Apresentação da aula


A Tecnologia nos Documentos Oficiais e Materiais Didáticos


Imagem de abertura - semana 5


As leituras anteriores evidenciaram que a escola busca se atualizar e se aproximar das demandas formadoras da atualidade. Essa preocupação já estava clara na LDB de 1996 e nos documentos que se seguiram: as Diretrizes Curriculares e os Parâmetros Curriculares. No caso do Estado de São Paulo, sua Proposta Curricular está em sintonia com os principais desafios e anseios dessa nova escola. A Interdisciplinaridade e a Contextualização foram incorporadas a esses documentos e assumem papel central na estruturação de um currículo por competências. Ainda que não esteja bem clara a compreensão do que seja um ensino por competências, é possível observar que se trata de uma ampliação da ideia de conteúdos escolares. Quando se pensa em um currículo por competências, os conteúdos disciplinares e específicos não são dados a priori e não têm uma finalidade em si, mas passam a ser meios para a construção das competências almejadas. A ordem de planejamento das aulas passa a ser a seguinte:

Competências desejadas – identificação dos recursos cognitivos – conteúdos – (suposta) aprendizagem – competências observáveis (habilidades)

O projeto pedagógico da formação desejada terá que assumir como ponto de partida as competências a serem construídas com os alunos. Depois disso é que se pensa nos conteúdos. Em outras palavras: escolhidas as competências, quais conteúdos podem contribuir para sua construção? Compreender essa nova ordem é fundamental para tornar possível a elaboração de um currículo por competências. O que se chama de recursos cognitivos no esquema acima podem ser saberes, técnicas, métodos, informações, processos e outros. Competências não se reduzem a saberes, ou conteúdos; elas deveriam assegurar a possibilidade de gestão desses recursos cognitivos a serem mobilizados em situações ou tarefas a serem desempenhadas, seja na escola, seja na vida diária. É nessa perspectiva que se entende que seja possível o ensino da tecnologia, ou seja, admitir que também os processos tecnológicos podem ser fontes de conhecimentos a serem ensinados na escola. É com essa visão ampliada e atualizada dos conteúdos escolares que se deve pensar na escolha dos recursos cognitivos que irão compor os programas. O ponto de partida não é o conteúdo em si mesmo, mas as competências que se deseja construir, lembrando que algumas competências são mais específicas, outras mais amplas. Não existe uma relação única entre competências e conteúdos. Vários conteúdos podem levar à construção de uma ou mais competências; ou o contrário.