Territorialização na Atenção Básica
Material didático destinados à fixação de pontos importantes sobre o tema da Territorialização na Atenção Primária. Este material não substitui a leitura dos textos indicados, apenas reforça ideias centrais sobre a matéria.
GEOGRAFIA MÉDICA
A Geografia Médica tem Hipócrates como precursor e vigeu até meados do Século XX, quando foi desestimulada. O objeto da Geografia Médica era, e é, o espaço geográfico das doenças, sendo especialmente interessante à identificação de áreas de risco de doenças (zonas, territórios, regiões etc.). Recentemente, com a popularização dos mapas digitais, a Geografia Médica ressurgiu das cinzas, recebendo o aporte teórico da geografia e a instrumentalização advindas das tecnologias de informação.
Ainda no mesmo artigo, admitiram, os autores, a definição de PESSÔA (1960):
"A Geografia Médica tem por fim o estudo da distribuição e da prevalência das doenças na superfície da Terra, bem como de todas as modificações que nelas possam advir por influência dos mais variados fatores geográficos e humanos."
Percebe-se, nas distintas, mas não muito diferentes, definições de Geografia Médica, que existe um componente objetivo, que é o espaço físico, a superfície da Terra, e um componente subjetivo, que é a atividade humana sobre o componente objetivo. Trata-se da caracterização da geografia física e da geografia humana, cujas definições refletem grande importância nos encontros teóricos da Medicina e da Epidemiologia com a Geografia.
Estes conceitos ajudarão na compreensão do fenômeno da territorialização da Atenção Primária à Saúde, sendo especialmente viável seu uso no apoio das atividades de vigilância sanitária, de vigilância epidemiológica, da Estratégia de Agentes comunitários de Saúde e da Estratégia de Saúde da Família.