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A pandemia amplificou problemas históricos e tornou mais urgente o esforço pelo desenvolvimento de países de renda média como o Brasil, marcados pela pobreza e profundas desigualdades sociais. O surgimento de tecnologias transformadoras nos países avançados, que alteram a dinâmica das economias, tornaram ainda incerto o ambiente em que as decisões são tomadas pelas pessoas, por empresas e governos. Mais ainda, por conta da baixa qualidade da reação contra a COVID-19, grande parte dos países em desenvolvimento vivenciam uma degradação do mercado de trabalho e das condições de vida de parcela significativa de suas populações.

As novas dinâmicas da economia mundial e o avanço tecnológico, que abre novas oportunidades, mas gera impactos sociais negativos, são os principais motores de transformação do mundo contemporâneo.

As novas tecnologias de base digital surgem como fonte de esperança para a resolução de problemas tradicionais dos países em desenvolvimento – como o saneamento, água potável, energia, mobilidade urbana, segurança e outros – e de respostas às novas ameaças, como a ocorrência de novos eventos extremos e as mudanças climáticas. Dada a dimensão desses novos problemas, as soluções dependem cada vez mais da capacidade de inovação e da expansão das fronteiras do conhecimento.

Para os países em desenvolvimento, é vital aproveitar as janelas de oportunidades – que não permanecem abertas por um longo período – não somente para diminuir o gap que os separa das economias avançadas, como também para impedir que os problemas sociais sejam ampliados, como a destruição de empregos, o aumento da fragmentação social, exacerbação de conflitos éticos e erosão da democracia.

Os pressupostos do curso estão organizados em três pilares.

Primeiro, a combinação de forças tecnológicas e econômicas aumenta o dualismo produtivo nos países em desenvolvimento, em que coexistem uma base avançada nas áreas metropolitanas e uma massa de pessoas pobres, que vivem na informalidade ou atividades de baixa produtividade. O grande desafio dos países em desenvolvimento é quebrar o ciclo vicioso de estagnação e baixo crescimento e avançar na integração social desses mundos aparentemente distintos.

O segunda tem a ver com o lugar imprescindível da atuação do estado. Governos podem articular e coordenar investimentos, atuar na expansão da demanda, e desempenhar papel relevante nas políticas sociais redistributivas. O setor público é chave para apontar caminhos para diminuir disparidades sociais e os passos para países emergentes avançarem para uma economia sustentável de baixo carbono.

O terceiro pilar refere-se à crescente desigualdade entre economias avançadas e os emergentes, o que traz a discussão sobre uma nova estrutura de governança global. Como reduzir o déficit na Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) em meio ao atual reordenamento da geopolítica global gerado pelo crescente peso econômico da China? Como construir resiliência e promover o crescimento verde para que os países possam gerir melhor seus recursos e implementar políticas públicas eficientes?

O ritmo acelerado da CT&I, bem como as turbulentas mudanças políticas que ocorrem no mundo, pedem cada vez mais a intervenção da sociologia para melhorar a compreensão das novas dinâmicas sociais, que afetam de modo diferente os grupos sociais, a exemplo dos negros, mulheres, indígenas e outros, sempre mais penalizados no mercado de trabalho e nas oportunidades para melhorar suas vidas.

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