Programação
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Essa disciplina tem como objetivo introduzir conceitos básicos e instrumentos de apoio às atividades de Gestão em Saúde, considerando-se os aspectos de macro e microgestão com foco nos elementos apontados nas Novas Diretrizes Curriculares para os Cursos de Medicina, publicadas pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) em 2014.
Por ser uma disciplina em fase de transição (já que os antigos docentes se aposentaram), a carga horária será distribuída em aulas expositivas com duração não superior a 120 minutos, bem com, atividades à distância através do Moodle Stoa.
Os conteúdos foram cuidadosamente escolhidos para que os alunos tenham o melhor proveito possível e utilizá-los no dia a dia, desde o restante do curso até a a vida profissional. Obviamente, para aqueles que se interessarem no aprofundamento no ramo da Gestão em Saúde, deverão se aperfeiçoar através de cursos lato ou stricto sensu, dedicados ao tema!
Espero que tenham bom proveito e que se interessem, afinal, gestão em saúde será fundamental até mesmo para o gerenciamento de seu futuro consultório, clínica, laboratório, hospital, enfim... suas vidas:
Abraços
Altacílio Nunes, M.D; Ph.D
Abaixo seguem os temas que serão abordados:
1. Estrutura e Organização do Sistema de Saúde – Níveis de Assistência (Expositiva)
2. Saúde Suplementar (Expositiva)
3. Financiamento da saúde no Brasil
4. Planejamento estratégico em Saúde
5. Medicina Baseada em Evidências (Gestão Baseada em Evidências)
6. Gestão da APS
7. Gestão da Atenção Secundária
8. Gestão hospitalar
9. Avaliação de serviços de saúde
10. Macrogestão em saúde (gestão de tecnologias em saúde, complexo industrial da saúde, economia da saúde)
11. Saúde em outros países
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Segue em anexo a apresentação da primeira aula que tem como objetivo apresentar a estrutura do Sistema de Saúde do Brasil:
Objetivo de aprendizagem do aluno: Ser capaz de reconhecer, definir e descrever como é estruturado o serviço de saúde de nosso país, além de discernir claramente os níveis hierárquicos que compõem a distribuição dos serviços de saúde, identificando quais deles formam cada um dos níveis piramidais, suas características, atribuições, responsabilidades, pontos fortes, dificuldades e desafios.
Como exercício, proponho a a cada aluno (a) que tente se visualizar exercendo a medicina em serviços de cada um dos níveis! Como você se vê? Na Atenção Primária? E na Atenção Secundária? e Na Terciária? ou nos Três?
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Esta aula tem como objetivo apresentar conceitos, estrutura, gestão, organização e regulação da saúde suplementar no Brasil.
Objetivos de aprendizagem para o aluno: ser capaz de identificar as diversas modalidades de organizações jurídicas que assumem o papel de oferecer serviços de saúde no âmbito suplementar, além de saber definir e identificar com clareza, conceitos e termos que cercam a saúde suplementar como cobertura, rol de procedimentos, tempo de carência, risco moral, seleção adversa, entre outros.
Exercício proposto: Provavelmente nenhum de vocês deixará de trabalhar, dirigir, usar ou depender da saúde suplementar. Como você se colocaria (veria) como um possível médico credenciado de uma grande operadora de saúde em sua futura vida profissional?
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Esta aula tem como objetivo apresentar uma das principais ferramentas para a prática clínica de excelência, ou seja, é um instrumento que busca introduzir o conceito de excelência, qualidade e segurança no exercício da medicina e consequentemente, um apoio de extrema importância para a gestão em saúde pautada em elementos irrefutáveis. Sem a Medicina Baseada e Evidências (MBE) não é possível exercer uma gestão eficiente!
Objetivos de aprendizagem: Ser capaz de definir claramente o que é MBE, quais seus componentes, qual sua importância na prática da medicina e da Gestão.
Assista aos dois vídeos postados abaixo. São duas breves exposições sobre MBE gravadas pelo Prof. Reginaldo Vallacio da FM-UFMG, uma grande autoridade no assunto. Os vídeos são curtos e valem a pena:
Exercício proposto para essa aula: Como você imagina que se chegou a um consenso de que o melhor tratamento medicamentoso para Hipertensão arterial de uma maneira geral, é com um anti-hipertensivo da classe dos inibidores de angiotensina 2 ou mesmo de angiotensinogênio? Como se chegou à uma conclusão de que a vacina contra HPV deveria ser incorporada no Programa Nacional de Imunização para prevenção de câncer do colo uterino? Se você fosse um gestou em saúde, um ministro da saúde, teria argumentos para contrapor à essa decisão?
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Prescrever, usar e gerenciar o uso das novas tecnologias em Saúde são atualmente um grande desafio para médicos de qualquer especialidade e sobretudo, para os gestores da saúde em qualquer nível (municipal, estadual, federal e dos serviços de saúde, destacadamente os hospitais). A gestão de novas tecnologias sanitárias, envolve elementos como a Medicina Baseada em Evidências e a Farmacoeconomia na tomada de decisão quanto à incorporação de determinada tecnologia na rotina clínica dos serviços de saúde, sobretudo, a de grandes hospitais de alta complexidade, como por exemplo o Hospital das Clínicas da FMRP/USP. A seguir assistam aos vídeos que mostram rapidamente como se dá o processo de incorporação de novas tecnologias no SUS, bem como, a adoção de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), voltados para o manuseio de doenças.
Como atividade, proponho que vocês imaginem e escrevam como seria sua atividade médica, sem a preocupação com a evidência de uma nova tecnologia em saúde, por exemplo um novo medicamento de alto custo para o tratamento de determinado câncer!
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Esta aula tem como objetivo apresentar a lógica de financiamento da saúde pública no Brasil, desde sua criação até a atualidade. São introduzidos os aspectos normativos do financiamento e sua legislação no país. Espera-se que o aluno seja capaz de refletir sobre as propostas governamentais apresentadas para o mantenimento da assistência pública em saúde e elaborar críticas/opiniões ao atual modelo.
Exercício proposto: Qual a sua opinião a respeito das medidas adotadas ao longo da história para o financiamento do sistema de saúde público no Brasil? Você acredita que elas visam a consolidação da assistência pública ou nos encaminham para o desmonte do SUS?
Alguns sites interessantes para acompanhar os orçamentos e despesas em saúde no Brasil:
http://www.planejamento.gov.br/
https://egestorab.saude.gov.br/
http://portalms.saude.gov.br/repasses-financeiros/siops
Algumas reportagens para auxiliar na elaboração do raciocínio crítico a respeito do tema:
https://g1.globo.com/bemestar/noticia/ministerio-da-saude-flexibiliza-modelo-de-financiamento-do-sus-a-partir-de-2018.ghtml
http://www.redebrasilatual.com.br/saude/2017/03/desmonte-do-sus-a-partir-de-2018-vamos-ter-uma-volta-ao-passado
https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Saude/Conferencistas-exigem-financiamento-adequado-para-acoes-de-Vigilancia-em-Saude/43/39473
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O ambiente hospitalar é considerado por muitos como desafiador na perspectiva da gestão. Acredita-se que gerenciar uma estrutura hospitalar, sobretudo, a de alta complexidade, uma tarefa mais difícil que dirigir uma empresa industrial complexa, como por exemplo a industria automobilística. Assim, conhecer a dinâmica operacional e estrutural de um hospital é de suma importância para o exercício da medicina, bem como, para despertar o interesse de jovens médicos pela atividade de Gestão Hospitalar e suas peculiaridades!
Assistam o vídeo a seguir:
https://youtu.be/4VnmtVP_S_0
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Obviamente, o significado de planejamento é fazer planos atuais e futuros, enquanto que estratégia é o modo como se vai planejar. Assim como em qualquer área o planejamento estratégico (PE) é essencial para o funcionamento e bom desempenho de qualquer serviço de saúde, independentemente de seu porte, natureza jurídica e nível de complexidade.
Considerando-se um hospital, o PE inicia-se com três perguntas: 1) Onde estamos? 2) Onde queremos chegar?
3) Como faremos para chegar onde queremos? As respostas a essas 3 perguntas configura-se em:
1) Diagnóstico situacional
2) Metas
3) Recursos necessários (métodos, ferramentas etc)
Todo grande hospital, qualquer serviço de saúde ou empresa de qualquer setor, se ancora para se planejar, em três pilares: Missão, Visão e Valores.
Uma das duas grandes ferramentas para o PE é a matriz SWOT (do inglês - Strengths [Fortalezas], Weakness [Fraquezas], Opportunities[Oportunidades], Threats [Ameaças]) ou FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças).
Veja o vídeo a seguir:
Outra ferramenta, ainda em expansão no Brasil são as 5 forças de Porter. Assista o vídeo a seguir:
Com base na matriz SWOT, na próxima aula de posse de um caso real, vocês irão desenvolver um PE para o Hospital considerando-se sua Missão, Visão e Valores.
Até lá!
Abraços
Prof. Altacílio
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