Programação
INTRODUÇÃO GERAL A DISCIPLINA DE ONCOLOGIA CLINICA
BREVE HISTÓRICO:
O câncer, apesar de ser recente sua ampla e difundida discussão e, mais recente ainda, a existência de uma disciplina dentro dos cursos Médicos para ensino desta enfermidade sob a óptica do especialista (oncologista), existem relatos do estudo desta doença por Hipócrates (460-370 a.C). Nesta época foi, por meio da observação clínica da disseminação e crescimento das tumorações que surge a denominação: CÂNCER, lembrando as "patas de um caranguejo", sendo chamada de "karkinoma" (denominação para caranguejo em grego).
Entretanto a primeira descrição médica do câncer de que se tem conhecimento data de 2500 a.C, atribuída ao sacerdote egípcio Imhotep, que identificou uma "massa protuberante na mama" a qual foi cauterizada com fogo.
Posteriormente Galeno (130-200 d.C) considerou o aumento da bílis negra como responsável pelo aparecimento do câncer de pele, conhecido como melanoma.
Já no século XVIII começam a estudar associações entre o câncer da bolsa escrotal mais frequente em "limpadores de chaminé". Por volta do século XIX Virchow ( médico alemão a quem é atribuído o início da patologia celular) caracterizou que os tumores tinham características especificas. Neste mesmo século com a melhora da assepsia e com o desenvolvimento da anestesia, houve importantes avanços na cirurgia como opção de tratamento.
No final do século XIX, o casal Marie e Pierre Curie descobriram a radiação, que posteriormente foi incorporada como um dos pilares importantes para o controle local do câncer.
Na segunda metade do século XX houve a introdução dos tratamentos sistêmicos com a quimioterapia e a hormonioterapia evoluindo na atualizada para uma "medicina personalizada", com grande aplicação da biologia molecular e imunoterapia.
SOBRE A DISCIPLINA DA ONCOLOGIA CLINICA:
Fizemos algumas alterações na GRADE DE DISTRIBUIÇÃO DAS AULAS E NO FORMATO DE ALGUMAS ATIVIDADES PRÁTICAS E APRESENTAÇÃO DE CASOS EMBASADOS NAS SUGESTÕES DAS OUTRAS TURMAS QUE ANTECEDERAM ESTA NESTE ANO DE 2017.
O aumento da incidência do câncer mundialmente justifica a postura de alguns escolas médicas a introduzirem o estudo desta doença na grade de formação geral do profissional medico.
O conteúdo a ser ministrado vem sendo amplamente discutido nas Sociedades Americana e Europeia de Oncologia e dentre os modelos apresentados um dos mais detalhados tem sido o adotado pelo grupo Australiano, CÂNCER COUNCIL AUSTRÁLIA, modelo este que utilizamos em parte para estruturar o conteúdo. desta disciplina.
Segundo dados do Reino Unido, aproximadamente 60% das emergências oncológicas ocorrem em pessoas que ainda NÃO FORAM DIAGNOSTICADAS com o CÂNCER; sendo fundamental o preparo do profissional de saúde para a realização deste diagnostico o mais precoce possível.
Outro dado bastante relevante é que 24% dos casos novos de CÂNCER do Reino Unido tem como 1a manifestação da doença UMA URGÊNCIA ONCOLÓGICA.
NESTE CENÁRIO, MAIS DO QUE UM DIFERENCIAL, É UMA NECESSIDADE PARA A BOA FORMAÇÃO MEDICA O APRENDIZADO DO MANEJO DO PACIENTE ONCOLÓGICO PELO NÃO ESPECIALISTA PARA O EXERCÍCIO DE UMA MEDICINA DE QUALIDADE!!!ROTEIROS DE ORIENTAÇÕES GERAIS
Neste tópico estão anexos tanto o Roteiro de Atividades quanto o arquivo contendo as Orientações sobre a Disciplina. Ambos serão entregues impressos no 1º dia de aula, entretanto também estão disponíveis caso tenham alguma dúvida.CANCER PRINCIPIOS GERAIS E NEUTROPENIA FEBRIL
Neste modulo devem ser assimilados os conhecimentos frente ao impacto do aumento da incidência, prevalência e em países ainda em desenvolvimento no segmento da saúde como o Brasil, também um aumento da mortalidade de pacientes com câncer. É importante como médico generalista saber fazer orientações básicas quanto algumas medidas preventivas e outras voltadas para o diagnóstico precoce para a população em geral, como medidas educacionais em saúde.
Neste modulo, dentre algumas das particularidades desta doença estão: a importância de um diagnóstico histopatológico, o estadiamento da doença; sem o qual não e possível planejar de forma adequada o tratamento oncológico e poder discutir com o paciente e familiares sobre prognóstico.
Apos analise das sugestões das turmas que passaram pela Disciplina agora em 2017, inclui neste 1o módulo também a aula de NEUTROPENIA FEBRIL, que seria ministrada no 3o modulo, para que este último modulo não fique com um conteúdo técnico muito denso.
O conteúdo envolverá:
1- Câncer: epidemiologia atual e suas implicações no planejamento de saúde.
2- Prevenção, rastreamento e risco familiar (leitura do material anexo)
3- Diagnóstico, estadio e avaliação de resposta ao tratamento.
4- NEUTROPENIA FEBRIL
Seguem anexos os textos para estudo e a aula didática dada em classe para orientar os tópicos importantes do tema.
NOTAS DAS AVALIAÇÕES
- NOTAS PROVA PARCIAL 1 Arquivo
- NOTAS PROVA FINAL Arquivo
- ****** NOTAS PARCIAIS E FINAL ArquivoDocumento PDF
AVALIAÇÃO PARCIAL - DISPONÍVEL DIAS 13 A 15 DE JUNHO
- PROVA PARCIAL – 4ª Subturma - Data: 13 a 15 de junho de 2017 Tarefa
A senhora M.S., de 53 anos após receber a confirmação do diagnóstico de um “câncer de reto” (adenocarcinoma de reto baixo com lesão a 4cm da borda anal) estádio III, foi indicado para ela tratamento com quimioterapia (Qt) e radioterapia (Rt) combinados, para posteriormente ser programado o tratamento cirúrgico.
Na 3ª semana do tratamento combinado ela veio no ambulatório do “fora de dia” informando estar sentindo-se muito enfraquecida, com dificuldade para se alimentar devido “aftas” que se espalharam pela sua boca; com vômitos principalmente pela manhã. Estes sintomas começaram há aproximadamente 4 dias e foram se intensificando. Não teve febre e refere que há 1 dia apresentou dor intensa ao evacuar com presença de muco nas fezes e a urina avermelhada, com coloração muito próxima a sangue. Negou disúria.
Durante a consulta a paciente, um pouco debilitada e com leve desidratação, solicita se não seria possível dar 1 mês de descanso para ela se recuperar e daí então retomar a parte do tratamento que está faltando.
Questão 1 – Considerando os sintomas referidos pela paciente durante a consulta, qual(is) diagnóstico(s) podem ser feitos neste momento e como explica-los para a paciente?
Questão 2 – Como deve ser conduzido o caso quanto ao manejo clínico e/ou medicamentoso para controlar cada um destes sintomas referidos?
Questão 3 – Quanto a solicitação da paciente para interromper o tratamento por 1 mês, quais os 2 conceitos da teoria que devem ser considerados para responder de forma correta a pergunta da paciente?