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I

Induktion, die (oder Induktives Verfahren)

Indução


Indução é um raciocínio que parte de dados particulares (fatos, experiências, enunciados empíricos) e, por meio de uma sequência de operações cognitivas, chega a leis ou conceitos mais gerais, indo dos efeitos à causa, das consequências ao princípio, da experiência à teoria (HOUAISS, 2001, p.1608). Em resumo, é um processo de raciocínio que se move do particular para o geral. Por exemplo, a partir de uma série de observações de que determinados professores trabalham muito, pode-se inferir indutivamente que todos os professores trabalham arduamente. É o oposto de dedução.


Inhaltsorientierung, die

Ensino orientado para o conteúdo


Em contraposição ao ensino orientado para a forma, este princípio didático-metodológico enfatiza a importância central dos conteúdos para a aprendizagem, o que se manifesta nos temas e textos trabalhados em um programa de ensino. O ensino orientado para o conteúdo é impulsionado pela ideia de que é o conteúdo que motiva os alunos a aprender uma língua e a explorar suas culturas. As unidades de aprendizagem são estruturadas de acordo com os aspectos temáticos, que são seguidos por aspectos relacionados à forma.


Input, der

Insumo ou "input"


Chamamos insumo ou "input" o conjunto de dados que chega a um sistema (organização, mecanismo) e esse sistema irá transformá-los em outro dado de saída (output). No âmbito da aprendizagem e aquisição de língua, é o material linguístico ou qualquer amostra na língua-alvo que o aprendiz encontra ou ao qual é exposto como, por exemplo, filmes, a fala do professor e dos colegas, canções, textos e propagandas na língua estrangeira, ou seja, é a língua que o aprendiz ouve ou recebe e com a qual aprende.Vide hipótese do insumo.


Inputhypothese, die

Hipótese do insumo (ou Hipótese do input)


A hipótese do insumo foi desenvolvida por Krashen (1982, p. 20-29), o qual afirma que a aquisição da segunda língua se dá por meio de “input compreensível”, acrescido de um nível de dificuldade. Esta hipótese pressupõe que, para a aquisição bem-sucedida de uma língua, é necessário insumo linguístico suficiente e compreensível. Para que a aquisição se processe é necessário que o insumo esteja um pouco além do estágio em que se encontra o indivíduo. Se a competência atual do indivíduo é “i”, o insumo deve conter uma informação linguística que esteja em um nível além dessa competência (“i+1”). Krashen afirma que só adquirimos uma língua se entendermos estruturas que estejam um nível um pouco além do que já sabemos. Confira Zona de Desenvolvimento Proximal.


Intake, der

Insumo absorvido ou "intake"


O insumo absorvido identifica quaisquer aspectos ou estruturas de insumo, sobre os quais os aprendizes dirigem sua atenção e os quais eles utilizam para a aquisição da língua, ou seja, é o insumo linguístico que os aprendizes podem realmente utilizar para a aquisição da língua. Para que desenvolvam o aprendizado, os aprendizes devem processar os insumos compreendidos e, finalmente, incluí-los a serviço do aprendizado. O insumo absorvido tem as seguintes características, conforme Paiva (2014, p.29) citando Krashen (1978, p. 17): 1. é adquirido pelo aprendiz (se o aprendiz está no estágio G1 do desenvolvimento gramatical, ele pode progredir para o próximo estágio G1+1, compreendendo a sintaxe do G1+1 com a ajuda do contexto; 2. está em nível ligeiramente à frente de G1, o estágio atual de competência gramatical do aprendiz; 3. é sequenciado: vai progressivamente ficando mais complexo. 4. é comunicação natural (a aquisição parece acontecer mais quando o usuário da língua foca na mensagem e não na forma).



Interferenz, die

Interferência


Os termos “interferência” e “erro” não devem ser vistos como sinônimos. A interferência abrange fatores linguísticos e pragmáticos, que influenciam o aprendizado de uma língua (de forma positiva ou negativa). Deve ser entendida como uma estratégia de aprendizagem (seja consciente ou inconsciente). A interferência, quando não é positiva, também é chamada de transferência negativa e indica a influência prejudicial da primeira língua na aprendizagem de um idioma estrangeiro. A transferência negativa de estruturas, lexemas ou fonemas da primeira língua para o idioma em aprendizagem pode causar os chamados erros de interferência. Como exemplo de erro típico de interferência, temos a utilização indevida dos artigos em alemão, caso o idioma de origem não use nenhum ou utilize-se de outros artigos.


Interkulturalität, die

Interculturalidade


Interculturalidade é a situação em que duas ou mais culturas interagem de forma horizontal e sinérgica, ou seja, nenhum dos grupos se coloca acima do outro, o que favorece a integração e a convivência das pessoas. A interculturalidade implica o respeito pela diversidade, o diálogo e a relação entre culturas.


interkulturelle Kompetenz

Competência intercultural


Competência intercultural é a capacidade de compreender, analisar e explicar cenários de comunicação, nos quais diferentes padrões culturais são reconhecíveis; é a capacidade para garantir uma compreensão compartilhada por pessoas de diferentes identidades sociais; é a capacidade de interagir com as pessoas como seres humanos complexos, com múltiplas identidades e sua própria individualidade. A empatia e a tolerância crítica em relação às percepções e competências dos outros, mas também o conhecimento cultural e da nação são subcompetências importantes de uma competência intercultural. Requer, principalmente, vontade de aprender a mudar de perspectiva para entender a visão do outro, bem como reconhecer e desconstruir estereótipos (inter)culturais. O principal requisito para desenvolver a competência intercultural é reconhecer as semelhanças e diferenças interculturais e estar disposto a aprender não somente ‘sobre’, mas, principalmente, ‘com’ a cultura-alvo.


Interkultureller Ansatz

Abordagem intercultural


A abordagem intercultural toma como partida de suas reflexões didáticas a interação de si próprio com o estrangeiro, objetivando proporcionar aos aprendizes uma visão sobre a língua estrangeira e a cultura. Exercem um papel importante, em contraposição com as abordagens fortemente orientadas para o cotidiano, as habilidades de ler e escrever textos estéticos e, de forma geral, permitir uma intimidade mais forte, reflexiva e comparativa com a língua e a cultura. A ideia de trazer a cultura do aluno e do estrangeiro ao diálogo significa mais do que simplesmente ensinar e aprender, mas aceitar que fazem parte do processo de aprendizagem, os alunos com suas próprias experiências e valores, com sua própria pluridade linguística e diferentes experiências de aprendizagem de línguas. Portanto, esta abordagem tem como objetivos gerais o entendimento dos povos e a sensibilização do aprendente para com as diferenças entre culturas, a desconstrução de preconceitos e o desenvolvimento da capacidade de tolerância. Por meio do uso e análise de textos reflete-se sobre as diferenças e semelhanças interculturais e promove-se o conhecimento e a interpretação dos diferentes modos de vida e valores das outras culturas, o que leva o aluno a um melhor conhecimento da própria cultura.


Interlanguage, die (oder Lernersprache, die)

Interlíngua


Interlíngua é, nas situações de aprendizagem e aquisição de uma segunda língua, um sistema intermediário dinâmico composto por elementos pertencentes a cada um dos idiomas presentes. Em outras palavras, é um tipo de língua em processo de construção por aprendizes de L2, ainda não proficientes, que apresenta algumas características da L1 em conjunto com elementos da L2 em tentativa de aproximação com a L2 e elementos de outras línguas já aprendidas.