As posições de T.S. Eliot, Borges e Bloom a respeito da constituição de um cânone e da interferência desse cânone no devir de uma trajetória literária servem aqui de alicerce para discutir com o distanciamento e relativismo necessários, a própria trajetória de Roberto Bolaño. Com o intuito principal de penetrar no seu universo escritural, propomos estabelecer também nexos íntimos com alguns dos escritores de sua biblioteca pessoal, entre os quais, Anton Tchekhov, Edgar Allan Poe, Jorge Luis Borges, Nicanor Parra e Julio Cortázar. Não se trata somente de aproximações temáticas, mas de aproveitamentos composicionais verificáveis por meio de análises pormenorizadas de determinados procedimentos narrativos dentro de seus livros.