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A

Ars antiqua

Estilo desenvolvido no fim do século XII na Escola de Notre Dame, celeiro de mudanças não só na música, mas também em áreas como filosofia e arquitetura.

Seu ponto principal era a questão rítmica. A proposta era a aplicação direta dos pés métricos literários na música. Tinha-se, desse modo, a alternância de sons longos e breves que compunham as células rítmicas características e sua organização em espaços divididos por acentos. São, respectivamente, as têmporas e os tempos.

Todo esse esforço era em prol da precisão rítmica das várias vozes cantando juntas.


Ars Antiqua foi o nome dado de como a música era praticada entre os séculos X ao XIII, arte antiga, que só recebeu esse nome a partir do tratado da Ars Nova de Phillipe de Vitry ca 1324.

A Ars Antiqua ou arte antiga  foi assim denominada entre os séculos X ao XIII, neste contexto começa com o surgimento da Polifônia nos Reinos da Suiça, França e Itália.

No primeiro estágio ela é nota contra nota, não tem rítmo, é uma polifônia simples sempre em paralelismos.

Num segundo estágio os músicos já utilizam regra de movimentação séculos X ao XI para se vencer os paralelismos.

No terceiro estágio os músicos no convento de Saint Martinal de Limoges na França, estudam como vencer o problema rítmo, ou seja como dar movimento rítmico às vozes. E já no século XIII começaram a aplicar a literatura na música.

Ao redor do Século XII surge um gênero na catedral de Notre Dame denominado Organum Duplo, que consiste na inserção de uma seção polifônica dentro de um cantochão, onde se prolongava uma nota de modo que permitia que a voz mais aguda (o solo), cante contra ela, frases de comprimento variável. O termo organum no sentido próprio, refere-se apenas ao estilo em que a voz mais grave mantém longas notas,quando ambas as vozes passaram a mover-se a um ritmo semelhante, assim tendo o organum melismático com duas notas, ele é chamado de organum duplum, e ele então é formado por secões chamadas de clausulas, entre essas clausulas há clausulas de Descantus. Esta é a cláusula de encerramento que recebe o nome da já antiga técnica de contraponto e movimento contrário.

Até o século XIII, discantus poderia significar o movimento contrário das vozes, e  passou a designar um tenor ritmicamente organizado, diferente do organum.

O problema dos rítmos que foram estudados na catedral de Notre Drame, teve seus padrões codificados como uma série de seis modos rítmicos, regra geral, por um simples número.

1 - Troqueu 2 - Jâmbico 3 - Dáctilo 4 - Anapesto 5 - Espondeu 6 – Trebac , eles eram baseados nos pés metricos, e eram fixos porque eram poéticos da Grécia, da poesia da antiguidade grega, as suas células fixas eram divididas em tempos breves e tempo longo.

Discantus deriva da palavra diaphonia que é um canto divergente e é um movimento de nota contra nota podendo aparecer em duas formas, sílaba contra sílaba, com ambas vozes movendo-se no rítmo do texto, e melisma contra melisma ritmo livre mas pela necessidade de articulação textual,possui um movimento de regulação através das consonâncias e dissonâncias.

O compositor Leonin tem três estilos ou tipos de composições representados na música da Escola de Notre Dame, Graduais, aleluias e responsórios. Perotin tem sua obra podendo ser considerada como continuação da de Leonin, começou a usar as cláusulas com evolução e as chamou de clausula de substituição. Perotin e seus contemporâneos expandem de duas, para três até quatro vozes, designadas por nome, tripum e quadruplum.

Conductus se desenvolveu de fontes semiliturgicas como o hino e a sequência, mas acolheu mais tarde letras seculares, ele era escrito para duas, três e quatro vozes.

Motete veio da clausula por adição de palavras aos melismas da segunda voz superior a qual passou a ser chamada Motetus e eventualmente a terceira denominada tripum, sendo portanto a distribuição de texto para todas as vozes que faziam parte no conjunto daquela música, como exemplo antes as pessoas cantavam o mesmo texto em unissono ou várias vozes. 

O organum e o conductus caiu em desuso por volta de 1250, entrando no seu lugar o Motete. 

 

 

 


Ars Antiqua.

   O Organum é um estilo musical que marcou o início do gênero polifônico (várias vozes) no período conhecido como Ars Antiqua (Arte Antiga). No séc. Xll deixou de ser improvisado pelos músicos e passaram a haver compositores do estilo, como o conceituado Leonin no Sul da França (especificamente na catedral de Notre Dame), que foi posteriormente desenvolvido por Perotin.

   Proveniente do próprio cantochão monofônico (uma voz), inseria-se uma vox organalis, discantus ou duplum, ou seja, floreios encima da vox principalis, cantus ou tenor (sílabas longas), que era o próprio cantochão. Se trata de um tipo de tropo no cantochão pois se mudava a estrutura de sentido numa linguagem pré-definida. A partir de então a Igreja passa a ter tanto repertório monofônico como polifônico. Ao mesmo tempo, desenvolveu-se a poesia profana trovadoresca.

   O Organum de Leonin é o Organum Duplum (duas vozes), e passou por três estágios consecutivos:

1- Paralelismo: Nota x Nota, sem rítmo;

2- Movimentos oblíquos: Regras contrapontísticas, técnica que foi chamada Discantus;

3- Noção rítmica: Aproveitaram-se os Modos Rítmicos Gregos. São seis, concatenados entre figuras de longas e breves, formando os pés métricos;

   O Organum obedecia a uma divisão de suas partes, chamadas de Clausulas: Tropo polifônico -> seção monofônica -> tropo polifônico -> seção monofônica -> [...] -> Clausula de Discantus, que encerrava o canto, chamada assim por usar a técnica de Discantus. Apenas nesta última clausula percebe-se uma noção rítmica em ambas as vozes, um padrão denominado Ordo (Ordem), podendo esse rítmo ser igual ou diferente entre elas. Na Clausula de Copula, a voz organal era ritmada e o tenor mantinha-se em notas longas.

   A partir de Perotin, ainda em Notre Dame, a malha polifônica será ampliada, surgindo o Organum Triplum (três vozes: um tenor e duas organais), onde ocorre uso de línguas diferentes em simultaneidade com o Latim na Clausula de Discantus; e o Organum Quadruplum (quatro vozes: um tenor e três vozes organais), onde os conglomerados sonoros serão intervalos de 5a, 4a e 8a, estilo chamado de Conductus devido ao uso da regra de movimentação oblíqua. Perotin cria a Clausula de Substituição, que são novas clausulas, desenvolvidas a partir das criadas por Leonin, agora com maior precisão rítmica. O estilo de Perotin foi chamado Copula.

   O Discantus do Organum Triplum se transformará numa peça independente chamada Motete. O Organum e o Conductus que são formas mais livres dão lugar ao Motete. Ou seja, Motete é um gênero proveniente do Organum, mas que conquistou sua independência, desligou-se da clausula organal. Há politextualidade e tenores novos, ou seja, tema não é religioso. A música sai das Igrejas.


B

Borgonha

Escola da Borgonha é o nome que se dá a um grupo de compositores ativos no século XV em torno da corte dos duques da Borgonha, senhores de um território que atualmente corresponde ao leste da França, Bélgica e Países Baixos. A escola de Borgonha representa a primeira fase da música do Renascimento e da escola franco-flamenga de polifonia. Influenciou a produção musical de toda a Europa, inclusive da Itália.


C

Codex Calixtinus

É a primeira fonte onde encontramos polifonia a 3 vozes utilizando-se da notação tetragramal, diferente da polifonia praticada em St. Martial. Era, basicamente, canções de peregrinos, portanto, a melodia ficava sempre na voz mais grave, enquanto a voz superior soava moderadamente em melismas e a terceira voz, sempre silábica. É um tipo diferente de prática de organum.


Conductus

Gênero musical de forma reiterada que era utilizado para acompanhar os personagens em procissão durante os ritos religiosos.


D

Discantus

Em St. Martial o Discantus representa uma cláusula que dita, basicamente, que o movimento das vozes no organum deveria ser preferencialmente contrário, na estrutura de nota x nota, ritmo x ritmo, sílaba x sílaba ou melisma x melisma. O ritmo era livre, porém a articulação deste ainda dependia da necessidade da articulação textual, que esta, por sua vez, regulava as consonâncias e as dissonâncias.

No entanto, é necessário estar atento, pois a partir do séc. XIII, esse mesmo termo designará o tenor ritmicamente organizado.


H

Hoqueto

O hoqueto foi uma técnica de composição, em que o fluir da melodia é interrompido pela inserção de pausas, geralmente, de forma que as notas ausentes sejam cantadas por outra voz, repartindo-se, assim, a melodia entre as diversas vozes. Tais composições podiam ser tanto vocais como
instrumentais (estas, sempre em andamentos rápidos).


O

Organum

O organum é um tipo primitivo de composição polifônica, que surgiu cerca dos séculos IX a XIII.

Especula-se que a partir do século IX o cantochão passou por um processo de duplicação. Uma melodia de cantochão, chamada de vox principalis, era duplicada à quinta, à quarta ou à oitava. Essa duplicação passou a ser denominada de vox organalis. A esse novo estilo que designou-se o "organum". Este, irá se desenvolver em três estágios.

O primeiro estágio (séc. IX) foi denominado paralelismo (nota contra nota); o segundo (séc. X-XI), movimentos contrapontísticos, havendo regras para movimentos contrário e oblíquo; e no terceiro estágio (séc. XIII), encontravam-se problemas rítmicos. O princípio é de que nos pontos fortes irá ter a consonância de 5ª, 4ª e 8ª.

O organum, assim desenvolvido, passou a ser composto e anotado, e, a partir de então, a voz organal adquiriu maior importância.

 


Organum Duplum

Se desenvolve a partir da introdução de uma seção polifônica no cantochão(surge em paris Notre Dame).



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