Apresentação da aula


O céu de Hubble


Imagem de abertura - semana 5


Aula passada, vimos como o olhar de Galileu recriou o céu, agora muito maior, como corpos semelhantes à Terra, que deixava de ser o centro para orbitar em torno do Sol como os outros planetas. Ao penetrar na região do que antes era sagrado, perfeito e intocável, Galileu abriu caminho para a concepção de um universo mecânico, em que céu e Terra seriam regidos pelas mesmas leis e fenômenos. Este caminho foi trilhado mais tarde por Isaac Newton que deu corpo a essa concepção de universo estabelecendo a Gravitação Universal, tema das próximas aulas, que permitiu unificar o modelo que trataria os bilhões de estrelas da Via-Láctea, que por sua vez poderiam comportar milhares de sistemas planetários, todos regidos por uma única lei que garantia a estabilidade de todo o universo.

Entretanto, uma grande descoberta abalaria nossa imagem do cosmos. Dessa vez, são as observações de Edwin Hubble que, no início do século XX (1924), exigiu uma outra grande revolução na forma de como pensávamos o universo. Até essa época, todo o universo que conhecíamos eram as estrelas da Via Láctea, as quais Galileu já havia feito referência em seu livro. Também acreditávamos que o universo fosse estático, mas as observações de Hubble revelaram outras galáxias como a nossa, num universo ainda muito maior. Entretanto seus estudos estabeleceram técnicas de observação da luz proveniente dessas galáxias, a espectroscopia, que permitiu-nos compreender que o universo não só era imenso, mas que também estava em expansão.

O século XX se caracterizou por um vertiginoso desenvolvimento da tecnologia, que na astronomia culminou, em 1994, quando as espetaculares imagens, do primeiro telescópio espacial Hubble, vieram a público. A ‘’Era Hubble”, sem dúvida marcou e transformou profundamente nossa visão e compreensão do universo.


!!! Recomendação: Leia todos os textos e assista a todos os vídeos antes da atividade.