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O objetivo desse curso é refletir sobre certos impasses da história intelectual nacional, tendo como parâmetro um momento preciso da antropologia brasileira. O recorte se centrará na discussão racial mais concentradamente entre 1870 e 1930. O programa começa com os dilemas da geração romântica\", que elegeu o índio como símbolo, para chegar à geração realista\", que aglutinou uma série de intelectuais, que no mais das vezes não se diziam antropólogos, mas acabaram praticando e fundando essa disciplina no país. Nesse caso, é a descoberta da mestiçagem e de seus males, que pareceu motivar uma série de estudiosos. Os anos trinta e a revisão da noção pessimista da antiga geração marca um terceiro momento do curso: os modernistas e a produção de G. Freyre estarão em pauta, isso depois de ter passado pelos teóricos do branqueamento. Por fim, analisaremos a produção da Escola de Sociologia Paulista e sobretudo seu papel na desmontagem do mito da democracia racial. De uma maneira geral o curso tomará como tema a questão da identidade nacional e enfrentará a obra de alguns intelectuais destacados que trouxeram para suas obras uma angustiante, e reiterada, questão: \"Que país é esse?\" ou então \"O que faz do Brazil, Brasil?\". Apesar de seu recorte cronológico o curso não pretende imprimir uma visão evolutiva; ao contrário a meta é sobretudo dialogar com os textos em contexto e de forma comparativa. Nesse sentido, alguns romances de época farão parte das leituras obrigatórias e ajudarão na compreensão de diferentes ambientes intelectuais.
- Docente: Fernanda Areas Peixoto
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