Programação
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Plano do curso. Necessidade de participação de todos (através de seminários, grupos de estudo, apresentações etc.) para abordar um repertório mais abrangente. Conversa sobre as várias noções de harmonia. Desnaturalizando o conceito. O horizontal e o vertical. Ideias de música, ideias de harmonia. Eurocentrismo: tecnicismo (música "pura") e foco da análise na organização das frequências (harmonia e contraponto). Retomando textos teóricos sobre teoria e branquitude (teoria e racismo/Phillip A. Ewell). Ideias de harmonicidade e de sonoridade (agenciamento, soma de atributos). Ideia menos “pura” de música, ligada aos contextos, aos mundos criados, à expressão de territórios, à escuta além da música. Por exemplo: sonoridade de Debussy, Ives, Pauline Oliveros, Chiquinha Gonzaga, Thealonius Monk, Emicida, Caetano, Saariaho, Nina Simone, Joëlle Leandre, Michael Jackson, Beatles, Hermeto Pascoal, Joyce, Lea Freire etc.
2- Ferramentas tradicionais eurocêntricas de análise harmônica: Schenker, teoria dos conjuntos (Alan Forte). Verticalização da harmonia: Mussorgsky, Debussy. Noção de harmonicidade. Consonância e dissonância. Direcionalidade, causalidade, linearidade, discursividade. Harmonia circular, harmonia estática. A expressividade romântica e a ampliação dos meios expressivos. O modernismo e a ênfase no material. Wagner, Schoenberg, Webern, Debussy, Bartok, Villa Lobos. Novas formas de escuta. Paradigma do som versus paradigma da nota. Música figural. Música espectral, eletroacústica, concreta etc.
3- Repertório expandido – ocidente e orientalismos Edward Said: Debussy, Stravinsky, Bartok, Villa Lobos, Charles Ives. O outro do ocidente (branco, masculino, europeu) e outras geografias, música modal, hibridismos, Brasil (músicas “eruditas” de mulheres: Marisa Rezende, Valéria Bonafé, Michele Agnes,Tatiana Catanzaro, Leda Catunda). Música não branca (Jazz, samba, choro, capoeira, Rap MC Racionais, Emicida, Gilberto Gil, Buena Vista Social Club, Esperanza Spalding etc.)
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