Nome:

Gabriela Siqueira de Paula Souza

Escola:

E.M.E.F. Desembargador Amorim Lima

Turma:

7º e 9º anos

Relato:

Relato da Segunda Visita

                Em nossa segunda visita ao Colégio Desembargador Amorim Lima, nós tínhamos o intuito de conhecer e conversar com a professora Solange e as turmas de 8º ano B e 9º ano B. Antes das 13 horas – horário em que começam as aulas – nós – eu, a Sofia e a Natasha – chegamos à escola e fomos atrás da professora. A diretora nos disse que ela não daria aula até às 14 horas e, aparentemente, foi pega de surpresa com a nossa visita. Passada uma meia-hora, aproximadamente, fomos avisadas que a professora tinha chegado e estava dentro da sala de laboratório.

               Quando chegamos à sala, ela estava escrevendo algumas informações na lousa, como o “número da lição” na apostila e a página do livro do 6º ano. Ela nos explicou que queria dar às crianças alguma noção de volume e para isso elas colocariam água em um béquer, adicionariam um objeto e mediriam a diferença. Nós nos apresentamos como as estagiárias que os acompanharão durante o ano na disciplina de ciências, enquanto a professora distribuía o material entre os alunos.

               Começado o experimento, nós ficamos em um canto observando o comportamento da sala. Foi então que a professora perdeu o controle que tinha sobre a turma e o caos reinou: as crianças xingavam umas às outras, se davam tapas, corriam e gritavam. Havia um menino especial na sala que demonstrava um comportamento agressivo e se via provocado em situações em que ninguém havia se referido a ele. O menino xingou metade da sala; se recusou a fazer o experimento, até mesmo quando nós tentamos ajuda-lo; atirou a mala, o estojo e o caderno em outro menino; pegou uma garota pelos cabelos e a arrastou, gritando palavras de baixo calão sobre ela; e, o que me deixou completamente sem reação, de repente, pegou a tampa do lixo e começou a bater, sem dó, em uma menina que estava concentrada em fazer o experimento. Uma garota nos disse que estava no 7º ano e, quando questionada, a professora nos garantiu que aquela turma era de 6º. Inclusive, muitos alunos disseram a ela que já haviam feito aquele experimento.

               Acabou essa aula e veio a turma de 9º ano. A professora esperou que os alunos sentassem, nos apresentou à sala, nos puxou a um canto e disse “Olha, vocês teriam alguma coisa sobre pêndulo, conservação de energia ou algo assim de improviso para apresentar para a sala?”. Tiramos da manga uma coisinha simples e fácil de fazer. Enquanto apresentávamos para a turma, a professora fez um esqueminha de um pêndulo longo e um curto dizendo qual “rodava mais rápido com mais facilidade”. Nesse meio tempo, não havia transcorrido nem meia-hora de aula. Então, ela se sentou, pediu que os alunos levassem um papel com a matéria da lousa copiada para ela assinar e foi o que ela fez durante o resto da aula, enquanto os alunos faziam o que bem desejassem.

               Terminada a aula, a professora Solange pediu que nós descêssemos com ela para confirmar as turmas que iríamos pegar, pois não eram as que tinham nos dito que seriam. Ela entrou na sala nos professores, saiu virando uma folha e disse “Nossa! Eles tinham mesmo visto aquele experimento. Eu que dei aula de 6º ano em uma turma de 7º.”.

Opinião Pessoal

               Acredito que nossa visita à escola deva ser um pouco mais planejada para não pegar ninguém de surpresa, como ocorreu com a diretora; que faltou um pouco de postura profissional por parte da professora Solange; e que nossas aulas na turma de 7º ano terão que ser muito bem pensadas no sentido de incluir o aluno especial.

               Quando comecei a matéria de Práticas de Ensino, sinceramente achava que, de certa forma, estaria preparada para tudo o que viesse. Hoje tenho certeza que não. Preciso receber instruções de como proceder em quase todas as dificuldades supracitadas, principalmente, por não me sentir preparada para lidar com alguém especial.

ANEXO: