5961165 - Introdução aos Estudos da Educação (2020)

Programação

• Geral

  Contrair tudo Expandir tudo
  • 

    Avisos Fórum

• Apresentação do curso
  • 

    Apresentação da disciplina "Introdução aos Estudos da Educação" - 26/8/20 Arquivo

    Disponível se: Você faz parte de T-5961165-20202DB

• Organização dos temas, leituras e atividades das aulas
  • 
    

  • Download da pasta

    • Textos digitalizados
      • ADORNO, Theodor - Educação e Emancipação (1).pdf
      • APPLE_Michael_Ideologia_reprodução_cultural_econômica.pdf
      • BERGERBERGER(Socialização).pdf
      • BERTICELLI(Currículo tendências e filosofia).pdf
      • CAMBI(Caracterísitcas da educação contemporânea).pdf
      • CulturaBiologia(MacacosPrego)7798-805.pdf
      • CURY(A educação nas constituições brasileiras).pdf
      • HILSDORF(Séculos XVIII e XIX).pdf
      • KHUN(A rota para a ciência normal).pdf
      • PARO(O caráter político administrativo).pdf
      • PAULO FREIRE(Extensão ou comunicação).pdf
      • PLATÃO(LivroVII-A República).pdf
      • Postman. O desaparecimento da infância.pdf.PDF
      • POSTMAN(Os incunábulos da infância).pdf
      • RODRIGUES(Análise sociológica da educação contemporânea).pdf
      • ROMÃO(O que é avaliação).pdf
      • RUSSEL(As funções de um professor).pdf
      • SAVATER(A disciplina da liberdade).pdf
      • SAVATER(O aprendizado humano).pdf
      • SAVIANI(A política educacional no Brasil).pdf
      • SAVIANI(Sobre a natureza e a especificadade da educação).pdf
      • SKÁRMETA(O carteiro e o poeta).pdf
  • 

    Links para as aulas Arquivo

• PARTE I - EDUCAÇÃO EM SENTIDO GERAL, ANTES, ALÉM E FORA DA ESCOLA
  • Algumas notas sobre educação

    Num sentido amplo, educação significa o processo pelo qual nós humanos ensinamos nossos semelhantes mais novos, por meio de diversos meios e recursos, a assimilarem o quanto puderem do conhecimento e da experiência coletivos. Qualquer que seja a sociedade, tenha ela o tamanho que tiver, mesmo as extintas ou aquelas que não se organizam em Estados e cidades, é possível inferir que a existência no interior delas de processos educativos seja a característica que mais permita a comparação entre todas elas. Salvo por uma nova descoberta que desminta categoricamente essa afirmação, é provável que a mais certa generalização sobre o elemento comum a todas as sociedades passadas e atuais seja esse: todas estabeleceram formas para educar seus neófitos.

    Mesmo que se tratem de práticas no mais das vezes informais de ensinar e aprender, ainda que instituídas, sempre que um grupo humano acumula descobertas, resolve situações, atribui significados ao mundo, então, eis que um acervo de técnicas, idéias, símbolos e hábitos se acumula.

    E para que esse legado não desapareça com as gerações que morrem, é necessário estabelecer algum meio para que as pessoas não morram. Pelo menos simbólica e culturalmente. Educar, portanto, significa não só transmitir algum conhecimento aos mais novos, mas, igualmente produzir nos aprendizes uma consciência alimentada pelas criações e respostas das gerações anteriores. Ao formar em si essa consciência, o novato passa tanto a estabelecer suas ações inspirado pela pauta de referências sociais e culturais que internalizou, quanto a modelar seu pensamento referenciado nos significados e explicações que incorporou e, no correr da vida.

    
    

• O conhecimento como elevação
  • PLATÃO. A república. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian: s.d.
    

  • 

    O conhecimento como elevação - 2/9/20 Arquivo

    Disponível se: Você faz parte de T-5961165-20202DB
  • 

    O conhecimento como forma de elevação Arquivo

    Disponível se: Você faz parte de T-5961165-20202DB
  •    
    

  • 

    O mito da caverna - Merlí e o Ensino Médio Página

    Aula com o Prof. Renato Janine Ribeiro

• “Todo ato de pensar exige um sujeito que pensa"
  • SKÀRMETA, Antonio. O carteiro e o poeta. Rio de Janeiro: Record. 1999. p. 18-24.

    FREIRE, Paulo. a) Extensão ou comunicação? b) A educação como situação gnosiológica. In: ______. Extensão ou comunicação? 11 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001. p. 63-93

    
    

  • 

    Todo ato de pensar exige um sujeito que pensa - 9/9/20 Arquivo

    Disponível se: Você faz parte de T-5961165-20202DB
  • 

    O ato de pensar Arquivo

    Disponível se: Você faz parte de T-5961165-20202DB
  • 

    Leituras em Educação: Paulo Freire antes de Pedagogia do oprimido Arquivo

    Disponível se: Você faz parte de T-5961165-20202DB
  • 
    

  •    
    

  •    
    

• Aprender a humanidade
  • SAVATER, Fernando. O aprendizado humano. In: ______. O valor de educar. São Paulo: Martins Fontes, 1998. p. 28-66
    

  • 

    Aprender a humanidade Arquivo

    Disponível se: Você faz parte de T-5961165-20202DB
  • 

    O aprendizado humano Arquivo

    Disponível se: Você faz parte de T-5961165-20202DB
  • 

    Curiosidade Arquivo

    Disponível se: Você faz parte de T-5961165-20202DB
  • 

    Diáspora há 2,5 milhões de anos URL
  • 

    «La capacité d’Homo sapiens à transformer la nourriture en un fait social a fait la différence» URL
  • 

    ¿Para qué pintaban los primeros humanos? URL
  • 

    La primera caja de herramientas de la humanidad URL
  • 

    Altamira: Arte prehistórico y pensamiento complejo URL
  • 

    Cientistas acham ferramentas feitas por macacos há 3.000 anos no Piauí URL
  • 

    Descoberta uma nova forma de cultura entre chimpanzés URL
  • 

    Os chimpanzés têm cultura e está em perigo URL
  • 

    Ciência USP #14: Será que a inteligência é exclusiva dos seres humanos? URL

    Você diria que os animais têm inteligência? Entre os cientistas, esta não é uma pergunta tão fácil de responder. Neste episódio de Ciência USP, conversamos com dois pesquisadores do Instituto de Psicologia da USP para entender o que os humanos têm que os outros animais também têm.
    

• Aprender a sociedade
  • BERGER, Peter L.; BERGER, Brigitte. Socialização: Como ser um membro da sociedade? In: FORACCHI, M.; MARTINS, José S. Sociologia e sociedade. Rio de Janeiro: LTC, 2004. p. 169-181.
    

  • 

    Aprender a sociedade Arquivo

    Disponível se: Você faz parte de T-5961165-20202DB
  • 

    Curiosidade e mudança Arquivo

    Disponível se: Você faz parte de T-5961165-20202DB
  • 

    PARA PENSAR INFÂNCIA, CULTURA BRASILEIRA E O BRINCAR URL

• Aprender a civilização?
  • ADORNO, Theodor W. Educação após Auschwitz. In: ______. Educação e emanciapação. Tradução Wolfgang Leo Maar. 2a ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995. p. 119-138.
    

  • 

    Aprender a civilização? Arquivo

    Disponível se: Você faz parte de T-5961165-20202DB
  • 

    Primo Levi's Heartbreaking, Heroic Answers to the Most Common Questions He Was Asked About "Survival in Auschwitz" Página
  •    
    

• O ensino é uma escolha dos outros?
  • SAVATER, Fernando. A disciplina da liberdade. In: ______. O valor de educar. São Paulo: Martins Fontes, 1998. p. 105-136
    

  • 

    O ensino é uma escolha dos outros? Arquivo

    Disponível se: Você faz parte de T-5961165-20202DB
  • 

    A disciplina da liberdade Arquivo

    Disponível se: Você faz parte de T-5961165-20202DB
  • 

    Para que educamos as crianças? URL
  • 

    Animações estrangeiras que tratam da infância e juventude URL
  •    
    

• DA PARTE 1 PARA A PARTE 2: da educação como processo amplo para a educação na versão escolar
  • De Educação como: Processo amplo; Realização humana; Humanização; aprendizado da humanidade; Curiosidade; Revelação dos outros da humanidade; Apropriação da cultura; Descoberta do mundo; Formação da linguagem; Civilização.

    Para Educação na versão escolar enquanto: Formal; Instituída; Praticada em instituições; Realiza a distribuição do saber na versão formal; Não-natural.

    
    

    
    

• O ensino escolar é uma escolha dos outros?
  • 

    Bertrand Russel: o filósofo que disse sim ao amor livre e não à guerra Página

• Dos paradigmas científicos aos saberes escolares
  • KUHN, Thomas Samuel. A rota para a ciência normal. In: ______. A estrutura das revoluções científicas. 3a ed. São Paulo: Perspectiva, 1992. p. 29-66.
    

  • 

    Dos paradigmas científicos aos saberes escolares Arquivo

    Disponível se: Você faz parte de T-5961165-20202DB
  • 

    Saberes escolares Arquivo

    Disponível se: Você faz parte de T-5961165-20202DB

• A natureza da educação escolar
  • SAVIANI, Demerval. Sobre a natureza e especificidade da educação. In: ______. Pedagogia histórico-crítica:. 7 ed. Campinas: Autores Associados, 2000. p. 15-28.
    

• PARTE II - EDUCAÇÃO: DA VERSÃO INFORMAL À ESCOLA
  • Do ensino simultâneo aos sistemas escolares nacionais

    Se o ponto de transferência do ensino simultâneo – como lógica estruturante interna da escola – de lugares específicos de aplicação para dar substância a cada unidade escolar integrada ao aparato estatal é o século XIX, os seus focos de origem, seja conceitualmente ou de forma aplicada, remontam ao trabalho de mestres, organizações, pedagogistas e idealizadores escolares situados entre os séculos XVI e XVII. Para a escola esse período de abertura da época moderna apresenta inovações em relação às milenares tradições educativas e escolásticas da Idade Média, pois marcantes seja do ponto de vista da gênese de novas ideias quanto sob o ângulo da elaboração de instituições e práticas escolares renovadas em relação ao tempo de sua criação e à influência que exerceram sobre as gerações seguintes. Entre os vários exemplos citáveis como artífices da escola e da pedagogia modernas, a Companhia de Jesus e Comenius são casos modelares, sendo os jesuítas destacados escolarizadores da Europa (e até mundiais porque difusores do modelo colegial) por dois séculos, desde sua criação como ordem religiosa em 1540, ao passo que o autor da Didática Magna contribuiu com parte substantiva do desenho conceitual do que deveria ser a educação comum a todas as pessoas, conforme os mesmos saberes, seguindo por etapas iguais por grupos de alunos numa escola estruturada por idades e níveis de ensino equivalentes a classificações etárias.

    As mudanças no interior da escola (e na lógica escolar), segundo Hilsdorf, contribuíram para criar as condições favoráveis à difusão da escolarização no século XIX, com destaque para La Salle e o método mútuo.

    Em termos continentais, a formação da escola durante o século XIX na Europa é uma constante marcada pela adequação da organização escolar às mudanças da sociedade. Como resposta às profundas mudanças sociais, econômicas e políticas ocorridas durante o XIX, Franco Cambi (1999, p. 398) explica que “tratou-se de renovar a escola a fim de torná-la funcional para a sociedade industrial, democrática, de massa”, o que requereu a reorganização de seus programas, seu currículo e seus níveis. Desse modo, ao final do século XIX, o balanço possível, proposto por Franco Cambi (1999), assinala as características da educação contemporânea: obrigatória, gratuita, universal, pública, laica, sob o controle estatal, meio de inserção/ascensão social e com alcance de massas.
    

• A educação escolar como determinante da infância
  • POSTMAN, Neil. Os incunábulos da infância. In: ______. O desaparecimento da infância. RJ: Graphia, 1999. p. 51-65.
    

    
    

  • 

    A educação escolar como determinante da infância Arquivo

    Disponível se: Você faz parte de T-5961165-20202DB
  • 

    História da infância Arquivo

    Disponível se: Você faz parte de T-5961165-20202DB
  •    
    

  • 
    

    
    

  •    
    

• A formação da escola contemporânea
  • A formação da escola contemporânea

    A considerar a simultaneidade do ensino um vetor importante para a ampla escolarização de vastos contingentes da população da Europa ocidental até o início do século XX, certamente a escola elementar – de classes graduadas e formadas por agrupamentos etários uniformes (tendo idades e anos escolares como diretamente correspondentes – foi apropriada pelos artífices dos sistemas escolares em formação durante a segunda metade do século XIX para ser o modelo capaz de estender a escolarização pública compulsória até as classes populares.
    

  • HILSDORF, Maria Lucia Spedo. Séculos XVIII e XIX: aproximações à escola primária. In: ______. O aparecimento da escola moderna.  Belo Horizonte: Autêntica, 2006. p. 183-200.
    

    FOUCAULT, Michel. Os corpos dóceis. In: ______. Vigiar e punir. Petrópolis: Vozes, 1987. p. 125-152.
    

  • 

    A formação da escola contemporânea Arquivo

    Disponível se: Você faz parte de T-5961165-20202DB
  • 

    Sistemas escolares Arquivo

    Disponível se: Você faz parte de T-5961165-20202DB
  • 

    Pandemia causou maior interrupção da educação da história, diz ONU Página

• A formação da escola no Brasil
  • A formação da escola no Brasil

    Quanto à posição do Brasil nesse processo - pleno de investidas localizadas e descontinuidades - a historiografia educacional brasileira, desde os estudos de primeira estirpe surgidos na segunda metade do século XIX, por sucessivas gerações de trabalhos (de Pires de Almeida, Primitivo Moacyr, passando por Fernando de Azevedo até João Adolfo Hansen e José Maria de Paiva) apresenta ainda hoje como ponto comum o fato de a Companhia de Jesus ter inaugurado no Brasil a educação escolar com os colégios que instalou e manteve aqui por dois séculos. De tão enraizada a tradição escolar jesuíta - quando da expulsão dos inacianos de todos os territórios do Império Português - não foram poucas as dificuldades impostas à sua substituição por uma novo modelo: as Aulas Régias. Criadas no século XVIII conforme as reformas conduzidas pelo Marques de Pombal, segundo Luiz Carlos Villalta, as Aulas Régias representam uma das primeiras formas de sistema público de ensino e laico, no Ocidente, pois não mais conduzido e governado pela igreja, mas sim pelo estado português, à época uma monarquia que aproximava dos moldes das monarquias absolutistas europeias. As Aulas Régias eram reguladas estritamente pelo estado português, supervisionado por autoridades públicas e mantidas economicamente através de um imposto destinado a tal fim. Em termos regulamentares, essa forma escolar compunha-se de etapas, sendo a primeira os estudos menores, equivalentes aos atuais estudos primários e secundários, também expressos formalmente como Escolas Menores ou Primeiros Estudos, cujo currículo centrava-se nas aulas de ler, escrever e contar, também conhecidas como primeiras letras. Após as primeiras letras os estudos seguintes eram os de humanidades, compostos por aulas de gramática latina, língua grega, língua hebraica, retórica e poética, algo que tinha por fonte comum a mesma paideia do saber clássico da qual os jesuítas haviam se apropriado durante os século XVI e XVII.

    Com a República, o assunto escola pública volta a entrar na ordem do dia, merecendo novamente a atenção da sociedade e das elites políticas. Entretanto, durante a Primeira República (1889-1930), os efeitos da indefinição de políticas públicas e a incerteza do Estado em assumir a escola, ainda são problemas para a escolarização popular. Em meio a essas questões, começam a se definir as competências dos Estados e da União, continuando os primeiros a manterem as escolas primárias conforme a Constituição republicana. Os Estados e municípios ofereceriam os quatro primeiros anos fundamentais nas escolas primárias, sendo que em muitas regiões, as escolas isoladas, em geral com alunos de vários anos em um única classe e com um único professor polivalente para várias matérias e várias séries, eram mais numerosas que os grupos escolares, mais estruturados e rigorosos quanto à admissão. No nível posterior, o ginasial, a presença particular era acentuada, uma vez que a maioria das escolas desse nível eram privadas, enquanto que os Estados mantinham nas capitais e nas cidades maiores cursos oficiais e gratuitos, porém, em poucos estabelecimentos. E, se alguém estiver pensando nos célebre “Ginásio do Estado”, geralmente abrigado num belo edifício com arquitetura característica do início do século XX, sim, esse é um bom exemplo. Quanto às carreiras superiores, os cursos de Direito, Medicina e Engenharia continuaram a responder pelo ensino superior no Brasil até a criação de fato das primeiras universidades no país em meados da décadas de 1930.

    Assim como vários aspectos da história política brasileira sofreram radicais mudanças a partir de 1930, não foi diferente com a escola. Durante o longo período em que Getúlio Vargas governou o Brasil entre 1930 e 1945, são marcantes as novas disposições legais dos níveis, da organização das escolas e do ensino. Nessa mesma época, o fato novo logo do início do Governo Provisório é o inédito Ministério da Educação e Saúde Pública. E, um fato adiado desde o século XIX, é concretizado com a criação das primeiras universidades brasileiras: a Universidade de São Paulo, em 1934, e a Universidade do Rio de Janeiro, em 1935, embora não exatamente por influência direta do governo federal. No campo legal, no Estado Novo (1937-1945), as reformas que se realizam assumem o nome de Leis Orgânicas do Ensino, a partir das quais os níveis do ensino definem-se em primário (com duração de 4 anos), secundário (dividido em dois ciclos de 4 e 3 anos de duração, respectivamente), normal (também dividido em dois ciclos de 4 e 3 anos, respectivamente) e superior. Além disso, foram implantadas as versões brasileiras do ensino profissional nas modalidades comercial, agrícola e industrial.

    A nova situação depois de 1946, com o fim da ditadura do Estado Novo e a retomada da democracia exigia novas medidas. Na educação a demanda pela escolarização pública crescia e a necessidade por uma nova organização da educação nacional se tornava evidente. Nesse período a política dos governos populistas oscilou entre o atendimento da demanda por educação pública e a dificuldade em ampliar com qualidade o acesso à escola. É marca desse tempo a tramitação, desde 1948, e aprovação em 1961 da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei Federal n. 4024 de 1961. Destacam-se, ainda, os movimentos de educação popular que colocaram em questão o analfabetismo e tomaram a iniciativa de promover a educação de populações de excluídos sociais partindo da cultura popular.

    Os movimentos populares que reivindicaram a escola pública, bem como a expansão progressivas das vagas escolares mostram, também, que a escola no Brasil foi produzida espelhando a organicidade social tradicional no início do século XX, sendo esta uma marca quase indelével em tempos posteriores. Apesar da industrialização costumar produzir alguma mudança na vida social, da produção e do espírito criativo humano, e com isso interferir nas sociedades tradicionais, no caso brasileiro a modernização da produção e do trabalho seguiu uma trilha conservadora, reproduzindo na escola aspectos de uma sociedade elitista e desigual. Por essa razão, o exame dos contornos da educação brasileira no século XX passa, também, pelo estudo e discussão do alcance das ações educacionais estatais (ou não) junto às classes populares e do lugar da educação escolar como pauta de diferentes movimentos que se projetaram na história da educação brasileira. Seja como política pública governamental ou como demanda dos movimentos político-educacionais a educação popular é questão que se atualiza e se mantém presente no cenário educacional brasileiro ao longo do século XX. Desde as discussões sobre instrução na primeira república, no movimento escolanovista na década de 1930, passando pelos movimentos de cultura popular e educação de adultos dos anos 60 até a atualidade, educar e estender essa possibilidade de forma pública e gratuita ainda se coloca como uma obra ainda por fazer. 

    Sobre os movimentos de educação popular, muito ativos na década de 1960, pode-se dizer que contribuíram para a formação de uma pedagogia original, elaborada no Brasil junto às classes populares, paralelamente à escola. O grande expoente dessa pedagogia certamente é Paulo Freire, nessa época, criador de um inovador método de alfabetização de adultos. Tal método tomou por base algumas premissas muito valiosas para os movimentos de educação popular nos anos 60, como por exemplo o reconhecimento da importância das culturas locais e regionais e sua necessária integração ao processo educativo. Ao tomar como ponto de partida para o processo de alfabetização a pesquisa de situações existenciais e a conversão destas em temas geradores, apresentados em aulas na forma de círculos de debates, Paulo Freire o fez reconhecendo a fecunda associação entre o popular e o letrado.
    

  • CURY, Carlos Roberto Jamil. A educação nas constituições brasileiras. In: BASTOS, Maria Helena Câmara; STEPHANOU (orgs.). Histórias e memórias da educação no Brasil – vol. III – Século XX. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005. (vol. III). p. 19-29.
    

    SAVIANI, Demerval. A política educacional no Brasil. In: BASTOS, Maria Helena Câmara; STEPHANOU (orgs.). Histórias e memórias da educação no Brasil. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005. (vol. III). p. 30-39.
    

  • 

    A formação da escola no Brasil Arquivo

    Disponível se: Você faz parte de T-5961165-20202DB
  • 

    A formação da escola no Brasil Arquivo

    Disponível se: Você faz parte de T-5961165-20202DB

• PARTE III – EDUCAÇÃO NA VERSÃO ESCOLAR

• Escola e sociedade
  • RODRIGUES, Alberto Tosi. Análise sociológica da educação contemporânea. In: ______. Sociologia da educação. 3 ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. p. 101-110.
    

  • 

    Escola e sociedade Arquivo

    Disponível se: Você faz parte de T-5961165-20202DB
  • 

    Escola, sociedade e currículo Arquivo

    Disponível se: Você faz parte de T-5961165-20202DB
  • 

    Qual a influência da infraestrutura na qualidade da educação? URL
  • 

    O Brasil gasta muito ou pouco com educação? URL
  • 

    Conheça o abismo racial entre escolas públicas e privadas de Ribeirão Preto URL
  • 

    Estado de São Paulo fecha sete salas de aula por dia URL
  • 

    Sem computador e casa cheia: Covid agrava desigualdades no ensino em RP URL

• O conhecimento como objeto da educação escolar
  • APPLE, Michael. A ideologia e a reprodução cultural e econômica. In: ______. Ideologia e currículo. 3. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 61-125.
    

  • 

    Atlas mostra geopolítica da exclusão educacional no estado de São Paulo URL
  • 

    A escola brasileira e as desigualdades conforme o território URL
  • 

    Por que a relação entre família e escola impacta aprendizagem dos alunos URL
  • 

    NÓVOA, Antônio. Relação escola /sociedade: novas respostas para um velho problema. São Paulo: Unesp; Univesp, s.d. Arquivo
  • 

    YOUNG, Michael. Para que servem as escolas? Educação & Sociedade, vol. 28, nº 101, p. 1287-1302, dez. 2007. Arquivo
  •    
    

• O conhecimento como objeto da avaliação
  • 

    O conhecimento como objeto da avaliação Arquivo

    Disponível se: Você faz parte de T-5961165-20202DB
  • ROMÃO, José Eustáquio. O que é avaliação? In: ______. Avaliação dialógica: desafios e perspectivas. 3a ed. São Paulo: Cortez/Instituto Paulo Freire, 2001. p. 55-84.
    

  •    
    

• Orientações sobre a avaliação
  • 

    Orientações para a elaboração do trabalho Arquivo
  • Considerando que a avaliação propõe uma pesquisa de material na internet, aproveito para sugerir algumas boas referências por onde começar. Eis: 
    
    Aventuras na História

    https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/10-brinquedos-e-jogos-do-egito-antigo.phtml?fbclid=IwAR2mZsMN0FjegdAsKdtNXFKXJZ-4q24RDtEfKA4y186wi1HnOM8p0FBM5Go  
    

    
    

    Conti Outra
    https://www.contioutra.com/baixe-material-pedagogico-da-serie-mulheres-na-historia-da-africa-produzido-pela-unesco/?fbclid=IwAR3xo5-cCO7WNFXVBwmfe6sm7-4MfFGRCkQxEk2lBer0jcYWD8cTnI1_urw 

    
    

    Minas faz Ciência
    http://minasfazciencia.com.br/2019/07/24/traducao-de-manuscritos-fisica-de-aristoteles/?fbclid=IwAR3xSQWKhgqHo_IX_cEVXD7264IG7A0XBpwPofTqAAGaG2Q1TZf2wQozx9o 

    
    

    Pesquisa Fapesp

      https://revistapesquisa.fapesp.br/2019/08/07/diaspora-ha-25-milhoes-de-anos/?fbclid=IwAR1i6zWg90LRJSgRD8HXcktbGcQDgEu88dYPAQD0mFt91V60cGvUJmMukhw 

    
    

    La Vanguardia

    https://www.lavanguardia.com/local/sevilla/20190807/463936628619/granada-sarcofago-romano-restos-hombre-elite-militar.html?fbclid=IwAR1bX_jfp91hw2_gNdjjBw7Yy4EXJYX4Nx7ocDGScbYq37wLJWh_YNtUap0

    
    

     The Atlantic Slave Trade

    http://www.slate.com/articles/life/the_history_of_american_slavery/2015/06/animated_interactive_of_the_history_of_the_atlantic_slave_trade.html?fbclid=IwAR2S9Psap6o_mG6-7uraSjSTOxqucmhpgV8BBj0FuUlV9gfdu5RnVU5-Idk 

    
    

    Videocamp

      https://www.videocamp.com/pt/playlists/para-pensar-infancia-arte-e-o-brincar?fbclid=IwAR0DhU_Rsc0G7aS8OI95TwM6Ek6CLM4cKY7KE9IYEAhs8TU2O6RWmRza7SA 

    
    

    BBC News

      https://www.bbc.com/portuguese/geral-46220276?fbclid=IwAR1HI4Ft-yYEQ9pewYebQUyCpG-JrQmYn5oco6DzVwlnJR1YjJBH2M8Wso0 

    
    

    Contos africanos

      https://produzindocultura.com.br/livros/mais-de-30-contos-africanos-disponiveis-para-download-gratuito/?fbclid=IwAR3Ne2anQZHgeBzSxiIB1_LZMnXPKHGDXGdp2rsusvx1GEIByQvXGZCO4nc 

    
    

    Público (Portugal)

    https://www.publico.pt/2014/03/24/ciencia/noticia/ha-1800-anos-um-soldado-romano-escreveu-sete-vezes-a-familia-a-ultima-carta-chegou-ate-nos-1629262?fbclid=IwAR1MLIrPr3cf6-epkpGuokLcE02KOfbrk_yx5Ex42LAhBcl_b3eEZIOhsI0

    
    

    El País

    https://elpais.com/cultura/2019/06/26/actualidad/1561559568_607219.html?fbclid=IwAR2Vdzi1iQyFPqsxSHBlLjFt3GhGUj_61IWlwuS3E8iOqaJLZhzbYlXsB5o 

    
    

    Geografia Infinita

    https://www.geografiainfinita.com/2017/11/la-demografia-de-mezcla-racial-en-la-roma-clasica/?fbclid=IwAR1o2ADYrAr_58VgECQvW3hAUQJdI_kZA7c4tFxbu4yqZNPDwYBlZGq_M9g

    
    

    National Geographic

    https://www.nationalgeographicbrasil.com/photography/2019/05/cidades-mais-antigas-continuamente-habitadas-do-mundo?fbclid=IwAR19znpjjwNjVPakr6_MZVreeqyhf0ymBFxmHoNRThY4pCTKCaV5_JjQoo4&image=01-worlds-oldest-inhabited-places 

    
    

    Nexo

    https://www.nexojornal.com.br/expresso/2019/06/04/Esta-cole%C3%A7%C3%A3o-traz-mais-de-90-mil-mapas-dos-s%C3%A9culos-16-ao-21?fbclid=IwAR0OXkyTs_j8_5EvUFCKNR89ETZa-aOZj9JPNJeKfU4xj_oXhXWP_KhrHd0

    
    

    Portal lunetas:
    https://lunetas.com.br/confira-animacoes-assistir-criancas/?fbclid=IwAR0fvdUwUgI2PO67blUpPqLPvv94qvE0AnXomWg6hy0F3urZM0_r6Dce1K8 

    
    

    https://lunetas.com.br/curtas-sobre-arte/?fbclid=IwAR3Yqw2_r9NCd1ktYBr-s08T_EEyLnMyLpFybpp8suuDt7ltQBGNCn7X4gI 

     
    

    Porta Curtas
     http://portacurtas.org.br/
    

    
    

    Curtas e animações sobre filosofia, sociologia e política

    http://bemblogado.com.br/site/de-platao-a-foucault-136-curtas-de-animacao-para-aprender-tudo-sobre-filosofia-sociologia-e-politica/?fbclid=IwAR0jz29pH5fTO7SDApoV4bE7wQz7EppbRdZ3PfNI77j36OirpFi47j6Xgfc 

    
    

    Portal G1 - Documentário sobre intuição

    https://g1.globo.com/natureza/blog/amelia-gonzalez/noticia/2019/05/08/documentario-alerta-para-a-importancia-da-intuicao-na-relacao-do-homem-com-o-mundo-ao-redor.ghtml?fbclid=IwAR09SNiQPY3IrEd7LG8Tv7ge7EMzxkeryUNGWVCZdFILYO9OE9Bpip8WJV4 
    

    
    

    100 livros sobre filosofia para baixar grátis

    https://www.historianopaint.com/2018/11/100-livros-de-filosofia-gratis-para.html?fbclid=IwAR1Qao1iQ2YsbBIqDXlZApLrQ32k-Rb2y4nYEGe8ato7WrIzd_ItTM0AFoY 

    
    

    Revista Bula

    https://www.revistabula.com/21463-toda-a-obra-de-rembrandt-em-alta-resolucao-para-download-gratuito/?fbclid=IwAR13hMWvfS2vNXZ11SSj-kEj7oAST7fomibhJDDMP288GtH8LHW8XdFCxYo
    

    
    

    Lendas indígenas para crianças

    https://www.mexico.com/hecho-en-mexico/ninos-indigenas-chiapanecos-cuentan-sus-leyendas-con-cine-de-animacion/?fbclid=IwAR0UUmjRretCmYOHJwV0i5XIXWhY84VU8rWcvqYRvmxkGqqtxyPv4sqy_YU 

    
    

    Portal do Centro de Referência em Educação Integral

     https://educacaointegral.org.br/

    
    

    Além dessas sugestões há muitas outras possibilidades, como por exemplo o acervo da TV Escola, TV Univesp, acervo de cursos e aulas da USP e Spotfy entre outras opções. Portanto, busquem mais e não se limitem às sugestões que fiz.
    Bom trabalho!
    Prof. Sérgio Fonseca

    
    

  • 

    Macat Analysis Videos- Introductions to the World's Greatest Ideas URL
  • 

    Confira 13 dicas de animações para assistir junto com as crianças URL
  • 

    De Platão a Foucault: 136 curtas de animação para aprender tudo sobre filosofia, sociologia e política URL

• Entrega dos trabalhos
  • 

    Entrega dos trabalhos Pasta do Estudante

    Disponível se: Você faz parte de qualquer grupo