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A

MM

Agenciamento

por Mateus Machado - quarta-feira, 26 jun. 2013, 01:51
 

“A pergunta a ser feita seria: a inteligência coletiva e conectiva conformada pelas redes informatizadas está servindo de suporte para os anseios de produção de uma multidão representativa de uma resistência (enquanto biopotência) que se recusa a refletir os dispositivos de comando encarnados pelo Estado e os modelos da indústria do grande capital?” (p. 94)

“Haveria, na refração do ciberagenciador, uma recusa a se “imaginar no lugar da mercadoria”? Tal recusa explicaria igualmente a refração à propriedade intelectual e uma adesão maciça à cópia não autorizada, ao software livre, ao código aberto, às novas formas de autoria, à colaboração artística, à criação coletiva, etc.” (p. 95)

“O agenciador prefere ter participação potencialmente no todo, no grande texto e assim sentir que o todo lhe pertence (ao mesmo tempo que a ninguém pertence) do que ter ao seu alcance para uso alguns poucos produtos intelectuais dos quais é proprietário.” (p. 95)

Em seu livro "Do autor tradicional ao agenciador cibernético: do biopoder à biopotência" (2009), Alemar Silva Araújo Rena escreve sobre autoria de conteúdos digitais, relacionando a nova forma de produção, anônima e coletiva, com a produção tradicional, autoral e centralizada. 

Rena apresenta o conceito de AGENCIAMENTO, que é quando a produção ganha maior autonomia e não pertence a um agente específico.

O resultado da  produção coletiva  não possui um dono, um autor. Pertence a todos e é produzido por todos com o auxílio da tecnologia. É nesta condição que se cria a motivação para a participação da massa na produção do conteúdo. O fato de pertencer a todos cria uma sensação de pertencimento e ao mesmo tempo de trabalhar para o bem coletivo e não para uma instituição específica. 

 

 

DJ

Anonimato

por Daniela Jaramillo Barbosa - domingo, 23 jun. 2013, 19:33
 

"The phenomenon of anonymity online is equally problematic. Democratic theorists have long debated the question of whether anonymity is constructive or destructive to public speech. Some envision anonymity as a platform that enables speech to be separated from the identity of the speaker, so that all voices can be treated equally; others see anonymity as a corrupting influence, allowing people to evade the consequences of their speech. The advent of the Internet, with its abundant opportunities for anonymous speech, allows us to test speculation against reality.

The case of hacktivism shows that anonymity practices look little like either the worst or best case scenarios envisaged in theory. Some hacktivists use their real names, while others use traceable pseudonyms, and still others use pseudonyms that are completely untraceable. Each of these choices amounts to a type of accountability claim, a political tool that conveys information about the speaker and the speaker’s engagement in the public sphere." (p. 21-22)

SAMUEL, Alexandra (2004) Hacktivism and the future of Political Participation. Tese para Doctorado em Filosofia na Universidade de Harvard.

 

ANEXO:

 

MM

Anonimidade

por Mateus Machado - quarta-feira, 26 jun. 2013, 01:31
 

"Ao contrário do mundo não mediado, na rede telemática pouco importa quem sou, desde que eu satisfaça as necessidades do meio: esteja conectado, esteja extraindo prazer e/ou possa ser útil a meus objetivos e/ou a meu interagente. Noções como classe, localização física, círculo de amizades, aparência física, etc. perdem o sentido. Posso apresentar ou representar a identidade que mais me agrada ou me é útil em determinada situação, uma vez que as referências ou regras de sociabilização do espaço geofísico são constantemente suplantadas por novos paradigmas, nem sempre estáveis." (p.89)  

“A efemeridade de minha existência está mesmo muito próxima de minha anonimidade. É esta que, de certa forma, condiciona aquela. Posso desaparecer porque não sou condição para o funcionamento do sistema. No sistema tradicional de produção de conteúdo, os autores e artistas costumam ser parte de uma cadeia; possuem contratos com editoras,gravadoras,distribuidoras,marcas- anunciantes,redes de TV, etc. Os seus desaparecimentos são em geral lembrados por décadas.” (p.93) 

Em seu livro "Do autor tradicional ao agenciador cibernético: do biopoder à biopotência" (2009) , Alemar Silva Araújo Rena escreve sobre autoria de conteúdos digitais, relacionando a nova forma de produção, anônima e coletiva, com a produção tradicional, autoral e centralizada. 

Rena apresenta o conceito de ANONIMIDADE,  no contexto em que se dá a produção de mensagens em redes telemáticas, que é quando o locutor é anônimo e sua identidade real não é importante para a comunicação.

Este modelo, oferecido por um modelo de comunicação cibernética, propõe a participação ativa da massa a partir da democratização das ferramentas de comunicação. Neste modelo, de construção coletiva, cada indivíduo participa da produção e é co-autor daquele produto de comunicação. Este modelo reforça a propriedade coletiva e se opõe ao grande poder de influência que alguns segmentos possuem sobre as massas. 

 

 

 

LE

Autor

por Lucy Eri Ikeda - terça-feira, 25 jun. 2013, 17:01
 

"Foucault distinguia dois problemas, freqüentemente confundidos pelos historiadores: por um lado, a
análise sócio-histórica do autor como indivíduo social e as diversas questões que se vinculam a essa perspectiva (por exemplo a condição econômica dos autores, suas origens sociais, suas posições e trajetórias no mundo social ou no campo literário etc.), e, por outro lado, a própria construção do que chama a “função-autor”, isto é, “o modo pelo qual um texto designa explicitamente esta figura [a do autor] que se situa fora dele e que o antecede”."

 

Disponível em: http://www.revistatopoi.org/numeros_anteriores/Topoi01/01_debate01.pdf