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Manual de História Oral

Talvez muitos de vocês já conheçam esse livro, mas como não o vi na lista das bibliografias, resolvi acrescentá-lo, pois me serviu muito durante a pesquisa de mestrado. Para mim funcionou como um guia, pois os tópicos são bem destrinchados e, foi formulado por um programa importante no campo da documentação - pelo Centro de Documentação da Fundação Getúlio Vargas (CPDOC), que há anos realiza um profícuo trabalho de registro na área da história oral. Embora a edição original seja mais antiga, as novas edições procuram sempre atualizar os termos e vale a pena a leitura/consulta. O acho bem completo ao que se propõe, ser um guia desse campo metodológico, mas não a única maneira de fazê-lo.




Dinne Queiroz


Memória e Identidade Social (1987) – Michael Pollak

Conferência proferida em proferida no CPDOC-Museu Nacional (Rio de Janeiro, BR) em 1987. Ao longo de sua fala, POLLAK percorre uma série de conceitos trabalhados anteriormente em sua obra a fim de dar conta da memória e a sua relação com a identidade (seja ela pessoal ou coletiva), bem como ambas serem valores disputados constantemente. Pode ser uma leitura complementar bastante interessante em relação ao seu texto “ Memória, esquecimento, silêncio” traduzido para o português em 1989.

 

POLLAK, Michael. Memória e Identidade Social. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 5, ed. 10, 1992. Disponível em: http://www.pgedf.ufpr.br/memoria%20e%20identidadesocial%20A%20capraro%202.pdf. Acesso em: 3 abr. 2022.



Memória individual como expressão de uma memória social - Jucá

Neste artigo, o historiador Gisafran Jucá discute as sobreposições entre a memória social e a memória individual a partir de uma entrevista relacionada à Fortaleza, em uma perspectiva histórica.

É interessante que o pesquisador, no percurso da entrevista, esteve junto ao depoente percorrendo as ruas da cidade de Fortaleza, no Ceará. Assim, podemos observar a história de maneira ainda mais viva, na qual a passagem pelos prédios, comércios e monumentos históricos, operam como mediadores para a memória, e tornam o diálogo ainda mais rico, rompendo com roteiros pré-estruturados e permitindo a imersão do estudioso e do depoente no processo em questão. 


Memória política, atos de comemoração e transmissão da memória

Minha primeira indicação é a tese de doutorado da Soraia Ansara, uma referência importante da psicologia política da memória em São Paulo. Ela desenvolve o conceito de memória política, que destaca o caráter de disputa da memória, que gira em torno de "consensos" e "dissensos" no espaço público. Além do capítulo IV, que é propriamente metodológico - "Construindo os Procedimentos Metodológicos da Pesquisa sobre Memória na Perspectiva Psicopolítica" - o trabalho inteiro pode ser uma contribuição importante pra quem quer pensar a memória construída junto aos movimentos sociais.

O texto "Memória histórica: Reverter a história a partir das vítimas" foca nos atos públicos de memória de mortos e desaparecidos da ditadura, seguindo a linha da Psicologia da Libertação (proposta por Martín-Baró). O texto sugere quatro "funções" desses atos de comemoração dos mortos: dignificar os mortos, dignificar as comunidades sobreviventes, objetificar (tornar objetivo, palpável) o sofrimento dos sobreviventes, e propiciar a solidariedade e mobilização social.

O arquivo "Ensino e Transmisión" contém a introdução e último capítulo do livro "Combates por la memoria en la escuela: Transmisión de las memorias sobre la última dictadura en las escuelas". É importante também pra pensar nas forças que são mobilizadas no processo de transmissão.