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A

Ars Nova

Era um momento histórico de crescente urbanização, marcado pela presença cada vez mais intensa do pensamento racionalista, pensamento este que se volta para a questão rítmica que não era tão importante na Ars Antiqua. É um momento também em que a Igreja está passando por reformas para expandir o cristianismo, e fundar escolas urbanas e ordens militares (como as cruzadas) eram estratégias que faziam parte dessa reforma.

Com todo esse rebuliço social, as feiras ganham muita força, e nesses ambientes começa-se a praticar música, canções polifônicas. Nessa época também começa a surgir o conceito de "música de côrte", ou seja, a música começa a sair das igrejas e adquirir um caráter de diferenciação social.


Ars Nova é um movimento nascido e desenvolvido na França do século XIV.

ARS NOVA

A ARS NOVA é um movimento nascido e desenvolvido na França do século XIV. Suas principais características são a consolidação da proporcionalidade rítmica em detrimento dos padrões estáticos dos modos rítmicos (base da polifonia do século XIII), a monodia secular derivou o uso das formas fixas, também considerado como o desenvolvimento de um sentido de discurso estrutural “fechado”, como as canções com refrão: balladèe, virelai, rondeau, madrigal) e da issoritmia, que funcionava como base articuladora da reiteração estrutural; o desenvolvimento embrionário de um sentido de tonalidade, observando-se o surgimento e valorização das passagens cadenciadas através do uso de alteração cromática nas notas fundamentais para criar a tensão cadencial, conhecido como música ficta; ampliação da malha polifônica (surgimento do contratenor) e início da emancipação do uso dos instrumentos na interpretação musical, antes predominantemente vocal.

Também é importante salientar que fundamental para a compreensão do gosto pela complexidade rítmica, foi o avanço do pensamento das universidades.

Os principais nomes da Ars Nova foram,  entre outros, Philippe de Vitry, Guillaume de Machaut, Francesco Landini e Jacopo da Bologna.

 

 

 

 


Ars nova musicae

É uma revisão da teoria franconiana. Surge um novo valor: a mínima, e com isso um novo sistema de proporcionalidade, já que o tempo perfeito e o imperfeito recebem um redimensionamento da subdivisão das figuras. Surge o Prolatio, possibilidade de dividir a breve em duas ou três partes.


C

Cantilenas

A cantilena é uma canção de descantus, e suas canções são a duas vozes contrapontísticas.

São novas formas seculares polifônicas, estruturadas com a balladée, o rondeau e a virelais(as formas fixas).


Color

Conjunto de taleas. Também é uma estrutura de reiteração rítmica.


Color e Talea

Um diz respeito ao ritmo, e o outro, à melodia. A color é a reiteração de uma estrutura melódica durante a peça. Já a talea é um agrupamento de rítmico que se repete consecutivamente no tenor durante a obra; consequentemente, o tenor apresentará isorritmia (estas repetições de padrões podem apresentar pequenas variações).


Coloração

Colaração era o processo de mixagem entre metros ternário e binário.


I

Isorritmia

Reiteração de padrões ritmicos e melodicos. No século XIV essas reiterações não correspondem ao nosso conceito de melodia, porque, há dois conjuntos, um conjunto ritmico ou um melódico que nem sempre coincidem. 


M

Motete

Na Ars Nova, o Motete ocupa um lugar de destaque, tornando-se mais complexo e sobrepondo vários textos em linguas diferentes. Ele passa a ter quatro vozes: tenor (voz de apoio, ritmo lento que apresenta o cantus firmus), contratenor (relacionada com o tenor em rítmo lento), motetus (voz principal em tessitura de contralto em rítmo moderado) e triplum (voz em tessitura de soprano, em rítmo acelerado). Este motete pode ser observado com Romam de Favel, de Felipe de Vitry.


N

Notação proporcional

Vitry estabelece 3 níveis de divisão dos tempos:

- 1º nível, MODO: como a longa se relaciona com a breve

- 2º nível,  TEMPO: como a breve se relaciona com a semibreve

- 3º nível, PROLAÇÃO: como a semibreve se relaciona com a mínima.

No entanto, todos esses três níveis podiam subdividir-se perfeita (de forma ternária) ou imperfeitamente (de forma binária), sendo que havia total independência entre eles, ou seja, enquanto o tempo poderia ser perfeito, sua prolação poderia ser imperfeita.

A partir da mínima as divisões tornam-se sempre binárias.

Após essas profundas alterações, os pés-métricos começam a cair em desuso...



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