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Texto (AUTOR. Título):
Obra de arte:
Reflexões do grupo:
Nomes completos dos participantes:
Nome do autor:
Sobrenome do autor:



Data da apresentação: 22 de maio de 2017
Texto (AUTOR. Título):

BOURDIEU, Pierre (coord.) A miséria do mundo. Petrópolis - RJ: Vozes, 2003, 5ª Ed., "Os excluídos do interior" e "Ah, os belos dias" (p.481-486 e 587-504)

Obra de arte:
Reflexões do grupo:

Obras de arte apresentadas:

  • Filme - Mãos Talentosas: https://www.youtube.com/watch?v=GKcKXt2s_cw&t=3395s&ab_channel=DalvaSales
  • Filme - A Boa Mentira.
  • Música - Será - Legião Urbana: https://www.youtube.com/watch?v=unaNL204bIQ&ab_channel=M%C3%BAsicas.com

   Em seu texto Bourdieu (2003) mostra a falsa democratização da escola após a década de 50 na França, momento em que as categorias sociais, até então excluídas, passaram a ter acesso ao jogo escolar. Diz-se falsa porque tais categorias têm aparentemente a "sua chance" de estar naquele local, porém continuam sendo excluídos no seu interior das mais diversas maneiras. A hierarquia das ordens sociais e de ensino acabam sendo algo que alguns aceitam e acabam sendo obrigados pela escola a renunciar as coisas que a própria escola inspira. Dessa forma, percebem que o fato de entrar na escola não garante o sucesso, mas mesmo assim acabam se culpando. Diante dessas modificações, o valor simbólico e econômico dos diplomas mudam e passam a ser mais desvalorizados.

    Ilustrando suas reflexões, Bourdieu (2003) apresenta em seu texto uma entrevista com Malik, garoto de 19 anos, filho de imigrantes que cresceu em um conjunto habitacional e conta de sua trajetória escolar. Durante a entrevista culpa a si mesmo e se desvaloriza apesar de perceber que a escola onde estava não oferecia oportunidades a ele, considerando-a como uma escola de "refugo" tanto para alunos como para professores. Além disso, fica claro a questão do capital cultural de sua família, uma vez que os pais não tem escolaridade e as vezes não conseguem nem mesmo participar da vida escolar do filho. 

    Diante de tal reflexão o grupo trouxe a obra "Mãos Talentosas" (2009), filme que conta a história de Ben Carson, um neurocirurgião negro que passou diversos momentos de exclusão e preconceito durante toda a sua formação. A cena escolhida o mostra em sua adolescência numa escola majoritariamente branca, em que ele vence uma competição de soletração e a professora, extremamente frustrada com sua vitória, compara a trajetória de vida de Ben com a de outros alunos e termina dizendo que é um absurdo, falta de esforço que eles não conseguirem ser melhores que Ben. A cena, muito impactante, mostra claramente a exclusão, uma vez que o aluno faz parte da turma, mas não se espera e nem deseja que ele consiga crescer nesse meio. O aluno é exposto frente a toda a turma e completamente desvalorizado. Sua mãe fica horrorizada na platéia, uma vez que sempre lutou muito pela escolarização de seus filhos apesar de analfabeta, percebendo a importância desse capital em um de seus trabalhos como faxineira.

   O filme "A Boa Mentira" (2014) retrata a vida de 4 irmãos que crescem em meio a guerra do Sudão. Um dia, no campo de refugiados em que vivem, conseguem a oportunidade de ir para os Estados Unidos na esperança de realizarem seus sonhos e de conseguir uma vida melhor. Porém, quando chegam no país não demoram a perceber que o sonho de ser médico, de realizar sonhos e alcançar o sucesso pouco importam para eles... somente encontram trabalhos que eles possam realizar. Tais profissões não vão de encontro com seus valores. Mamere consegue dois empregos para tentar se manter em um curso buscando ser um médico. Essas condições geram revolta em um dos irmãos, que deixa claro sua percepção de que não desejam que eles alcancem o sucesso ali, perdendo suas esperanças também quando seu trabalho em uma empresa é substituído por uma máquina. 

   A música "Será" (1985) do grupo Legião Urbana, por sua vez, finalizou a apresentação por lembrar o discurso direto de quem está vivendo questões de exclusão como as descritas. Na música questiona-se "Será que é tudo isso em vão? Será que nada vai acontecer? Quem vai nos proteger? Será que vamos ter que responder pelos erros a mais, eu e você?". Percebe-se que as coisas que estão acontecendo não são corretas, não os considera, não os permitirá as mesmas oportunidades e sucesso de outros cujo capital é valorizado e que quem sofrerá com aquilo será ele mesmo. São os "monstros da nossa própria criação" que os fazem renunciar inspirações do meio escolar e, muitas vezes, aceitar tais condições como algo natural.


Nomes completos dos participantes:

  • Beatriz Nascimento Pimentel;
  • Carolina Domingos Rodrigues Bento;
  • Débora Miyuki Matsumoto;
  • Isabella Santana Claro;
  • Maria Fernanda Maia Pacheco;
  • Nathália Garcia Moraes.


Data da apresentação: 29 de maio de 2017
Texto (AUTOR. Título):

 BOURDIEU, Pierre (coord.) A miséria do mundo. Petrópolis – RJ: Vozes, 2003, 5ª Ed., “A violência da instituição” (p. 569-586). PARTE V

Obra de arte: Imagem (JPEG) Charge.jpg
Reflexões do grupo:

Filme: Um diretor contra todos https://www.youtube.com/watch?v=M6WEKga23gM&t=3261s

Resumo do texto:

Entrevista com o diretor de uma escola localizada em um bairro problema. Os alunos, na maioria vezes, vem de famílias imigrantes, provenientes da Argélia, e têm origem popular. A violência se faz muito presente nesse espaço seja, através da depredação do prédio escolar, dos bens particulares dos professores, através da violência física, briga, e verbal, entre outras. Desse modo, o diretor se encontra em uma situação em que é obrigado a fazer mais do que sua função, até mesmo dorme na escola durante a semana para garantir a segurança e preservação da escola. A situação com os professores também é delicada, não há sentimento de pertencimento, estes estão sempre de passagem à espera de uma vaga de emprego em outra escola.

O diretor tem origem popular, iniciou sua carreira como professor de uma escola no subúrbio, em seguida lecionou em bairros menos afortunados durante 13 anos.  Sempre se interessou em salvar o máximo de alunos possíveis.

Contexto histórico:

O período descrito pelo diretor, coincide com a guerra do Golfo, que ocorreu de 1990 a 1991. Esse foi um conflito envolvendo o Iraque e uma gama de países árabes liderados pelos Estados Unidos.  O motivo da guerra foi a invasão do Kuwait pelo Iraque, e assim as nações que fazem fronteira com o Kuwait, os países do golfo pérsico, juntamente com os Estados Unidos, uniram forças para retirar as tropas iraquianas e Saddam Hussein do país. Os motivos para invasão, estão diretamente ligados com a guerra entre Irã e Iraque. Durante esse conflito o Iraque contraiu diversas dívidas, principalmente com outros países do Oriente Médios para financiar armamento, porém com o final da guerra (que não teve resultados concretos além do número de mortos e das dívidas contraídas pelo Iraque), o Iraque se encontra em uma crise econômica profunda e não tinha recursos para pagar o que devia. Assim, há a invasão do Kuwait, alegava-se que o Kuwait estava vendendo o petróleo por um preço muito baixo, o que estava prejudicando os seus negócios, e também afirmavam, que uma vez que o Kuwait também foi parte do território o Império Otomano, portanto fazia parte do Iraque. O resultado dessa guerra foi a retirada das tropas iraquianas do Kuwait e caçada a Saddam Hussein e em 2003 sua execução.

Os alunos da escola são argelinos. A Argélia está localizada no norte da África, cuja 99% da população é mulçumana. No texto identificamos que as manifestações e a violência se intensificam com o decorre da Guerra do Golfo, os alunos até exaltam Saddam Hussein (pág. 572, segundo parágrafo). Acreditamos que a identificação dos alunos com esse líder, seja feia através da religião e cultura, mas também pela situação em que se encontram, marginalizados. Pelo fato de estarem as margens da sociedade, talvez não se sentirem pertencentes, não se identificarem com os franceses e sua cultura, e assim encontrarem na figura de Hussein uma figura um representante da sua cultura que combate, que está contra o ocidente e uma figura rebelde.

Link do filme “ Um diretor contra todos” https://www.youtube.com/watch?v=M6WEKga23gM

Resumo do filme: filme norte americano lançado em 1987, dirigido por Christopher Cain. O filme gira entorno de um professor, Rick Latimer, que é “promovido” ao cargo de diretor da escola Brandel High, uma escola problemática. Na verdade, essa promoção é um castigo, por ter se envolvido em uma briga e depredar propriedade privada do namorado da ex-mulher.

Os alunos que frequentam Brandel High são considerados problemáticos. Na sua maioria, são afro-americanos e latinos, e muitos já foram expulsos anteriormente de outras instituições de ensino. Os mesmos estão evolvidos em gangues, brigas, roubos, drogas, etc. Latimer é obrigado a assumir essa escola e tenta fazer com que a instituição volte a funcionar e colocar os alunos no eixo, não aceita a violência e trabalha para combate-la.


Nomes completos dos participantes:

Carina Candido Carneiro n. USP: 8518374

Débora Soares Oliveira n. USP: 9392001

Lívia Koga Silva n. USP: 9295009

Juliana Gutierres Ricioli n. USP: 9026590



Data da apresentação: 5 de junho de 2017
Texto (AUTOR. Título):

HARGREAVES, Andy. Aprendendo a mudar. o ensino para além dos conteúdos e da padronização. 2002. ed. Artmed.

Obra de arte: Archive (ZIP) aprendendo a mudar .zip
Reflexões do grupo:

             link do prezi:  https://prezi.com/7ezrbx77q6of/aprendendo-a-mudar/

          Escolhemos  o filme (Vem Dançar) justamente por ilustrar claramente a relação professor/ aluno. Vale ressaltar que qualquer filme que retrate esta relação pode exemplificar de alguma forma vários aspectos importantes apresentados no texto. Contudo, nos detemos em apresentar algo que represente de forma real e não "piegas" como filmes "Matilda", "O Sorriso de Monalisa".

            Ha um ponto interessante que merece destaque que é justamente a transformação que o professor proporciona para os alunos notando que eles precisam trabalhar a parte emocional e afetiva primeiro para então se obter um melhor desempenho cognitivo.No filme, o professor se dispõe a dar aulas de dança a fim de trabalhar não somente as matérias ordinárias da escola mas sim ensinamentos "para a vida", ou seja, conteúdos para além das proposições atuais da escola.

            Já a outra obra ("MÚSICA: To Sir With Love"), selecionamos-a pois retrata bem o sentimento de recompensa do ato de ensinar, sentido pelos professores conforme descrito no texto.

Nomes completos dos participantes:

Donny Kurovski Nascimento 

Maisa Cabral Santalucia 

Mônica Barboza de Melo 

Paula Naomi Hayashi Ozeki 



Data da apresentação: 12 de junho de 2017
Texto (AUTOR. Título):

HARGREAVES, Andy. Os professores em tempos de mudança: o trabalho e a cultura dos professores na idade pós-moderna. Lisboa: MacGraw - Hill de Portugal, 1998, p.208-237 (cap.9 - colaboração e colegialidade artificial - chávena reconfortante ou cálice envenenado?). 

Obra de arte:
Reflexões do grupo:

O texto como um todo, explica as duas formas de relação que o autor percebeu em suas observações da realidade escolar, a colaboração espontânea e colegialidade artificial. Trouxemos a obra Persistência da Memória, para retratar a dificuldade de se organizar o tempo que promova a colaboração, um trecho do livro Ei, Professor!, que fala das divergências no convívio entre professores, uma tirinha que exemplifica uma possibilidade de colaboração, a música Para não dizer que falei das flores junto com uma foto de movimentos de professores e a obra Operários, que exemplificam as possibilidades de colaboração fora da escola, e por último exemplificamos com uma experiência de uma das integrantes do grupo que compartilhou sua vivência de colaboração na escola em que trabalha com a presença de um colega de trabalho. 


http://prezi.com/bbnveh3ylj1_/?utm_campaign=share&utm_medium=copy&rc=ex0share

Nomes completos dos participantes:

Claudio Henrique de Oliveira 

Fabiana Coneglian

Jessica Gomes

Juliana Caldeira

Karina Braga

Renato Felismino



Data da apresentação: 5 de junho de 2017
Texto (AUTOR. Título):

LEITE, Dante Moreira “Educação e relações interpessoais”. PATTO, Maria Helena de Souza Introdução à Psicologia Escolar. São Paulo: T. A. Queiroz Ed., 1991, p. 234-257.

Obra de arte: Apresentação Powerpoint 2007 PPT Educação e Relações Interpessoais com links das obras.pptx
Reflexões do grupo:

O texto apresenta como problema geral a questão das relações interpessoais, a dificuldade para coordenar o conhecimento existente sobre o tema e o fato de a Educação não poder deixar de lado o aspecto das relações para o qual o indivíduo deverá ser preparado também.

Em referências às relações interpessoais, é na relação com o outro que a autoimagem vai sendo construída. Ou seja, sabemos quem somos por meio dos outros, das várias imagens que eles nos dão de nós mesmos. Neste sentido, foram escolhidas duas obras de arte para tratar do assunto. 

A primeira obra de arte se refere ao filme ESCRITORES DA LIBERDADE, que tem como enredo uma professora que acredita poder mudar o futuro de seus alunos membros de gangues por meio da literatura. Sobre o filme, é possível notar que a escola e a sociedade tem uma imagem clara dos estudantes que fazem parte das gangues. Estes, por sua vez, acabam se encaixando de acordo com o que é esperado deles. 

No entanto, a professora consegue ampliar a visão dos estudantes sobre eles mesmos e sobre o mundo, por meio de um trabalho construtor de um sentimento de pertencimento e identificação entre eles (por exemplo, o diário, o jogo da linha e o brinde pela mudança). Dessa forma, a relação entre os estudantes que, antes da professora sentavam separados por gangues e não se falavam entre si, melhora. Além disso, o desempenho escolar e o interesse pelos estudos também aumenta, na medida em que deixam de se achar incompetentes. 

É possível notar também um vínculo formado pela professora e pelos estudantes que facilita o processo descrito no filme.

Outra obra tratada no seminário foi o documentário LIXO EXTRAORDINÁRIO, que relata o trabalho do artista plástico Vik Muniz com catadores de material reciclável em um dos maiores aterros do mundo, localizado no Jardim Gramacho, bairro periférico de Duque de Caxias.

Sobre o documentário, artista Vik Muniz  consegue trazer outra perspectiva para os catadores de lixo, que passam a enxergar sentido em suas vidas e em seu trabalho. Para tanto, foi realizado um trabalho de escuta  e de pertencimento com os catadores de lixo, que passaram a se sentir parte de algo maior: uma obra de arte. Além disso, a própria relação com o lixo de Vik é diferente: o que todos enxergamos como algo inútil (o lixo), ele consegue ver beleza e uma serventia (a composição para uma obra de arte). 

Por fim, compreende-se que a Educação para o mundo humano se dá por meio de um processo de interação constante, em que nos vemos através dos outros e vemos os outros através de nós mesmos. 


LINKS NO YOUTUBE (TAMBÉM ESTÃO NO POWER POINT ANEXADO):

FILME ESCRITORES DA LIBERDADE: https://www.youtube.com/watch?v=3S_Mn3zaT2g 

DOCUMENTÁRIO LIXO EXTRAORDINÁRIO: https://www.youtube.com/watch?v=3S_Mn3zaT2g 

Nomes completos dos participantes:

Camila de Oliveira Pires

Heloísa Cardin Santa Rosa Onizuka

Karina Fujii

Sara Nunes do Nascimento Lima

Tatiane Gomes da Silva Kekis

Valéria Nerina Pizzolato





Data da apresentação: 15 de maio de 2017
Texto (AUTOR. Título):

BOURDIEU, Pierre (coord.) A miséria do mundo. Petrópolis – RJ: Vozes, 2003, 5ª Ed., “Uma vida dupla” (p. 533-558).

Obra de arte:
Reflexões do grupo:

Obra apresentada: Escritores da Liberdade -  minutos 3:54; 39:40; 45:15; 49:00; 1:22:37 - 


A entrevista que compõe o capítulo Uma vida dupla do livro de Pierre Bourdieu A miséria do mundo se dá com Fanny, uma professora francesa, que nos conta sobre a vida pessoal e profissional dela.

Fanny começou sua carreira entusiasmada, como uma jovem professora militante, mas ao longo dos anos começou a se desanimar e sentir que entregou “seu tempo, sua energia, sua vida, sem receber nada em troca.” (p. 537). Esse sentimento veio, principalmente, porque abriu mão de sua vida pessoal pela profissional. Ela se separou do marido e não participou muito ativamente da vida das filhas devido ao seu trabalho.


Escolhemos o filme Escritores da Liberdade pois ele retrata uma professora no início da carreira que chega em uma escola a fim de ajudar aqueles alunos tachados de “problemáticos”. Ela batalha tanto por eles, passa tanto tempo com eles e faz tantas coisas por eles que acaba por “esquecer” seu marido, que cansado de ser deixado de lado, pede o divórcio. Desse modo, pudemos traçar um paralelo entre a história de vida de Fanny e de Erin, a professora do filme, e as dificuldades enfrentadas pelas personagens ao procurarem estabelecer um equilíbrio entre as longas horas do trabalho docente e suas relações pessoais.

Nomes completos dos participantes:

Bianca Silva Gomes

Camila Aline de Oliveira

Eduarda Mayumi de Moura Yamanaka

Lin Turato

Talissa Marsan Viana

Verônica Rodrigues Alves



Data da apresentação: 22 de maio de 2017
Texto (AUTOR. Título):

BROCCOLICHI, Sylvain. Um paraíso perdido in BOURDIEU, Pierre (coord.). A miséria do mundo.


Obra de arte: Imagem (JPEG) últimas conversas.jpg
Reflexões do grupo:

Assim como em toda a obra A miséria do mundo, o capítulo intitulado Um paraíso perdido parte de uma série de entrevistas com pessoas integrantes das comunidades escolares francesas. No caso específico, o capítulo foi escrito a partir de entrevistas guiadas pelo pesquisador Sylvain Broccolichi com três garotas: Claire, Muriel e Nadine. Entre elas, algumas semelhanças justificam seu agrupamento para a posterior análise do pesquisador. Além da faixa etária entre 15 e 18 anos, ambas estudam no Liceu Verlaine - colégio visto como o de maior nível de exigência escolar do distrito -, saíram de escolas em que se destacavam como boas alunas nas avaliações internas e tiveram uma acentuada queda de rendimento escolar ao se transferirem para o Liceu. Essa inversão na imagem de estudantes que tinham de si e que professores e familiares tinham delas foi impactante em suas histórias, tanto que a memória feliz do colégio acolhedor de antes contrastando com a posição crítica do Liceu Verlaine e da estrutura avaliativa francesa  é uma constante nas três.

Percebendo que o descaminho da trajetória escolar das estudantes adolescentes é o que dita a toada desse capítulo, escolhemos o documentário Últimas Conversas, dirigido por Eduardo Coutinho, como uma de nossas referências de obra de arte para a apresentação do seminário.  Tal escolha se deveu, exatamente, pelas associações possíveis entre o texto e o documentário: em primeiro lugar, os dois baseiam-se em entrevistas com adolescentes de faixa etária coincidente; em segundo lugar, o desajuste dos estudantes no espaço escolar aparece como elemento comum a texto e documentário; e, em terceiro lugar, porque se pode destacar no documentário relatos de estudantes que se desencantaram com a educação escolar a partir da chegada no Ensino Médio. A queda num vazio impessoal é a sensação que unifica esses relatos e, talvez, essa problemática seja um aspecto relevante para se refletir, com maior profundidade, aquilo que o adolescente espera encontrar na escola – ou em como o adolescente espera encontrar-se na escola.
Nomes completos dos participantes:

Nome dos integrantes do grupo:

Letícia Oliveira Abumanssur

Nayane Marques da Silva

Natália Caetano

Tárcio Vancim de Azevedo

Flávia Mello

Ester Oliveira



Data da apresentação: 21 de junho de 2017
Texto (AUTOR. Título):

HARGREAVES, Andy Os professores em tempo de mudança: o trabalho e a cultura dos professores na idade pós-moderna. Lisboa: MacGraw- Hill de Portugal, 1998  (p. 183-208) 


Obra de arte: Apresentação Powerpoint 2007 trabalho coord. imagens.pptx
Reflexões do grupo:

Obras relacionadas:

  • A luta por um ideal - link do filme  

  • Escola da Vida- link 

 

O texto começa tratando a “Heresia do Individualismo”, onde o individualismo é visto por muitos como uma heresia genérica, pois, não é possível agir sozinho na escola, o que se torna uma ameaça ao desenvolvimento e a mudança. No filme “A luta por um ideal”, duas mães lutam por uma educação melhor para os seus filhos e contra a decadência da escola local. Para isso, elas vão precisar enfrentar todos os outros professores e pessoas que trabalham nessa escola, além da burocracia e corrupção para fazer a diferença no futuro de suas crianças. Diante de um sistema educacional público falho, as duas resolvem montar um projeto do que seria uma escola pública digna e ideal que, além de oferecer educação à todas as crianças, independente de suas limitações psíquicas e físicas, despertasse o interesse dos alunos em estudar e  assim não largar o curso antes de sua conclusão.

Ao vermos essa cena, notamos o individualismo passado para as crianças e familiares. Eles percebem que cada professor faz a “sua parte” e se não conseguirem ensinar seus alunos, problema do próximo professor. Não há unidade no corpo docente, na comunidade e na relação escola-comunidade.

No texto, isso é explicado dessa forma: os professores ensinam isolados, as salas são segregadas e os professores não conversam entre si. Não sabem o que os colegas estão trabalhando. Para alguns o isolamento é bem vindo pois possuem privacidade, no entanto estão privados dos feedbacks dos outros.

Ao apresentarem seu projeto, as duas mães do filme “A luta por um ideal” se deparam com as barreiras burocráticas impostas pelo Governo, como inúmeros requisitos para que o projeto fosse ao menos lido pelos Secretários de Educação. Além disso, se deparam com a própria falta de interesse e de vontade dos próprios professores que, diante de anos sem investimentos na carreira, esqueceram o ideal de suas profissões e só estão preocupados com seus benefícios e garantias salariais no final do mês. Então, essas mães questionam aos professores o que estão fazendo ali, por que estão ensinando… Essa parte nos lembra do texto, onde o autor diz que para os professores a recompensa está no ato de cuidar e trabalhar com as crianças. O que parece, no filme, é que os professores se ‘individualizaram’ tanto que perderam o gosto em fazer o trabalho, que isso se tornou um fardo.

Este desânimo não é visto no Sr. D., professor de História no filme “Escola da Vida”. As aulas desse professor não eram um lugar onde somente o professor falava, mas eram um lugar de construção do conhecimento em que tanto professor como aluno participavam. Nessa mesma escola, está o professor Matt que usa métodos tradicionais de ensino e começa a se incomodar com as “aulas diferentes” do Sr. D., porém, depois de um tempo, ele percebe que precisa mudar suas aulas para que seus alunos aprendam mais e segue o exemplo do Sr. D.



Nomes completos dos participantes:

Brunna Peixoto Budoia

Jessyca Biagi de Paula Prado

Renata Harumi Shimbo

Nicole de Oliveira Garcia


Data da apresentação: 24 de abril de 2017
Texto (AUTOR. Título):

AZANHA, J. M. P. Uma reflexão sobre a formação do  professor da escola básica.  Revista Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 30, n.2, 2004, p. 369-378.



Obra de arte: Apresentação Powerpoint 2007 obra-de-arte-texto-AZANHA.pptx
Reflexões do grupo:

Obras de arte:

  • Imagem 1 - Chardin, Jean – Baptiste Siméon. A Jovem Professora, 1736. National Gallery, Londres.

Fonte: http://artesteves.blogspot.com.br/2011/02/jean-baptiste-simeon-chardin-jovem.html

  • Imagem 2 - Albert Samuel Anker (1831 – 1910). The village school of 1848.

Fonte: http://viticodevagamundo.blogspot.com.br/2011/01/mid-19th-century-school-escola-do-sec.html

  • Imagem 3 - As realizações da Primeira República: A instrução (1910).

Fonte: http://disciplina-de-historia.blogspot.com.br/2010/11/as-realizacoes-da-primeira-republica.html

  • Desenho Animado Pateta (Disney) "Professor também é gente"

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=pRUl6lpjggE

  • Campanha do site "Educar para Crescer" da Abril, publicada em 2013, em homenagem ao dia dos professores

Fonte: https://www.facebook.com/pg/educarcrescer/photos/?tab=album&album_id=10151093394592717

  • Imagem 4 - The difference between theory and practice. Autor desconhecido.

Fonte: https://sylviamoessinger.files.wordpress.com/2011/10/theory_practice.jpg

Reflexões do grupo:

A primeira imagem mostra a relação preceptorial entre o professor (aquele que ensina) e o aluno (aquele que aprende). Trata-se de uma relação pedagógica elitista, não escolar, estabelecida “(...) na casa, no convento, no castelo.” (AZANHA, 2003, p 371-372).

Já a segunda imagem apresenta a transição do modelo de relação pedagógica, a qual o professor deixa o ensino individualizado e passa a ensinar para o coletivo, e nessa imagem especificamente, alunos de diferentes idades.

A terceira imagem revela a aplicação do modelo preceptorial à escola contemporânea: uma ficção (AZANHA, 2004 ,p 371) e a tentativa de “transplantar” a relação pedagógica preceptorial entre o professor e um aluno, para o “preceptorado coletivo”, o qual se dá entre o professor e seus alunos (AZANHA, 2004, p 372).

O desenho animado do Pateta (Disney) “Professor também é gente” traz uma questão que o Azanha (2004) aponta e critica, que é o fato da educação ser vista apenas pela relação aluno-professor. Isto porque, no desenho o Pateta, que faz o papel de um professor num dia de aula, está sozinho e é o único que aparece na escola. E é ele quem também faz tudo, como ajudar as crianças  a atravessar a rua, ministrar aulas, resolver problemas indisciplinares, atender os pais e até limpar a escola no final do dia. Por essa situação, achamos que o desenho passa e mostra a visão que as pessoas têm do professor como sendo o único agente escolar  responsável pela educação e aprendizagem, sendo que, pelo menos atualmente, isso não é verdade pois, como afirma Azanha (2004), hoje a escola contemporânea tem muito mais coisas envolvidas como a direção escolar, a coordenação, os funcionários e principalmente a própria questão institucional e política a qual ela está envolvida.

O desenho mostra também a concepção que o autor coloca sobre a relação pedagógica baseada em uma relação entre dois - aquele que ensina e aquele que aprende- abstraída do contexto institucional. Citamos inclusive uma fala do narrador do desenho que diz: "Aquele em cuja os ombros pousa a responsabilidade pela educação é o verdadeiro herói: "o professor"".

Também encontramos no desenho a ideia de figura individual do professor, a ideia de "professor ideal", que detém certos saberes, certas competências, características e qualidades. Para isso destacamos as seguintes falas do narrador: "Ele (o professor) deve ser justo, honesto, compreensivo e inteligente." e  "Ele deve saber lidar com cada situação com a maior dignidade." Acreditamos que nessas falas, aparece um conceito de um ideal de formação, apresentando uma "fórmula para ser um professor", e que o Azanha (2004) critica e diz não existir.

Em relação à Campanha do site "Educar para Crescer" da Abril, publicada em 2013, em homenagem ao dia dos professores, apesar da campanha não ser diretamente uma obra de arte, trouxemos porque achamos que ilustra bem a crítica trazida pelo autor do texto sobre a ideia de "fórmula ideal de/ para ser um bom professor", que também apareceu no desenho animado.

A campanha traz imagens com desenhos e frases dizendo "Um bom professor é...." e então lista qualidades que os professores têm que possuir, ou deveriam, para serem bons profissionais.

A campanha, além de trazer desenhos estereotipados e falsos da realidade escolar (como poucos alunos para ensinar, muitos e diversos recursos materiais para utilizar nas aulas, etc.) parece colocar a "missão de ensinar" apenas para os professores, esquecendo questões institucionais e políticas, retirando algumas questões externas que tanto interferem nesse processo educativo. A questão mais preocupante analisada na campanha pelo grupo e, fazendo uma ligação com a crítica de Azanha (2004), é que a campanha parece trazer “requisitos” para ser um bom professor, como se fosse uma exigência que bons  professores tenham certas características, e essas que ao nosso ver, sequer tem caráter profissional e sim mais pessoal e de personalidade, como ter bom humor, ser acessível, ser criativo, ter uma boa relação com os alunos, entre outras.

Destacamos a frase que diz "Um bom professor faz qualquer aluno aprender", a qual faz ligação com a crítica de Azanha (2004), apresentada logo no início do texto, sobre a ideia de Comênio (Didática Magna, 1657) de haver um método que possibilita ensinar tudo a qualquer pessoa, onde " o bom professor seria aquele capaz de dominar a "arte de ensinar tudo a todos." (AZANHA, 2004, p. 369).

A ideia da campanha, essa que podemos considerar recente, mostra que a visão do  ensino atual ainda está associada com o formato antigo de ensino que se baseava na relação entre o preceptor (professor) e o aluno. Assim, consequentemente, o professor é, muitas vezes, colocado como total responsável pelo processo de ensino e aprendizagem e culpado de qualquer resultado negativo que ele possa gerar.

Por fim, a última imagem mostra a integração entre a teoria e a prática, a qual o autor cita inúmeras vezes no artigo. Essa imagem mostra que a teoria em conjunto com a prática, leva ao conhecimento, em que na imagem está identificado como aprendizado. O artigo também aborda que, na formação de professores, não é possível “pegar” a teoria e aplicá-la simples e diretamente na prática, já que, de acordo com Azanha (2004), derivar regras práticas a partir das teorias desconsidera diversas complexidades, as quais estão implícitas no caminho entre o conhecimento dos fatos e as possíveis regras que se baseiam na aplicação desse conhecimento e, por isso, seria necessária uma avaliação mais abrangente.( AZANHA, 2004, p 370) Além disso, a teoria nunca seria suficiente para compreender a situação da instituição de ensino e a formação do educador. No entanto, também não é possível que a prática esteja desvinculada da teoria, e um exemplo o qual Azanha (2004) coloca como um problema de integração entre a teoria e a prática seria o desaparecimento dos cursos de licenciatura não integrados a uma universidade, devido ao aumento de número de horas práticas de um curso, que pode ocasionar um raleamento da teoria sem nenhuma conquista, sendo necessária uma revisão sobre o que é prática, a qual tem de ser abrangente e incluir o próprio conceito de relação pedagógica. (AZANHA, 2004, p 376).

Nomes completos dos participantes:

  • Ana Beatriz Forteza Usatai

  • Juliana Sant’Anna

  • Laís Graziella Gomes dos Santos

  • Letícia Teodoro da Silva

  • Paola Izidoro Colozza




Data da apresentação: 29 de junho de 2017
Texto (AUTOR. Título):

Aula 9 – BOURDIEU, Pierre (coord.) A miséria do mundo. Petrópolis – RJ: Vozes, 2003, 5ª Ed., “O espaço dos pontos de vista” (p. 11-13) e “A engrenagem” (p. 523-531). PARTE I

Obra de arte:
Reflexões do grupo:

Documentário: 


O documentário “Pro dia nascer feliz”, foi escolhido pelo grupo, pois reflete a realidade escolar brasileira em diferentes camadas sociais. É um contraste entre o ensino público e privado que choca, mas é essencialmente verdadeiro, não é ficção, os atores são os próprios alunos e todo o núcleo formador da escola.

A princípio é uma realidade que choca, mas esta se manifesta cada vez mais no país, sendo, assim, algo muito próximo de nós futuros professores. As escolas não conseguem atender a todas as demandas dos alunos face os problemas socioeconômicos.

A partir dessa abordagem, confronta o papel do professor e do aluno e suas especificidades no âmbito do processo de escolarização.

Essas características do documentário foram muito interessantes para pensarmos o texto organizado por Bourdieu. Os textos que trabalhamos foram “O espaço dos pontos de vista” e “A engrenagem” que dialogaram bastante com o documentário por tratar dos conflitos presentes na escola e também das desigualdades que se manifestam no sistema escolar.

Acreditamos que trazer este documentário para aula de Coordenação II foi de suma importância para uma reflexão coletiva e não somente do grupo.


Nomes completos dos participantes:

       Juliana Saes Ferreira

       Laís Dantas Augusto

       Márcia Regina Guerreiro Zamboni

       Simone dos Santos Pereira

       Victória Luiza Fábio