Sistema Reprodutor Masculino


Funcionamento do Sistema Reprodutor Masculino


O sistema genital masculino está dividido em gônadas (local onde os espermatozoides são produzidos), um sistema de ductos (que ligam as gônadas ao exterior do corpo), uma série de glândulas sexuais acessórias (que produzem substâncias de sustentação para os gametas) e estruturas de sustentação. Em um detalhamento mais fino, podemos identificar as estruturas como sendo os testículos (gônadas), epidídimo, ducto deferente e uretra (sistema de ductos), glândulas seminais, próstata e glândula bulbouretral (glândulas sexuais acessórias), e o escroto e o pênis (estruturas de sustentação).

Os testículos, que no homem ocorrem em número de dois, são órgãos ovais que se localizam no escroto e contêm os túbulos seminíferos, nos quais os espermatozoides são produzidos. Contêm ainda as chamadas células de sustentação, que servem principalmente para a nutrição dos espermatozoides em formação e as células intersticiais, que produzem o hormônio masculino testosterona. A razão pela qual os testículos estão localizados no escroto, fora da cavidade abdominal do corpo, é simples. Para uma perfeita produção dos espermatozoides, os testículos têm de estar em um local com temperatura aproximadamente 1oC mais baixa do que a temperatura corporal. Assim, quando nasce um menino, até aproximadamente 18 meses de vida, seus testículos migram da cavidade abdominal para o escroto.

Animação 1 - Sistema Reprodutor Masculino


O escroto, que é o saco que sustenta e regula a temperatura dos testículos, é composto por uma camada de pele frouxa e musculatura lisa que se contrai e relaxa de acordo com a temperatura do ambiente. Quando baixa a temperatura, a tendência é a musculatura do escroto contrair-se e trazer os testículos para uma posição mais próxima ao corpo, de onde pode absorver algum calor. Ao contrário, quando aumenta a temperatura, a tendência é um relaxamento da musculatura do escroto, afastando os testículos do corpo e, consequentemente, diminuindo sua temperatura.

Uma vez que os espermatozoides estão prontos, eles migram dos testículos até o epidídimo, que nada mais é do que um sistema de ductos fortemente espiralados, onde os gametas são armazenados e sofrem um processo de maturação e aumento de motilidade. A continuação do epidídimo é chamada ducto deferente (ou canal deferente), que se liga à porção prostática da uretra. É no ducto deferente que são liberadas as secreções da glândula seminal. A uretra nada mais é do que um ducto que liga a bexiga ao ambiente externo do corpo, passando pelo interior do pênis.

Associado a esse sistema de ductos que, conforme vimos, ligam o local de produção dos espermatozoides ao ambiente externo ao corpo, encontramos uma série de glândulas que secretam produtos que ajudam na viabilidade e mobilidade dos espermatozoides após a ejaculação. As glândulas bulbouretrais secretam uma espécie de muco, capaz de lubrificar a uretra e impedir assim que os espermatozoides sejam danificados por atrito com as paredes da uretra no momento da ejaculação. Esse muco produzido apresenta um pH básico, de modo que neutraliza o pH da uretra, que normalmente é ácido devido à urina, e, consequentemente, tóxico para os espermatozoides. Ainda associadas ao sistema de ductos, encontramos as vesículas seminais, cuja secreção constitui aproximadamente 60% do volume final do sêmen. Essa secreção, que é de natureza básica e apresenta uma alta viscosidade, é composta principalmente de frutose (fonte de energia para os espermatozoides), prostaglandinas (que auxiliam na mobilidade dos espermatozoides) e proteínas de coagulação para reduzir o desperdício de sêmen após a ejaculação. Já a próstata produz uma secreção que contribui com aproximadamente 25% do volume final do sêmen, além de ter diversas substâncias que auxiliam na mobilidade dos espermatozoides.

O câncer de próstata é um dos tipos mais comuns de câncer e, em geral, é detectado por exame físico ou monitorado por exames de sangue (menos eficazes). O tratamento é variado e depende se o tumor ainda está restrito à próstata ou se já entrou em metástase, podendo, assim, variar entre tratamentos cirúrgicos e radioterápicos até tratamento com drogas de bloqueio hormonal de testosterona.

O órgão acessório final do sistema reprodutor masculino é o pênis. O pênis é um órgão cilíndrico composto de raiz, corpo (do pênis) e glande. A raiz do pênis é a porção proximal, ligada ao osso do quadril. O corpo do pênis é composto de três massas cilíndricas de tecido. As duas massas dorsolaterais são chamadas corpos cavernosos do pênis, enquanto a massa medioventral, menor, é o corpo esponjoso do pênis. Estas três massas são envoltas por tecido conjuntivo e pele e são o tecido erétil do pênis. No momento da ereção, os corpos cavernosos se enchem de sangue, promovendo um aumento de volume do pênis e sua consequente ereção. A extremidade distal do corpo esponjoso é uma região levemente aumentada, chamada glande do pênis, na qual se localiza a abertura da uretra. Cobrindo a glande, temos uma pele frouxa chamada prepúcio. A região da glande tem um grande número de terminações nervosas, todas elas ligadas aos estímulos sexuais necessários para a preparação da relação sexual. A função primordial do pênis é levar os espermatozoides para dentro do corpo da mulher e depositá-los na vagina.

Assista ao vídeo a seguir para melhor compreender o que foi trabalhado até agora.