2. Mãos à obra

Atividades relacionadas à obtenção de organismos e sua posterior triagem visando à identificação exigem tanto concentração nas especificações da metodologia de coleta, descritas para cada grupo de interesse, como organização das informações referentes aos exemplares coletados. É imprescindível que dados referentes ao material sejam anotados nas etiquetas interna e externa do recipiente de armazenagem da amostra. No laboratório, equipamentos (instrumentos ópticos, por exemplo) são utilizados para possibilitar a visualização de detalhes que permitam a caracterização dos táxons encontrados.

A seguir, é apresentado um protocolo para coleta e cultivo de diversos invertebrados de água doce, proposto como fonte para consulta e aperfeiçoamento do conhecimento associado à diversidade de animais invertebrados de pequeno porte. O protocolo instrutivo compõe-se de 7 etapas sequenciais e todas podem ser cumpridas. Apenas a última etapa indica uma atividade que deve ser produzida após a leitura e/ou a experiência da coleta e cultivo dos animais conforme instruções dadas nas 6 etapas anteriores. O cursista não é obrigado a passar pela parte prática, muito menos sacrificar os animais envolvidos. Aqui são apresentadas técnicas científicas úteis ao trabalho em laboratórios de pesquisa. Pensando no curso do Ensino Médio e havendo possibilidade de coleta, após a visualização dos animais, eles podem ser devolvidos com vida ao ambiente onde foram coletados.

Figura 1. Animal residente em ambientes fitotelmáticos, como bromélias, por exemplo. Alimenta-se de detritos e possui glândulas serígenas para se deslocar com fios de seda nas folhas das bromélias. Trata-se de um crustáceo ostrácode, chamado Elpidium bromeliarum, facilmente encontrado em regiões mais conservadas de mata que possuam bromélias.
Fonte: Cortesia de Elise Vargas Pereira.