Em várias regiões do mundo, os regimes democráticos passam por um profundo teste de stress, questionados em seus alicerces por ondas de insatisfação popular. Países de longa tradição democrática – os Estados Unidos, assim como os da Europa Ocidental –, veem crescer alternativas autoritárias. Em alguns casos, porta-vozes de tais alternativas alcançaram o governo. Algo semelhante ocorre em regiões de experiência democrática mais recente, como é o caso do Brasil e da América Latina. O tema, candente, tem suscitado intenso debate público e acadêmico, cujo índice é a vasta bibliografia que o aborda. A disciplina pretende examinar os fatores que regem a crise institucional, partindo da suposição de que ela guarda estreita relação com a dinâmica do capitalismo e, especialmente, a “grande recessão” iniciada com o colapso financeiro global de 2008.