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Desde seu passado colonial, o Caribe tem sido ponto de encontro entre povos europeus, africanos e ameríndios. Sua importante localização geográfica fez deste local espaço de grandes transformações e cruzamentos entre diferentes culturas, populações e mercadorias ao longo do tempo. Formaram-se sociedades diversas, plurais, mas que tiveram uma experiência histórica comum. Embora o trabalho escravo no Caribe, desde o século XVI, não tenha envolvido apenas as populações africanas, a partir do século XVIII observou-se um intenso processo de “racialização” da escravidão, passando a ser identificada exclusivamente com as pessoas de origem africana, com a pele negra. Contudo, esse processo foi acompanhado de diferentes manifestações de resistência e resiliência dos africanos e afrodescendentes escravizados nas ilhas caribenhas: ou em seus espaços de relativa autonomia, como as roças dos escravizados; ou nas fugas e formação de quilombos; ou em revoltas escravas, entre outros fenômenos históricos. O objetivo desta disciplina é servir de introdução a diferentes abordagens e aspectos da História da Diáspora Africana e da Escravidão no Caribe, desde meados do século XVIII até o final do século XIX, sobretudo em Cuba, São Domingos, Haiti, Martinica, Trinidad e Jamaica. A bibliografia do curso engloba obras que tratam os seguintes temas: trabalho escravo; revoltas; revolução; quilombolas; diáspora africana e tráfico transatlântico; alforria e formas de liberdade; gênero e escravidão; mulheres escravizadas e maternidade; africanos e afrodescendentes livres e libertos; processos de abolição do tráfico e da escravidão; pós-emancipação.


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