Relato da Segunda Visita
Nós - eu, Sofia e Gabriela - chegamos um pouco antes das 13h na escola, que seria o horário que iniciaríamos o nosso estágio. Ao nos apresentarmos na secretaria, contudo, foi-nos informado que a nossa professora responsável, profª Solange, só chegava depois das 14h. Essa informação foi ratificada pela diretora depois. Lá pelas 13h20 a professora chegou e foi dar aula para, segundo ela, uma sala de 6º ano.
Nós chegamos na sala de laboratório que estava bem barulhenta por conta dos alunos. Apresentamo-nos e sentamos em um canto da classe para assistirmos à aula. A professora pretendia trabalhar uma experiência bem simples de densidade que consistia em mergulhar alguns objetos na água e completar na lousa o volume deslocado e a densidade do objeto. O que acabou ocorrendo foi uma enorme baderna: os alunos não faziam o experimento e ninguém foi à lousa completar o quadro com os dados solicitados. A professora não tinha nenhum controle sobre eles. Na sala, há um aluno especial que era muito agressivo e por diversar vezes bateu e jogou coisas em seus colegas. Nós tentamos incluí-lo na experiência e propomos várias vezes fazê-la junto a ele. O menino, contudo, não apresentou interesse por mais que explicássemos.
Em um dado momento, a Gabriela peguntou a um aluno qual turma era aquela, tendo recebido como resposta 7º ano. Ao ser confrontada com isso, a professora afirmou que os alunos estavam mentindo para nós. Ao final do dia, quando fomos na secretaria pegar uma tabela com os horários, a professora percebeu que realmente cometeu um equívoco pois aquela sala era de fato o 7º ano, e ela dera uma aula a qual já haviam visto.
A próxima aula era com um 9º ano, que transcorreu muito mais tranquilamente que a anterior. A professora nos pediu que improvisássemos uma experiência. Fizemos um pêndulo com coisas da sala para explicarmos momento angular, período, etc. Depois desse rápido experimento, cada aluno passou a fazer algo diverso, como resolver os exercícios de ciências ou apenas bater papo, como no caso de um grupinho. A professora apenas vistava o que os alunos estavam fazendo. Por diversas vezes os alunos nos procuraram pedindo ajuda na resolução de exercícios e foi muito gratificante auxiliá-los. Percebemos que eles têm dificuldades com matemática: havia um menino que não compreendia transformações de unidades tipo km em m e por aí em diante, utilizando a calculadora do celular para realizar multiplicações e divisões por 10.
Opinião pessoal
Acredito que o estágio vai ser bem mais complicado do que eu pensei. Preocupa-me um pouco a falta de organização da professora e espero que isso tenha sido um caso pontual por termos pego ela de surpresa. Necessitaremos de bastante auxílio para lidar com o 7ºano, principalmente com o menino especial. O 9°ano me pareceu mais comprometido, mas talvez nós tenhamos que dar algum tipo de reforço na parte de matemática ou tentar incluir esses conceitos de alguma forma em nossos experimentos.