6.Resumo (feedback) dos docentes sobre a atividade de aula
Resumo dos exercícios complementares de aula entregues pelos alunos
Apresento, aqui, as atividades exploratórias e as intervenções de Psicólogos vistas no vídeo da Creche e que mais foram citadas pela turma.
1. Que atividades exploratórias estão presentes no vídeo?
❏Crianças brincando com objetos da sala da creche, tocando, chacoalhando,
apertando, ou seja, manipulando-o conforme sua curiosidade.
❏Crianças aprendendo como se comunicar com outras crianças;
❏Crianças aprendendo a confiar na cuidadora, visto que sua mãe não está
mais presente no local;
❏Crianças explorando outros cômodos da creche, após sentir liberdade para
tal.
❏Crianças correspondendo às atividades propostas pelas cuidadoras, como é
notável nas passagens em que a cuidadora lê um livro sobre abelhas, e a
criança imita o que seria o vôo deste inseto, e em que a cuidadora alimenta
a criança com uma papinha.
São notáveis, dessa forma, estímulos externos de locomoção (p. ex. andar pela
creche), manipulação de objetos (p. ex. brincar com os objetos) e de escolha e tempo de inspeção (p. ex. explorar os cômodos do ambiente), como também estímulos externos audiovisuais (p. ex. ouvir histórias).
- Exploração de outros ambientes da creche: ultrapassar limites do ambiente usual destinado às crianças, mostrado no início do vídeo;
- Amarrar o sapato do colega;
- Brincadeiras com água na hora do banho;
- Manusear livros e outros objetos do ambiente;
- Interação com outras crianças e com a pajem;
●Exploração locomotora: tanto na atividade da criança em explorar o
ambiente de suas casas quanto o da creche (lugar que apresenta várias
novidades);
●Manipulação de objetos: por meio do uso de brinquedos que estimulam
sensações visuais, táteis e auditivas nas crianças;
●Escolha e tempo de inspeção: não é frisada no vídeo, no entanto, percebe-se
que as crianças escolhem passar mais tempo em ambientes que as instigam
(como locais com brinquedos e mesmo lugares onde são cantadas músicas e contadas histórias).
2. Que intervenções o psicólogo pode fazer nessa situação?
É papel fundamental do psicólogo tornar esse primeiro contato da criança, bem como de sua família, com outros âmbitos menos desconfortável e insegura.
Para isso, é necessário promover ambiente tanto para as famílias como recreadores, técnicos e cuidadores de confiança mútua, fazendo com que todos os envolvidos entendam claramente o objetivo que têm em comum. Reuniões sistemáticas são opções válidas. Precisamos ressaltar que, para que essa exploração ocorra sem inibição de outros fatores motivacionais, é necessário gerar confiabilidade da criança ao ambiente/pessoas que a cerca.
Além disso, é de grande interesse que as alterações na rotina e oportunidades de exploração do novo ambiente pela criança ocorram de forma gradual, com aumento progressivo do contato com as novidades. No primeiro dia, por exemplo, duas horas com a presença dos responsáveis (com aqueles que a criança tem vínculo afetivo), já no segundo, três horas sem responsáveis, e assim sucessivamente, estimulando, dessa forma, a curiosidade e não o medo ou tristeza.
A intervenção do psicólogo ainda é valida no momento de se estabelecer clareza no contato entre pai e filho, promovendo ambiente mais saudável e estável, visto que uma alternativa usada por muitas famílias nesse primeiro momento é a de sair escondido e/ou dizer que vai se afastar por pouco tempo (ir ao banheiro) e já volta. A criança que passa por essa situação, além de ter maior dificuldade de estabelecer a confiança, provavelmente sofrerá por mais tempo com o processo de percepção e exploração do novo ambiente.
❏Conversar com os pais da criança, acalmando-os em relação aos sentimentos dos
filhos por eles (esclarecendo que a não presença de choro ao deixar suas crianças
pela primeira vez na creche não significa que as crianças não os ame mais);
❏Conversar com a criança, esclarecendo a ela que os pais não estão a
abandonando;
❏Participar da adaptação da criança à creche observando-a e propondo que ela
traga brinquedos e objetos de casa, para que se sinta confortável no novo
ambiente;
❏Conversar com os cuidadores da creche para acompanhar os comportamentos da
criança;
❏Auxiliar na ambientação da família e da criança à creche;
❏Auxiliar nas reuniões de planejamento do atendimento da creche, propondo
maneiras de transformar este ambiente em um ambiente amigável, acolhedor e
educativo para as crianças.
1) Em relação à família: informar e levar conhecimento sobre o funcionamento de emoções nas crianças; conscientizar sobre a validação do sentimento da criança; tentar reconhecer possíveis fantasias e percepções distorcidas dos cuidadores quanto à possível mudança de comportamento nessa fase (ex: o filho ficar tranquilo no momento de separação na creche); acolher as demandas de cada família; fazer ponte de comunicação entre as recreacionistas e a família; marcar reuniões periódicas com a família; monitorar e auxiliar a adaptação da família à creche
2) Em relação à criança: atentar se para os sinais de sentimentos negativos (choro, negar comida, ataques de fúria) e conceber as necessidades da criança como um todo; reconhecer a individualidade da criança; conhecer as reações comuns das crianças em cada faixa etária; auxiliar na adaptação de forma individualizada e atenta para as necessidades e características individuais de cada criança; ajudar a criança a interagir com outras; observar a interação das crianças umas com as outras e com as pajens.
3) Em relação à pagem: auxiliar a sua comunicação com a família de cada criança, de forma que as recreacionistas não se sintam responsáveis por lidar com as inseguranças e queixas individuais. Porém, ainda deve-se manter a viabilidade de um canal direto de comunicação entre as pajens e a família por meio de reuniões entre a equipe e responsáveis.