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CK

Cibercultura

por Camila Kakitani - segunda-feira, 24 jun. 2013, 20:57
 

Cibercultura é o conjunto de técnicas, práticas, atitudes e comportamentos relacionados ao desenvolvimento da rede mundial de computadores.  Da mesma maneira que se desenvolveu a sociedade do consumo com o hábito do consumo e do descarte, também se desenvolveu a cibercultura e com ele novos hábitos e comportamentos como a dificuldade de se desconectar e a fragilização dos relacionamentos interpessoais.

 

SOARES, Magda. Novas práticas de leitura e de escrita: letramento na cibercultura. Educ. Soc., Campinas, vol. 23, n. 81, p. 143-160, dez. 2002.

 

TC

Ciberespaço, segundo Pierre Levy

por Talita Carvalho da Mota e Silva - terça-feira, 25 jun. 2013, 16:46
 

    Ciberespaço é um termo utilizado por Pierre Lévy, que significa a infra-estrutura material da comunicação digital, ou seja, o espaço de possibilidades infinitas para a navegação virtual. Este novo campo para a navegação virtual acentua a complexidade das práticas profissionais ao incluir a dimensão do intangível, do imensurável. Assim, a revolução digital não só redesenha os espaços ocupacionais, mas também as competências e habilidades demandadas pela Sociedade do Conhecimento.
    As novas tecnologias transformam a relação com o espaço, dando-nos uma nova percepção de mundo e, neste contexto, observamos uma era digital marcada por uma velocidade e um estilo de vida nunca antes experimentados. O desenvolvimento das redes de computadores instaura um novo espaço para a cultura digital (Franco, 1997) que se estabelece a partir de uma rede de todas as memórias informatizadas e de todos os computadores.
    No ciberespaço não é mais o leitor que se desloca diante do texto, mas é o texto que se desloca e se desdobra de forma diferente no contato com cada leitor (Lévy, 2000, p.14), possibilitando que este não mais se coloque numa posição passiva diante de um texto estático, mas em meio a um processo dinâmico participe como sujeito de uma construção coletiva.
    Pela perspectiva de rede hipertextual, todos os textos passam a fazer parte de um mesmo texto dinâmico que faz desaparecer a noção de página com fronteiras delimitadas, para fazer circular o saber em fluxo. Esta reconfiguração revela a construção de uma nova inteligência potencializada pela sensibilidade, percepção e imaginação, cujos dispositivos técnicos podem colaborar no aprendizado e na aquisição de saberes.

FONTE: Citando Pierre Levy em “ Da escrita linear à escrita digital: atravessamentos profissionais”- Alzira Maria Baptista Lewgoy e Marina Patrício de Arruda. Revista Virtual Textos & Contextos, nº 2, dez. 2003.

 

DJ

Cibervivente

por Daniela Jaramillo Barbosa - domingo, 23 jun. 2013, 19:35
 

"(...)Os viventes nas redes digitais são ciberviventes, personagens de uma sociedade de comunicação e controle. São livres enquanto aderentes aos protocolos que tecnicamente limitam, condicionam e formatam a comunicação de suas ideias. Estão felizes com a agilidade dos serviços que registram suas navegações, com as possibilidades crescentes de armazenamento de seus arquivos pessoais e com as facilidades de como uma única senha permite acessar uma multiplicidade de redes de relacionamento. Os cibreviventes têm, nas redes digitais, mais poder de comunicação e de relacionamento, e mais potencial de influência. Quanto mais participam da rede, mais contribuem para a definição de padrões, mais dados sobre seus interesses e seus comportamentos disseminam, mais controlado são". (p.79, 81)

"(...)Somos ciberviventes, pois nossa sociabilidade passa cada vez mais por redes digitais de comunicação e controle. Nossas vidas são cada vez mais dependentes de senhas e nosso padrão comunicacional é guardado em bancos de dados de grandes corporações. Somos controlados sem sermos obrigados e submetidos opressivamente aos controles. Aderimos a eles e somos felizes por existirem. Chegamos a pagar pelos mesmos." (p. 81)

SILVEIRA, Sergio Amadeu da. “Ambivalências, liberdade e controle dos ciberviventes”. In Cidadania e redes digitais / Sergio Amadeu da Silveira (organizador). Sao Paulo: Maracá-Educação e Tecnologias. 2010.

 

MM

Collaborative Production

por Mateus Machado - quarta-feira, 26 jun. 2013, 02:05
 

“Collaborative production, where people have to coordinate with one another to get anything done, is considerably harder than simple sharing, but the results can be more profound. New tools allow large groups to collaborate, by taking advantage of nonfinancial motivations and by allowing for wildly differing levels of contribution.” 

“By this measure, most contributors to Wikipedia are lazy. The majority of contributors edit only one article, once, while the majority of the effort comes from a much smaller and more active group. (The two asphalt articles, with a quarter of the work coming from six contributors, are a microcosm of this general phenomenon.) Since no one is being paid, the energetic and occasional contributors happily coexist in the same ecosystem.” 

Em seu livro: "Here Comes Everybody: The power of organizing without organizations"(2008), no capítulo 5, Clay Shirky discorre sobre a Wikipedia como uma forma de produção coletiva, buscando entender as motivações de seus autores. 

Neste capítulo apresenta o conceito de Produção Colaborativa, onde não necessariamente todos os agentes que produzem estão contribuindo de uma mesma forma.

O autor ilustra com o exemploda Wikipedia:

Os usuários da Wikipedia convivem em um ECOSSISTEMA construído de maneira completamente descentralizada. Cada usuário escreve sobre aquilo que gosta de escrever, o quanto sentir a necessidade de escrever. É o grande número de usuários que torna a produção possível. Por isso, sistemas como esse só pode ser criados a partir da democratização do acesso a ferramentas de comunicação digital. 

  

 

DJ

Controle

por Daniela Jaramillo Barbosa - domingo, 23 jun. 2013, 19:22
 

"A Internet, essencial sob os mais diversos aspectos sociais, é um arranjo comunicacional baseado em protocolos tecnológicos. Como apontou Galloway, o estilo de gerenciamento das redes distribuídas é protocolar e expressa claramente a sociedade do controle.

Para realizar a comunicação digital é preciso aceitar seus protocolos. Para se comunicar livremente nas redes digitais é preciso acatar suas regras, seus procedimentos e sua arquitetura comunicacional. Assim, é possível observar claramente que a mesma rede que garante nossa liberdade comunicativa é a que nos controla. Não há como garantir o livre fluxo de informação digital sem aceitar os protocolos da rede. Neles reside o controle.

O controle em si não é nem bom nem ruim, simplesmente é o modo técnico de garantir a comunicação distribuída e interativa. São os protocolos TCP/IP e seu sistema verticalizado de organização de domínios, o DNS (Domain Name System), que definem uma série de limites e de possibilidades de comunicação em rede. Construídos por coletivos de técnicos, hackers, engenheiros, acadêmicos e representantes de corporações, esse e outras centenas de protocolos constituem e viabilizam a comunicação em rede. São os elementos mais típicos da sociedade do controle, cujas principais tecnologias de poder também são distribuídas, mas convivem claramente com formas de dominação baseadas nas tecnologias de poder territorial — principalmente os Estados soberanos — e com instituições disciplinares e suas arcaicas técnicas de vigilância." (p. 77)

SILVEIRA, Sergio Amadeu da. “Ambivalências, liberdade e controle dos ciberviventes”. In Cidadania e redes digitais / Sergio Amadeu da Silveira (organizador). Sao Paulo: Maracá-Educação e Tecnologias. 2010.

É interessante a consideração do conceito de controle relacionado com a Internet, já que deixa ao descoberto a natureza da sociedade na qual esse “arranjo comunicacional” funciona , uma sociedade que funciona com regras de controle, direitos e liberdades que são limites aceitados e defendidos por aqueles políticamente de acordo como cidadãos e usuários.