Topic outline
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Segue em anexo a prova II do noturno.
Atenciosamente,
Marcella
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POLÍTICA II - TEORIA POLÍTICA MODERNA
Código: FLP0102
Período: 2º semestre de 2015
Professores responsáveis:
Rúrion Melo: Vespertino (Unidades I e II) e Noturno
Antonio Luís Silva Baptista e Thais Aguiar: Vespertino (Unidade III)
OBJETIVOS
O objetivo da disciplina é apresentar os principais temas e conceitos da teoria política moderna. Trata-se de examinar as diversas teses sobre as origens e os fundamentos do poder político, a gênese dos conceitos de contrato social, Estado e soberania (estatal e popular), e a estrutura das concepções que anteciparam e expressaram o processo de construção do Estado nacional moderno. O curso está dividido em três partes: a primeira estuda a maneira em que Aristóteles pensou a política e a comunidade política da Grécia antiga; a segunda considera a inovação e o impacto produzidos pelo pensamento político de Maquiavel; a terceira, finalmente, investiga como os pensadores jusnaturalistas e contratualistas (Hobbes, Locke, Rousseau) estabeleceram as bases de um novo paradigma para pensar a política em face aos novos tempos.
METODOLOGIA
O curso será apresentado em forma de aulas expositivas e discussões de textos de leitura obrigatória. A seleção das leituras complementares procura enfatizar as diferentes interpretações acerca dos autores examinados.
Os estagiários auxiliarão na aplicação de atividades na sala de aula e terão horários pré-determinados de atendimento aos alunos.
AVALIAÇÃO
A avaliação dos alunos levará em conta os resultados obtidos nas duas provas escritas realizadas em sala de aula de forma individual e sem consulta à bibliografia (cuja média aritmética tem um valor máximo de 09 pontos) e nos exercícios dirigidos de texto (apenas dois no total, cuja média vale até 01 ponto da nota final).
Prova substitutiva: Não haverá prova substitutiva porque as duas provas do semestre serão domiciliar.
Prova de Recuperação: Prova escrita abrangendo todo o conteúdo do curso. A data da prova de recuperação será definida antes da finalização das aulas. Somente poderá realizá-la quem tiver cumprido com a obrigatoriedade das duas provas anteriores.
Capacidades exigidas e critérios de avaliação das provas e exercícios:
Capacidade de análise: exposição de argumentos ou idéias com clareza, coerência, organização e sentido crítico, sem fazer resumos ou meras paráfrases de textos.
Capacidade de síntese: articulação e comparação de conceitos e autores diferentes.
Relevância: seleção e apresentação de temas e questões de acordo com os conteúdos priorizados pelo curso.
Correta sintaxe e ortografia: domínio das regras do português culto.
Uso da bibliografia: adequação das citações e referências às normas da ABNT; aproveitamento da bibliografia suplementar.
PROGRAMA
- Aristóteles e a reflexão sobre a pólis.
- Maquiavel: o humanismo cívico e as formas de governo.
- Hobbes e os pressupostos da teoria do Estado.
- Locke: a comunidade política e o direito de resistência.
- Rousseau e as bases do Estado democrático.
PROGRAMAÇÃO DAS AULAS
1ª. aula (10/08 e 11/08): Apresentação do curso
Unidade I. Aristóteles, as constituições e a dinâmica da pólis
2ª. aula (17/08 e 18/08). A cidade, o cidadão e os tipos de regime
Leitura obrigatória: Aristóteles, A Política, Livros I e III.
3ª. Aula (24/08 e 25/08). A cidade, o cidadão e os tipos de regime
Leitura obrigatória: Aristóteles, A Política, Livros IV e V.
Unidade II. Maquiavel: manutenção do estado e virtude cívica
3ª. aula (31/08 e 01/09). Razão de estado e moralidade política
Leitura obrigatória: Maquiavel, O Príncipe, caps. I a XVIII.
4ª. aula (14/09 e 15/09). A reflexão sobre a república
Leitura obrigatória: Maquiavel, Comentários sobre a Primeira Década de Tito Lívio, Livro I.
Entrega do exercício 1
5ª. aula (21/09 e 22/09). Debate sobre Aristóteles e Maquiavel
Entrega da prova domiciliar 1
Unidade III. Fundamentos do Estado: jusnaturalismo e contratualismo
6ª. aula (28/09 e 29/09). Hobbes: estado natural, direito e lei de natureza
Leitura obrigatória: Hobbes, Leviatã, Introdução e Primeira parte, especialmente caps. VI a XIII.
7ª. aula (05/10 e 06/10). Hobbes: contrato e soberania
Leitura obrigatória: Leviatã, Primeira Parte, caps. XIV a XVI e Segunda parte, especialmente caps. XIV a XXI, XXIV, XXVI, XXIX e XXX.
8ª. aula (19/10 e 20/10) Locke: lei de natureza e associação civil
Leitura obrigatória: Locke, Segundo Tratado sobre o Governo, caps. I a X.
9ª aula (26/10 e 27/10) Locke: propriedade e direito de revolta
Leitura obrigatória: Segundo Tratado sobre o Governo, caps. XI a XIX.
10ª. aula (09/11 e 10/11). Debate sobre Hobbes e Locke
1ª. aula (16/11 e 17/11). Rousseau: a crítica à sociedade moderna
Leitura obrigatória: Rousseau, O Contrato Social, Livros 1 e 2.
12ª. aula (23/11 e 24/11). Rousseau: a soberania democrática
Leitura obrigatória: Rousseau, O Contrato Social, Livros 3 e 4.
13ª. aula (30/11 e 01/12). Debate sobre Rousseau
Entrega do exercício 2
14ª. Aula (07/12 e 08/12) Entrega da prova domiciliar 2
LEITURAS COMPLEMENTARES (por autor)
ARISTÓTELES e a Grécia antiga
Tucídides, “Oração fúnebre pronunciada por Péricles”, Livro Segundo, caps. 35 a 46 da História da Guerra do Peloponeso. Brasília: Editora da UnB, 1987, 3.a ed., pp. 97-102.
Jean-Pierre Vernant, As Origens do Pensamento Grego. São Paulo: Difel, 1972.
Werner Jaeger, Paideia: a formação do homem grego. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
Werner Jaeger, “La Política original”, in Aristóteles. Bases para la historia de su desarrollo intelectual. México: FCE, 1995, pp. 298-335.
Francis Wolff, Aristóteles e a Política. São Paulo: Discurso, 1999.
John B. Morrall, Aristóteles. Brasília: Editora da UnB, 1981.
Claude Mossé, Atenas: a História de uma Democracia. Brasília: Editora da UnB, 1982.
Moses I. Finley, A Política no Mundo Antigo. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1985.
Moses I. Finley, Democracia Antiga e Moderna. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
Ross, W. D., Aristóteles, Buenos Aires, Sudamericana, 1957 (especialmente os capítulos dedicados à Ética e à Política).
MAQUIAVEL
Antonio Gramsci, Maquiavel. Notas sobre o Estado e a Política. Vol. 3 de Cadernos do Cárcere. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.
Claude Lefort, “Sobre a lógica da força”, in Célia Galvão Quirino e Maria Tereza Sadek (orgs.), O Pensamento Político Clássico. São Paulo: Martins Fontes, 2003, 2.ª ed., pp. 35-58.
Quentin Skinner, Maquiavel. São Paulo: Brasiliense, 1988.
Ernst Cassirer, O Mito do Estado. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1976, caps. X, XI e XII.
J. G. A. Pocock, “The Medicean Restoration – a) Machiavelli’s Il Principe”, in The Machiavellian Moment. Princeton: Princeton University Press, 1975, pp. 156-182.
Newton Bignotto, Maquiavel Republicano. São Paulo: Edições Loyola, 1991.
J. G. A Pocock, “Rome and Venice – a) Machiavelli’s Discorsi and Arte della Guerra”, in The Machiavellian Moment. Op. cit., pp. 183-218.
Harvey C. Mansfield, Jr., Maquiavelo y los Principios de la Política Moderna – un estudio de los Discursos de Tito Livio. México: FCE, 1986.
Perry Anderson, Linhagens do Estado Absolutista. São Paulo: Brasiliense, 1989, 2a ed. (especialmente as pp. 143-172, o capítulo sobre a "Itália").
Horkheimer, Max. “Maquiavel e a concepção psicológica da história”. In: Origens da filosofia burguesa da história. Lisboa: Presença, 1970.
HOBBES
Quentin Skinner, Visions of Politics, vol. 3, Cambridge University Press, 2002. Também de Skinner, mas cobrindo todo o período estudado pelo curso, é imprescindível As Fundações do Pensamento Político Moderno, São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
Norberto Bobbio, Thomas Hobbes. Rio de Janeiro: Campus, 1991; ou “O modelo jusnaturalista”, in Norberto Bobbio e Michelangelo Bovero, Sociedade e Estado na Filosofia Política Moderna. São Paulo: Brasiliense, 1986, pp. 13-100.
Luiz Eduardo Soares, “A estrutura do argumento contratualista”, cap. 7 de A Invenção do Sujeito Universal – Hobbes e a política como experiência dramática de sentido. Campinas: Editora da Unicamp, 1995, pp. 207-257 (ou “A estrutura do argumento contratualista: Thomas Hobbes e a gênese ética da reflexão política moderna”, in Dados. Rio de Janeiro: Iuperj, vol. 36, n. 1, 1993, pp. 39-61).
Richard Tuck, Hobbes. São Paulo: Edições Loyola, 2001.
Christopher Hill, O Mundo de Ponta-Cabeça. Idéias radicais durante a Revolução Inglesa de 1640. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
Eunice Ostrensky, As Revoluções do Poder. São Paulo: Alameda, 2006.
Habermas, Jürgen. “A doutrina clássica da política em sua relação com a filosofia social”. In: Teoria e práxis. São Paulo: Unesp, 2013.
LOCKE
Peter Laslett, “A teoria política e social dos Dois Tratados sobre o Governo”, in Célia Galvão Quirino e Maria Tereza Sadek, O Pensamento Político Clássico. Op. cit., pp. 245-278.
Raymond Polin, “Indivíduo e comunidade”, idem, ibidem, pp. 131-164.
Norberto Bobbio, Locke e o Direito Natural. Brasília: Editora da UnB, 1997.
Richard Ashcraft, Revolutionary Politics & Locke’s Two Treatises of Government. Princeton: Princeton University Press, 1986.
David Wootton, “Introduction” to Political Writings of John Locke. New York: Penguin/Mentor Book, 1993, pp. 7-121.
John Dunn, The Political Thought of John Locke. Cambridge: Cambridge University Press, 1994; ou Locke. São Paulo: Edições Loyola, 2003.
Yves Michaud, Locke. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1991.
J. W. Gough, “A Teoria de Locke sobre a propriedade”, in Célia Galvão Quirino e Maria Tereza Sadek, O Pensamento Político Clássico. Op. cit., pp. 197-218.
ROUSSEAU
Habermas, Jürgen. “Direito natural e revolução”. In: Teoria e práxis. São Paulo: Unesp, 2013.
Ernst Cassirer, A Questão Jean-Jacques Rousseau. São Paulo: Editora Unesp, 1999; ou “A questão de Jean-Jacques Rousseau”, in Célia Galvão Quirino e Maria Tereza Sadek, O Pensamento Político Clássico. Op. cit., pp. 443-487.
Robert Derathé, Jean-Jacques Rousseau e a ciência política de seu tempo. São Paulo, Discurso Editorial, 2010.
Judith Shklar, Men and Citizens: a study of Rousseau social theory, Cambridge University Press, 1969.
Emile Durkheim, “O contrato social e a constituição do corpo político”, in Célia Galvão Quirino e Maria Tereza Sadek, O Pensamento Político Clássico. Op. cit., pp. 411-442.
J. L. Talmon, “Totalitarian Democracy (Rousseau)”, in The Origins of Totalitarian Democracy. New York: Peregrine Books, 1986, pp. 38-49.
Ellen Meiksins Wood, “O Estado e a soberania popular no pensamento político francês: uma genealogia da vontade geral” de Rousseau”, in Frederick Krantz (org.), A Outra História – Ideologia e protesto popular nos séculos XVII a XIX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1990, pp. 80-104.
Bernard Groethuysen, J.-J. Rousseau. Paris: Gallimard, 1949.
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2ª. aula (17/08 e 18/08). A cidade, o cidadão e os tipos de regime
Leitura obrigatória: Aristóteles, A Política, Livros I e III.
3ª. Aula (24/08 e 25/08). A cidade, o cidadão e os tipos de regime
Leitura obrigatória: Aristóteles, A Política, Livros IV e V.
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6ª. aula (28/09 e 29/09). Hobbes: estado natural, direito e lei de natureza
Leitura obrigatória: Hobbes, Leviatã, Introdução e Primeira parte, especialmente caps. VI a XIII.
7ª. aula (05/10 e 06/10). Hobbes: contrato e soberania
Leitura obrigatória: Leviatã, Primeira Parte, caps. XIV a XVI e Segunda parte, especialmente caps. XIV a XXI, XXIV, XXVI, XXIX e XXX.
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8ª. aula (19/10 e 20/10) Locke: lei de natureza e associação civil
Leitura obrigatória: Locke, Segundo Tratado sobre o Governo, caps. I a X.
9ª aula (26/10 e 27/10) Locke: propriedade e direito de revolta
Leitura obrigatória: Segundo Tratado sobre o Governo, caps. XI a XIX.
10ª. aula (09/11 e 10/11). Debate sobre Hobbes e Locke
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11ª. aula (16/11 e 17/11). Rousseau: a crítica à sociedade moderna
Leitura obrigatória: Rousseau, O Contrato Social, Livros 1 e 2.
12ª. aula (23/11 e 24/11). Rousseau: a soberania democrática
Leitura obrigatória: Rousseau, O Contrato Social, Livros 3 e 4.
13ª. aula (30/11 e 01/12). Debate sobre Rousseau
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