1. Início de Conversa

Conforme a proposta seguida no tema diversidade de animais invertebrados, entende-se que o tipo de divulgação associado a estes organismos não determina sua importância real na natureza. Assim, estudar a diversidade deles deve ser levado em conta para a boa formação do biólogo. Espera-se que ele compartilhe tais informações, instruindo pessoas de outras áreas sobre as peculiaridades das micro, meio e mesofaunas, com possíveis aplicações médicas e econômicas, além de seu indiscutível papel ecológico no ambiente que residem. Sendo de grande valia também para apresentar a diversidade animal aos alunos do Ensino Médio, muito superior em número e qualidade do que imaginam.

Para contemplarmos um exemplo dessa diversidade relativamente, analisaremos a fauna que se encontra geralmente em reservatórios de água doce. Muitos seres vivos habitantes de corpos de água doce, desde grandes lagos de hidrelétricas e rios caudalosos até microambientes como as pequenas quantidades de água acumuladas em musgos e bromélias (denominados fitotelmata), representam diferentes grupos de animais e protistas. Não há filos animais exclusivos da água doce, sendo o mais comum encontrar umas tantas espécies habitando a água doce e os demais representantes do filo vivendo no mar ou no ambiente terrestre. Há ainda grupos que passam somente parte de seus ciclos de vida na água doce, passando a explorar habitats totalmente diversos na fase adulta; é o caso de muitos insetos e vermes. Assim, nós nos deparamos com uma diversidade acentuada de planos corporais e soluções diversas para a sobrevivência.

Quando ocorre a oportunidade de se encontrar um organismo, surgem perguntas biológicas básicas: como se chama (nome); onde mora (habitat); qual sua profissão (função ou papel que desempenha no local em que vive); seus hábitos (como se locomove, se alimenta, se reproduz, se defende); suas dimensões (tamanho relativo), entre outras questões. De posse de tais informações, passa-se a investigá-lo de acordo com o interesse do investigador.

Portanto, passar pela experiência de encontrar e reconhecer devidamente diferentes invertebrados torna-se uma atividade não apenas necessária, mas também enriquecedora. Vamos visualizar um vídeo sobre dois pequenos animais marinhos, pouco conhecidos, vivendo em associação?

Legenda: O copépode Sapphirina angusta vive na cavidade do corpo do tunicado planctônico Thalia democratica, se alimentando dos tecidos do hospedeiro, o que pode causar sua morte.
Fonte: http://cifonauta.cebimar.usp.br

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No próximo tópico, “mãos à obra”, vamos realizar uma atividade envolvendo animais de corpos de água doce.