Topic outline
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Apresentação da disciplina
Conteúdo: A antropologia interpretativa e outros desdobramentos da hermenêutica. Problematização e desdobramentos do estruturalismo. Diálogos entre antropologia e história. Questões e tendências teórico-metodológicas no debate contemporâneo.
Métodos utilizados: Aulas expositivas, aulas dialogadas, debates em classe.
Critérios de avaliação:
1. duas provas escritas individuais
2. Relatórios de leitura (a combinar)
Normas de recuperação: Prova escrita sobre toda matéria dada.
Data da recuperação:
6 de fevereiro de 2017 - divulgação das questões da prova e das respectivas instruções para sua realização, por meio desta plataforma.
13 de fevereiro de 2017 - prazo final para entrega da prova na Secretaria do Departamento de Antropologia.
Cronograma e bibliografia: ver anexo
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Símbolo, ritual e processo social
TURNER, Victor. 2005[1967]. Floresta de símbolos: aspectos do ritual Ndembu. Rio de Janeiro: Editora da UFF. Cap 10: Um curandeiro Ndembu e sua prática, p. 449-488.
TURNER, Victor. 1974[1969]. O processo ritual. Petrópolis: Vozes. Cap. 3: Liminaridade e ‘communitas’, p. 116-159.
Leitura complementar: DOUGLAS, Mary. 1976[1966] Pureza e perigo. São Paulo: Perspectiva. Cap. 4: Magia e milagre, p. 75-91.
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Símbolo, sentimento, subjetividade
GEERTZ, Clifford. 1989[1973]. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC
Cap. 8: Pessoa, tempo e conduta em Bali, p. 225- 277
Cap. 9: Um jogo absorvente: notas sobre a briga de galos balinesa, p. 278-321.
Leitura complementar: ORTNER, Sherry 2007. Subjetividade e crítica cultural. Horizontes Antropológicos, v. 13, n. 28.
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Problematizando hierarquia e individualismo
DUMONT, Louis. 1992 [1966] Homo hierarchicus: o sistema de castas e suas implicações. São Paulo: Edusp.
Introdução, p. 49-66;
Cap. 2: Do sistema à estrutura: o puro e o impuro, p.83-115;
Cap 3: A hierarquia: teoria das “varna”, p.117-143
Leitura complementar: STOLCKE, Verena. [2001] Gloria o maldición del individualismo moderno según Louis Dumont. Revista de Antropologia, v. 44, n.2
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Cultura e prática, estrutura e história
SAHLINS, Marshall. 2008 [1981]. Metáforas históricas e realidades míticas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.
Leitura complementar: CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. 2009. “Cultura” e cultura: conhecimentos tradicionais e direitos intelectuais. In: CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. Cultura com aspas.São Paulo: Cosacnaify, cap. 19, p. 311-373.
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Prova escrita em classe sem consulta.
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Etnografia, representação e poder
SAID, Edward. 2001 [1978]. Orientalismo. São Paulo: Companhia das Letras.
Introdução, p. 13-39.
CLIFFORD, James. 2008 [1988]. A experiência etnográfica. Rio de Janeiro, Editora da UFRJ.
Cap. 1: Sobre a autoridade etnográfica, p.17-62.
Leitura complementar: STRATHERN, Marilyn. 2014 [1986]. Fora de contexto: as ficções persuasivas da antropologia. In: STRATHERN, Marilyn. O efeito etnográfico. São Paulo: Cosacnaify, p. 159-209.
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Problematizando pessoa e gênero (1)
STRATHERN, Marilyn. 2006 [1988]. O gênero da dádiva. Campinas: Editora da Unicamp.
Prefácio, p. 19-23;
Cap. 1: Estratégias antropológicas, p. 27-51
Cap 2: Um lugar no debate feminista, p. 53-77
Leitura complementar: STRATHERN, Marilyn. 1999. Entrevista: No limite de uma certa linguagem. Mana, vol.5, n.2, p.157-175.
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Problematizando pessoa e gênero (2)
STRATHERN, Marilyn. 2006 [1988]. O gênero da dádiva. Campinas: Editora da Unicamp.
Cap. 7: Algumas definições, p. 261-286
Cap. 8: Relações que separam, p. 287-332.
Ver o Material de Leitura da sessão anterior.
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27 e 28 out - semana da ANPOCS (Não haverá aula)
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Problematizando parentesco: tecnologias, relações, substâncias
STRATHERN, Marilyn. 1995. Necessidade de pais, necessidade de mães. Estudos Feministas, n. 2, p. 303-329.
CARSTEN, Janet. 2014. A matéria do parentesco. R@U – Revista de Antropologia da UFSCar, 6(2), p. 103-118.
Leitura complementar: FONSECA, Claudia. 2004. A certeza que pariu a dúvida: paternidade e DNA. Estudos Feministas, n.12 (2), 2004, p.13-34.
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Ciência, tecnologia, saber e política(1)
LATOUR, Bruno; WOOLGAR, Steve. 1997 [1979] A vida de laboratório: a produção dos fatos científicos. Rio de Janeiro: Relume Dumará .
Cap 1. A etnografia das ciências, p. 9-34
Cap 2. Visita de um antropólogo ao laboratório, p. 35-100.
Leitura complementar: LATOUR, Bruno. 2000 [1998]. Introdução: Abrindo a caixa-preta de Pandora. In: LATOUR, Bruno. Ciência em ação. São Paulo: Ed. UNESP, p. 11-36.
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Ciência, tecnologia, saber e política (2)
HARAWAY, Donna. 2000 [1985] Manifesto ciborgue: ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX. In: HARAWAY, Donna et al. Antropologia do ciborgue: as vertigens do pós-humano. Belo Horizonte: Autêntica, p. 37-129
Leitura complementar: HARAWAY, Donna e GANE, Nicholas. Se nós nunca fomos humanos, o que fazer? Entrevista. Ponto Urbe, n. 6, 2010
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Discussão de encerramento: dois pontos de vista sobre a antropologia contemporânea.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 2002. O nativo relativo. Mana 8(1), p. 113-148.
INGOLD, Tim. 2015 [2011] Antropologia não é etnografia. In: INGOLD, Tim. Estar vivo: ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição. Petrópolis: Vozes, p. 327-347.
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Segunda Prova Escrita
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Entrega da Segunda Prova Escrita e encerramento.
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Segunda Avaliação (Recuperação) de Antropologia IV – Prof. Júlio Simões – Segundo Semestre de 2016
Atenção:
1. Responda às DUAS questões listadas abaixo.
2. Elabore suas respostas utilizando textos e autores/autoras explorados ao longo do curso.
3. A prova é individual e com redação própria. Plágios e cópias não serão tolerados.
4. O tamanho da resposta a cada questão não deve ultrapassar DUAS páginas impressas em Times New Roman, corpo 12, espaço 1,5 (cerca de 5.000 caracteres com espaços). A prova total não deve ultrapassar QUATRO páginas, no formato especificado acima.
5. Escreva na prova seu nome e o período em que está matriculado na disciplina.
6. As provas devem ser entregues na Secretaria do Departamento de Antropologia até o dia 13 de fevereiro de 2017.
7. Não serão aceitas provas depois do prazo estipulado acima.
8. Não serão aceitas provas por email ou por qualquer outro meio virtual.
Questões:
1. Como Geertz propõe pensar as noções de integração, conflito e mudança cultural? De que maneira suas ideias podem (ou não) ser aproximadas às de Sahlins sobre reprodução e transformação de uma estrutura cultural?
2. Compare e discuta as formulações das autoras a seguir, considerando como elaboram o conceito de gênero e sua relação com corpo, pessoa e identidade, em seus respectivos contextos de investigação.
“(...) Vejo a atribuição de gênero, assim como a própria troca, como significativamente presente tanto na condição de identidade do mesmo sexo (homem ou mulher) quanto em sua combinação ou ‘ausência’, imaginada, por exemplo, no andrógino de sexo cruzado. Em minha explicação, portanto, torna-se impossível conceber o gênero simplesmente como uma questão da relação entre macho e fêmea.”
(Marilyn Strathern, O gênero da dádiva. Campinas, Ed. da Unicamp, 2006, p. 278).
“Ciborgues podem expressar de forma mais séria o aspecto – algumas vezes, parcial, fluido – do sexo e da corporificação sexual. O gênero pode não ser, afinal de contas, a identidade global, embora tenha uma intensa profundidade e amplitude históricas.” (Donna Haraway, “Manifesto ciborgue: ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX”. In: Antropologia do Ciborgue: as vertigens do pós-humano. Belo Horizonte, Autêntica, 2009, 2. Ed., p.96).