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Sociedade do conhecimento

A lógica econômica do conhecimento é diferente da que rege a produção física. O produto físico entregue por uma pessoa deixa de lhe pertencer, enquanto um conhecimento passado a outra pessoa continua com ela, e pode estimular na outra pessoa visões que irão gerar mais conhecimentos e inovações. O conhecimento faz parte do que chamamos em economia de bens «não rivais». Em termos gerais, portanto, a sociedade do conhecimento acomoda-se mal da apropriação privada: envolve um produto que, quando socializado, se multiplica. (Dowbor,L. Economia Global e Gestão v.15 Lisboa abr. 2010)

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O cerne do conceito se dobra sobre o partilhamento da informação. O que antes necessitava de um meio físico para a propagação agora não mais existe própriamente dito. Não necessitamos mais de um CD nem um aparelho reprodutor dessa mídia para ouvir uma música, muitas vezes nem mais de um livro para absorvermos os conceitos nele existentes. Agora o que realmente é importante é também intangível e um tanto incontrolável: necessitamos de alocação de bites e uma rede de compartilhamento. 

 


Sociedade Mecânica

Marca registrada das sociedades pré-modernas, isoladas. A individualidade é reduzida pelas tradições culturais compartilhadas, que funcionam como um "mapa da subjetividade". Isso significa que, nesse caso, só haverá o comportamento "normal" e "anormal", inclusive pelo isolamento em relação às outras culturas, tornando a norma compartilhada como a "única opção".

FONTE: A VIRTUALIZAÇÃO DAS COMUNIDADES: APONTAMENTOS PARA UMA
CRÍTICA DOS VÍNCULOS SOCIAIS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
EDILSON CAZELOTO


Sociedade Orgânica

Sociedade que funciona através da solidariedade orgânica, mais racionalista e individual, que leva em conta a questão dos interesses invidiuais. As tecnologias funcionam cada vez mais para reforçar o caráter orgânico das sociedades. Rompendo barreiras geográficas, de espaço e de tempo para o contato com outras culturas, favorecendo a heterogeneidade.

FONTE: A VIRTUALIZAÇÃO DAS COMUNIDADES: APONTAMENTOS PARA UMA
CRÍTICA DOS VÍNCULOS SOCIAIS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO,
EDILSON CAZELOTO


Software colaborativo

"Software colaborativo (ou groupware) é um software que apoia o trabalho em grupo, coletivamente. Skip Ellis o definiu como um "sistema baseado em computador que auxilia grupos de pessoas envolvidas em tarefas comuns (ou objetivos) e que provê interface para um ambiente compartilhado".

O termo mais comum para software social se aplica a sistemas fora do ambiente de trabalho, como por exemplo, serviços de namoro online e redes sociais, como o Facebook e o Orkut. Esse novo conjunto de ferramentas também é conhecido como Web 2.0, termo cunhado por Tim O´Reilly (1 ), e tem como principal diferencial seu ambiente de interação e participação. O estudo da colaboração com auxílio de computador inclui o estudo deste software e dos fenômenos sociais associados a ele."

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Software_colaborativo


Software Livre

“é software que respeita a liberdade dos usuários de computador (particulares, bem como organizações e empresas), colocando os usuários em primeiro lugar e conceder-lhes a liberdade de controle na execução e adaptação a sua computação e processamento de dados às suas necessidades (concessão plena liberdade de controle e independência, através da disponibilidade de código fonte para análise e alterações); bem como permitindo-lhes a liberdade social, para ser capaz de cooperar ativamente com todos os usuários e desenvolvedores de sua escolha."

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Software_livre


Subjetividade

"Subjetividade é entendida como o espaço íntimo do indivíduo, ou seja como ele 'instala' a sua opinião ao que é dito (mundo interno) com o qual ele se relaciona com o mundo social (mundo externo), resultando tanto em marcas singulares na formação do indivíduo quanto na construção de crenças e valores compartilhados na dimensão cultural que vão constituir a experiência histórica e coletiva dos grupos e populações."

A subjetividade deve ser pensada no contexto do capitalismo atual, pois ele modeliza semioticamente desejos, afetos, necessidades, padrões estéticos, éticos e políticos, intervindo diretamente no inconsciente das pessoas com a finalidade de reproduzir seus próprios ciclos. 

Além disso, o ritmo frenético das transformações políticas, econômicas sociais e culturais de nossa época influenciam no âmbito subjetivo, ou seja, na formação do indivíduo, que vive os mais diversos tipos de experiências.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Subjetividade

Globalitarismo e Subjetividade: algumas considerações sobre ética e liberdade, por Euclides André Mance. - Texto de: 17-05-98

 

 


Subjetividade coletiva

O conceito de subjetividade coletiva é apresentado no ensaio Ciber espaço e acumulação de capital: subsunção intelectual e espoliação em rede, de Arakin Monteiro. Arakin usa esse conceito para falar sobre seus objetos de observação no ensaio: o google e o orkut, que no seu processo de acumulação de capital trabalham com a captação da subjetividade coletiva.

"[...] justifica-se pelas características específicas de seu processo produtivo – a prestação de serviços em buscas na Internet - e que, na análise objetiva de seu processo de trabalho, nos permitem compreender como o substrato da subjetividade coletiva colocada no processo interativo da rede, pode ser espoliado e, por meio do trabalho vivo, ser transformado em uma mercadoria-informação (que pode servir diretamente como objeto de consumo, ou indiretamente, como meio de produção)."

Seria o Orkut, nesse sentido, um mecanismo de captação da subjetividade coletiva com vistas à rentabilizar o banco de dados da Google? Em que medida e de que maneira, os interesses dos usuários estariam sendo usados como insumos e instrumentos de controle para este fim?

Estas constatações em torno da crescente relevância da captação da  subjetividade coletiva no processo interativo da rede, poderiam nos levar à equivocada tese defendida pelos entusiastas do trabalho imaterial, em que na “sociedade pósindustrial”, com “empresas pós-fordistas” de “produção pós-taylorista”; neste momento em que “encontramo-nos em tempo de vida global, na qual é quase impossível distinguir entre o tempo produtivo e o tempo de lazer”, estaríamos evidenciando uma “integração do consumo na produção” com a “construção do consumidor/comunicador” (LAZZARATO; NEGRI, 2001, p.45).

 


Submissão formal e submissão real

Marx de fine duas modalidades, historicamente situadas, de dominação e apropriação das forças produtivas pelo capital: a submissão formal e a submissão real. Na primeira, os metodos de produção não são controlados pelo capital, o qual se limita a captar mais-valia na circulação, como no putting out system. Na segunda, que corresponde ao advento da grande industria, o capital estende o seu domínio as condições produtivas e con figura as condições tecnologicas e organizacionais do processo de trabalho, determinando o ritmo e as modalidades de produção atraves da maquinaria.

 

A Economia Poltica do Cognitivo - Bouzid Izerrougene


Subsunção intelectual do trabalho

No ensaio Ciberespaço e acumulação de capital, escrito por Arakin Monteiro, é abordado o conceito de subsunção intelectual do trabalho. Por subsunção, de acordo com o dicionário, podemos entender "colocar (alguma coisa) em contexto mais amplo, integrando-a a um todo maior", mas o autor explora um pouco mais o conceito, abordando-o no contexto do trabalho e da acumulação de capital:

Ao falar sobre o desenvolvimento da informática e da telemática e sua contribuição para uma significativa expansão de um trabalho dotado de maior dimensão intelectual, quer nas atividades industriais mais informatizadas, quer nas esferas compreendidas pelo setor de serviços ou comunicações, Arakin cita Bolaño, que nos dá uma explicação do que é o conceito de subsunção intelectual do trabalho capital:

“Esta intelectualização crescente do trabalho do operariado tradicional mediante a introdução da informática e da telemática nos processos de trabalho convencionais, nada tem a ver com uma superação da alienação do trabalho, mas com a mudança do sentido da alienação e com o aprofundamento do enquadramento do trabalhador, com o avanço da exploração das suas energias e capacidades mentais, para além das suas energias físicas e capacidades criativas manuais. Em síntese, uma subsunção intelectual do trabalho no capital” (BOLAÑO, 2000; 2007)

O ensaio completo está disponível na página da disciplina aqui no STOA.