Nome:

Walter Mendes Leopoldo

Escola:

E.M.E.F. Desembargador Amorim Lima

Turma:

9ºA - TARDE/ Professora Solange

Relato:

          A nossa primeira visita a escola começou de uma força inesperada: descobrindo que a professora Solange inicia as suas atividades na escola, diariamente, às 14h e não às 13h conforme o proposto no nosso cronograma. Dada essa situação. Aguardamos a sua chegada no Hall de entrada.

          Próximo às 14h a professora chegou à escola, demonstrou que já nos esperava e chegou a tentar acertar os nomes de cada de nós acertando, logicamente, quem era a Mariana.

          Como a proposta era conhecermos a turma, o professor e o seu planejamento, acabemos ficando como auxiliares dos alunos (9ºA – TARDE, que possui 18 alunos matriculados) enquanto eles respondiam aos seis primeiros objetivos do roteiro “Energia” (atividade proposta pela professora).

          Visualizamos muita resistência por parte dos alunos para começarem a fazer a atividade, mas muitas desculpas alguns se defendiam no fato de não terem o roteiro do nono ano por não terem terminado os roteiros dos anos anteriores e não terem levado o livro didático de Ciências. As principais características de cada um dos grupos eram, aproximadamente, essas:

  • O primeiro grupo se não demonstrou nenhum interesse pela aula, ressuando-se a fazer qualquer um dos objetivos do roteiro. Posso destacar a aluno Débora cujo posicionamento durante toda a aula foi o de questionadora quanto ao porquê de estar na escola e qual o sentido desse processo para a sua vida como um todo. Quando faltavam uns dez minutos para acabar notei que não conseguiria extrair nada do grupo uma vez que uma das meninas afirmou que elas responderiam ao roteiro em casa e trariam pronto na próxima aula;
  • O segundo grupo depois de muita insistência começou a fazer o proposto, tentando fazer os exercícios anexos (sobre conversão de unidades). Reparamos nesse grupo certa dificuldade para compreender quando deveriam multiplicar ou dividir e, por conseguinte, para que lado “andar” com a vírgula. A Mariana concentrou grande parte dos seus esforços nesse grupo e eu tentei também ajuda-los mais para o final da aula;
  • O terceiro grupo era composto por alunos que já haviam feito alguns dos objetivos propostos, alunos que se possuíam problemas de alfabetização (p. e., O Matheus Ribeiro) e uma aluno, acho que seu nome é Amanda, que se propôs desde o começo a fazer todas as atividades. Os esforços do Felipe foram concentrados integralmente nesse grupo. Quanto a esse grupo a professora Solange fez alguns comentários, como, a existência de uma aluno que faz a venda e distribuição de drogas na escola e de que a maioria dos alunos copiariam as respostas da Amanda.

          Em todos os grupos foi notória a resistência para fazerem registros dos conceitos e discussões.

          Um fato bastante curioso foi o de que a aula foi constantemente “invadida” por um aluno de inclusão de fazia questão de colocar um banquinho na cabeça e a professora o colocava para o lado de fora do Laboratório.

          Conversando com a professora ficou nítido o quanto ela está desgastada com a educação (já dá aluas a mais de 25 anos). Deu para perceber que ela se encontra muito triste com o fato de que muitos alunos chegarem ao final do Ensino Fundamental II sem saber coisas “básicas” como ler e escrever.

          Com relação ao problema de horário, combinamos de que ficaremos as 13h-14h nos salões servindo como “professores auxiliares” para três turmas do Ensino Fundamental II. E trabalharemos com o 9ºA no laboratório.

          Os temas a serem trabalhado, inicialmente, nos laboratórios são os de força e energia (páginas 19-41 do livro de Ciências).

 

          Algumas reflexões sobre o estágio:

  •   Sendo o Amorim Lima uma escola com um Projeto Politico Pedagógico diferenciado (ressaltando que esse é o fator que me impulsiona a continuar nele), qual é o sentido das aulas de laboratório (da forma que fazemos quase se aproxima do modelo tradicional de escola) para a formação dos alunos?
  • Qual o sentido dado por todos os integrantes da escola para a nossa “intervenção”?
  • Sabendo que a escola possui a visão de formar um “aluno com asas”, que ele possa ser autônomo, tem sentido os “forçarmos” a realizar um roteiro específico para a elaboração do que proporemos?
  • Por fim, creio que esse seja um desafio que todos, independente de qual escola tenha pego e que fica bastante gritante no Amorim pela sua especificidade é: Como “ensinar” pessoas que estão “em estágios” tão distintos de aprendizagem? Sendo assim, como elaborar roteiros que visem alcançar o maior número de alunos, os motivando a elaborar  discutir as atividades propostas?
ANEXO: