História oral e velhice: educação não formal e turismo rural.
O artigo traz
reflexões sobre uma experiência concreta da aplicação da história oral como
estratégia de fomento ao turismo social e educacional voltado a pessoas idosas,
tendo dois enfoques em especial: primeiro, a função social da velhice na
sociedade e, segundo, a exploração cultural de fazendas históricas integrantes
do projeto em Políticas Públicas denominado “Patrimônio Cultural Rural
Paulista” da região central do Estado. A proposta da pesquisa foi trabalhar uma
visão de educação patrimonial não formal no contexto rural, valendo-se do método
de história oral para gerar a compreensão da propriedade imaterial de modo
abrangente, incluindo a “história da propriedade, os itens lendas e causos,
festas e comemorações, culinária típica da fazenda, atividades musicais, de
artesanato e remédios caseiros feitos à base de plantas”. Os turistas idosos participantes
da pesquisa compartilham os espaços e utensílios dessas fazendas e se apropriam
da cultura contada diretamente por aqueles que a viveram. Após a visita, foram
aplicadas entrevistas por meio de um roteiro que buscou apreender o impacto da
viagem na qualidade de vida dos participantes. A pesquisadora explica que o turismo
cultural desencadeia “um processo entre passado e presente, com testemunhas
vivas, o que foi verificado nessas fazendas históricas, tendo por meta a interpretação
sociocultural das histórias contadas segundo o método da história oral. O texto
aborda conteúdos teóricos, conceituais e metodológicos aplicados à história
oral, como, por exemplo, distinguindo os tipos de narrativas. Descreve “o
depoimento, a história de vida e o relato de vida”, indicando que o estudo aplicou
o relato de vida aos moradores das fazendas e o depoimento oral aos turistas,
com descrição dos métodos aplicados ao longo de todo o processo da pesquisa.