmo. Neste contexto, pode-se explicar por que os alunos que participaram das mesmas aulas podem ter diferentes resultados de aprendizagem. Isso significa que, para aprender uma língua estrangeira, os alunos devem fazer tarefas e exercícios que lhes darão oportunidades para construir novos conhecimentos.




Kontrastive Analyse

Análise contrastiva


Análise contrastiva, no âmbito do ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras, é a comparação de dois sistemas linguísticos, a língua materna e a língua-alvo, ou seja, é a ação pela qual as semelhanças e diferenças estruturais entre a primeira língua e a língua-alvo são objetos de confronto e comparação. As aulas orientadas para a contrastividade também relacionam as primeiras línguas e as línguas estrangeiras já aprendidas no processo de aprendizagem de um novo idioma, ou seja, este ensino estimula a comparação de línguas e culturas. A análise contrastiva surgiu no contexto da hipótese contrastiva.


Kontrastivhypothese, die

Hipótese contrastiva


A hipótese contrastiva também chamada de hipótese da análise contrastiva e de hipótese da interferência, afirma que a primeira língua influencia sistematicamente a aquisição/ aprendizagem da segunda língua. É uma das hipóteses de aquisição de segunda língua, que pressupõe que a aprendizagem de um novo idioma encontra mais dificuldade quando se tem grandes diferenças estruturais em relação à primeira língua. De acordo com esta hipótese, quanto maior a diferença entre a primeira e a segunda língua, mais interferência resulta. Em consequência, estruturas semelhantes são aprendidas mais facilmente. É uma hipótese formulada no contexto do comportamentalismo, de acordo com o qual o aluno transfere constantemente hábitos da primeira língua para o processo de apropriação da segunda Língua.


Kulturwissenschaften, die

Estudos culturais


Os Estudos Culturais são um ramo das humanidades, um campo de investigação de caráter interdisciplinar que explora as formas de produção ou criação de significados e de difusão dos mesmos nas sociedades atuais, ou seja, não se configuram exatamente como uma disciplina distinta, mas sim como uma área ampla dentro das disciplinas constituídas. Um dos principais pesquisadores na área de alemão como língua estrangeira é Claus Altmayer.


L

Landeskunde, die

Conhecimento sociocultural


O conhecimento sociocultural leva ao saber contextualizado no aprendizado de línguas estrangeiras, ajuda a compreender enunciados, comportamentos, diversos tipos de textos e a mudar estereótipos existentes. O objetivo é que os alunos compreendam as principais características, o comportamento, bem como o desenvolvimento político, social, econômico e cultural do(s) país(es) em seus contextos e interdependências para que desenvolvam a habilidade de agir adequadamente em situações específicas e de acordo com costumes estrangeiros. O conhecimento sociocultural engloba os seguintes saberes das sociedades da língua-alvo: sociocultural factual ou cognitivo, sociocultural comunicativo e o intercultural. O conhecimento sociocultural factual ou cognitivo deve ocupar-se da transmissão de informações, tais como acontecimentos, números e dados. O foco é a aquisição de conhecimentos de fatos, o chamado conhecimento enciclopédico. As áreas temáticas, que devem ser abrangidas numa aula de conhecimento factual são: política, economia, geografia, história, sociologia, literatura e também os usos e costumes de um país. Este saber é entendido como um assunto independente e, portanto, deve ser claramente diferenciado de outros conteúdos de aprendizagem, ou seja, a comunicação do conhecimento enciclopédico acontece separadamente e sem conexão com objetivos educacionais específicos. Já o conhecimento sociocultural comunicativo visa treinar as atividades linguísticas e a adequação no uso pragmático da língua pelos alunos em situações cotidianas no país da língua-alvo. Para isto os alunos devem ter um pré-conhecimento do mundo e do cotidiano. Presume-se que o aluno um dia visitará o país com o idioma a ser aprendido. Incentiva-se o aprendizado de como as pessoas no país de destino se comportam na comunidade, o tipo de educação delas, como moram e vivem. Este tipo de conhecimento sociocultural em contraste com o conhecimento sociocultural factual é parte integrante do ensino e aprendizagem de línguas. O conhecimento intercultural trata do desenvolvimento de habilidades perceptivas e empáticas, bem como do desenvolvimento de estratégias e de aptidões para lidar com culturas estrangeiras. A contribuição crucial deste conhecimento é encorajar os alunos a entender melhor e classificar suas próprias culturas e culturas estrangeiras.


Lehrbuch, das (oder Lehrwerk, das)

Livro didático


Livro didático (Lehrbuch) é o livro de caráter pedagógico, utilizado geralmente em escolas, que ajuda no ensino e na aprendizagem, bem como na divulgação de determinadas matérias estudadas. O “Kit” didático (Lehrwerk) é um conjunto mais amplo que contém além do livro didático (Lehrbuch), outros materiais de ensino, tais como DVDs, livro de exercícios etc.


Lernen, das

Aprendizagem


Aprendizagem é apropriação de conhecimentos e competências enquadrada e/ou organizada escolarmente, de forma consciente. No âmbito da aprendizagem de língua estrangeira, é o processo dirigido e controlado de desenvolver a proficiência linguística por meio de processo de instrução formal, geralmente num ambiente institucional, e que compreende o conhecimento consciente das regras e usos do novo idioma. De acordo com Krashen (1981, p.2, tradução nossa), é importante observar que a aprendizagem não pode se converter em aquisição. De forma resumida, a aprendizagem de língua estrangeira é a apropriação consciente de competência linguística na língua-alvo, realizada em contexto formal.


Lerner, der/Lernerin, die (oder Lernende, der/die)

Aprendiz (ou aprendente)


Pessoa que está aprendendo alguma coisa; quem está passando por algum processo de aprendizagem; aluno, estudante. O QECR utiliza-se do termo “aprendente”.


Lernerautonomie, die

Autonomia do aprendiz


De modo geral, autonomia é a capacidade de se autodeterminar sem imposição de outrem, de assumir a responsabilidade de tudo o que concerne à sua pessoa, ou seja, uma pessoa é autônoma, quando ela é independente, na medida em que, tanto o que ela pensa, como o que ela faz, ao menos nas mais importantes partes de sua vida, foi decidido por ela mesma. Segundo Holec (1979, p.3), é a capacidade do aprendente de responsabilizar-se por sua própria aprendizagem, cabendo ao aluno: fixar os objetivos, definir o conteúdo e a progressão, selecionar e aplicar métodos e técnicas, revisar o processo e avaliar o aprendido. No âmbito da aprendizagem de línguas, a autonomia do aprendiz ocorre quando o aluno aprende a ser capaz de assimilar outra língua pelos próprios meios e segundo as suas próprias regras.


Lernerzentrierung, die

Ensino protagonizado pelo aprendiz


O ensino protagonizado pelo aprendiz, também chamado de protagonismo do aprendiz, é o princípio metodológico em que o aluno é ativo e não passivo: ele é responsável por sua própria aprendizagem e o professor assume o papel de um mediador. O objetivo é que o aluno aprenda de forma significativa, crítica, relevante, contínua; ou seja, que leve o aluno a aprender a aprender. Este ensino não deve ser interpretado como aquele em que o estudante tem total liberdade para escolher o que quer aprender, pois o evento educativo sempre envolve professor (ensino), conhecimento (currículo), aluno (aprendizagem) em um meio social (contexto). O currículo, por exemplo, deve dar opções aos aprendizes, deve-se trabalhar os conteúdos através de situações que façam sentido para os mesmos, que sejam relevantes para eles, pois é o aprendiz quem decide se quer aprender algum conhecimento de modo significativo e, para isso, ele deve perceber a relevância e apresentar a intenção de aprender.Vide autonomia do aprendiz.


Lernfähigkeit, die

Competência de aprendizagem


De acordo com o QECR, “num sentido muito lato, a competência de aprendizagem é a capacidade para observar e participar em novas experiências e incorporar o conhecimento novo nos conhecimentos anteriores, modificando estes últimos onde for necessário. As capacidades para aprender uma língua desenvolvem-se ao longo da experiência da aprendizagem. Essas capacidades permitem ao aprendente lidar de forma mais eficaz e independente com os desafios da aprendizagem de uma língua, observar as opções existentes e fazer melhor uso das oportunidades. A capacidade de aprendizagem tem várias componentes: a consciência da língua e da comunicação; as capacidades fonéticas; as capacidades de estudo; as capacidades heurísticas” (CONSELHO DA EUROPA, 2001, p. 154).


Lernstrategie, die

Estratégia de aprendizagem


Uma estratégia de aprendizagem, conforme Bimmel (2012, s.p.) é um plano para alcançar um objetivo definido. As estratégias são executadas conscientemente, sendo que alguns autores também consideram a forma inconsciente. Existem diversas classificações de estratégias de aprendizagem. Oxford (1990), por exemplo, diferencia entre estratégias diretas e indiretas. As estratégias diretas são subdivididas pela pesquisadora em três grupos: estratégias de memória ou mneumônicas, estratégias cognitivas e estratégias de compensação. As estratégias indiretas estão divididas em metacognitivas, afetivas e sociais (VILAÇA, p. 49-51). As estratégias são especialmente importantes na aprendizagem de línguas porque elas são ferramentas para um desenvolvimento ativo e autodirigido, o que é essencial para o desenvolvimento da competência comunicativa. Estratégias apropriadas resultam em proficiência aperfeiçoada e maior autoconfiança.


Lerntradition, die

Tradição de aprendizagem


O termo tradição está intimamente relacionado ao conceito de cultura no contexto do ensino de línguas, principalmente na combinação de tradições de ensino e aprendizagem específicas da cultura. A tradição de aprendizagem significa ter seu próprio modo de ensino, característico de sua cultura.


Lernziel, das

Objetivo de aprendizagem


Objetivo de aprendizagem é a descrição da competência que o aprendiz, por meio do ensino, deve alcançar. De acordo com o QECR, o objetivo de aprendizagem de língua estrangeira está ligado às competências gerais individuais, ou seja : saber, saber-fazer, saber-ser e saber-aprender (CONSELHO DA EUROPA, 2001, p.190-194). O objetivo da aprendizagem tem estreita relação com a “descritor poder-fazer” .


Lesestil, der

Estilo de leitura


É o modo como um determinado texto é lido. Na leitura detalhada (detalliertes/totales/intensives Lesen) pretende-se compreender todo o texto. Lê-se, então, de forma lenta e completa, como por exemplo uma receita de cozinha. Na leitura cursiva (globales/kursorisches Lesen) sobrevoa-se um texto para compreender globalmente do que se trata, como, por exemplo, passar os olhos no jornal para obter uma visão geral do que está ocorrendo na política. A leitura seletiva (suchende/selegierendes/selektives Lesen) ocorre quando se quer encontrar algumas informações específicas no texto, como por exemplo, o preço do produto que queremos em um anúncio. A leitura orientada (sortierendes/orientierendes Lesen) é aquela que procura diferenciar o que é importante daquilo sem importância no texto, como por exemplo, quando tenta-se distinguir as informações principais das secundárias durante a leitura. A leitura concentrada (konzentrisches Lesen) é a combinação de diferentes estilos de leitura, como por exemplo, a partir da leitura cursiva seguir para a leitura seletiva e finalmente para a leitura detalhada de uma seção específica da revista.


Leseverstehen, das

Compreensão escrita (leitura)


A compreensão escrita é uma habilidade em que se recebe e processa textos escritos, o que exige que usemos nossos olhos e nosso cérebro. Corresponde a um conjunto das atividades oculomotoras e cognitivas que, a partir da extração de informações gráficas, conduzem à compreensão de um enunciado. Dependendo dos nossos objetivos, podemos ler de diversas formas ou adotar diversos estilos de leitura, como por exemplo: leitura detalhada (detalliertes/totales/intensives Lesen), leitura cursiva (globales/kursorisches Lesen), leitura seletiva (suchende/selegierendes/selektives Lesen), leitura orientada (sortierendes/orientierendes Lesen) e leitura concentrada (konzentrisches Lesen). A compreensãodo texto é a razão para a leitura e consiste de um processo estratégico que pode ser ensinado, sendo dependente de vários processos cognitivos, incluindo decodificação, reconhecimento de palavras e associação com conhecimentos de mundo.


M

Mehrsprachigkeit, die

Plurilinguismo


Plurilinguismos é a capacidade de um indivíduo de utilizar mais de duas línguas diferentes segundo o tipo de comunicação (com a família, nas relações sociais e profissionais, com a administração etc). Distingue-se ‘plurilinguismo’ de ‘multilinguismo’, que é entendido como o conhecimento de um certo número de línguas ou a coexistência de diferentes línguas numa dada sociedade.


Methode, die

Método


De forma ampla, método é o conjunto de procedimentos, passos ou regras adotados na condução de uma prática, ou seja o caminho para algo, o procedimento ou processo sistemático a seguir para se atingir determinado objetivo. No âmbito do ensino, método é a forma, a maneira como o professor atinge o objetivo de aprendizagem e os objetivos do seu plano de ensino. O método é, portanto, conforme Pérez (1999, p. 20)integrado por uma base teórica, um elenco de elementos selecionados de acordo com a base teórica, que constituiriam os objetivos do ensino e da aprendizagem e um conjunto de técnicas adequadas para se atingir os objetivos propostos.


Methodisches Prinzip

Princípio metodológico


Os princípios metodológicos de ensino de línguas estrangeiras são diretrizes que orientam as ações dos professores em seus ensinamentos e, portanto, fornecem orientação. Eles servem aos professores como base para decisões de planejamento e execução de aulas, de modo que afetam a preparação de tarefas e exercícios. O ensino orientado para a ação, o ensino por tarefas, o ensino orientado para a competência, o ensino orientado para o conteúdo e o ensino protagonizado pelo aprendiz são considerados, atualmente, princípios metodológicos importantes do ensino e aprendizagem de línguas.


Monitor, der

Monitor


O monitor é, segundo Paiva (2014, p.182) um editor da produção linguística que se utiliza do conhecimento consciente da gramática aprendida. As condições necessárias para o uso bem sucedido do monitor são: tempo, foco na forma e conhecimento da regra. São três as características do monitor, segundo Paiva (2014, p. 28) citando Krashen (1981, p.12-13): “1. Os usuários bem-sucedidos do monitor editam o output da segunda língua quando não há interferência na comunicação; 2. essa edição resulta em desempenho variável, isto é, percebemos tipos e quantidades diferentes de erros sob condições diferentes; 3. os usuários do monitor demonstram preocupação com a “correção” linguística e consideram sua produção de fala e escrita não monitorada como descuidada”.


Monitormodell, das

Modelo do Monitor


O Modelo Monitor ou Teoria do Monitor, de acordo com Krashen (1982, p.10-36) apresenta cinco aspectos: 1. Distinção entre aquisição e aprendizagem; 2. Hipótese da ordem natural; 3. Hipótese do insumo; 4. Hipótese do monitor e 5. Hipótese do filtro afetivo. Este modelo postula que pode-se “interiorizar” regras da língua-alvo de duas formas: uma forma implícita, denominada aquisição (inconsciente) da língua e uma forma explícita, denominada aprendizagem (consciente) da língua. Segundo a hipótese da ordem natural, a aquisição de linguagem se desenvolve de maneira gradual, sendo que algumas formas da língua são adquiridas mais rápidas (entonação, plural regular) e outras mais tarde (flexões verbais, concordância). A hipótese do insumo pressupõe que a aprendizagem de línguas não é possível sem insumos e que é também através dos insumos dos alunos, que a lingualização (output) desejada surge. Tanto os ambientes formais quanto os informais contribuem para a proficiência linguística: o informal geraria o intake, ou seja, a absorção do insumo linguístico; o formal, a sala de aula, desenvolveria o monitor, ou seja, um editor da produção linguística que se utiliza do conhecimento consciente da gramática aprendida. Na hipótese do Monitor, o sistema de aprendizagem tem a função de ajudar na monitoração dos enunciados produzidos na língua estrangeira. A hipótese do filtro afetivo considera que fatores afetivos estão relacionados com o processo de aquisição de segunda língua, ou seja o filtro afetivo é a primeira barreira que o insumo encontra antes de ser processado e internalizado.


Motivation, die

Motivação


Motivação é um fator afetivo, o qual está ligado a diferentes componentes interdependentes, complementares ou sobrepostos, os quais estão condicionados à personalidade, à biografia dos aprendentes, às suas posições e orientações frente à língua estrangeira, bem como influenciados pelas ligações culturais, organização, ambiente de ensino e meio sócio-cultural. A motivação pode mudar com o tempo em decorrência, por exemplo, do sucesso da aprendizagem. Por isto é considerada multidimensional e dinâmica. Fatores pessoais como as expectativas, o autoconceito, a personalidade e o entusiasmo de professores e alunos se influenciam mutuamente e podem aumentar ou diminuir a motivação de ambos, bem como influenciar os seus estilos de ensino e aprendizagem.


Muttersprache, die

Língua materna – L1


Primeira língua a ser adquirida por um indivíduo, aquela que habilitará o sujeito a ter suas primeiras experiências de contato e interação com o mundo e a sociedade que o circunda. É também chamada de Lingua nativa ou primeira língua.


N

Nativismus, der

Nativismo


O nativismo, também chamado de inatismo ou teoria nativista, é uma posição de teoria da aquisição de linguagem que pressupõe que as crianças tenham uma predisposição cognitiva para aprender línguas desde o nascimento. Argumenta-se que, por isso, as crianças podem formar palavras e outras estruturas linguísticas que vão além do que recebem diretamente de insumos. Neste modelo teórico, Chomsky (1964) postulava a existência do dispositivo de aquisição da linguagem inato, que elabora hipóteses linguísticas sobre dados linguísticos primários (aqueles a que a criança está exposta) , gerando então uma gramática específica, que é a aquela da língua nativa da criança, de maneira relativamente fácil e de certo modo espontâneo.


P

persönlichkeitsbezogene Kompetenz

Competência existencial (saber-ser)


Segundo o QECR, a competência existencial pode ser entendida como a soma das características individuais, traços de personalidade e atitudes que dizem respeito, por exemplo, à visão do indivíduo sobre si e sobre os outros e à vontade de estabelecer um relacionamento social com eles (CONSELHO DA EUROPA, 2001, p.32-33). A competência existencial tem uma influência importante sobre o sucesso da aprendizagem da língua (por exemplo, a capacidade de tolerar erros linguísticos; poder colocar-se no lugar do outro, conseguir motivar-se a si mesmo). Motivação, emoção, atitudes, vontade, controle metacognitivo e prontidão para atuar contribuem para que os aprendizes lidem com sucesso perante as mais complexas exigências. Este tipo de competência não é visto simplesmente como resultado de características de personalidade imutáveis: inclui fatores que são o produto de vários tipos de aculturação e que podem ser modificados.


Postmethoden-Ära, die

Pós-método ou Era pós-método ou pedagogia pós-método


Termo cunhado por Kumaravadivelu para tentar descrever o que está acontecendo no ensino de línguas. “Qualquer pedagogia com base no pós-método tem que ser construída pelo próprio professor, levando em consideração particularidades políticas, culturais, sociais e linguísticas” (KUMARAVADIVELU, 2006b). Kumaravadivelu (1994) desdobra em dez macroestratégias sua proposta: 1. Maximizar as oportunidades de aprendizagem, tratando a sala de aula como uma prática social conjunta entre professor e alunos; 2. Facilitar ao aluno interação negociada com o professor e com colegas para acelerar a compreensão e construção de sentido, usando, por exemplo, atividades em grupo;3. Minimizar os desencontros perceptuais entre as intenções do professor e as interpretações do aluno; 4. Ativar a heurística intuitiva dos alunos, fornecendo input linguístico suficiente para que eles possam chegar às regras da língua pela autodescoberta; 5. Incentivar a consciência linguística do aluno, não com base nas regras tradicionais da gramática, mas por meio de atividades que evidenciem também a importância da língua em seus aspectos formais, 6. Contextualizar o input linguístico, usando tarefas de solução de problemas, simulacoes, RPG, e outras atividades que integram vários componentes linguísticos; 7. Integrar as habilidades linguísticas, incluindo a escuta, a fala, a leitura e a escrita; promover a autonomia do aluno, dando-lhe o conhecimento necessário para gerenciar sua própria aprendizagem; aumentar a consciência cultural dos alunos, propiciando contato com diferentes culturas, incluindo a cultura da língua materna; 10. Assegurar relevância social, partindo do contexto do aluno (LEFFA, 2012, p. 399-400). O pós-método tem por parâmetros: a particularidade, a praticabilidade e a possibilidade.


Projektarbeit, die

Projeto


O projeto refere-se a uma forma de trabalho em que os alunos trabalham autonomamente em um problema complexo dentro de um determinado período, a fim de produzir resultados práticos ou produtos no final. Geralmente o projeto é implementado em grupo e não individualmente. Cada projeto tem um objetivo específico para atingir e inclui, além da teoria, a prática. Os alunos geralmente devem escolher, planejar, executar e analisar os resultados do projeto. Podemos citar como exemplo de projetos numa classe de ensino de língua estrangeira, a implementação, na língua-alvo, de peças de teatro , entrevistas e comentários , preparação de um vídeo , conferências etc.


Proximale Entwicklungszone

Zona de desenvolvimento proximal (ZPD)


Noção introduzida por L.S. Vygotsky (1984) de que existe uma relação estreita entre o desenvolvimento e as possibilidades de aprendizagem. Esta relação analisa-se segundo dois eixos. De um lado, existe um desenvolvimento atual da criança, tal qual como o podemos avaliar com a ajuda de provas, padronizadas ou não. Por outro lado, existe um desenvolvimento potencial que pode ser estimado a partir do momento em que a criança é capaz de realizar com a ajuda de um adulto, num determinado momento, o que realizará sozinha mais tarde. Essa capacidade potencial corresponde à zona do desenvolvimento proximal, também chamada de zona próxima ao desenvolvimento. Nesta perspectiva, a aprendizagem torna-se um fator de desenvolvimento. No ensino de línguas, a ZPD está relacionada à Hipótese do insumo de Krashen.


prozedurales Wissen

Competência de realização (saber-fazer) ou conhecimento processual


O conhecimento processual, procedimental ou procedural, denominado também de competência de realização, é composto de habilidades ou competências práticas, cognitivas, sociais ou mesmo interativas, (relativamente) automatizadas. Considera-se, muitas vezes, que é um conhecimento implícito e, portanto, limitadamente verbalizável. É um conhecimento que requer prática. Conforme Paiva (2014, p.178) “conhecimento processual é o conhecimento de procedimentos, de como fazer alguma coisa”.


R

Rollenspiel, das

RPG


O RPG pode ser traduzido como jogo de personificação de papéis. No âmbito de aprendizagem de língua, o RPG é um instrumento pedagógico: é a atividade de sala de aula em que o aluno simula uma situação da vida real, representando-a perante a turma, utilizando a língua estrangeira. O RPG é uma ferramenta importante a ser usada, pois pode motivar o aluno a estudar ao mesmo tempo em que desenvolve habilidades cognitivas e sociais. O RPG está relacionado à atividade criadora e possibilita ao aprendente vivenciar de uma forma virtual situações cotidianas que poderiam ajudar seu processo de aprendizagem.


S

Schreiben, das

Produção escrita (ou escrever)


Produção escrita, ou simplesmente o escrever, tal como acontece com a produção oral, ou o falar, é uma habilidade produtiva ou ativa, pois exige que usemos nossas mãos e nossos cérebros para produzir os símbolos escritos que representam nossa linguagem falada. Junto com a compreensão escrita (o ler), é uma das duas habilidades linguísticas artificiais, pois nem todas as línguas faladas naturais têm um sistema de escrita.


Selbstwertgefühl, das

Autoestima


Conforme o QECR, autoestima é uma imagem positiva de si próprio, que geralmente leva à diminuição de inibições, o que contribui, por exemplo, para o êxito da execução de uma tarefa na aprendizagem de línguas (CONSELHO DA EUROPA, 2001, p.222). Quando o aprendente tem a necessária confiança em si próprio, assumirá, por exemplo, uma postura proativa na interação, se for necessário, intervindo para obter esclarecimentos, para verificar a compreensão, entre outros exemplos.


Sozialform, die

Forma de interação social


Por forma de interação social entende-se geralmente todas as maneiras de trabalho em conjunto entre professores e alunos, bem como entre os alunos, e, como exceção, o trabalho do indivíduo de modo isolado, mas que tenha a presença de outros no processo de aprendizagem. As formas de interação social organizam as relações entre aprendizes e professores durante a aula. Conforme o grupo de aprendizes for subdividido ou abordado, estamos falando de uma das seguintes formas: aula expositiva, trabalho em grupo, trabalho individual e trabalho em dupla, as quais podem ser combinadas durante uma mesma aula.


Soziokulturelle Theorie

Teoria sociocultural ou sociointeracional


A teoria sociocultural, sociointeracional ou psicolinguística de Vygotsky (1984) é a “teoria que pressupõe que o funcionamento mental humano resulta da participação em e apropriação de formas de mediação cultural integradas em atividades sociais” (LANTOLF e BECKETT, 2009, p. 459). Tem por objetivo principal investigar e explicar o desenvolvimento cognitivo das crianças, sendo utilizada no estudo de aquisição de L1 e L2, bem como no estudo da aprendizagem da Língua Estrangeira. Na visão da teoria sociocultural, a aquisição de um idioma se dá através de processo colaborativo por meio do qual os aprendizes se apropriam da língua de sua própria interação, para seus próprios propósitos, construindo a competência gramatical, expressiva e cultural. As principais teses de Vygotsky são: a) não se pode separar o desenvolvimento da linguagem do contexto histórico e social; b) os humanos pensam através da criação e do uso de ferramentas mediadoras; c) a linguagem tem papel importante no desenvolvimento mental, sendo ela a principal ferramenta da mediação. Em resumo, a teoria sociocultural, segundo Ratner (2002), defende que “o funcionamento da mente humana é um processo fundamentalmente mediado, organizado por artefatos culturais, atividades e conceitos” (RATNER, 2002, in PAIVA, 2014, p.128).


Sprachbewusstheit, die

Consciência linguística


Consciência linguística é o conhecimento explícito sobre a língua, assim como a percepção e sensibilidade conscientes na aprendizagem, no ensino e no uso da língua. A consciência linguística traz inúmeros benefícios a professores e alunos derivados do desenvolvimento de um bom conhecimento sobre língua, o entendimento consciente de como a língua funciona, de como as pessoas aprendem e usam a língua.



Sprache, die

Língua


No sentido mais atual, uma língua é uma ferramenta de comunicação, um sistema de signos específico para membros da mesma comunidade linguística. De acordo com Houaiss (2001, p.1762), para Ferdinand de Saussure (1857-1913), a língua é considerada como um sistema abstrato de signos inter-relacionados, de natureza social e psíquica, comum a todos os membros de uma comunidade linguística. Ou seja, é um sistema de relações, ou mais precisamente, um conjunto de sistemas conectados uns aos outros, cujos elementos (sons, palavras, etc.) não têm valor independentemente das relações de equivalência e oposição que as conectam.


Linguagem


Linguagem é a capacidade, específica da espécie humana, de se comunicar por meio de um sistema de sinais (Ex. língua).


Spracheignung, die oder Sprachtalent, das

Aptidão linguística


Pelo termo aptidão linguística entende-se a aptidão para aprender uma língua, ou seja, refere-se à previsão de quão bem, relativamente a outros indivíduos, uma pessoa pode aprender uma língua estrangeira em um dado tempo e sob determinadas condições.


Spracherwerb, der

Aquisição de língua ou linguagem


A aquisição de língua está ligada ao processo de assimilação natural e intuitivo, subconsciente, no qual o aprendiz só se dá conta do fato quando está empregando a língua para a comunicação, cuja assimilação é fruto de interação em situações reais de convívio , em que o aprendiz participa como sujeito ativo do processo, como por exemplo o processo de assimilação da língua materna pelas crianças, onde elas desenvolvem habilidade sobre a língua falada e sem o conhecimento teórico.


Spracherwerbsmechanismus, der

Dispositivo de aquisição de linguagem (DAL ou LAD)


É uma metáfora utilizada por Chomsky (1968, tradução de 2006, p.119) para referir-se à faculdade das crianças aprenderem a Primeira Língua. De acordo com este autor, todo ser humano é biologicamente dotado com a faculdade da linguagem, o dispositivo de aquisição de linguagem (DAL ou LAD), que é responsável pelo desenvolvimento da mesma. Em outras palavras, é um dispositivo inato de aquisição da linguagem. O LAD é concebido como uma predisposição cognitiva, que especifica quais as formas que as línguas podem tomar e que permitirá, portanto, à criança descobrir a gramática daquela particular a que está exposta. Esta metáfora foi estendida para o aprendizado da Segunda Língua por adultos, por Krashen (1981, p.110) e outros.


Sprachhandlung, die

Atividade linguística


Conforme o QECR, as atividades linguísticas, ao serem desempenhadas, ativam a competência comunicativa do aprendente da língua (CONSELHO DA EUROPA, 2001, p.35). Incluem as atividades de recepção, produção, mediação e interação, podendo cada uma delas realizar-se na oralidade ou na escrita ou em ambas. As atividades de recepção incluem, entre outras, a compreensão de exposições orais, a leitura silenciosa de textos, reportagens, artigos, obras literárias etc. As atividades de produção englobam, entre outras, fazer uma exposição oral, articular expressões, descrever experiências, contar histórias, escrever cartas, notas, mensagens etc. As atividades de mediação tornam a comunicação possível entre pessoas que não podem, por qualquer razão, comunicar-se diretamente e abarcam, entre outras, a tradução e a interpretação, fornecendo a terceiros uma reformulação do texto de origem ao qual estes não têm acesso direto. A interação é uma atividade linguística em que participam oralmente e/ou por escrito pelo menos dois indivíduos, cuja produção e recepção de enunciados alternam, podendo, na comunicação oral, sobrepor-se. Podemos citar como exemplos de atividades de interação: iniciar um discurso, tomar a vez quando apropriado, acabar com uma conversa quando preciso, lidar com situações do dia-a-dia ou durante uma viagem, conversar com espontaneidade e fluência etc.


Sprachmuster, das

Estrutura-padrão da língua


Estrutura-padrão da língua corresponde ao arranjo de elementos repetidos ou correspondentes identificáveis em um texto. Estes incluem padrões de repetição ou similaridade (por exemplo, o uso repetido de verbos no começo de cada passo em uma receita). A aprendizagem de línguas depende do reconhecimento de padrões da língua-alvo. Portanto, precisamos alimentar o cérebro com muitos exemplos das estruturas-padrão de uma língua em determinado contexto, através de insumos constantes e de reforços. Na sua forma mais simples, como costumava acontecer no método áudiolingual, a repetição de estruturas-padrão significa ouvir um modelo, fornecido pelo professor, ou outro aluno, e repetir o que é ouvido. Como pattern drill entende-se a repetição de estruturas-padrão da língua.


Sprachvermögen, das (oder sprachliche Kompetenz)

Competência linguística


Conforme o QECR, competência linguística é definida como o conhecimento de recursos formais a partir dos quais se podem elaborar e formular enunciados corretos e significativos, bem como a capacidade para os usar (CONSELHO DA EUROPA, 2001, p.157). A competência linguística inclui os conhecimentos e as capacidades lexicais, fonológicas e sintáticas, bem como outras dimensões da língua enquanto sistema, independentemente do valor sociolinguístico da sua variação e das funções pragmáticas e suas realizações (CONSELHO DA EUROPA, 2001, p.34)


Sprechen, das

Produção oral (ou Falar)


A produção oral ou o falar pertence a uma das quatro habilidades que podem ser desenvolvidas em uma aula de línguas. Tal qual a produção escrita, a produção oral corresponde a uma das habilidades produtivas ou ativas, pois exige que usemos nosso trato vocal e nossos cérebros para produzir corretamente a linguagem através do som. Porém, a competência oral não implica automaticamente na competência escrita. Cada uma deve ser treinada em separado.


Strukturalismus, der

Estruturalismo


Estruturalismo, também chamada de teoria linguística estruturalista, é uma vertente linguística, que descreve a língua como uma estrutura (ou como um sistema) e exclui fenômenos não linguísticos (por exemplo, situação, papel do falante, etc.) de sua consideração. Para os estruturalistas a linguística deveria concentrar-se nas estruturas da língua e ser uma ciência descritiva e empírica. No estruturalismo cada língua é descrita segundo as características de seu sistema específico de formas. O procedimento de análise é indutivo, descritivo e sincrônico. O objeto de análise é a língua falada e não a escrita. A sentença é a unidade básica de análise.


symbolische Kompetenz

Competência simbólica


A competência simbólica, termo citado e definido por Claire Kramsch (2006), enriquece a competência comunicativa, uma vez que a comunicação é um ato bastante complexo, que não inclui apenas a compreensão do significado das palavras e enunciados, mas também a maneira como os sentidos são produzidos. Segundo Kramsch “não é suficiente comunicar sentidos; deve-se entender a prática da produção de sentidos em si mesma” (KRAMSCH, 2006, p. 251, tradução nossa). Ou seja, apenas o desenvolvimento da competência comunicativa não basta para o sucesso da aprendizagem de língua estrangeira nos dias atuais, em especial quando se trata de estudantes universitários. É necessário o desenvolvimento da competência simbólica, uma percepção de língua que leva em conta a complexidade dos discursos nos dias atuais. Desenvolver a competência simbólica significa não apenas utilizar-se de vocabulário e de estratégias de comunicação, mas de experências incorporadas, ressonâncias emocionais e idealizações morais. Conforme Kramsch, “esta competência não elimina a habilidade de expressar, interpretar e negociar significados no diálogo com os outros, mas a enriquece e a incrusta na habilidade de produzir e intercambiar bens simbólicos no complexo contexto global em que vivemos hoje” (KRAMSCH, 2006,p. 251, tradução nossa). Para Kramsch, uma das maneiras de promover essa competência é trabalhando com literatura no ensino de línguas, pois é através da literatura que o aluno “pode aprender sobre o potencial máximo da língua em produção de sentidos” (KRAMSCH, 2006, p. 251, tradução nossa). A literatura promoveria a compreensão dos três maiores componentes da competência simbólica: a produção de complexidade, a tolerância de ambiguidade e a apreciação da forma como sentido.


T

Tertiärsprachendidaktik, die

Didática de ensino da terceira língua


A didática de ensino da terceira língua (L3) entende que para aprender a L3 (ex. alemão) não se deve começar do zero, mas considerar as habilidades existentes no idioma da segunda língua (L2) já aprendida (ex. inglês). Deve-se incorporar experiências e estratégia(s) de aprendizagem de línguas existentes para tornar a apropriação de L3 mais eficiente. Considera importante desenvolver materiais de ensino e aprendizagem específicos para os grupos de alunos que estão aprendendo uma L3 e que já aprenderam uma L2. Nesta didática dá-se uma atenção maior para a aprendizagem cognitiva, como por exemplo por meio da comparação do idioma, pois entende-se que o desenvolvimento da consciência da linguagem, a língua materna e a segunda língua exercem um papel importante na consciência do idioma-alvo.


Textsorte, die

Gênero textual


Gêneros textuais são os tipos de textos, tais como carta, receita, artigo de jornal etc., que apresentam características típicas de determinada espécie de texto, dependentes de sua finalidade ou objetivo. Eles diferenciam-se uns dos outros pelo arranjo e apresentação das informações. O conhecimento das características de uma espécie de texto ajuda na sua compreensão.


Ü

Übung, die

Exercício


Os exercícios são usados para praticar estruturas linguísticas e habilidades parciais, visando a atomatização de seu uso (exercícios de ordem de palavras, preenchimento de lacunas etc.). Eles são diferentes das tarefas. Os exercícios são frequentemente vinculados a outros (sequências de exercícios) e criam condições para a realização de tarefas. Eles podem ser diferenciados de acordo com o grau de controle e a possibilidade de variação (fechados, semi-abertos e abertos) e sua orientação para diferentes áreas linguísticas (gramaticais, lexicais, de pronúncia etc.).


U

Unterrichtsmethodik, die

Metodologia de ensino


Metodologia de ensino é a parte da pedagogia que se ocupa diretamente da organização da aprendizagem dos alunos e do seu controle, ou seja é a aplicação de diferentes abordagens, métodos e técnicas no processo de ensino-aprendizagem.


Unterrichtsplanung, die

Planejamento de aula


O planejamento de aula é o serviço de preparação da aula, com o estabelecimento de métodos convenientes, que pode basear-se em diferentes princípios e depende do objetivo de aprendizagem, do grupo de alunos etc. Conforme o QECR, nos processos de comunicação linguística, o planejamento compreende a seleção, articulação e coordenação das componentes da competência comunicativa geral e da competência comunicativa em língua que interferem no ato comunicativo, de modo a realizar as intenções comunicativas do aprendente/utilizador (CONSELHO DA EUROPA, 2001, p.133).


Unterrricht, der

Ensino


Ensino é um processo que permite o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e competências dos aprendizes, mediante a atuação de um professor, geralmente de forma sistemática em ambiente escolar. Este termo forma um binômio com o termo aprendizagem, que é o processo de apropriação de conhecimentos pelos alunos. Em resumo, ensino é a tentativa de influenciar o processo de aprendizagem dos outros.


Unterrrichtsmaterial, das

Material didático


Material didático pode ser definido como instrumento e produto pedagógico utilizado em sala de aula, especificamente como material instrucional que se elabora com finalidade didática. Dependendo do foco abordado utiliza-se também os termos Lehrmaterial (material de ensino, utilizado pelo professor), e o Lernmaterial (material de aprendizagem, utilizado pelo aluno).


V

Verstärkung, die

Reforço


Reforço é um estímulo a um comportamento, podendo ser positivo ou negativo. Segundo Paiva (2014,p.183), o reforço positivo é um estímulo que aumenta a probabilidade de ocorrência de um determinado comportamento por meio de uma recompensa e o reforço negativo é um estímulo que aumenta a probabilidade de ocorrência de um determinado comportamento por meio da retirada de um estímulo desagradável, não devendo ser confundido com punição.


Vielprachigkeit, die

Multilinguismo


De acordo com o QECR multilinguismo é “o conhecimento de um certo número de línguas ou a coexistência de diferentes línguas numa dada sociedade” (CONSELHO DA EUROPA, 2001, p. 23). O plurilinguismo individual é a capacidade de uma pessoa de se comunicar em vários idiomas. Em contraste com o multilinguismo social, onde várias línguas são usadas em um país ou região (por exemplo, na Índia, em países africanos); o plurilinguismo individual refere-se à competência plurilíngue dos indivíduos. Esta competência pode ser bastante diferente e pode incluir diferentes habilidades, idiomas ou variações.


Vorgehensweise, die

Procedimento


Sabendo-se inicialmente o porquê de se fazer algo (Abordagem) e o como (Metodologia), a sequência é o procedimento, o modo de agir. O procedimento é a sequência a ser seguida para apresentar o conteúdo aos alunos, por exemplo. O procedimento pode ser resumido em termos de “primeiro você faz isto; então, você faz aquilo; depois faz isso e; finalmente, aquilo”.


W

Wahrnehmung, die

Percepção


Capacidade de compreensão. Consciência. Atenção consciente a aspectos linguísticos da segunda língua (L2).


Z

Zielsprache, die

Língua-alvo


A língua-alvo ou língua de chegada é a língua que se quer aprender, a língua que o aprendiz está tentando dominar. Pode ser uma Língua Estrangeira ou uma Segunda Língua. Esse conceito tem sido questionado, pois a metáfora do alvo representa a língua como algo fixo e imóvel.


Zweisprachiger Unterricht

Ensino bilíngue


A educação bilíngue ou o ensino bilíngue pressupõe conceitos distintos em países e contextos diferenciados em função de questões culturais, dos próprios educadores e legisladores e de fatores sócio-políticos. Geralmente considera-se um estabelecimento de ensino bilíngue quando a vivência da língua estrangeira pelos alunos é feita de forma bem mais intensiva, com uma carga horária grande e com algumas disciplinas ministradas na língua em questão. Uma escola bilíngue se organiza, em todos os níveis, para proporcionar aos seus alunos as competências necessárias para usar duas ou mais línguas em situações sociais e acadêmicas. Por isso, uma escola bilíngue ensina por meio das línguas e não apenas as línguas. Isso significa que os alunos não têm apenas aulas DE inglês, francês, espanhol, libras ou línguas indígenas, mas têm, principalmente, aulas de diversas matérias em inglês, francês, espanhol, coreano, libras, línguas indígenas ou qualquer outra.


Zweisprachigkeit, die (oder Bilingualismus, der)

Bilinguismo


O bilinguismo, de acordo com o senso comum, designa a capacidade de um indivíduo ou de uma comunidade para usar fluentemente duas línguas diferentes. É um caso particular de plurilinguismo. Para alguns autores é a situação dos sujeitos que tem competência equivalente em duas línguas; para outros é a situação em que um sujeito é levado a falar uma outra língua que não a sua, qualquer que seja seu nível de competência.


Zweite Sprache, die

Segunda língua (L2)


Segunda língua é aquela aprendida no contexto onde ela é falada por indivíduos que usam outro idioma (por exemplo, imigrantes brasileiros sem conhecimento prévio, adquirindo o idioma alemão na Alemanha). Ao contrário da Língua Estrangeira, uma Segunda Língua é adquirida de forma não controlada no ambiente do idioma-alvo.


Zweitsprachenerwerb, der

Aquisição de segunda língua


Processo não controlado de apropriação de outra língua diferente da primeira língua, fora do ambiente formal, em ambiente natural, num contexto de linguagem da comunidade a qual inclui dominantemente membros que falam o idioma como língua nativa.



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