Programação
-
Mapeamento da Economia Política Internacional como área de estudos das Relações Internacionais.
Apresentação do curso, organização dos seminários, formas de avaliação.
-
A influência dos fatores econômicos na consolidação do poder internacional. Como se construiu a teoria da estabilidade hegemônica, os argumentos que se contrapõe ao poder hegemônico. O poder econômico é determinante para o poder político? Qual o futuro das relações entre EUA e China?
Leitura obrigatória: Snidal, Duncan (1985). The Limits of Hegemonic Stability Theory. International Organization, vol. 39, no 4, pp. 579-614.
-
Esta aula pretende discutir a formação de coalizões no âmbito das instituições internacionais de comércio. A atuação das coalizões é eficiente para se contrapor às grandes potências econômicas? As desigualdades econômicas são fatores determinantes para a manutenção das coalizões (ação coletiva)? Quais as perspectivas de coalizões sul-sul, e dos BRICS?
Leitura obrigatória: Oliveira, A., Onuki, J. & Oliveira, Emmanuel Nunes (2006). Coalizões Sul-Sul e Multilateralismo: Índia, Brasil e África do Sul. Contexto Internacional, vol. 28, no 2, pp. 465-504.
-
Discutir as perspectivas de estabilidade e crescimento da economia brasileira, as oportunidades de inserção internacional, os desafios do ingresso do País na OCDE, o efeito do coronavírus e outros fatores internacionais.
Convidados: José Luiz Pimenta Jr. (Amcham) e Leandro Lima (Control Risks).
-
As mudanças recentes nos modelos de instituições internacionais. A OMC continua promovendo a cooperação entre os países membros? O que avançamos na regulamentação do comércio global? O debate sobre multilateralismo versus bilateralismo.
Leitura obrigatória: Goldstein, Judith L., Rivers, Douglas and Tomz, Michael (2007). Institutions in International Relations: Understanding the Effects of the GATT and the WTO on World Trade. International Organization, vol. 61, nº 1, Winter, pp. 37-67.
-
Na última década, os processos de integração regional sofreram retrocesso importante e deram espaço para a discussão sobre as perspectivas desses modelos de cooperação. Qual o futuro da integração do Mercosul e da União Europeia pós-Brexit? Os fatores políticos podem prevalecer sobre os econômicos?
Leitura obrigatória: Sampson, Thomas (2017). Brexit: The Economics of International Disintegration. Journal of Economic Perspectives, vol. 31, no 4, Fall, pp. 163–184.
-
A segunda parte do curso é dedicada à compreensão da influência entre o plano doméstico e internacional e de como as mudanças internacionais impactam a formação das coalizões domésticas, sua capacidade de influência e de como variáveis políticas domésticas também influenciam o sistema econômico
-
A Teoria da Paz Democrática introduz no debate da Economia Política Internacional, estudos sobre a correlação entre comércio e cooperação internacional, partindo da hipótese de redução dos conflitos em função do aumento de países com regimes democráticos. Quais os fatores políticos e econômicos domésticos induzem ao comportamento cooperativo no plano internacional?
Leitura obrigatória: Rodrik, Dani (2013). When Ideas trump Interests: Preferences, World Views, and Policy Innovations. NBER Working Papers Series. Working Paper 19631.
-
As relações entre as instituições burocráticas na definição da política comercial. O papel do Executivo e do Legislativo, a influência dos interesses organizados (lobby) nas negociações econômicas internacionais.
Leitura obrigatória: Stiglitz, J. (2018). Trump and Globalization. Journal of Policy Modeling.
-
Como diferentes modelos de sistemas eleitorais impactam as preferências por liberalização e protecionismo dos Estados em regimes democráticos.
Leitura obrigatória: Mansfield, E.; Milner, H. e Rosendorff, P. (2002). Why Democracies cooperate more: Electoral control and International Trade Agreements. International Organization, vol. 56, no 3, pp. 477-513.
-
A terceira parte do curso é dedicada a estudar alguns temas de fronteira das Relações Internacionais, a partir da abordagem da Economia Política Internacional. Temas como política externa, meio ambiente, migrações, gênero e ciência e tecnologia, serão tratados a partir dos debates atuais, considerando a correlação entre fatores domésticos e internacionais num contexto de instabilidade econômica e desafios políticos, como populismo, ascensão da extrema direita, acordos bilaterais de comércio.
-
Leitura obrigatória: Hurrell, Andrew (2013). Narratives of emergence: Rising powers and the end of the Third World? Brazilian Journal of Political Economy, vol. 33, nº 2, April-June, pp. 203-221.
-
Leitura obrigatória: Barros-Platiau, Ana F., Varella, M. & Schleicher, Rafael T. (2004). Meio ambiente e relações internacionais: perspectivas teóricas, respostas institucionais e novas dimensões de debate. Revista Brasileira de Política Internacional, vol. 47, no 2.
-
Leitura obrigatória: Mosley, Layna; Singer, David (2015). Migration, Labour, and the IPE. Annual Review of Political Science, February.
-
Leitura obrigatória: Davis, Angela (2000). Women and Capitalism: Dialectics of Oppression and Liberation. In: James, Joy (ed.). The Angela Y. Davis Reader. Oxford: Blackwell, pp. 147-182.
-
Leitura obrigatória: Archibugi, Danielle; Howells, Jeremy and Michie, Jonathan (2000). Innovation Policy in a Global Economy. Cambridge: Cambridge University Press.
-
1 Cohen, Benjamin J. (2008). International Political Economy. An Intellectual History. Princeton, NJ: Princeton University Press.
2 Grieco, Joseph and Ikenberry, John (2003). State Power and World Markets: The International Political Economy. New York: W. W. Norton.
3 Martin, Lisa L. (ed.), (2015). The Oxford Handbook of The Political Economy of International Trade. Oxford, UK: Oxford University Press.
4 Weingast, Barry R. and Wittman, Donald A. (eds). (2006). The Oxford Handbook of Political Economy. Oxford, UK: Oxford University Press.
5 Oatley, Thomas (2004). International Political Economy: Interests and Institutions in the Global Economy. New York: Pearson Longman.