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O objetivo geral deste curso é apresentar um breve histórico da evolução do conceito de interpretação na ciência psicanalítica, fazendo uma análise crítica a respeito dos motivos e influências que levaram a transformações significativas na prática da interpretação. Na Psicanálise clássica de Freud, os fenômenos da resistência, da transferência somados à prática da interpretação sempre compuseram seus fundamentos estruturais. Contudo, a visão inicial freudiana a respeito da interpretação sofreu transformações na ciência psicanalítica, caminhando em direção a teorias humanistas e a aspectos que dizem respeito à vincularidade, caracterizando a psicanálise contemporânea. Diferentemente dos trabalhos de Freud, nos quais “interpretar” aparece como uma forma de o analista explicar o significado de um desejo (pulsão) inconsciente, na obra de Winnicott a interpretação é considerada como um auxílio ao desenvolvimento emocional do paciente. Na teoria de Winnicott, a interpretação ganha um espaço menor e menos fundamental, caminhando na direção de outras práticas mais voltadas à comunicação não-verbal, holding, ambiente suficientemente bom; o foco da prática de Winnicott está na existência e não na decodificação de um inconsciente reprimido. Winnicott propõe uma divisão entre as técnicas da psicanálise em interpretação e setting, sendo este último o ambiente que proporciona o holding.
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