symbolische Kompetenz

Competência simbólica


A competência simbólica, termo citado e definido por Claire Kramsch (2006), enriquece a competência comunicativa, uma vez que a comunicação é um ato bastante complexo, que não inclui apenas a compreensão do significado das palavras e enunciados, mas também a maneira como os sentidos são produzidos. Segundo Kramsch “não é suficiente comunicar sentidos; deve-se entender a prática da produção de sentidos em si mesma” (KRAMSCH, 2006, p. 251, tradução nossa). Ou seja, apenas o desenvolvimento da competência comunicativa não basta para o sucesso da aprendizagem de língua estrangeira nos dias atuais, em especial quando se trata de estudantes universitários. É necessário o desenvolvimento da competência simbólica, uma percepção de língua que leva em conta a complexidade dos discursos nos dias atuais. Desenvolver a competência simbólica significa não apenas utilizar-se de vocabulário e de estratégias de comunicação, mas de experências incorporadas, ressonâncias emocionais e idealizações morais. Conforme Kramsch, “esta competência não elimina a habilidade de expressar, interpretar e negociar significados no diálogo com os outros, mas a enriquece e a incrusta na habilidade de produzir e intercambiar bens simbólicos no complexo contexto global em que vivemos hoje” (KRAMSCH, 2006,p. 251, tradução nossa). Para Kramsch, uma das maneiras de promover essa competência é trabalhando com literatura no ensino de línguas, pois é através da literatura que o aluno “pode aprender sobre o potencial máximo da língua em produção de sentidos” (KRAMSCH, 2006, p. 251, tradução nossa). A literatura promoveria a compreensão dos três maiores componentes da competência simbólica: a produção de complexidade, a tolerância de ambiguidade e a apreciação da forma como sentido.

» Glossar der DaF-didaktischen Fachbegriffe