Nome:

Sofia Guilhem Basilio

Escola:

Desembargador Amorim Lima

Turma:

7º e 9º anos

Relato:

Relato da Segunda Visita

Chegamos um pouco antes da 13h, para podermos nos situar no colégio e, se possível, conversar com  a professora Solange antes do início da aulas do período da tarde. Ficamos alguns minutos para podermos conversar com a diretora, pois o horário de chegada da professora pareceu dúbio.

Nossa primeira surpresa foi quando nos foi informado que a professora só chegaria às 14h. Mesmo assim, resolvemos esperar, pois nosso estágio vai até as 15:30. Contudo, por volta da 13:20 a diretora veio nos informar que a professora já se encontrava no laboratório ministrando a aula.

Quando chegamos à sala, os alunos estavam em pé, correndo de um lado ao outro do laboratório. A professore estava na lousa, construindo uma tabela e (tentando) explicar a proposta da aula: introduzir o conceito de volume e, se possível, densidade aos alunos.

Percebemos a cara de alívio da professora ao nos ver. Nos apresentamos à sala da melhor maneira possível e reparei na apostila que havia sobre a mesa da professora era de 6º ano. De acordo com o horário que recebemos anteriormente, ministraríamos  experimentos para 7º e 8º ano. Quando indagamos a uma aluna sobre que ano eles estavam, ela nos respondeu categoricamente que estavam no 7º ano. Ao perguntarmos à professora sobre tal, ela nos disse que a aluna havia "mentido" para nós. Inclusive, pouco antes de começar o experimento, alguns alunos reclamaram de já terem executado o mesmo no ano anterior.

Um ponto acredito ser importante frisar: há um aluno especial na sala.

Após a professora nos explicar como pretendia dar o experimento (colocar 400ml de água em um béquer e pedir para os alunos colocarem objetos de mesmo volume, porém de massas diferentes e anotarem a variação na medição do béquer) e entregar o material aos alunos, o caos se instaurou de vez: havia grupos que queriam fazer o experimento, mas os outros alunos não deixavam. O aluno especial, por sua vez, começou a xingar os colegas e chegou ao ponto de pegar a tampa de uma lata de lixo e bater em uma colega, passando por arremesso de mala, estojo e caderno.

Nós nos aproximamos dele, pois durante alguns minutos ele saiu da sala e percebemos que os outros alunos começaram a se acalmar. Ou seja, concluímos que, se conseguíssemos deixá-lo confortável conosco, conseguiríamos começar a controlar a sala.

Após essa, digamos, recepção incomum, recebemos a próxima turma. Era um 9º ano. Não sei se meu julgamento foi alterado devido à sala anterior, mas essa me pareceu bem mais sossegada.

Contudo, quando a sala chegou, a professora no disse que havia mudado e horário, e que ele não possuía nada preparado para aquela aula. Ela nos indagou se não tínhamos algum experimento "na manga" sobre pêndulos ou "algo do gênero". Construímos um experimento simples de pêndulo em 5 minutos, apenas para tentar dar uma noção de velocidade angular.

Ao mostrar o que tínhamos construído, a professora passou o resto da aula checando os roteiros dos alunos.

Com isso, tivemos bastante tempo para conversar com eles: tiramos dúvidas, discutimos os problemas que eles tinham e descobrimos que mais da metade está fazendo cursinho para prestar prova para cursar o Ensino Médio em um colégio técnico.

Ao fim da aula, a professora desceu com a gente para conferirmos o horário, que fora alterado no fim de semana anterior. Para a nossa "surpresa", os alunos do teórico 6º ano estavam correto: eles estava no 7º.

 

Opinião Pessoal

Honestamente, não sei como descrever o meu espanto quanto ao 7º ano: eu não consegui ter uma reação quanto ao aluno especial, principalmente durante o incidentes da lata de lixo. Eu não sabia se ia lá para separar, se eu chamava a atenção dele, se pedia ajuda para os colegas ou para a professora.

Acredito que nossos experimentos deverão ser cuidadosamente preparados, na intenção de conseguir incluí-lo.

Acho que faltou controle por parte da professora perante ambas as turmas: embora o 9º ano fosse mais calmo, houve uma chuva de aviões de papel durante toda a aula.

Espero que nossas visitas possam ser um pouco mais "esperada", pelo menos a partir de agora, para não pegar a professora de surpresa, como pareceu ocorrer dessa vez. 

ANEXO: