Programação
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Aula 01 - Apresentação
Conteúdos
Avaliação: trabalhos, consistindo em composição de três peças curtas (1 a 3 minutos de duração) a partir de processos composicionais discutidos em aula. Além das partituras, a apresentação das peças deve vir acompanhada de um texto sucinto, descrevendo as etapas da composição e sua estrutura.
Os alunos devem se organizar para que sejam distribuídas suas apresentações ao longo das três aulas dedicadas a essa atividade, dias 22/06, 29/06 e 06/07. Isso pode ser realizado com até seis apresentações/dia e requer um mínimo de 4 ou 5 apresentações/dia.
As peças devem ser tocadas no dia da apresentação, com instrumentos reais ou em versão gravada/digital.
Data de entrega/apresentação: 22/06 a 06/07.
Bibliografia Fundamental:
ANTOKOLETZ, Elliott. The music of Béla Bartók: a study of tonality and progression in Twentieth-Century music. Berkeley, CA: University of California Press: 1984.
BERGER, Arthur. "Problems of Pitch Organization in Stravinsky". Perspectives in New Music. v.2, n.1, Autumn-WInter 1963, pp. 11-42.
BERRY, Wallace. Structural functions in music. New York: Dover, 1987.
BOULEZ, Pierre. A música hoje. São Paulo: Perspectiva, 1981.
BOULEZ, Pierre. A música hoje 2. São Paulo: Perspectiva, 1992.
COOK, Nicholas. A guide to musical analysis. New York: Norton, 1992.
GUIGUE, Didier. Estética da sonoridade: a herança de Debussy na música para piano do século XX. São Paulo: Perspectiva, 2011.
KOSTKA, S. Materials and techniques of twentieth-century music. Upper Saddle River, New Jersey: Pearson Prentice Hall, 2006.
MENEZES, Flo. Apoteose de Schoenberg. São Paulo: Ateliê Editorial, 2002.
MESSIAEN, Olivier. Technique de mon langage musical. Paris: Alphonse Leduc, 1944.
MESSIAEN, Olivier. Traité de rythme, de couleur e d'ornithologie. Tomo I, Paris: Leduc, 1994.
OLIVEIRA, João Pedro. Teoria analítica da música do século XX. Lisboa: Calouste Gulbekian, 1998.
PERSICHETTI, Vincent. Twentieth century harmony: creative aspects and practice. London: Faber & Faber, 1978.
POUSSEUR, Henry. Apoteose de Rameau. Tradução de Maurício Ayer e Flo Menezes. São Paulo: Editora UNESP, 2009.
SALLES, Paulo de Tarso. Villa-Lobos: processos composicionais. Campinas: Editora da Unicamp, 2009.
SALLES, Paulo de Tarso e DUDEQUE, Norton. Villa-Lobos, um compêndio: novos desafios interpretativos. Curitiba: Editora UFPR, 2017.
SCHOENBERG, Arnold. Fundamentos da composição musical [1937-48]. Tradução de Eduardo Seincman. São Paulo: EDUSP, 1993.
STRAUS, Joseph. Introdução à Teoria Pós-Tonal. Tradução de Ricardo Bordini. Salvador e São Paulo: EDUFBA e Editora UNESP, 2013 [2005].
VISCONTI, Ciro. Simetria nos Estudos para violão de Villa-Lobos. Jundiaí: Paco Editorial, 2016.
Bibliografia Complementar
BERIO, L. e DALMONTE, R. Berio: entrevista sobre a música contemporânea. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981.
BERNARD, Jonathan. "Voice Leading as a Spatial Function in the Music of Ligeti". In: Music Analysis, v. 13, n. 2/3, pp. 227-253, 1994.
CLENDINNING, Jane P. Contrapuntal techniques in the music of György Ligeti. Tese de Doutorado, Yale University, 1989.
CONE, Edward T. "Stravinsky, o progresso de um método". Tradução de Antenor F. Corrêa e Graziela Bortz. In: Música Hodie, Revista da UFG, v. 7, n. 1, 2007.
OSMOND-SMITH. From myth to music: Lévi-Strauss's Mithologiques and Berio's Sinfonia. In: The Musical Quarterly, v. 67, n. 2, pp. 230-260, 1981.
SHIMABUCO, Luciana Sayure. A forma como resultante do processo composicional de György Ligeti no Primeiro Livro de Estudos para piano. Campinas: Tese de Doutorado em Música, IA/UNICAMP, 2005.
VAN DEN TOORN, Pieter C. The music of Igor Stravinsky. New Haven and London: Yale University Press, 1983.
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AULA 02 - Fugas pós-Bach:
- Haydn, quartetos Op. 20
- Beethoven, sonatas Op. 106 e Op. 111, Grosse Fuge
- Liszt, Sonata em si menor
- Ravel, Fuga de Le Tombeau de Couperin
- Villa-Lobos, fugas das Bachianas nº 1,7,8,9
Uso de outras referências tonais, além da oposição tônica-dominante, onipresente na fugas de Bach: em Haydn, os sujeitos fragmentários do Op. 20 se relacionam de maneira inusitada em relação a suas notas inicial e final. Rosen (1998, pp. 441-448) analisa o Op. 111 de Beethoven e demonstra como a estrutura harmônica do desenvolvimento é fundada na sequência de três acordes diminutos (F#º, Bº, Eº). Tanto o uso não tonal da escala diatônica (Haydn), quanto a sugestão da octatônica (Beethoven) prenunciam organizações tonais complementares ao conceito de tonalidade clássica, pensada no ciclo de quintas. Outros ciclos começam a ser explorados como soluções tão boas quanto a tradicional.
Proponho o uso de um mapeamento das regiões octatônicas feito por Douthett e Steinbach, o grafo das "octa towers", onde acordes tétrades são organizados segundo a proximidade por notas comuns e movimento mínimo (onde uma voz se movimenta por semitom e as demais permanecem). As octa towers podem ser usadas, nesse exercício, como uma espécie de campo harmônico octatônico.
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AULA 03 - Contraponto não imitativo em linguagem harmônica pós-tonal
- Bartók: Mikrokosmos, Bagatelas, Música para cordas, percussão e celesta
- Debussy: Estudos e Prelúdios para piano
- Villa-Lobos: Estudos para violão; Suítes Prole do Bebê nº 1 e nº 2
- Messiaen: Quarteto para o fim dos tempos
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AULA 04 - Estratégias de análise e processos composicionais no sistema igualmente temperado
- teoria dos conjuntos: Babbitt, Lewin, Forte, JP Oliveira, Straus.
- redes harmônicas: da Tonnetz de Riemann a Pousseur.
- simetria: modos de transposição limitada, eixos e ciclos intervalares, escalas e coleções, ritmos não retrogradáveis; espelhamentos. Messiaen, Antokoletz, Salles.
- princípios seriais: parametrização. Boulez, Webern, Schoenberg.
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