Gestão de Recursos Florestais (2017)

Três artesãos – João, Mário e Paulo – capacitam jovens de uma comunidade carente em três ofícios: Cerâmica, Marcenaria e Tecelagem. Cada artesão domina com maestria os três ofícios. O tempo dedicado mensalmente pelo João, Mário e Paulo ao projeto varia, e não pode superar as 530, 800 e 400 horas, respectivamente. Dependendo do ofício, os três cobram o mesmo valor por hora lecionada: R 100/h de aula de cerâmica, R 75/h de aula de marcenaria e R 25/h de aula de tecelagem. Mensalmente, a comunidade deseja oferecer pelo menos 600 horas de aula em oficinas de Cerâmica, 400 horas em oficinas de Marcenaria, e 200 horas em oficinas de Tecelagem. O governo do estado paga o salário dos artesãos, mas a comunidade deve arcar com o custo do material consumido durante as aulas, que não é cobrado dos alunos. Esse material custa em média à comunidade R 21,50 por hora de aula em Cerâmica, R 51,50 por hora de aula em Marcenaria e R 11,50 por hora de aula em Tecelagem. A comunidade tem em caixa no máximo R 18000, R 24000 e R 8000 para custear mensalmente o material consumido nos cursos de Cerâmica, Marcenaria e Tecelagem, respectivamente.

• Procure a alocação de horas entre os três artesãos que resulta no menor custo de contratação desses profissionais, de tal forma que, tomando como base o tempo máximo disponível de cada um, os três ofereçam mensalmente a mesma proporção de aulas (Qual é o valor dessa proporção e quantas horas de aula cada um oferecerá?).
• Procure a alocação de horas entre os três artesãos que resulta no menor custo de contratação desses profissionais, de tal forma que os três ofereçam mensalmente exatamente o mesmo número de horas de aula (Qual o total de horas de cada artesão, e que proporção do seu tempo disponível isso representa?).

Esta aula recolhe conhecimentos que serão compartilhados e reorganizados para redigir um texto que justifique o nosso envolvimento com o projeto do estado de São Paulo que busca viabilizar o uso econômico da reserva legal no estado.

Buscaremos respostas para quatro perguntas norteadoras. A discussão dessas quatro questões seguirá o formato "World Café" de trabalho.  Assim, aproveitaremos a aula para conhecermos uma técnica de construção coletiva de conteúdos, que promove o aprendizado e o compartilhamento de ideias e opiniões.

Quatro perguntas, organizadas em quatro mesas, cada uma coordenada por um facilitador, nortearão o diálogo. Cada aluno será convidado no início a sentar-se numa das quatro mesas, na qual ficará por um certo tempo discutindo a respectiva questão. Decorrido o tempo limite, os membros de cada mesa deverão escolher uma nova mesa qualquer, na qual ficarão por um certo tempo novamente discutindo a nova questão da respectiva mesa escolhida.  Esse processo se repetirá até que cada participante tenha passado pelas quatro mesas e, consequentemente, participado da discussão das quatro perguntas. Somente aos facilitadores caberá a tarefa de permanecerem na mesma mesa, registrando as opiniões e comentários de todos que nela se sentaram.

É esperado nessa dinâmica que todos:

• se concentrem no que importa

• contribuam com seus pensamentos e experiências, compartilhando idéias

• falem do coração, participando de corpo e alma

• ouçam para entender

• liguem e conectem idéias

• ouçam junto com o grupo, buscando insights sobre os temas e questões relevantes

• divirtam-se, rabisquem, desenhem e se expressem.

As quatro perguntas aue nortearão o trabalho são:

1. O uso do solo em propriedades rurais no Brasil está sujeito a quais limitações?
2. Como a sociedade brasileira impôs essas limitações?
3. Apesar do uso do solo em propriedades rurais ser regulado por lei, a adesão a essas normas não acontece como seria de se esperar. Quais são as causas disso?
4. Quais estratégias fariam os proprietários rurais aderirem às leis que regulam o uso do solo nas suas propriedades?

As seguintes referências poderão ajudar na discussão:

• Guia para a aplicação da nova lei florestal em imóveis rurais, de Maria José Zakia & Luís Fernando Guedes Pinto (IPEF, Piracicaba. 37 p.)
• O novo Código Florestal para os pequenos proprietários rurais, de Mayra Flores Tavares & Flávio Bertin Gandara (IPEF, Piracicaba.  59 p.)
• Maneiras de recuperar a mata nativa, de Mayra Flores Tavares & Flávio Bertin Gandara (IPEF, Piracicaba.  39 p.)