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    PROGRAMA: LÍNGUA GREGA IV

     

     

    OBJETIVOS PRINCIPAIS

     

    Fixação de estruturas gramaticais e de vocabulário; introdução a formas linguísticas e vocabulário típico da prosa ática dos séculos V-IV a.C. Espera-se que o aluno aperfeiçoe sua habilidade de utilizar dicionários e gramáticas.

     

    METODOLOGIA

     

    Leitura, em sala de aula, do diálogo platônico Íon, que trata da inspiração poética e, consequentemente, da técnica e do conhecimento do rapsodo (a atividade do interlocutor de Sócrates no diálogo) na edição Murray (Oxford U.P.), fornecida via moodle. O número médio de linhas por aula tende a ser, nas primeiras semanas de curso, de 7 a 12 linhas de texto corrido, sem separações entre os interlocutores. Assim, o texto da 1ª aula, colocado no moodle, terá entre 4 e 5 linhas de texto corrido. Recomenda-se ao aluno que faltar que sempre verifique até onde o texto foi lido.

    O aluno já deve ter introjetado as principais estruturas gramaticais, no que diz respeito à morfologia e à sintaxe, vistas em grego I a III. Um dos objetivos do curso é possibilitar que o aluno aprenda a usar gramáticas para investigar estruturas que não conhece ou conhece de forma deficiente. O mesmo vale mutatis mutandis para dicionários.

    Para traduzir, o aluno deve tentar usar apenas dicionários e gramáticas, e jamais ferramentas que fazem a análise morfológica. Quanto mais amplo o vocabulário memorizado, melhor. Isso também vale para as principais formas dos verbos (não regulares). O mais importante é quão bem você prepara um trecho para a aula, não o tamanho desse trecho. Por isso, se o seu tempo for curto, é aconselhável que você faça somente 10 linhas (ou até um pouco menos), mas usando apenas as ferramentas mencionadas.

    A alma de uma frase são os verbos, portanto tudo depende de uma correta identificação de sua morfologia e a compreensão de sua sintaxe e semântica. O ponto de partida, porém, é sempre a estrutura geral da oração. Para a análise inicial, é necessário o aluno ter introjetado os paradigmas verbais e nomimais, bem como conjunções e, cada vez mais, partículas. Uma vez reconhecidas as formas verbais, você precisa se lembrar dos usos sintáticos, e nesse momento entram em cena a estrutura da frase e, portanto, as palavras que interagem diretamente com o verbo. Muito importante para isso é a identificação dos complementos mais comuns com cada verbo, ou seja, memorizar grupos de verbo que recebem o mesmo tipo de complemento (cf. gramáticas). Bons dicionários, nesse caso, são fundamentais para checar os complementos verbais. Os mais completos são o Montanari e o LSJ grande (ou médio).

    Se você tiver tempo, após fazer uma tradução de toda a passagem, releia-a e pense se você produziu um texto a) inteligível e b) elegante. Se a) não é verdadeiro, é provável que você não tenha entendido o texto grego; se b) não é verdadeiro, modifique a tradução sem alterar o sentido – em geral isso significa afastar-se de uma tradução excessivamente ‘literal’.

    Revisar a tradução após a aula é muito útil para a aprendizagem.

    Se quiser, pode usar o comentário do Íon (Rijksbaron) citado na bibliografia. Use-o somente depois de tentar, sozinho, ler a frase. Recomenda-se a leitura desse comentário sobretudo para a compreensão do uso das partículas.

    Eventualmente vou usar o comentário para defender uma opção textual diferente daquela de Murray, mas, no geral, há pouca divergência textual relevante nos textos platônicos.

    Vou colocar um resumo de todas as aulas no moodle, composto por uma discussão abreviada dos principais problemas, indicação de bibliografia pertinente, sobretudo a relativa a estruturas gramaticais menos usuais, eventuais resumos de estruturas gramaticas e uma tradução do trecho.

    IMPORTANTE: algumas aulas (01/08; 04/11; 18/11) não serão na sala de aula, e todos receberão presença:

    01/08: pede-se que o aluno leia o programa e se familiarize com a bibliografia. Além disso, se pede que compareçam à conferência do Prof. Michelakis (10h, sala 266), que tem o seguinte título: "Temporalities of the plague in Homer, Sophocles and Thucydides" (mais detalhes aqui: e a forma de análise do texto grego por meio de algumas linhas do início do diálogo;

    04/11: colocarei minha tradução de um trecho no moodle, com comentários gramaticais; o aluno deve compará-la com sua tradução e, se tiver dúvidas, enviar um email para mim. A resposta às dúvidas será postada no moodle, pois a dúvida de um pode ser útil para todos. Recomenda-se que o aluno só consulte a ‘aula’ no moodle após realizar sua própria tradução do trecho. Além disso, no horário da aula, estarei no prédio da Letras para uma atividade acadêmica sobre a democracia em Atenas a ser divulgada oportunamente.

    18/11: fórum social do moodle servirá para o aluno tirar suas dúvidas, preparando-se para a prova: o aluno coloca dúvidas, instaurando conversa com os colegas e o professor responde via moodle. Uma sugestão é o aluno revisar a tradução para buscar dúvidas. Mais detalhes sobre o funcionamento desta aula virtual serão fornecidos em novembro.

     

    AVALIAÇÃO

     

    Duas provas (30/09; 25/11); uma prova substitutiva (02/12); uma prova de recuperação (09/12).

    Todas as provas, incluindo a recuperação, conterão um texto desconhecido de Platão de até 4 linhas corridas (tradução: 70% da nota; análise morfo-sintática: 30%). O aluno só poderá usar dicionários de língua grega e de língua estrangeira para realizar a prova.

    Prova substitutiva: substitui a prova obrigatória não realizada. Para realizá-la, o aluno precisa apresentar BO ou atestado de hospital público por email impreterivelmente até o dia 27/11, 18h.

     

     

    BIBLIOGRAFIA

     

    DICIONÁRIOS

     

    Se for comprar um dicionário, espere por este: https://www.classics.cam.ac.uk/research/projects/glp. Até lá, você tem estas opções:

     

    LSJ (Liddel-Scott): on-line (em várias plataformas; uma delas): http://stephanus.tlg.uci.edu/lsj/#eid=1&context=lsj [é necessário se registrar, mas é gratuito]. Liddel intermediário (tende a ser suficiente para a maior parte dos textos lidos na graduação): https://www.amazon.com/Intermediate-Greek-English-Lexicon-Founded-Seventh/dp/1849025959

     

    Montanari: http://dizionari.loescher.it/scheda/montanari. Traduzido para o inglês: https://brill.com/view/title/17336

     

    Grego-português: 5 volumes: https://www.atelie.com.br/livro/dicionario-grego-portugues-vol-1/

     

    GRAMÁTICAS

     

    BOAS, E. v. E.; RIJKSBARON, A.; HUITINK, L.; BAKKER, M. de. The Cambridge grammar of classical greek. Cambridge: Cambridge University Press, 2019. Se você adquirir uma gramática, adquira esta.

    RIJKSBARON, A. The and semantics of the verb in classical Greek. 3a. ed. Chicago-London: Chicago University Press, 2007.

    SMYTH, H. W. Greek Grammar. Cambridge, Mass.: Harvard University Press, 1956.

     

    Outros:

    RIJKSBARON, A. Plato: Ion. Or: on the Iliad. Edited with introduction and commentary. Amsterdam Studies in Classical Philology 14. Amsterdam: Brill, 2007. Use com moderação: muita discussão não interessa a seu nível de grego.

    DENNISTON, J. D. The Greek particles. 2ª ed. Oxford: Clarendon, 1954.

     


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