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I

Iconomia

SCHWARTZ e MORAES (2011, p. 16) falam que a "... tríade conceitual (criatividade,desenvolvimento e digitalização) dá conta de definir os horizontes da Economia da Informação na sociedade do conhecimento – configuração ou paradigma que preferimos identificar a uma nova disciplina, a iconomia".

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Para os autores, a iconomia pode criar novos mercados totalmente virtuais, onde a geração e a destruição de riqueza é incessante, com efeitos cada vez mais importantes sobre os universos paralelos da economia ou da ecologia. Por exemplo, um game, o EverQuest, já movimenta uma economia real maior que a da Bulgária. 

Neste contexto, o virtual pode ter grande relevância econômica, capaz de tomar proporões inimagináveis dado a característica do espaço cíbrido e a capacidade de receber interações [e investimento] de qualquer parte do planeta. 

A Iconomia pode ser alternativa para ações no espaço cíbrido, como mostra uma das iniciativas do Prof. SCHWARTZ " um dos exemplos é permitir que uma pessoa que descarte corretamente uma embalagem vazia em uma ‘lata de lixo tecnológica’, possa ser identificado e ‘remunerado’ pela atitude com moedas criativas.", que por sua vez, de alguma forma, impactariam na economia.

SCHAWARTZ G, MORAES JL.Iconomia: Economia Criativa, Convergência Digital e Desenvolvimento Econômico.Temas de Economia Aplicada - Informações FIPE [internet]. 2011 [citado em 21 nov. 2013]. Disponível em: http://www.fipe.org.br/publicacoes/downloads/bif/2011/6_16-18-jul-gils.pdf 

 

Aluna: Juliane Duarte Camara

 

 


Identidade

É o conjunto de características próprias e exclusivas com as quais se podem diferenciar pessoas, animais, plantas e objetos inanimados uns dos outros, quer diante do conjunto das diversidades, quer ante seus semelhantes.

Com a fluidez dos alicerces identitários presentes na modernidade, as comunidades devem ser sempre flexíveis, o corpo do construtor de identidade deve ser flexível, e suas atitudes sempre mutáveis e readaptáveis.

As redes sociais, nesse contexto, são ferramentas que alteram, influencia e ajudam cada individuo a construir sua própria identidade.

Bibliografia: A questão da identidade para Giddens e Bauman. Alan Mocellim http://bibliotecadafilo.files.wordpress.com/2013/10/mocellim-modernidade-e-identidade-giddens-e-bauman.pdf


Indústria Criativa

“[são] aquelas indústrias que têm sua origem na criatividade, habilidade e talento individuais e que têm um potencial para riqueza e criação de empregos por meio da geração e exploração
da propriedade intelectual" (PASQUINELLI, M. - Guerra civil imaterial: protótipos de conflito dentro do capitalismo cognitivo - Lugar Comum n 24-25)

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Reflexão crítica do autor referente ao tema: 

"...uma investigação dos processos sociais que se desenvolvem por trás da criatividade,

o poder criativo do desejo coletivo e a natureza política de qualquer produto
cognitivo (idéia, marca, mídia, artefato, evento). Pergunta: o quê, ou quem produz
o valor? Resposta: a “fábrica social” produz a maior parte do valor (e do confl ito).
Depois disto, focalizo o espaço político da competição cognitiva. Não me
concentro nas condições de trabalho ou políticas neoliberais dentro da Indústria
Criativa, e sim na vida pública dos objetos imateriais. Coloco os produtos cognitivos
em um espaço de forças, delineando tais objetos a partir do exterior, ao invés
do interior. Esta é uma tentativa de responder a uma outra pergunta: se a produção
se torna criativa e cognitiva, coletiva e social, quais são os espaços e as formas de
confl ito? Como conclusão, apresento o cenário de uma “guerra civil imaterial”,
um espaço semiótico do qual a Indústria Criativa é apenas uma pequena parte."

 

É um tipo inovador mas nem tanto de indústria que trata de dar um tom comercial a todo o processo criativo-cognitivo social, em seu âmago buscando na maior parte das vezes a obtenção do lucro. 


Infopreneurship

Infopreneurship é a metáfora proveniente de entrepreneurship que propõe a reunião entre conhecimento e informação conduzindo a um escopo que resultará no infopreneuring, uma nova forma de gerenciamento.

SILVA, Jovino Moreira. O ciberespaço como desafio para uma nova administração: Uma abordagem sobre INFOPRENEURING. Disponível em: http://www.angrad.org.br/artigos-de-divulgacao/o-ciberespaco-como-desafio-para-uma-nova-administracao-uma-abordagem-sobre-infopreneuring/638.

Os novos desenhos organizacionais, baseados na informação e no conhecimento como geradores de resultados desejados, são como um salto do que o autor chama de entrepreneurship para infopreneurship. Assim, essa nova organização baseada na criação de conhecimentos, gestão e produção de informação gera os “infocustumers” (consumidores do ciberespaço), e um novo “infomarket” (mercado no ciberespaço) que terá necessidade de um sistema novo de distribuição para atender os novos “infomediários”.

Ao promover sistemas cooperativos e autogeridos de negócio, e de infopreneurship, a empresa estará reinventando a sua existência administrativa, assim, reconstrói por antecipação, seus limites atendendo com qualidade os novos consumidores do ciberespaço administrativo.


Informação

“A informação sintoniza o mundo. Como onda ou partícula, participa na evolução e da revolução do homem em direção à sua história. Como elemento organizador, a informação referencia o homem ao seu destino; mesmo antes de seu nascimento, através de sua identidade genética, e durante sua existência pela sua competência em elaborar a informação para estabelecer a sua odisséia individual no espaço e no tempo. (...) É algo capaz de transformar estruturas”

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De acordo com o artigo, os registros da informação na sociedade primeiramente levaram à substituição da oralidade pela escrita. Em seguida, houve a multiplicação da informação por diferentes fontes, por exemplo, as bibliotecas, que dão suporte à memória do ser humano. Com esta evolução surge a sociedade da informação, que remete à relação tridimensional "homem/conhecimento/mercado", comunicação e desterritorialização da informação.

A pesquisa das autoras aborda a noção de estoques de informação, como meio de substituir os “homens-memória”, presentes na sociedade sem escrita, sendo ainda o princípio da construção da memória registrada. Tal substituição dos “homens-memória” pode ser comparada à transição do analógico para o digital, as autoras citam, por exemplo, a passagem do livro manuscrito para o impresso. E hoje em dia já temos a passagem do impresso para a digitalização do livro.

Blogs e outras ferramentas facilitam a dispersão da informação. Assim, sempre há algo a ser contado, sendo banal ou não. Além disso, tais ferramentas podem ser grandes aliadas dos profissionais da área de comunicação, tecnologia e da própria informação. Deste modo, as autoras buscam demonstrar que os blogs são uma ferramenta de comunicação utilizada no ambiente virtual que pode vir a favorecer a valorização da informação e da memória.

 

Autoras:

Luciana M. Carvalho e Monica M. Carvalho

O registro da memória através dos diários virtuais: o caso dos blogs. Porto Alegre, v. 11, n. 1, p. 53-66, jan./jun. 2005.


Informação: peneira de comportamentos

Max Cohen em Alguns aspectos do uso da informação na economia da informação, trata da informação como uma espécie de peneira de comportamentos, já que reduz a incerteza conforme a taxa de novidades e a prospecção à segurança na informação.

Trata da informação como um uso particular que só se pode entender devido aos fluxos contextuais e culturais de cada ser. E que é a partir do “tratamento automático da informação” que a organização é capaz de adquirir economia de escala, para reduzir os custos de operação.

É ai que entram também os tais sistemas transacionais (já que a virtualização e o tratamento informacional permite uma alta taxa de redução de custos).

Ressalta ainda que “como uma rede, a Internet tem proporcionado novo ambiente econômico para as organizações. Isso significa novos canais de comunicação e de troca entre os agentes econômicos. Nesse ambiente, a informação torna-se um material vital para sobrevivência.”

A informação cria, então, valor. 


Inteligência Coletiva

A inteligência coletiva de acordo com a definição de Pierre Levy (1998, p. 28) é "...uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências". Em obras posteriores, Lévy defenque que a inteligência coletiva não é um tema puramente cognitivo, mas também político e social, pois só pode existir desenvolvimento da inteligência coletiva se houver cooperação competitiva ou competição cooperativa.Conclui que é a partir do equilíbrio entre competição e cooperação que nasce a inteligência coletiva. Propõe que conceito de inteligência coletiva configura um ecossistema de quatro dimensões: material, técnico, cultural, social.

LEVY, Pierre. A Inteligência Coletiva - Por uma antropologia do ciberespaço. Tradução: Luiz Paulo Rouanet. São Paulo: Editora Loyola,1998

 

LEVY, Pierre. A Economia Virtual. In LEVY, Pierre. A Conexão Planetária. São Paulo: Editora 34. 2001

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Pierre Lévy é um grande pensador engajado na discussão sobre o ciberespaço. Autor de vários livros sobre a temática é também precurssor e dissiminador de algums conceitos, como exemplo o de inteligência coletiva, considerando principalmente a utilização do ciberespaço. Para Lévy, a inteligência coletiva passa pelo processo de coompetição e cooperação, ou seja dois aspectos atuam ao mesmo tempo: o aspecto da liberdade – competição – e o aspecto do vínculo social e da organização institucional – cooperação.

A rede já se mostrou muito útil como plataforma colaborativa, ou seja, conhecimentos agregados podem se transformar em soluções reais e benéficas para a sociedade. 

Os novos meios de comunicação (internet, redes sociais etc.) fomentam o capital social, ao nos permitir estabelecer relações uns com os outros e oferecem condições para o desenvolvimento do capital cultural, Porém, para ambos se desenvolverem, é necessário a base material aliada do capital técnico, como vem sendo explorados para o desenvolvimento da tecnologia da informação. A estruturação dessas quatros dimensões propicia o desenvolvimento e aproveitamento da inteligência coletiva. 

 

Aluna: Juliane Duarte Camara