Programação

  • MORFOLOGIA DO PORTUGUÊS (FLC 0276) - Prof. Mário Viaro


    Docente responsável:  Prof. Dr. Mário Eduardo Viaro

    E-mails para dúvidas: maeviaro@usp.br (não enviar trabalhos para este e-mail)

     

    Encontros presenciais:
                                  quarta-feira     das 08h00 às 10h00 (turma 2023202)  - sala 110 Ciências Sociais
                                  quarta-feira      das 10h00 às 12h00 (turma 2023204) - sala 110 Ciências Sociais

    Plantão de dúvidas (a combinar): https://meet.google.com/cbo-wvbj-ujx

    PROGRAMAÇÃO
    Conforme https://uspdigital.usp.br/jupiterweb/jupCalendario2023.jsp?codmnu=6863:

    09/08/23: (primeira aula): Morfossintaxe comparada.
    16/08/23: (segunda aula): Morfofonologia.
    23/08/23: (terceira aula): Morfologia stricto sensu.
    30/08/23: (quarta aula):  A classe dos substantivos;
    06/09/23: Semana da Pátria - não há aula
    13/09/23: (quinta aula): Categoria nominal de gênero;
    20/09/23 - 25/10/23: Greve
    01/11/23: Flexão nominal: gênero, número;
    08/11/23: Flexão verbal: pessoa, modo-tempo, número-pessoa ;
    15/11/23: Proclamação da República - não há aula 
    29/11/23: Particípios, derivação sufixal;
    06/12/23: Advérbios, preposições e prefixos;
    13/12/23: Conjunções;
    20/12/23: Interjeições;

    BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

    ALVES, Ieda Maria. Neologismo: criação lexical. Rio de Janeiro: Ática, 1990.
    BASÍLIO, Margarida. Teoria lexical. São Paulo: Ática, 1987.
    CÂMARA Jr., Joaquim Mattoso. Estrutura da língua portuguesa. Petrópolis: Vozes, 1970.
    ______. Princípios de linguística geral. Rio de Janeiro: Acadêmica, 1973.
    CAVALIERE, Ricardo. Fonologia e morfologia na gramática científica brasileira. Niterói: EDUFF, 2000;.
    GONÇALVES, Carlos A. Iniciação aos estudos morfológicos: flexão e derivação em português. São Paulo: Contexto, 2011.
    HECKLER, E.; BACK, S.& MASSING, E. Dicionário morfológico da língua portuguesa. São Leopoldo: Unisinos, 1984, 5v.
    _________. Estrutura das palavras. São Leopoldo: Unisinos, 1994.
    KEHDI, Valter. Morfemas do português. São Paulo: Ática, 2001.
    MONTEIRO, José Lemos. Morfologia portuguesa. Campinas: Pontes, 2002.
    RIO-TORTO, Graça Maria. Morfologia derivacional: teoria e aplicação ao português. Porto: Porto Ed, 1998.
    _________. Nomes e verbos em português. Porto: Almedina, 2004.
    ROCHA, Luiz Carlos de Assis. Estruturas morfológicas do português. Belo Horizonte: UFMG, 1998.
    SAID ALI, Manoel. Gramática histórica da língua portuguesa. São Paulo: Melhoramentos/ UnB, 2001.
    SANDMANN, Antônio José. Morfologia geral. São Paulo: Contexto, 1991.
    VIARO, Mário E. Por trás das palavras: manual de etimologia do português. São Paulo: Globo, 2004.
    __________. Etimologia. São Paulo: Contexto, 2011.
    VILLALVA, Alina. Estruturas morfológicas: unidades e hierarquias nas palavras do português. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2000.

    AVALIAÇÃO:


    - Um trabalho em grupo (segmentação e análise), valendo 7,0 pontos (detalhes abaixo).

    - Dois fichamentos, valendo, ao todo, 3,0 pontos (detalhes abaixo).

    Declarar a frequência ao lado do seu nome e do número USP.

    Data máxima de entrega do trabalho e dos fichamentos: 10/12/2023 exclusivamente para o e-mail viaro.morfologia@gmail.com 

    Peço a gentileza de não enviar o trabalho para o meu e-mail institucional nem para quaisquer outros e-mails meus, nem mesmo como cópia.

  • TEXTO PARA PRIMEIRO FICHAMENTO


    • SAPIR, Edward. A linguagem: introdução ao estudo da fala. Trad. Joaquim Mattoso Câmara Jr. Rio de Janeiro, MEC/INL, 1964. Capítulos 4 (A forma na linguagem: os processos gramaticais), 5 (A forma na linguagem: os conceitos gramaticais) e 6 (Os tipos de estrutura linguística), p. 65-147

      Tarefa individual, valendo 2,0 pontos na média.

      Texto a ser fichado em formato escolhido pelo aluno exceto somente citações da obra.
      Formato: PDF
      Recomenda-se a leitura atenta do texto, juntamente com o resumo e a interpretação sucinta das passagens relevantes.
      Extensão: no máximo 5 páginas.

      Data máxima de entrega: 10/12/2023 exclusivamente para o e-mail viaro.morfologia@gmail.com

      Peço a gentileza de não enviar o trabalho para o meu e-mail institucional nem para quaisquer outros e-mails meus, nem mesmo na forma de cópia.
  • TEXTO PARA SEGUNDO FICHAMENTO


    • ROSA, Maria C. Introdução à Morfologia. São Paulo: Contexto, 2000. Capítulo 7 (Classes de palavras, tipos de significado e questões relacionadas), p. 91-114


      Tarefa individual, valendo 1,0 ponto na média.

      Texto a ser fichado em formato escolhido pelo aluno exceto somente citações da obra.

      Formato: PDF

      Recomenda-se a leitura atenta do texto, juntamente com o resumo e a interpretação sucinta das passagens relevantes.

      Extensão: no máximo 2 páginas.

      Data máxima de entrega: 10/12/2023 exclusivamente para o e-mail viaro.morfologia@gmail.com 

      Peço a gentileza de não enviar o trabalho para o meu e-mail institucional nem para quaisquer outros e-mails meus, nem mesmo na forma de cópia.



  • TRABALHO EM GRUPO


    • O número máximo de integrantes do grupo será três (03), no entanto, o trabalho poderá ser feito individualmente, se o/a estudante assim quiser. Valerá 7,0 pontos na média. 

      QUESTÕES:

      1      (5 PONTOS) Selecione uma estrofe de quatro versos de um poema qualquer, de, no mínimo doze versos, e segmente todos os seus possíveis elementos morfológicos, valendo-se de um ponto de vista sincrônico. Marque os índices (de gênero e de conjugação verbal) com dois-pontos e os morfemas com hifens. Por exemplo:

      Quando ven-s para mim, abr:i-ndo o-s braç-o-s

      N-um-a car-íci:a lângu-id-a e quebr:a-d-a,

      Sint-o o esplend-or de cant:o-s de alv-or-ad:a

      N-a am-or-os-a frem:ê-nci:a d-o-s teu-s pass:o-s

      (Cruz e Sousa, Êxtase)

       Justifique suas segmentações mais difíceis e polêmicas com argumentos. Por exemplo:

      ·         “segmentou-se car-íci:a como tendo um índice de feminino e um sufixo derivacional, depreensível por meio da comparação com outros substantivos (por exemplo, car-inh:o), o que evidencia a existência de um radical car- comum a esses dois itens lexicais”;

      ·         “foi segmentado o morfema -id- em lângu-id-a, pois existe a palavra lang-or, comprovando, assim, a existência, em ambos os itens lexicais, de um radical lang-”;

      ·         “segmentamos braç-o e não braç:o, mas, por um lado, a oposição entre braç-o e braç-a revelaria que o radical braç- tem uma intersecção semântica comum nos dois itens lexicais,  por outro, essa oposição resultante tem referência indefinida, pois o radical não se refere a seres sexuados. Ao mesmo tempo, não se trata apenas de um índice, como ocorreria em pass:o-s ≠ pass:a-s (em que não há um radical comum, mas dois radicais homófonos)”.

       

      2        (2 PONTOS) Responda às questões abaixo. Exemplifique sua argumentação:

      (a)  É possível falarmos de morfemas sem significado, da mesma forma que se defende a necessidade de morfemas-zero, sem significante?

      (b)  Há algo que sustenta a chamada "visão de uma língua particular" nos paradigmas morfológicos, nas categorias morfológicas ou na informação morfológica de itens linguísticos específicos? Justifique sua resposta e exemplifique.

       

      3        (3 PONTOS) Na bibliografia sobre Morfologia, o posicionamento teórico dos autores afeta a prática da segmentação dos morfemas. Por exemplo, o prefixo con- é facilmente destacável em con-viv:e-r, mas é menos reconhecível em con+v:i-r, con+venc:e-r, con+vers:a-r, a não ser que o pesquisador se valha de informações diacrônicas (o símbolo + marcaria, nesses exemplos, uma segmentação somente possível do ponto de vista diacrônico). O caso de con+v:i-r levanta, porém, um problema adicional: é possível, na sincronia atual, observar que se trata de uma composição do verbo v:i-r (vem / convém, vieram / convieram, venha / convenha, vinha / convinha, vier / convier). Um falante nativo, contudo, sem informação histórica, não consegue atribuir um significado ao prefixo con- segmentável nesses casos. Com base em problemas desse tipo, responda:

      (a)  Diacronia e sincronia se complementam teoricamente, no entanto, a sincronia é sabidamente o único caminho para modelos que busquem reconstruir o percurso cognitivo dos falantes durante a comunicação. Desse modo, qual seria o papel do estudo diacrônico, por exemplo, no reconhecimento de morfemas derivacionais, como o do prefixo acima citado?

      (b)  Qual o papel da produtividade (isto é, capacidade de geração de novas palavras) no reconhecimento de um morfema derivacional?

      (c)  Podemos abstrair um único significado  para um prefixo (por exemplo, o morfema con- acima) ou de vários significados? Procure no mínimo 10 palavras muito diferentes com um prefixo qualquer, escolhido na seguinte lista: a(d)-, a(b)(s)-, ante-, cis-, con-, contra-, de-, des-, dis-, en-, entre-, es-, ex-, extra-, inter-, intra-, o(bs)-, per-, pre-, pro-, sobre, super-, re-, retro-, sob-, sub-, trans-, ultra-. Como seriam agrupados os paradigmas semânticos dos itens lexicais que contêm o prefixo escolhido? Em que medida, o prefixo é responsável por esses paradigmas?

      Obs. consultem, por favor, o Dicionário Morfológico da Língua Portuguesa, de Heckler & al. (exemplares na Biblioteca Florestan Fernandes). Para informações diacrônicas, utilizem preferentemente o dicionário Houaiss, o dicionário etimológico de A. G. Cunha ou o de José Pedro Machado.


      Data máxima de entrega: 10/12/2023 exclusivamente para o e-mail viaro.morfologia@gmail.com 

      Peço a gentileza de não enviar o trabalho para o meu e-mail institucional nem para quaisquer outros e-mails meus, nem mesmo na forma de cópia.

  • PRIMEIRA AULA: MORFOSSINTAXE COMPARADA

    • - O fenômeno da concordância
      - Introdução às categorias morfológicas de gênero, número
      - Linguística Comparativa: análise da tradução uma oração em várias línguas:
          • português
          • latim
          • romeno
          • inglês
          • dinamarquês
          • alemão
          • islandês
          • turco
          • húngaro
          • árabe clássico
          • japonês
          • mandarim
  • SEGUNDA AULA: MORFOFONOLOGIA

  • TERCEIRA AULA: MORFOLOGIA STRICTO SENSU

  • QUARTA AULA - O SUBSTANTIVO

    • - Classes de palavras como paradigmas morfossintáticos.
      - A classe dos substantivos.
      - Função substantiva.
      - Paradigmas semânticos dos substantivos (concreto x abstrato)
      - Itens lexicais sem conteúdo referencial
      - Problemas semânticos (denotação x conotação; polissemia x homonímia).
      - Itens lexicais especiais: verbete (objeto de estudo da Lexicografia), termo (objeto de estudo da Terminologia).
  • QUINTA AULA: A FLEXÃO NOMINAL DE GÊNERO - A CLASSE DOS ADJETIVOS

    • - Classe dos adjetivos
      - A translação de Tesnière (1959)
      - Locução
      - Flexão
      - A categoria morfológica de gênero
      - Índices de gênero
      - Neologia e Estilística
  • SEXTA AULA: A FLEXÃO NOMINAL DE NÚMERO - A DERIVAÇÃO

    • - A segmentação e os morfemas sem sentido;
      - A derivação 
      - A flexão nominal de número
      - Alomorfia do plural
      - Pluralidade referencial
  • SÉTIMA AULA: PARTICÍPIOS

    • - Particípio: flexão, derivação ou classe morfológica
      - Derivação departicipial
      - Estruturas participiais
      - Verbos abundantes
      - Perspectiva diacrônica
      - Raiz e radical
  • OITAVA AULA: DÊIXIS

    • - Dêixis (artigos, pronomes, advérbios)
      - Categoria de pessoa
      - Pronomes pessoais
      - Categoria de caso
      - Pronomes demonstrativos
      - Pronomes possessivos
      - Advérbios de lugar
      - A não-pessoa
  • NONA AULA: DEFINITUDE E EXPRESSIVIDADE

    • - Conservação e inovação nas (sub)classes morfológicas: a expressividade
      - Pronomes indefinidos herdados
      - Pronomes indefinidos abandonados
      - Novos pronomes indefinidos
      - Gramaticalização
  • DÉCIMA AULA: VERBOS

    • - Estrutura verbal
      - Mudança estrutural do sistema verbal
      - Radicais
      - Vogais temáticas
      - Morfemas de modo-tempo
      - Morfemas de número-pessoa
      - O problema da irregularidade em Morfologia
  • EXERCÍCIOS DE SEGMENTAÇÃO

    • Exercício de segmentação

      Segmente morfologicamente as seguintes palavras (e justifique sua segmentação
      1. Acalmar
      2. Apodrecer
      3. Atribuiu
      4. Autodidatas
      5. Autopista
      6. Avoado
      7. Bicharada
      8. Bioturismo
      9. Cafezal
      10. Comiserar
      11. Conferir
      12. Confiar
      13. Contrário
      14. Desabotoar
      15. Descoordenadamente
      16. Desmoralizado
      17. Dispensar
      18. Emoldurava
      19. Encaparam
      20. Enfraquecer
      21. Éramos
      22. Flutuação
      23. Fogaréu
      24. Infanticídio
      25. Instância
      26. Livrinho
      27. Livros
      28. Malicioso
      29. Manguezal
      30. Ocultismo
      31. Pensávamos
      32. Permitir
      33. Reapareceríamos
      34. Reaproveitamento
      35. Receber
      36. Reduzir
      37. Reembolsando
      38. Relêssemos
      39. Seduzir
      40. Serralheiro
      41. Telemóvel
      42. Transformações
      43. Transfobia
      44. Transeunte
      45. Trânsito
  • DÉCIMA PRIMEIRA AULA: ADVÉRBIOS, PREFIXOS E PREPOSIÇÕES

    • - A classificação tradicional dos advérbios
      - Classes abertas e classes fechadas
      - Criação de novos advérbios por meio de formas nominais
      - A atuação da expressividade na neologia dos advérbios
      - O aumento da analiticidade na neologia dos advérbios
      - Diacronia dos advérbios de tempo e seu papel na formação de preposições e prefixos
      - O pleonasmo e a regência verbal
  • DÉCIMA SEGUNDA AULA - CONJUNÇÕES

    • - O translativo "que"
      - Pronomes relativos
      - Coordenação e coordenação - conceitos sintáticos
      - Conjunções lógicas - aditivas, alternativas, conclusivas, condicionais
      - A comparação
      - O tempo referencial expresso nas conjunções
      - Conclusão e causa - explicativas, causais, finais, consecutivas
      - Quebra de expectativa - adversativas, concessivas
      - A expressividade na junção entre orações: questões de conservação e mudança.
  • DÉCIMA TERCEIRA AULA: INTERJEIÇÕES

    • - A classe morfológica das interjeições, onomatopeias e ideofones
      - Tipos de interjeições: fonômimos, fenômimos, psicômimos
      - A produtividade dos moldes fônicos
      - O ícone