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    7. ÁREAS INDÍGENAS NA TOPONÍMIA BRASILEIRA: DIALETOLOGIA E TOPONÍMIA.

    SOBRE AS ÁREAS INDÍGENAS NO BRASIL

    Para começar a pensar sobre as áreas indígenas na toponímia brasileira, é preciso conhecer um pouco sobre o conceito de área etnográfica e área cultural. Leitura indicada: Melatti. O autor se vale dos estudos de Eduardo Galvão (anos 1960) para trazer critérios que explicitam o conceito de área cultural e etnográfica.

    ·       Ideia de áreas culturais: agrupar diferentes sociedades indígenas brasileiras por traços comuns ou segundo alguns critérios. Objetivo: panorâmica.

    ·       Critérios: criação de áreas segundo a semelhança cultural entre as sociedades entre 1900 e 1959.

    ·       Diacronicamente: as áreas variam (povos desaparecem).

    ·       Estudos indígenas: mudaram de direcionamento e não mais é possível retraçar as áreas segundo esses critérios.

    ·       O autor usa como base as áreas culturais de Galvão e observa os seguintes critérios: semelhanças culturais, articulações sociais e unidades consideradas pelos estudos etnológicos. Observação: nenhuma das representações faz menções a grupos históricos, pois analisa a realidade indígena no século XX.

    ETNONÍMIA E ETNOTOPONÍMIA:

    •Etnônimo: “o nome do grupo ou do clã”.

    –Pode ser considerado um produto etnográfico;

    –Expressa a visão do grupo ou do outro;

    –Pode auxiliar na compreensão de relações de parentesco e familiares.

    •Etnotoponímia: topônimos referentes a grupos étnicos. Desvinculação possível do referente inicial.

     

    ÁREAS DE TOPONÍMIA INDÍGENA:

    •Áreas etnográficas: mais abrangentes que as áreas toponímicas;

    •Áreas toponímicas indígenas:

    –Históricas;

    –Vinculadas à presença dos grupos: relações com a dialetologia.


    Bibliografia indicada para entender os itens 6 a 8 do programa:

    DICK, Maria Vicentina de P. do Amaral. Aspectos genéricos da Toponímia indígena brasileira e sua distribuição geográfica. Toponímia e Antroponímia no Brasil. Coletânea de estudos. 2ª ed. S. Paulo: Serviços de Arte Gráfica da FFLCH/USP, 1990. p119-136.

    MELATTI, J.C. Diversidade de culturas e situações. Índios do Brasil (cap. 5). São Paulo: EDUSP.

    SEKI, L. A linguística indígena no Brasil. In: ASOCIACIÓN DE LA LINGÜÍSTICA Y FILOLOGÍA DE LA AMÉRICA LATINA (ALFAL). Revista Linguística. Vol. 11, Lingüística Brasileña, 1999. p. 273-294. Disponível em: https://www.mundoalfal.org/sites/default/files/revista/11_Linguistica_001-362.pdf. Acesso em: 6 jul. 2021.

    Sugestão de Leitura Complementar:

    RODRIGUES, Aryon Dall’Igna.  Línguas Brasileiras: para o conhecimento das línguas indígenas. 4ª ed. São Paulo: Edições Loyola, 1986.  Disponível em: http://etnolinguistica.wdfiles.com/local--files/biblio%3Arodrigues-1986-linguas/Rodrigues_1986_LinguasBrasileiras.pdf. Acesso em: 6 jul. 2021.