Topic outline

  • O significado ambiental da agricultura na história

    Na escala de tempo histórica, e ao largo do planeta, a substituição da vegetação florestal por agricultura resultou na criação de desertos ou savanas, com produtividade de biomassa bastante inferior à da floresta original. Sob climas mais secos, o deserto foi o destino, enquanto em condições de maior pluviosidade, resultou a savana. A principal razão do decaimento dos terrenos agrícolas reside no fato de as principais culturas agrícolas serem plantas anuais de ciclo curto. 

    Como referências para essa aula, ver:

    Mazoyer & Roudart, História das agriculturas no mundo. 2008. Disponível em pdf. Traça um histórico da agricultura em terrenos não-inundados do neolítico ao presente

    Dorst, Jean. Antes que a natureza morra. 1973. Traz um panorama geral dos impactos da atividade humana sobre o meio ambiente. Livro antigo, mas que continua como referência pela sua abrangência. Em português, foi editado pela EDUSP.

    Perlin, John. A Forest Journey. 2005. Clássico sobre a relação entre o homem e as florestas. Descreve a ascensão de civilizações ancorada em suas florestas, e a destruição dessas florestas e colapso subsequente. Farta documentação histórica. 

    Diamond, Jared. Colapso. 2010. Discorre sobre a relação entre populações humanas e os recursos naturais,  focalizando os numerosos casos de insucesso e também alguns de sucesso de sucesso. Leitura obrigatória para os interessados na relação humanidade/ambiente.




  • História da alimentação no Brasil

    Nesse aula, discutiremos um texto focando a evolução da alimentação no Brasil, sob influência das condições ambientais e sócio-culturais. Parte do texto foi publicada como artigo na revista Agrária, da Geografia, USP, e parte está em preparação para um segundo artigo. Optei por disponibilizar o texto inicial integral, que no meu entender estava mais fluido, ainda que com pequenos erros na redação. Creio que o texto lhes será agradável.

  • Capacidade de Suporte e Pegada Ecológica

    Uma das questões centrais do século XX é o abastecimento de alimentos para uma população humana crescente. No século XXI, agregou-se a esse desafio a mudança de hábitos de consumo de uma parcela crescente da humanidade, particularmente com o aumento de consumo de produtos de origem animal na China e na Índia. É nesse quadro geral que os profissionais da área agrícola terão de atuar. Para construir mentalmente esse quadro, discutiremos no próximo encontro o texto de William Rees, "Revisiting the carrying capacity concept". Esse texto, produzido na virada do século, fez o lançamento do conceito de pegada ecológica, central nas discussões sobre produção e consumo. 


  • Produção orgânica e abastecimento global

    No encontro anterior, focalizamos o conceito de Pegada Ecológica.

    Nesse encontro dessa semana, discutiremos um artigo de Bradgley e Perfecto em que as autoras simulam o abastecimento global de alimentos por meio de modelos se simulação. É uma simulação difícil, que elas decidiram enfrentar. Encontra-se na internet grande número de comentários sobre esse texto. Mas vamos ao texto!

  • A legislação florestal e a proteção de florestas no Brasil

    Nesse encontro, trataremos de um dos mais cruciais aspectos da preservação de florestas no Brasil: a legislação. 

    Para isso, utilizaremos como base da discussão a tese de doutorado de Carlos Castro, "Gestão florestal no Brasil colônia". Mas todo estudo de caso sempre traz consigo a pergunta de em que medida os fatores aí envolvidos ocorrem em outras situações. Para testar isso, incluímos outra leitura, "A republica de Veneza", um capítulo do livro "A forest journey: the story of wood and civilization", de John Perlin. Esse texto focaliza a gestão de florestas pelo governo da República de Veneza, durante o final da Idade Média e início da Moderna. Boa leitura.

  • O controle de plantas invasoras na perspectiva agroecológica

    As plantas espontâneas (mato, inço, invasoras, daninhas etc) são um dos maiores desafios da produção agrícola. A Natureza tem aversão ao vazio biológico, de modo que sempre há organismos tentando colonizar áreas que apresentam condições adequadas às suas necessidades. Nesse tópico, abordaremos o controle das plantas que espontaneamente colonizam área sob cultivo, na perspectiva da agroecologia. Dois textos foram selecionados para leitura: "Weed life history, identifying vunerabilities", de Charles Mohler, e "Manejo de plantas invasoras na perspectiva da agroecologia", de Khatounian e Penha. Ambos são capítulos de livros, a apresentar em sala. O primeiro oferece a perspectiva geral focalizando na biologia da cada espécie espontânea os pontos do seu ciclo de vida no qual o controle pode ser mais eficiente. O segundo focaliza essas plantas numa perspectiva com escala de tempo histórica, e escala espacial de talhão de produção. Ao examinar os textos, dedique especial atenção a contrastar os métodos de controle predominantes na agricultura moderna e deixe livre sua imaginação para possíveis alternativas que as leituras lhe inspirarem. 

  • A formação da agricultura moderna: tecnologia e preços agrícolas

    A agricultura moderna, caracterizada pelas tecnologias alicerçadas na química, na mecânica e mais recentemente nas engenharia genética, possibilitou um grande incremento no rendimento físico das lavouras e no rendimento do trabalho humano, mas também teve reflexos sobre os preços agrícolas e a resiliência econômica dos sistemas agrícolas. O texto de Mazoyer e Roudart trata exatamente disso, e suas conclusões, em larga medida, contrariam a ideia de que a tecnologia tem aumentado a  lucratividade da produção agrícola.

    Assim, para a nossa próxima aula discutiremos esse assunto, tendo como referência o capítulo 10 (pag 419) do texto de Mazoyer. É uma leitura diferente, baseada em muitos gráficos e mais para a área de economia agrícola. O diferencial desse texto é a escala de tempo da análise econômica, que abrange vária décadas, enquanto a maioria das análises econômicas não vai além de alguns anos. Destaque um pouco mais de tempo para essa leitura, porque, embora em português, o texto é longo. Bom divertimento!



  • Domesticação de plantas e animais, origem da agricultura

  • Qualidade de alimentos orgânicos x convencionais

    Um dos grandes debates atuais é como os métodos de produção de alimentos interferem na sua qualidade. Os proponentes da agricultura orgânica sustentam que a qualidade dos alimentos orgânicos é superior à dos convencionais, apelo esse que, em certa medida, justifica seu preço mais elevado no mercado. Por sua vez, os setores envolvidos na produção convencional defendem, por motivos igualmente fundados no mercado, sustentam que não há diferenças de qualidade entre esses dois tipos de alimentos. Naturalmente, esse debate pode ter consequências de longo alcance, o que justifica o envolvimento, de um lado, de governos e grandes empresas do complexo agro-industrial (em regara, sustentando que não há diferenças) e  de organizações associadas à produção orgânica (pregando que há diferenças). 

    Nessa aula, discutiremos um artigo de Baranski et al. (2015) , que é a última grande revisão publicada focando essa questão. Além desse texto, convém consultar os endereços abaixo.


    http://www.ncl.ac.uk/press/news/2015/10/organicvsnon-organicfood/

    http://research.ncl.ac.uk/nefg/QOF/page.php?page=1 (examinar os items crops, milk and dairy , and meat)


    Boa leitura!


  • Transgênicos na agricultura

    Trata-se de uma temática muito atual, na qual tem estado em polos contrários, de um lado,  a indústria de transgênicos/pesticidas/sementes e parte da comunidade científica, e, do outro lado, organizações da sociedade civil, dando voz a opinião pública mundial e outra parte da comunidade científica. Para efeito de nosso curso, importa discutir plantas cultivadas transgênicas, excluindo-se os transgênicos medicamentosos porque esses estão inseridos num contexto muito diferente. 

    Por ser um tema em que há sensível polarização, gostaria de que vocês visitassem os sites do Conselho de Informações sobre Biotecnologia, mantido pelo setor pró-transgênicos, o site do Instituto de Defesa do Consumidor ou Greenpeace, que são contrários aos transgênicos agrícolas. Gostaria de que enumerassem, a partir dessa pesquisa, argumentos contrários e favoráveis aos transgênicos, num mínimo de quatro de cada lado, mas quanto mais, melhor.

    Uma referência interessante contra os transgênicos é o texto Seeds of Deception, de Jeffrey Smith, produzido no meio oeste americano, berço das tecnologias de uma das principais companhias de transgênicos, a Monsanto. Está disponível como pdf.

    Entrem na página abaixo e reflitam sobre o que verão.

    http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0278691512005637

    Abraço!



    Na próxima aula, farei uma exposição do histórico dos transgênicos na agricultura, de modo a situar a discussão no contexto tecnológico e sócio-econômico em que eles surgem e são incluídos na pauta da produção e do consumo. Gostaria de que vocês estudassem o assunto     



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