Programação
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Natureza : Obrigatória
Créditos: 04 Créditos
Carga horária: 60 horas/aula
Horário: Terças feiras, das 08h00 às 12h00Responsável: Professora Flávia Brito do Nascimento
Monitores: Isabela Rodrigues dos Santos e Mariana Kimie Nito
2° SEMESTRE DE 2020Objetivos do curso
Fornecer ao aluno arcabouço conceitual básico para análise do processo de urbanização, através do estudo de suas variáveis e das configurações que vem apresentando ao longo da história. Para tanto, o curso aborda questões e exemplos relevantes presentes na constituição e desenvolvimento de cidades e redes urbanas no período que vai desde o final do século XVIII até o período do pós II Guerra Mundial; evidencia suas manifestações mais significativas nos núcleos centrais e periféricos da rede urbana internacional e nacional, procedendo ao estudo de elaborações teóricas e configurações físicas selecionadas por sua relevância e interesse.
Desenvolvimento do curso
O curso se desenvolve sob a forma de aulas expositivas e dialogadas de natureza teórica com apresentação de material audiovisual, leituras programadas e discussões em exercícios e visitas de campo.Conteúdo Geral
O curso propõe uma discussão sobre as relações entre espaço e sociedade. Neste sentido procura entender a formação da cidade e as várias formas que o processo de urbanização vem apresentando ao longo da história. As questões básicas a serem desenvolvidas dizem respeito ao conceito de urbanização, aos processos desenvolvidos na transição de um tipo de urbanização para outro, às questões de método de análise e à leitura das formações espaciais. Como método de estudo, será dada ênfase nos aspectos conceituais e metodológicos (conceitos, leitura de espaço, transformação das configurações urbanas, comunalidades entre formações espaciais). O importante é que o aluno perceba a urbanização como processo social e consiga identificar os meandros da ligação espaço-sociedade-tempo. -
às 8:00 em: meet.google.com/ivs-dbtt-ydw
Introdução. A cidade industrial e os temas da modernidade, das revoluções à II Guerra Mundial.
ZUCCONI, Guido. “Introdução. A cidade na época da expansão”. _____. A cidade do século XIX. São Paulo: Perspectiva, 2001.
BERMAN, Marshall. “Modernidade – ontem, hoje e amanhã”. In: Tudo o que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. São Paulo: Cia das Letras, 1990. p. 15-36.
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às 8:30 em: meet.google.com/fvu-ubxo-hyw
Higienismo, condições sanitárias, legislações, diagnósticos e intervenção urbana. Londres e Paris
CALABI, Donatella. “O ‘mal’ cidade: diagnóstico e terapia. 1858-1914”. ______. História do urbanismo europeu. Questões, instrumentos, casos exemplares. São Paulo: Perspectiva, 2012. Pp. 1-40.
PERROT, Michelle. “Os operários, a moradia e a cidade no século XIX”. _____. Os excluídos da História. Operários, mulheres e prisioneiros. Pp. 107-132. -
08/09, Aula 3- O Brasil Império e as redes urbanas constituídas pela escravidão, imigração, café, ferrovia e indústria
às 8:30 em: meet.google.com/jjn-gnsz-dhb
Petrópolis, Rio de Janeiro, o Vale do Paraíba, as cidade da imigração no Sul do Brasil.
CHALHOUB, Sidney. “Cortiços”. ____. Cidade Febril. Cortiços e epidemias na Corte Imperial. São Paulo: Cia das Letras, 1996. pp. 15 a 59.
SOARES, Carlos; GOMES, Flávio; FARIAS, Juliana. Cidades Negras: africanos, crioulos e espaços urbanos no Brasil escravista do século XIX. São Paulo: Alameda, 2006. Pp. 77-121.
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15/09, Aula 4- Planos e reformas urbanas: contestações sociais, novas sociabilidades e urbanismo como disciplina
às 8:30 em: meet.google.com/uzs-pwni-zdt
Barão de Haussmann, Paris e a Grande Paris
HARVEY, David. Paris, capital da modernidade. São Paulo: Boitempo, 2015, pp. 131-146; 171-207.
CALABI, Donatella. História do urbanismo europeu. São Paulo: Perspectiva, 2012. pp. 167-189.
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ENTREGA NO EDISCIPLINAS DO SEU PROFESSOR DA AUH0154
nova data de entrega 25/09
ETAPA 1 - Breve relatório com a indicação do tema, do profissional, da obra escolhida, levantamento bibliográfico e iconográfico, e primeiros ensaios com a iconografia.
O relatório deve ser claro e objetivo, respeitando-se as normas ABNT para listagem da bibliografia e apresentando descrição completa das imagens sempre que possível (autor, fonte, data, suporte, formato, técnica…).
Para a iconografia, pede-se que seja feito um trabalho inicial de leitura, com um breve comentário do que as plantas, cortes, elevações/fachadas, perspectivas, fotografias, cartografia, etc, nos mostram. É recomendável que esta primeira leitura seja feita sem auxílio da bibliografia (que deverá ser reservada à segunda etapa), de modo a exercitar a interpretação das fontes visuais. Com estas breves leituras, interpretações, comentários, os grupos poderão iniciar a segunda etapa com um conhecimento próprio do objeto de estudo, que será complementado conforme são incorporadas as leituras da bibliografia. Não é necessário que seja feita a leitura minuciosa de toda a iconografia e cartografia levantada, ficando a critério do grupo a realização de uma triagem. Espera-se que as imagens não sejam aleatórias, mas selecionadas e apresentadas com base numa reflexão acerca de seu conteúdo e de sua pertinência para o trabalho.
Entrega pode ser em word ou pdf.
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22/09, Aula 5- Planos e reformas urbanas: a transformação das preexistências, a estética urbana e o urbanismo como disciplina
às 8:30 em: meet.google.com/vtk-hedy-bpy
Barcelona e Viena (entre Sitte, Riegl, Dvorak e a Ringstrasse).
SITTE, Camilo. “A escassez de motivos e a monotonia dos complexos urbanos modernos”; “ Sistemas modernos”; “Os limites da arte na construção urbana moderna”; “Melhorias no sistema moderno”; ”Exemplo de uma reforma urbana segundo princípios artísticos”; “Conclusão” In: SITTE, Camillo. A construção das cidades segundo seus princípios artísticos (1889). São Paulo: Editora Ática, 1992, p. 93-164.
CALABI, Donatella. História do urbanismo europeu. São Paulo: Perspectiva, 2012. Cap. 3. A circulação e as áreas verdes e Cap. 5 A Estética da Cidade.
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às 8:30 em: meet.google.com/dhi-orjo-rbt
México e Buenos Aires: da trama colonial à modernidade como paradigma.
GORELIK, Adrián. La grilla y el parque. Espacio público y cultura urbana en Buenos Aires, 1887-1936. Quilmes: Universidad Nacional de Quilmes, 2004. “Introducción”, pp. 13-48.
SANTA MARÍA, Rodolfo. Arquitectura del siglo XX en el Centro Histórico de la Ciudad de México. Ciudad de México: UAM, 2005. Capítulo “Una historia particular”. Pp. 79-118.
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às 8:30 em: meet.google.com/awg-kxgt-voe
A vida burguesa, formas de morar e consumo urbano. A exploração colonial e os padrões urbanos europeus. As exposições universais.
HARVEY, David. “Consumismo, espetáculo e lazer” In: ____. Paris, capital da modernidade. São Paulo: Boitempo, 2015. Pp. 281-300.
HARDMAN, Francisco Foot, “Exposições universais: breve itinerário do exibicionismo burguês”. In: Trem fantasma: a ferrovia Madeira-mamoré e a modernidade na selva. São Paulo: Cia das Letras, 2005. Pp. 49-65.
MARINS, Paulo C. G.. “A Avenida Paulista da belle époque: elites em disputa”. In: GORELIK, Adrián; PEIXOTO, Fernanda. (Org.). Cidades sul-americanas como arenas culturais. 1ed.São Paulo: SESC São Paulo, 2019, v. 1, p. 51-66.
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20/10, Aula 8- Novos planos e projetos urbanos: cidade linear, cidade industrial, sujeitos sociais e conflitos
às 8:30 em: meet.google.com/ipe-mjvu-voy
Circulação de ideias, cidades novas e intervenções urbanas. Sujeitos sociais na cidade.
SALGUEIRO, Heliana A. “O pensamento francês na fundação de Belo Horizonte: das representações às práticas”. In: ______ (org.) Cidades Capitais do século XIX. São Paulo: Edusp, 2001. pp. 135-181.
FRIDMAN, Fania. Paisagem estrangeira, memórias de um bairro judeu no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2007. Capítulo 3 e Capítulo 4.
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às 8:30 em: meet.google.com/jcf-rezm-bva
As cidades jardins, balneários, sanatórios e bairros novos (Campos Elísios, Higienópolis, Botafogo).
HALL, Peter. “A cidade no jardim”. _____. Cidades do Amanhã. Uma história intelectual do planejamento e do projeto urbanos no século XX. São Paulo: Perspectiva, 1995. em inglês
WOLFF, Silvia F. S. “Cidade-Jardim, Subúrbio-Jardim, Bairro-Jardim”. In: Jardim América. São Paulo: Edusp/ Fapesp/ Imesp, 2001. pp. 81-126.
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ETAPA 2
Primeira versão do comentário crítico e da biografia do.a arquiteto.a, engenheiro.a responsável pela obra com a bibliografia e iconografia utilizada, apresentada no formato de um verbete de cerca de 1600 palavras. Quando possível e conforme orientação, espera-se que também seja comentada a relação entre o edifício e a cidade hoje.
1. Comentário crítico
Para a pesquisa e a produção do verbete, os grupos devem considerar:
● A cidade e/ou situação urbana.
● O cliente e suas demandas.
● Os parâmetros disciplinares.
● As características espaciais, plásticas e técnicas da obra e seu entorno.
Lembra-se que o comentário crítico deverá ser acompanhado de imagens que façam parte da análise realizada. As imagens não devem ser entendidas como mera ilustração adicionada ao trabalho textual quando este já estiver pronto, mas como fonte de pesquisa, de reflexão e de produção do texto, assumindo um papel de maior protagonismo no trabalho. Para tanto, espera-se que os grupos mobilizem as primeiras leituras iconográficas realizadas na Etapa 1. As legendas podem conter descrições pormenorizadas da iconografia levantada, sempre em diálogo com o texto apresentado, de forma que ambos se complementem.
2. Biografia do.as autores.as
Para a pesquisa e a produção do texto considerar:
● O local e o período de formação dos.as profissional.is.
● As redes profissionais e de sociabilidade do cliente, profissional e/ou
promotor;
● O conjunto de sua produção.
A biografia deverá ser acompanhada de imagens que complementem a análise.
3. A cidade e o edifício hoje
Para a pesquisa e a produção do texto considerar:
● Análise minuciosa do projeto arquitetônico quando disponível.
● Situação geográfica, sítio, implantação, topografia, inserção na paisagem.
● As reformas e mudanças de uso do edifício
● A demolição ou tombamento do edifício.
● As intervenções urbanas e mudanças de ocupação do entorno.
● As edificações e intervenções urbanísticas em face à legislação vigente.
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10/11, Aula 10- A modernidade tropical. Brasil Republicano, herança escravagista, legislação sanitária, segregação e ordenamento urbano
às 8:30 em: meet.google.com/smz-zjvq-fan
O Rio de Janeiro de Pereira Passos: bulevares, vilas operárias e favelas.
NEEDELL, Jeffrey. Belle époque tropical. Sociedade e cultura de elite no Rio de Janeiro da virada do século. São Paulo: Cia das Letras, 1993. Pp. 39-73.
VALLADARES, Licia. A invenção da favela. Do mito de origem a favela.com. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2018. Pp. 22-73.
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17/11, Aula 11- A cidade funcional, os Congressos Internacionais de Arquitetura e o movimento moderno
às 8:30 em: meet.google.com/ydp-oeoo-cyh
LE CORBUSIER. Carta de Atenas (1933). São Paulo: Hucitec, 1989.
MUMFORD, Eric. The CIAM discourse on urbanism, 1928-1960. Cambridge: MIT Press, 2002. Cap 1. CIAM, 1928-1930, pp. 9-58.
FRAMPTON, Kenneth. Le Corbusier. NY: Thames & Rudson, 2001. pp. 21-57.
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24/11, Aula 12- Habitação e cidade no entre guerras. Produção em massa, divisão social do trabalho e questões de gênero na França, Holanda, Alemanha e Inglaterra
às 8:30 em: meet.google.com/yec-rzwq-ugf
URBAN, Florian. Tower and Slab. Histories of global mass housing. Nova York: Routledge, 2012. Cap. 1. Social reform, state control, and the origins of mass housing. pp. 7-18.
COHEN, Jean-Louis. O futuro da arquitetura desde 1889. Uma história mundial. São Paulo: Cosac Naify, 2013. Capítulo 14.
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Centro de São Paulo: entre moradia e consumo, as formas e as transformações da moradia.
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Bairro de Higienópolis: a expansão urbana para além do centro.
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Avenida Paulista e Vila Mariana: a ocupação das elevações e das várzeas: a delimitação do território de ricos e pobres.
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Mooca: a expansão para a Zona Leste e os territórios de trabalhadores, imigrantes e indústrias