02 - Evolução

Veremos mais para frente, na disciplina de fisiologia, um pouco sobre as funções do nervo vago. Uma das suas ramificações é o chamado nervo faríngeo recorrente, que é responsável por enervar a laringe.

Analisando a anatomia dos diferentes vertebrados percebemos que um dos ramos do nervo laríngeo parte do crânio diretamente até a laringe, no pescoço. Uma outra de suas ramificações, no entanto, traça um caminho bem mais curioso. O nervo parte da cabeça, ‘desce’ até a região do tórax. Ali, o nervo “faz meia volta”, passando por detrás do arco aórtico, e ‘sobe’ de volta até a laringe (ver figura1). Dessa forma, o nervo, que poderia traçar uma linha direta do crânio até a laringe (uma distância de apenas 3cm a 4cm no ser humano), dá uma volta de 30cm a 60cm. O mais curioso é que esse padrão na rota do nervo faríngeo se mantém em todos os vertebrados. Na girafa, o caso mais extremo, o nervo laríngeo tem um comprimento de 4,5m. Como descrito acima, ele percorre todo o comprimento de seu pescoço, passa por detrás da aorta dorsal, e sobe de volta (ver figura 2).

Bem, e o que tudo isso tem a ver com a evolução?

Assista ao vídeo a seguir e veja:

Trata-se da segunda parte de um documentário disponível em 4 partes no Youtube.

Agora que você já assistiu ao vídeo discorra com as suas próprias palavras sobre as seguintes questões:

1) Qual é a importância evolutiva do nervo laríngeo recorrente em vertebrados?

2) Você consegue pensar em algum outro exemplo de estrutura biológica ou característica anatômica que também seja remanescente da história evolutiva em algum grupo de seres vivos?

Para assistir às quatro partes do documentário, clique nos links abaixo.

• (somente em inglês)