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Desde a síntese evolutiva moderna e, sobretudo, a partir dos anos 1960, a biologia tem interagido cada vez mais com as humanidades e vice-versa. Não se trata propriamente de uma novidade. De Comte a Luhmann, passando por Spencer e Parsons, a sociologia sempre manteve diálogo com a biologia. O mesmo vale para a antropologia: basta pensar em Kroeber, White, o primeiro Sahlins, Gehlen e Ingold. A filosofia da linguagem está fortemente influenciada pela biolinguística de Chomsky. E a economia renovou o flerte com a biologia, timidamente, como em Williamson e North, ou ostensivamente, como em Nelson & Winter ou Hodgson. O objetivo do curso, portanto, é familiarizar o estudante com as abordagens mais recentes desta relação nem sempre harmoniosa entre biologia e humanidades, dando condições para que se forme um juízo crítico dos desdobramentos atuais.
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