• ROCHA, H. H. P. A higienização dos costumes: educação escolar e saúde no projeto do Instituto de Hygiene de São Paulo (1918-1925). Campinas: Mercado de Letras, 2003.
  • RIBEIRO, D. O Povo Brasileiro; 2006.
  • FEUERWERKER, Laura CM et al. Avaliação compartilhada do cuidado em saúde: surpreendendo o instituído nas redes. Rio de Janeiro: Hexis; 2016.

"[...]Viveiros de Castro (2002) adota o perspectivismo ameríndio que tem como base reconhecer o lugar do outro e suas formulações/ reflexões, não se tratando de buscar a reflexão sobre o outro e sim a reflexão do outro. Aqui está expresso um princípio interessante, em que não é o sujeito que tem o ponto de vista do objeto e sim de que o ponto de vista cria o sujeito, ou ainda que será sujeito quem se encontrar ativado pelo ponto de vista. Deste modo, o estar em linha com o outro deixa claro que todos são sujeitos.

Assumir a provocação do encontro como principal elemento da investigação é horizontalizar as vistas, ativando os sentidos, e se lançar em um processo ativo e intenso de processos de subjetivação, estando e entrando nos mundos em produção. A investigação nessa lógica de construção é composta por vários pontos de vista, incluindo aqui a implicação do pesquisador."

  • FLEURY, Sonia. Estado sem cidadãos: seguridade social na América Latina. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ; 1994.

"Diferentes autores têm chamado atenção para o fato de que essa estruturação das classes acarretará conseqüências de ordem política peculiares, por exemplo quanto à relação povo/nacional/movimento. Por exemplo, Touraine (1976:102) chama atenção para o reiterado uso da categoria povo na história política latino-americana (e também oligarquia), sendo "a palavra povo indicadora da coincidência de uma categoria de classe e de uma categoria comunitária, nacional, regional ou local..., ou seja, representa tanto a uma classe quanto à realidade local ou nacional violada pela penetração estrangeira". Plaza (1984:305) assume que neste contexto "as classes populares são as classes nacionais; por sua situação material, o conteúdo de suas representações coletivas e de seu horizonte histórico". Neste sentido, a luta nacional, ao contrário de ser a consolidação do domínio da burguesia, torna-se uma luta antiimperialista e ami capitalista. Porém, Laclau (1985:36), analisando a estratégia da hegemonia na América Latina, afirma a impossibilidade dc redução das lutas ao antagonismo classista: "o caráter de massa que deve dar-se à ação política e o amplo grau que requer a heterogencidade das frentes de luta, fazem supor que algum tipo de forma política de caráter movimentista é o mais apropriado para uma estratégia como a que postulamos"."


Última atualização: quarta-feira, 22 abr. 2020, 18:12