Programação

  • 09.08 PRIMEIRO ENCONTRO

     

    Aula introdutória sobre a disciplina, seguida de exercício prático focado em ações performativas.

  • LEITURAS: O QUE É PERFORMANCE?

    Desde meados do século XX, a performance tem se constituído como um campo transdisciplinar refletido pela antropologia, psicologia, sociologia, linguística, estudos culturais, étnicos e de gênero, além de ter atravessado ao longo das últimas décadas o amplo espectro das artes (o teatro, o cinema, o vídeo, as artes visuais, a dança, a literatura) e ainda se firmado, a partir dos anos 70, como uma linguagem artística autônoma, bastante diversificada, a chamada arte da performance ou performance art.

    A partir das referências indicadas, nossos encontros serão direcionados por discussões em roda e práticas corporais.


  • 16.08 PRÁTICAS PERFORMATIVAS ARTIVISTAS E PARTICIPATIVAS DO LPP

     

    Aula expositiva sobre Práticas Performativas artivistas e participativas desenvolvidas na última década pelo Laboratório de Práticas Performativas da USP.  Investigamos e discutimos sobre essas práticas à luz dos estudos sobre arte participativa (Claire Bishop, Reinaldo Laddaga, Ileana Diéguez), ativismo (André Mesquita) e coralidades performativas (Marcos Bulhões Martins).

  • 23.08 CORALIDADES EM JOGO

    Jogos em Coralidades pelo espaço da sala de aula e cac, cap e eca

  • 30.08 MATERIAL PARA AULA

  • LEITURAS: CORALIDADES PERFORMATIVAS

  • AULAS 13.09 e 1.11

    13.09 Exercícios de práticas performativas na Praça da República.


    20.09 a 18.10 (greve)


    01.11 Retorno das atividades de greve com discussões sobre coralidades performativas durante a greve e vídeos do site: 

    urbanas: https://coralidadesperformativasemjogo.eca.usp.br/urbanas/

    artivista: https://coralidadesperformativasemjogo.eca.usp.br/coralidades/artivista-2/

    feminista: https://coralidadesperformativasemjogo.eca.usp.br/feminista/


  • 08.11 ARQUITETURAS DO CORPO (Arianne Vitale)

    Qual é o lugar do corpo nas artes performativas? Como o corpo é expandido, recriado e simbolizado? Como criar formas poéticas de presentificação do corpo em suas diferentes possibilidades? Esses questionamentos refletem as práticas artísticas do LPP, em que Marcelo Denny teceu uma espécie de panorama das arquiteturas do corpo, descritas por ele como diretrizes de análise das artes performativas sob o viés do corpo, que se expande por meio de construções, visualidades, pinturas, ornamentos, próteses e aparatos relacionais, rituais e tecnológicos.

    Ao identificar uma“intensificação de fusões, associações, misturas que acabam por borrar os limites e retemperar princípios, expandindo possibilidades e projetando novas formas de fazer,saber e ver”, a compreensão dos corpos contemporâneos atravessados por diferentes questões“possibilita o surgimento de novos territórios bem como requer um novo instrumental teórico para lidar com um hibridismo sem fim que percebe a arte hoje como um dinâmico e caótico caleidoscópio”, afirma o pesquisador. Organizadas como categorias proeminentes nas artes performativas a partir do século XX – Corpo sagrado, Corpo ritual, Corpo social, Corpo expandido,Corpo relacional, Corpo artivista e Corpo tecnológico –, essas arquiteturas refletem diferentes qualidades e constroem campos sensíveis de expressão a partir das afetações do corpo no campo da arte. “Entre objeto e presença, entre corpo e sujeito, entre corpo e metáfora, essas arquiteturas evocam e ampliam a dimensão corpórea, bem como a sua comunicação”.


    Para Denny, o conceito de arquiteturas compreende desde as antigas formas de constructos corporais, em uma dimensão sagrada ancestral, recuperando a figura do xamã – termoque significa, de modo geral, “aquele que vê além”,“pajé, bruxo, feiticeiro ou mago”, podendo ser designado como o performer do corpo (proto-teatro) –, até as produções contemporâneas de diferentes origens, que investem na potência do corpo a partir de novas tecnologias relacionais. Em geral, essas construções se tornam“materializações de aspectos invisíveis, obscuros,psicológicos, mentais, espirituais do ser humano, como uma espécie de tradução da materialidade no corpo em aspectos abstratos, sensações, crenças e outros processos imperceptíveis na vida, que se configuram como uma constelação de signos e texturas.

  • 22.11 (Marie Auip) e 29.11 (Oliver Olívia) PROGRAMA PERFORMATIVO

    Discussões a partir de Eleonora Fabião: “Programa Performativo: o corpo-em-experiência” trata de teoria e composição de performance e suas relações com a criação teatral contemporânea. Aqui descrevo e discuto performances realizadas por William Pope.L para propor um procedimento composicional específico: o programa performativo. Nesta reflexão a noção de “Corpo-sem-Órgãos” desenvolvida por Gilles Deleuze e Félix Guattari a partir da obra de Antonin Artaud é referente fundamental. O programa é compreendido como “motor da experimentação” – enunciado que norteia, move e possibilita a experiência. Tratar do programa performativo no âmbito da criação teatral é ainda evocar temas como cena expandida, corpo-em-experiência, experiência de criação de corpo e dramaturgia de ensaio.

  • TRABALHO FINAL

    • Trabalho Final: Elaborar um texto reflexivo destacando os principais pontos práticos e teóricos abordados em nossos módulos: Coralidades Performativas, Arquiteturas do Corpo e Programa Performativo, a partir dos questionamentos:


      1- A partir dos textos bibliográficos e das discussões em sala de aula, como foram as experiências das práticas de coralidades performativas na USP, na Praça da República e na vivência da greve? 

      2- Como foi o desenvolvimento do processo de seu trabalho prático final, a partir das discussões trazidas por nossos convidados (Arianne Vitale e Oliver Olívia) e os textos de Eleonora Fabião? (como foi pra você)

      3- Considerações finais: Em que medida o curso contribuiu para sua formação?

      4- Enviar esse material junto ao Programa Performativo