Programação

  • Orientações sobre o estágio

    Para formalizar as 30h de estágio previstas na disciplina de Didática e reunir as condições para ser avaliade na disciplina, será preciso definir a escola em que você as cumprirá; preencher a ficha com o detalhamento de suas atividades; e, por fim, realizar a "mesa de experiências". Seguem algumas informações importantes sobre essas etapas:

    1) Termo de Compromisso

    Para realizar o estágio em uma escola, é requerido um termo de compromisso, que pode ser encontrado aqui: http://www4.fe.usp.br/estagios/documentos/termo-ficha. Ele precisa ser preenchido por você e assinado por mim, docente de Didática, antes de você começar, de fato, o estágio.

    2) A Ficha de Estágio

    A ficha de estágio serve para você registrar o que foram suas 30h: você pode indicar o tempo que esteve na escola, o tempo que conversou com docentes e alunes, o tempo em que analisou projetos político-pedagógicos, o tempo usado para entrevistas, para acompanhar avaliações, aulas, preparação de aulas, enfim, tudo o que ocorrer durante o período que passar por lá. Ela, que pode ser encontrada em: http://www4.fe.usp.br/estagios/documentos/termo-ficha,  deve ser preenchida por inteiro e, depois de finalizado o curso, subida, junto com seu histórico escolar com a nota final da disciplina, na página de registro da FEUSP: http://www4.fe.usp.br/estagios/registro-da-ficha-de-estagio

    * Mais informações sobre a realização do estágio podem ser encontradas em: http://www4.fe.usp.br/wp-content/uploads/orientacoes-estagioscurriculares-1sem2022.pdf. Neste semestre, é importante lembrar, a prioridade deve ser para estágios presenciais.

    3) As mesas de experiência

    Georges Didi-Huberman, pensador francês, explicando, em "A gaia ciência inquieta", como os objetos dispostos sobre uma mesa, uma prancha ou uma lâmina convidam à construção de sentidos, escreve o seguinte para diferenciar esse procedimento da fixação de elementos em um quadro:

    O quadro consistiria na inscrição de uma obra que se pretende definitiva perante a história. A mesa mais não é do que o suporte de um trabalho que pode ser continuamente retomado, modificado, senão mesmo recomeçado. É apenas uma superfície de encontros e de disposições passageiras: nela se coloca e dela se tira, alternadamente, tudo quanto o seu "plano de trabalho", como é usual dizer-se, acolhe sem hierarquia. A unicidade do quadro dá lugar, numa mesa, à abertura contínua de novas possibilidades, novos encontros, novas multiplicidades, novas configurações. [...] É uma mesa onde se decide colocar, em conjunto, várias coisas díspares, cujas múltiplas "relações íntimas e secretas" se procura estabelecer, uma área que possua as suas próprias regras de disposição e de transformação para ligar várias coisas cujos vínculos não são evidentes. E para fazer desses vínculos, uma vez encontrados, os paradigmas de uma releitura do mundo.

    Inspirado nessa noção, o trabalho final da disciplina será a construção de uma "mesa" pessoal a ser apresentada em sala. Para tanto, algumas limitações: serão três os elementos a serem dispostos na mesa. O primeiro é a descrição de alguma cena de seu estágio, de algo que lhe tenha marcado durante as 30h — uma conversa, um pedaço de aula, algo percebido na sala dos professores, no pátio escolar, etc. O segundo elemento é um trecho da bibliografia, uma frase, um parágrafo, nada muito grande, mas algo que, depois de lido, tenha ressoado, tenha voltado, algo que, em outras palavras, você poderia até mesmo ter decorado de tanto que ficou, que permaneceu. Por fim, o último elemento é algo que, hoje, já lhe seja marcante: um filme, um livro, uma hq, uma música, uma peça, uma série, inteiros ou não, uma vivência particular. Nos dias destinados aos trabalhos, ao fim do curso, você deverá apresentar sua mesa para a turma (pode ser por meio de um texto curto, por meio de um vídeo, de uma apresentação em ppt, fica a seu critério), contando para a gente quais os vínculos que os três elementos escolhidos têm para você e como esses vínculos constroem, a seu ver, um novo paradigma de leitura de seu próprio fazer docente.