A presente disciplina tem como objetivo a investigação da dinâmica dos Direitos sociais no sistema capitalista de produção pela perspectiva linhas mestras e contemporâneas da psicanálise, da teoria social psicanalítica, da dialética idealista, dialética histórico-materialista. A compreensão do fenômeno jurídico dos direitos sociais no sistema capitalista de produção pressupõe um olhar sobre os aspectos psicossociais das relações de poder e de dominação, que, não obstante não se confunda com subjetivismos ou psicologismos individuais, preencha a lacuna epistemológica entre idealismo e materialismo, cujo eixo dual não possibilita uma exata compreensão de um fenômeno que, embora fincado nas relações de produção (estrutura), também constitui um fator demasiadamente humano, que pressupõe a investigação de outros elementos componentes da superestrutura social. Neste aspecto, a psicanálise emerge como referencial epistemológico imprescindível para a compreensão dos direitos sociais, e das questões a eles correlatas, no sistema capitalista de produção e seus processos ideológicos de dominação e cooptação. Para a consecução deste desiderato, far-se-á necessário a retomada dos pressupostos, elementos fundamentais e principais categorias da psicanálise, da dialética idealista, materialista e psicanalista, por meio da revisitação das obras principais de seus fundadores, analisando- se a importância do método para a compreensão do fenômeno jurídico-social dos direitos sociais e das ciências sociais. Posteriormente, serão analisados aspectos referentes a cooptação e (des) construção jurídica das subjetividades individuais e coletivas na sociedade capitalista e a mobilização e a instrumentalização jurídica dos direitos sociais e dos processos de dominação por meio das categorias psicanalíticas, v.g., identificação, catexias libidinais, princípio de realidade e princípio do prazer, pulsões de vida e de morte, princípio de realidade e princípio de prazer, o trabalho dos sonhos, a mobilização da vontade (desejo), do gozo, narcisismos identitários e mecanismos esquizoparanóides e de identificação projetiva, o papel da linguagem e o processo de alienação no (grande) Outro, entre outros aspectos psicanalíticos, com ênfase para as relações de trabalho, direitos humanos, seguridade social e áreas correlatas.